sábado, 12 de agosto de 2017

SENTINELAS DE LUZ





  Nas informações simbólicas da Bíblia conta-se em Gênesis: 1-3: Disse Deus: “Haja luz! e houve luz”. Assim para o planeta Terra em formação fez-se o Dia e a Noite.
Das trevas imensas sobre as quais a Bíblia faz ligeiro comentário, o ser humano iniciou a luta contra a escuridão. Usou, inicialmente, a tocha impregnada de resinas inflamáveis, depois as velas, os gases, a lamparina, o lampião por muito tempo, até que através de Edson e de muitas experiências, inventou a lâmpada elétrica.
De igual modo, nasceu a luz espiritual desenvolvida pelo próprio ser humano para a aquisição do conhecimento. Iniciou-se por meio da comunicação entre as criaturas por meios de sinais luminosos através das sombras, e começaram a esculpir na pedra os primeiros caracteres que lhes definiram a linguagem;  os mais inclinados à meditação inventaram letras e o modo de gravá-las, em seguida umas às outras, inventaram depois a escrita em rolos de papiros e não descansaram, até que Gutemberg criasse as frases vacilantes na imprensa que se incumbiu de reproduzir textos escritos para todos os povos, reclamando a dedicação de legiões de Espíritos interessados no conhecimento superior.
De etapa em etapa, o ser humano gastou séculos de esforço para alcançar o conhecimento, e daí, partir para as realizações da atualidade. O mesmo combate da luz com as trevas para que os seres humanos alcançassem as luzes da alma prossegue há milênios, para que cada um se expresse sobre a existência, criando critérios pessoais, nos alicerces do entendimento. E as sentinelas da luz estão em todos os lugares da Terra, promovendo a educação, o discernimento, a elevação e a competência, desde os chamados “comecinhos de vida das crianças”, às universidades em que as criaturas humanas se especializam em determinadas experiências, a que têm vocação, com as quais dignificam a luz espiritual. Eis porque todos esses empreendimentos demandam a união e cooperação de milhares de pessoas que trabalham a benefício dos que procuram aprender.
Assim, somos nós todos na Vida Maior, procurando o aperfeiçoamento de que necessitamos. Todas as conquistas humanas não aparecem por geração espontânea. Exigem esforço, atenção, perseverança, trabalho, repetição, vontade de auxiliar e devotamento ao próximo, nos quais milhões de pessoas e com o auxílio dos espíritos desencarnados, estão envolvidos na condição de aprendizes e instrutores, uns dos outros. Todos somos sentinelas da luz pela atividade que despendemos para que a luz da compreensão e da paz se estabeleça no mundo.
Em síntese, queremos dizer que toda criatura humana que aspira a sublimação de si mesmo, precisa confiar em Deus e trabalhar. Enquanto buscais a revelação da verdade, em nossa companhia, procuramos convosco o auxílio fraterno para fazer muito mais luz, no engrandecimento comum. A Doutrina dos Espíritos não traz apenas o adocicado conteúdo da consolação particular, no estímulo ao bem, mas acentuando o socorro celeste à personalidade humana. Abre-nos infinita esfera de serviços, em cujas atividades não podemos prescindir do apoio no crescimento e na renovação.
Nos alicerces do edifício doutrinário espírita, compreendíamos a curiosidade e o deslumbramento  acima da responsabilidade e do dever, mas agora que já passamos o primeiro centenário da Codificação Espírita, precisamos reconhecer a necessidade de introspecção a fim de não perdermos de vista os sagrados objetivos que nos reúnem.  A superstição levantou fortaleza de sombras, os dogmas cristalizaram os impulsos embrionários da fé, e a indiferença congelou preciosas oportunidades de desenvolvimento e elevação, em toda parte. É indispensável que nosso espírito de fraternidade se manifeste e restabeleça através do amor restaurando os caminhos da fé por meio das  obras edificantes.
Não há tarefas menores; todas são grandes pela essência divina. O fio d’agua que flui da vertente regenera o deserto de vasta extensão. Um gesto humilde sempre opera milagre de solidariedade. Uma simples palavra pode apagar o incêndio emotivo, prestes a converter-se em pesadelo. Em todos os lugares precisamos solucionar problemas, corrigir deficiências e restaurar as bases simples da existência.  Por isso mesmo, precisamos fazer a renovação mental do mundo, sob a máxima do “amai-vos uns aos outros”, seguindo os padrões do Mestre. Por enquanto, nem todos entenderão a mensagem. Muitos ainda dormem anestesiados nos templos de pedra e outros narcotizados  pela ignorância, concentrando-se nas vantagens materiais do mundo, esquecidos da própria alma.
Colaborar com Jesus é o nosso dever essencial, plasmando o Evangelho nos pensamentos, nas palavras e atos da nossa existência, em todos os recantos de nossa marcha para á frente, para que a Doutrina Espírita não se faça mero mostruário de verbalismo fascinante. Reduzi-la a mecanismo de simples investigação ou a um floreado literário seria como transformar o movimento de benditas ideias e realizações edificantes num parque de êxtase inoperante ou de um personalismo ocioso e improdutivo.
Resta-nos, pois, rogar a Jesus que nos ensine atingir convicções sadias e a clarear os nossos ideais, a fim de que não estejamos tão somente a crer e a confortar-nos, mas também a servir incessantemente na edificação do iluminado e eterno Reino do Amor...

Fonte:
Livro: “Sentinelas da Luz”
Autoria: Espírito Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier.
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 21/6/2017

AVALIE-SE E SE TRANSFORME





  O que é transformação íntima? – É um processo contínuo de autoanálise, de conhecimento de nossa intimidade espiritual, libertando-nos de nossas imperfeições, e permitindo-nos atingir o domínio de nós mesmos. O que podemos fazer para nos transformar intimamente?  - Podemos e devemos substituir nossos defeitos como o egoísmo, o orgulho, a inveja, o ciúme, a agressividade, a maledicência e a intolerância, por virtudes tais como: a humildade, a caridade, a resignação, a sensatez, a generosidade, a tolerância, o perdão, a fraternidade. Quanto tempo poderá levar para que tais mudanças ocorram?  - O tempo não importa; o que importa é o esforço contínuo que se faz para atingir a transformação íntima, conforme declara Allan Kardec, no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, quando diz: “Reconhece-se o verdadeiro espírita, pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações”.

Não se trata de esforço físico, mas de um empenho de continuidade na transformação de nós mesmos. Deve haver persistência e a este propósito chamamos: esforço.  Em outras palavras não é bom sintoma abandonar uma atividade ou desviar a energia para outro rumo, ao primeiro sinal de dificuldade. Mesmo que no dia a dia você tenha a impressão de que não houve nenhuma mudança, não deve desanimar nem abandonar o propósito de transformação. Esse esforço é para a existência toda.

Estudar o Evangelho de Jesus, ouvir sugestões de pessoas mais experientes, assistir palestras, ler artigos e livros que tratem sobre esse assunto nos levará a conhecer ainda mais, e assim nos auxiliar na identificação dos nossos defeitos, que nos afetam em cada situação da existência, possibilitando-nos aprender aos poucos, a prática das virtudes que irão substituir nossas imperfeições. Como posso fazer isso? – O conhecer a si mesmo, deve ser o primeiro passo para a transformação íntima.

Agostinho, em resposta à questão 919 de “O Livro dos Espíritos”, nos oferece uma excelente receita para isso, ao dizer: “Quando estiveres indeciso sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificarieis se praticada por outra pessoa. Se a censurais, não a podeis ter por legítima quando for o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação da Sua justiça. Pergunte a sua consciência, aquele que se sinta possuído do desejo sério de se melhorar a fim de extirpar de si os seus pendores negativos, como de um jardim se arranca as ervas daninhas”.

Dê um balanço no seu dia moral para avaliar suas perdas e lucros. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar de um novo dia. “Não é justo que se gastem alguns minutos para a conquista da felicidade eterna? Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Esse objetivo não vos faz suportar fadigas e privações temporárias?  Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta é exatamente a idéia que estamos tentando eliminar de vosso íntimo, visto que desejamos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar dúvida em vossa alma”.

Temos a tendência natural de sempre justificar nossos defeitos. São artimanhas e tramas inconscientes. Procuremos conhecer a fundo esses defeitos em suas particularidades, e como eles nos afetam, localizando as ocasiões em que estamos mais vulneráveis à sua manifestação.  Na verdade, bem poucas têm sido as pessoas ocupadas em trabalhar essa dimensão da personalidade, qual seja a do altruísmo, tornando-se úteis à dinâmica da existência. Nas atividades cotidianas, essas pessoas egoístas se aproveitam de todas as chances possíveis para driblarem os outros, tendo a sensação de serem mais astutos, mais vivos, mais sabidos, dando vazão ao íntimo doentio.

Precisando enfrentar as filas, desse ou daquele tipo, para serem atendidos á seu tempo, tratam de descobrir pessoas conhecidas, localizadas à frente, que lhes facilite passar para posições privilegiadas, quando não invadem abusivamente, elas mesmas, o espaço dos que aguardam pacientemente. Crêem-se mais apressadas ou com mais compromissos que os demais. Para o egoísta, tanto faz a fila, o que deseja é passar à frente dos outros, porque lhe impacienta a espera ou já é viciado nessa atitude.

Os males do caráter, desenvolvidos e alicerçados no egoísmo não há limites. Nas conduções populares, o egoísta sempre acomodado vê pessoas idosas, mulheres gestantes, criaturas enfermas, viajando em pé, com sacrifícios, e sem qualquer sensibilização continua sentado, indiferentes, às vezes, até nos lugares reservados para essas pessoas. Em outros casos, vemos crianças sentadas ao lado dos pais que acompanham tudo, fazendo de conta que não estão vendo ou entendendo o que se passa. Noutras ocasiões, vemos a disputa que se realiza por entrar ou sair primeiro, provocando até acidentes. A marca do egoísmo mostra-se por toda parte, entre as mais diversas personalidades.

Procuremos então nos afastar desses procedimentos e buscar meios para substituí-los em nosso comportamento. Como exemplo: Se nos encontrarmos em algum coletivo, valendo-nos do vigor da nossa mocidade, não esperemos que nos solicitem. Ofereçamos o nosso assento para qualquer um irmão que dele necessite, idoso, deficiente, mulher grávida, ou com criança, demonstrando os valores que nos ilumina o íntimo. Isso é tão pouca coisa a fazer.

Benjamim Franklin em sua autobiografia dá algumas sugestões: “Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; tenha um lugar para cada coisa, e cada trabalho tenha seu tempo certo. Não perca tempo, esteja sempre ocupado em algo útil; não use de artifícios enganosos e fale de maneira justa e honesta. A ninguém prejudique por mau juízo ou pela omissão de benefício que é seu dever. Seja humilde imitando Sócrates e Jesus”.

Por  que  caímos? –  Um  ponto  importante  é  que vamos precisar  contar  com  as quedas    até  que   cresçamos   espiritualmente;   afinal   somos   como   crianças aprendendo a andar, e são as quedas que fortalecem nossa vontade e nos ensina a ter persistência. Por meio das quedas, podemos aperfeiçoar o modo de evitá-las. Mas se caímos porque nos faltas à vontade de acertar, estaremos de queda em queda nos enfraquecendo. A criança aprende a andar porque está determinada a isso. Então sigamos seu exemplo e levantemo-nos logo e sigamos em frente, sem esmorecimento, na firme determinação de não mais errarmos.

A cada novo dia de nossa existência, antes de iniciar qualquer ação, façamos o exercício de nos perguntar sempre:  Isto que vou fazer agora, seria bem aceito por Deus e pela minha consciência?  Se for positivo o procedimento é correto; se não for, devemos cancelar imediatamente o que iríamos fazer e não pensar mais no assunto. Aqueles que todas as noites recordassem todas as ações que praticara durante o dia, e avaliasse o bem ou o mal que houvesse feito, rogando a Deus e ao seu protetor espiritual que o orientasse, grande força conseguiria para se aperfeiçoar, porque Deus o assistiria. Perguntai ainda mais: Se Deus o chamasse nesse momento, teria algo a temer, ao entrar no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado? – As respostas nos darão o descanso para a nossa consciência, ou a indicação de que precisamos melhorar e evitar o mal proceder.

A autoanálise permite que alinhemos as nossas ações e pensamentos na direção das correções que necessitamos realizar, para ajustarmos os nossos atos com os ensinamentos de Jesus, tanto com relação a Deus como em relação ao nosso próximo. Através do esforço e exercícios repetidos em direção às boas causas, construiremos em nós, o próprio bem. Este processo é árduo; assim necessitamos de muita força de vontade, determinação, perseverança e coragem para o realizarmos. Deus assiste e auxilia sempre, mas precisamos fazer a nossa parte, se desejamos verdadeiramente melhorar.

Todos nós somos chamados a servir e todos os instrumentos de trabalho no mundo, concretizam os ideais superiores, as aspirações de serviço e os impulsos nobres da alma. Ninguém suponha que, perante Deus, os grandes homens sejam somente aqueles que usam a autoridade. Quando os políticos orientam e governam, é o tecelão quem lhes fabrica o agasalho do corpo. Se os juizes se congregam nas mesas de justiça, são os lavradores quem lhes garantem o alimento. Cada trabalhador, em sua especialidade, seja honrado pela cota de bem que produza e permaneça convencido de que a maior homenagem que podemos prestar ao Criador é a correta execução do nosso dever, onde estivermos em atividade.

A humanidade continuará ainda por algum tempo como é agora, mas nós, que já estamos dispostos às mudanças de atitudes, que já sentimos o amor ensinado pela Doutrina dos Espíritos, que já estamos conscientes da realização das  tarefas para a nossa evolução espiritual, que já compreendemos as palavras e os ensinamentos de nosso Mestre Amado Jesus, podemos então fazer a nossa pequena parte, vivendo a solidariedade no mais alto grau, que é a Caridade, e realizando  a  transformação  do  nosso  íntimo,  fazendo a Alquimia moderna de transformar chumbo em ouro, melhor dizendo, o mal no Bem.

Com toda razão, assinala Amaral Camargo quando diz que “a transgressão da Lei de Deus, trás em seu bojo a própria punição, com as suas conseqüências naturais e inevitáveis. O crime e a punição brotam de um só ponto. Causa e efeito, meios e fins, semente e fruto, não podem ser separados, pois o efeito já floresce na causa, o fim preexiste nos meios e o fruto na semente”. Como reação retificadora ao abuso ou afronta às Leis Divinas, é que os mestres orientais consideram como a Lei do Carma, ou da Justiça Superior às palavras da sabedoria popular que diz: “Quem semeia ventos, colhe tempestades” e “quem com ferro fere, com ferro será ferido”, colhendo assim o que houver semeado.

Tratemos, pois, de avaliar como estamos procedendo na atual existência, porque hoje, estamos colhendo o que plantamos no passado, e estamos plantando hoje, o que colheremos no futuro. Se ainda temos a nossa consciência a nos acusar, precisamos imediatamente fazer uma retificação do nosso proceder, a fim de não sofrermos no amanhã.

Como máximas de bem viver, adote ser, HUMILDE como Francisco de Assis; SÁBIO como Mahatma Gandhi; VALENTE como Paulo de Tarso; LÚCIDO como Allan Kardec, e pleno de AMOR, como foi Jesus, o Mestre Amado que ensinou, exemplificou, amparou e amou todos os seus irmãos em humanidade...

Avalie-se, procurando melhorar a si próprio e ao mundo em redor, e, através da transformação interior faça o seu progresso espiritual. Não custa nada fazer isso; só é preciso ter boa vontade e querer...




Bibliografia:
“O Livro dos Espíritos”
Benjamin Franklin
Amaral Camargo
Livro “Alvorada Cristã”
+ Pequenas modificações


Jc.
S.Luis, 21/01/2009
Refeito em 10/05/2017

domingo, 30 de julho de 2017

ALGUNS TÓPICOS





 Toda forma de política é boa em mãos de homens honestos e cônscios de seus deveres e responsabilidades. Porém, nenhuma delas presta quando manejada por pessoas inescrupulosas, vis e desonestas. As melhores Constituições, as leis mais sábias, visando assegurar os direitos e o bem-estar dos povos, nada representam, se as rédeas do puder, se acham no domínio de demagogos ou de corruptos, cujos objetivos sejam locupletar-se de posições que ocupam e da força de que ocasionalmente dispõem.
Leis justas e luminosas, dependendo da interpretação e aplicação de políticos corruptos, tornam-se inócuas e inoperantes no sentido do bem coletivo; pois até mesmo dispositivos e postulados sem expressão e obsoletos, sob o critério de pessoas sensatas e de consciência, podem assegurar a felicidade de um povo e o nome de uma nação. Em qualquer hipótese e circunstâncias, não são as leis, as formas e os códigos que promovem e garantem a estabilidade das instituições e a justiça social, mas sim os seus executores.
Tudo depende do homem e não dos regulamentos e do emaranhado de dispositivos, regras e artigos metodicamente a serem aplicados. Tudo se burla, se torce se modifica e se mistifica menos o caráter íntegro, estruturado e consolidado mediante esforços e lutas consumadas com esse propósito. Fora a educação que se transforma em autoeducação quando o ser humano a imprime em si mesmo, não existe solução para os problemas da existência, a não ser por meio dela.   
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Mais humano e cristão é prevenir contra os males as nossas crianças lhes acendendo no Espírito o facho da educação, que instrui, consola, melhora e fortalece, do que deixá-las entregues a si mesmas, para oferecer-lhes mais tarde um apoio ou impor aos  rebelados a moralização cruciante das cadeias.
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“Jamais esqueçam que não existe dinheiro público, visto que todo dinheiro arrecadado pelo governo é tirado do orçamento doméstico; do sacrifício das pessoas, da mesa das famílias.” 
                                                                Margaret  Thacher                                          
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A  HISTÓRIA  DA  LIBERDADE  DE  PENSAMENTO
O historiador e filósofo irlandês, John Hagneli  Bury, no seu livro,  cujo título vai acima, explica a razão de, para algumas pessoas, ser tão difícil aceitar a liberdade de expressão:  “O cérebro médio das pessoas é naturalmente preguiçoso e tende sempre a escolher o caminho por onde encontre menor resistência. O mundo mental do homem médio consiste de credos que ele aceitou sem questionar, e aos poucos ele está firmemente fixado. Por esse motivo, ele é quase sempre instintivamente hostil a qualquer coisa que ameace a instabilidade do mundo que lhe é familiar”.
“Uma nova ideia com novos credos torna necessário rearranjar a mente, num processo trabalhoso que requer um gasto doloroso de energia mental. Para o homem médio e seus amigos, que formam a grande maioria, novas ideias e opiniões que causam dúvidas nos credos e instituições estabelecidos, parecem malignas,  e por isso são julgadas desagradáveis”.
Portanto, se eu sou esse homem médio e tenho algum tipo de poder, fico tentado a não permitir que “ideias malignas e desagradáveis”, sejam expressas. E para isso, grito mais alto esmurro, ameaço ou posso lançar mão do conceito do “bem-comum”, da “proteção aos mais fracos”, ou da “sobrevivência da humanidade”, e outros argumentos que se tornem pretextos para verdadeiros crimes contra as liberdades individuais ou coletivas.
Liberdade de pensamento quer dizer muito pouco se não for acompanhada pela liberdade de expressão. Ninguém muda o mundo só com pensamentos; eles precisam ser expostos, compartilhados, discutidos  e colocados em ação. Nós que vivemos em sociedade que são consideradas democráticas, não nos esqueçamos de que, para chegar até este ponto, foram precisos muitos séculos e muito sangue correu...
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CHAMA ACESA

A esperança anda escasseando nos corações. A nossa Terra
apresenta horizontes sombrios e desentendimentos entre os povos e o Brasil se vê mergulhado numa situação caótica. Temos ciência pelos meios de comunicações de mensagens desalentadoras e de falta de esperança com o Brasil, e temos o dever de reacender a chama da esperança nas mentes das pessoas. Cabe ao cristão sincero, sobretudo o espírita, que tem o conhecimento jorrado do alto pelos imortais, em nome do amor, manter a fé acesa. Devemos ter cuidado com pensamentos sombrios, cuidado com o que escrevemos e o que enviamos para as pessoas, pela comunicação da Internet.

A mídia tem divulgado muito o mal!  É certo que a intenção possa ser benéfica, mas o mal está sendo divulgado demais. André Luiz por meio de Chico Xavier comenta que toda vez que divulgamos o mal, inconscientemente estamos procurando arrasar o bem. As pessoas não devem desconhecer a realidade; devem saber dos fatos, mas cuidado! O Bem nunca esteve tão intenso no planeta e a solidariedade é crescente em toda parte.  É preciso manter a fé em dias melhores que virão. Pensamentos de esperança mudam a paisagem mental, para o belo, o bem e o amor. Edifiquemos pensamentos de paz e mantenhamos viva a Esperança em dias melhores, pois, Jesus está no comando do mundo...

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REFLEXÕES SOBRE A NOSSA CONDUTA ÉTICA
Uma palestra do professor e historiador Leandro Karnal, da Universidade Estadual de Campinas, fez um questionamento pertinente à conduta ética das pessoas. Segundo sua percepção, tem havido nos últimos anos, certa indisciplina em regras e valores por parte das pessoas, notadamente dos espíritas. Teriam perdido os espíritas o temor com relação às consequências advindas dos seus atos?
Nela, o professor Karnal analisa diversos assuntos, como, por exemplo, a questão da corrupção no Brasil, tema que tem estado em moda em nosso país, sobretudo por causa dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Karnal lembra-nos em sua fala, que é ilusão imaginar que a corrupção em nossa pátria se circunscreve aos políticos, aos partidos ou aos governantes, visto que ela (corrupção) está presente no dia a dia dos brasileiros; como nas vendas sem a nota fiscal, no atestado médico falso, no suborno ao guarda de trânsito, no recibo que é majorado, no funcionário que assina a lista de presença no lugar do amigo, no estacionamento em local proibido, na omissão de rendimentos na declaração do imposto de renda... e por aí vai. Nas situações mencionadas, nem mesmo os que se dizem cristãos agem de forma ética.
É evidente que não devemos jamais generalizar, mas se não são todos, muitas pessoas agem realmente assim, ignorando por certo que tais atitudes compõem também a tão lamentada estrutura de corrupção que se registra no Brasil e, como se sabe, não apenas nas terras brasileiras, mas no mundo todo. Esse assunto evoca uma questão importante pertinente ao grau evolutivo dos habitantes da Terra. Em 1948, ano em que escreveu o livro “Voltei”, obra psicografada por Chico Xavier,, Frederico Figner (verdadeiro nome do irmão Jacob, autor do livro), revelou que – dos dois bilhões de encarnados que viviam na Terra, na época – mais da metade era constituída por Espíritos semicivilizados ou bárbaros e que as pessoas aptas à espiritualidade superior não passava de 30% da população global, distribuída pelos vários continentes.
Há 47 anos, no livro Vida e Sexo, obra escrita em 1970, Emmanuel informou que existe no planeta um grupo numeroso de homens e mulheres psiquicamente não muito distantes da selvageria, remanescentes próximos da era dos homens das cavernas. Vê-se, pois, à vista das obras citadas, que nosso orbe é um mundo ainda muito atrasado e distante da perfeição, o que explica as imperfeições morais mencionadas neste artigo, das quais não se excluem, obviamente, os espíritas que deveriam  ter uma noção mais perfeita, graças aos ensinos da Doutrina Espírita, sobre a responsabilidade que assumimos perante a Lei em decorrência de nossas ações e omissões, de que, logicamente, teremos de prestar contas, finda a nossa  existência terrena. . .
TRÊS  CONCLUSÕES
Quantos  milhares  de  minutos  e  de  frases  esbanjamos  por décadas, sem a mínima utilidade, tratando de temas e questões que não nos dizem respeito? Para conjugar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental.
O que os outros pensam:  Aquilo que os outros pensam é ideia deles. Não podemos influir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações diante da existência. Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si. Acontece o mesmo na moral. Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os outros pensem como nós.
O que os outros falam:  A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence. Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia a dia com os sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores. Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa, contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.
O que os outros fazem:  A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe. Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é de domínio à parte. As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não conseguem compreender  o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isto é problema que lhes compete e não a nós.
Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livre. À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar ou fazer. Em suma, respeito para os outros e obrigação para nós.
Fonte:
Jornal  “O Imortal”- 5/2017
Livro “Estude e Viva”
+  Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 19/05/2017






DIFICULDADES E COMPORTAMENTO




 As dificuldades de todos os dias, as lutas pela sobrevivência, a violência, os vícios, são sérios problemas para os seres humanos, que não conseguem manter a estabilidade emocional e mental. Muitos se deixam levar pela tristeza, pelo pessimismo, pelo desânimo, pela agressividade e outras reações negativas que desencadeiam os sofrimentos e depressões que repercutem na ordem física e espiritual, trazendo sérios problemas de saúde.

Daniel Goleman, escritor da obra “Inteligência Emocional”, comenta que nos países modernos há uma tendência para o individualismo exacerbado que, por sua vez, acarreta uma competitividade cada vez maior entre as pessoas. Essa visão do mundo traz consigo o isolamento, a deterioração das relações sociais e a lenta desagregação da vida em família e em comunidade. Os frutos desse estado de coisas aparecem no aumento crescente dos índices de criminalidade, de suicídios, nos abusos das drogas e o enfraquecimento dos laços de família.  Ele propõe como remédio para debelar esses sintomas da doença social, o desenvolvimento da inteligência emocional... Ele poderia na sua proposta ter ido além, se conhecesse os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos.

Não podemos entender os problemas de hoje se não se tem em mente que, boa parte deles tem muita relação com nosso estado de evolução espiritual. Muitos deles foram criados em existências passadas. Os medicamentos mais usados em nossos dias são os tranquilizantes, e isso demonstra que algo não está bem nas criaturas. A mediunidade, porta de contato com o Mundo Espiritual, e que deveria ser de amparo para um comportamento seguro, está sendo invadida, nesta fase de transição, por espíritos rebeldes, desajustados e agressivos. Por que isso está acontecendo? – Porque cultivando uma visão deformada da realidade, perseguindo uma felicidade em termos de realização humana no campo da ambição por posses terrenas e poder, limitando seus interesses à existência material, o ser humano situa-se num padrão vibratório de baixa qualidade, colocando-se à mercê e sob as ordens desses marginais da Espiritualidade.

Os tranqüilizantes ajudam; o passe e a água fluidificada, aplicados na Casa Espírita, bem como o socorro dos amigos espirituais, são excelentes auxílios.  Porém, o problema fundamental de nosso ajuste íntimo, raiz de todas as perturbações que nos envolvem não pode ser resolvido apenas por estes meios. O remédio para esta doença pessoal está dentro de cada um de nós. O que acima de tudo deve interessar ao ser humano é o progresso espiritual, pois esta é a única finalidade da existência dos seres em todos os escalões e em todos os mundos. Isto não é fácil, mas esta é a luta inevitável, que depende de decisão, de vontade firme, de perseverança e também de muita fé.

A reunião de Espíritos encarnados, quase sempre diferentes, moral e intelectualmente, em uma família, agrupados num mesmo lar, é providência tomada por força de acordos efetuados na espiritualidade antes da encarnação e compromissos assumidos no plano espiritual, que servem para resgates dos débitos, desenvolvimento da capacidade de se harmonizar com os semelhantes e de afinidade entre os participantes, sendo a consanguinidade, complemento para maior facilidade de aceitação. Muitas pessoas aceitam desculpar, tolerar, aturar, ajudar e perdoar outras pessoas, porque fazem parte da nossa família; caso contrário, ou seja, se não fosse do nosso sangue, não ajudaríamos ou partiríamos em revide, em vingança, agravando a presente existência e prejudicando nossa evolução. Além da família, devemos selecionar nossas amizades. Uma só ovelha põe o rebanho a perder. Uma gota de tinta preta mancha a água pura de um vaso. Selecionar, portanto, pelas condições morais e conservar somente as amizades que forem convenientes e agradáveis. Preferir as companhias das pessoas de bons costumes e bons sentimentos, sem distinção de cor, classe social ou riqueza; que possuam ideias pacíficas, elevadas e construtivas.

Pessoas cujas conversas são tendenciosas, maliciosas, maledicentes, empregando anedotas grosseiras e imorais ou palavrões, tudo isso indica sentimento inferior, maus costumes, maus instintos; devemos sempre dispensar a companhia dessas pessoas. É claro que não se trata de desprezar, negar auxílio, fugir ao dever da caridade, mas simplesmente não manter intimidade nem a convivência, relações afetivas e sociais. Cada um de nós ocupa na sociedade o lugar que nos é próprio, segundo nosso merecimento, nossas qualidades e, sobretudo, segundo o programa de nossa atual existência. Mesmo que a companhia seja de pessoa de posição social elevada ou de prestígio, não nos servirá quando espiritualmente demonstre um caráter inferior, sentimentos baixos, mundanos e egoístas, porque na certa irá exercer sobre nós alguma influência perniciosa.

Outro ponto de nosso comportamento refere-se à solidariedade. Pelo uso criterioso do seu livre-arbítrio, o ser humano pode apressar ou retardar sua evolução; provocar ascensão ou estacionar, obter triunfos ou derrotas. Todos nós somos células da coletividade universal e nossos atos, bons ou maus, sobre essa coletividade se refletem, assim como ocorre com as células do corpo físico, que se refletem no metabolismo geral, beneficiando ou prejudicando o funcionamento do corpo. Todos concorrem duma forma ou de outra, à movimentação da vida social coletiva e, dessa solidariedade e dependência, todos se beneficiam direta ou indiretamente. Não se move o ser humano, nem dá um passo em qualquer sentido, que não dê ou não receba algo desse organismo social.

Tudo o que temos hoje, de que necessitamos para viver, representa o trabalho dos que nos antecederam, somado ao nosso e o trabalho dos nossos semelhantes, no passado e no presente. A geração de hoje, usufrui o esforço e o trabalho acumulado de todas as gerações antecedentes, e, juntando o esforço de todos, à geração seguinte herda o patrimônio social assim enriquecido.  Observemos o panorama geral do mundo em que vivemos; o espetáculo é impressionante. Por toda parte vemos seres humanos se movimentando nas cidades; nos campos, na terra, nos rios e mares, no ar, num esforço, não percebidos, de beneficiar a todos, buscando de forma direta ou indireta, a satisfação de seus próprios interesses que, por fim, se reverte sempre em benefício da sociedade.

Imaginemos apenas como exemplo, um pescador: - Ele vai ao mar no propósito de pescar os peixes que o alimente e lhe dê vantagem financeira; porém esse pescado vai beneficiar muitas pessoas que necessitam de alimento, enquanto ele próprio vai depender de muitas outras coisas realizadas por outras pessoas. Exemplo: o padeiro que faz o pão, o usineiro ou o cortador de cana que proporciona o açúcar, o fazendeiro que planta o café, e de muitos outros, principalmente de Deus, que faz germinar a semente, o crescimento, a floração e a fruta.

Nas sociedades futuras, quando a Terra já estiver em novo estágio evolutivo, o trabalho deverá visar conscientemente o bem coletivo, a exemplo de certas tribos de índios, onde tudo é dividido igualmente com todos. Assim, pois, é evidente que devemos realizar as tarefas que trouxemos ao encarnar, visando o bem comum e não apenas a nossa satisfação particular. Se a vida coletiva for representada por um vaso contendo um pouco de água lodosa e impura, e, se todos para esse vaso trouxerem água limpa, ver-se-á que a água impura irá clareando aos poucos até transformar-se em água saudável. Mesmo nas atividades mais simples, a regra é a mesma; o bem comum.  Assim procedendo, estaremos evitando dificuldades no nosso dia-a-dia e resguardando o nosso comportamento das influências negativas, que prejudicam o nosso esforço  demorado de reforma íntima, indispensável ao nosso progresso espiritual.

Devemos simplificar nossa existência profissional, organizando o trabalho e fazendo tudo com calma e boa vontade, dentro de uma programação. Separar as tarefas do dia: primeiro as mais importantes e, dessas, as mais urgentes, depois as demais. Simplificar também as nossas relações familiares e sociais, superando ressentimentos, mágoas, irritações, animosidades, respeitando e cuidando do nosso corpo como um vaso sagrado que nos foi confiado por Deus, e respeitando o semelhante como nosso irmão; estabelecendo relações afetivas com base no desprendimento e na sinceridade, respeitando os sentimentos alheios sem complicar o nosso destino. Simplificar, enfim, nossa existência, sabendo que estamos na Terra de passagem; nossa meta é a Espiritualidade; a existência na Terra serve como um meio para a nossa renovação e evolução espiritual.

Devemos estar cientes de que, quando Deus nos concede bens materiais, é para nos ajudar e atender nossos pedidos; assim estamos na condição de devedores ou usufrutuários, e não como donos. Pelo fato de Deus ter permitido termos uma empresa, uma boa casa, um carro do ano ou uma conta bancária com bom saldo, temos que nos julgar superiores e tratar mal aqueles que nos servem ou que foram os colaboradores do nosso sucesso?  - Afinal, o que foi que trouxemos quando nascemos? – Nada. Jesus nos disse que não podemos ao mesmo tempo amar a Deus e ao dinheiro. Se amarmos a Deus, respeitando as leis divinas, o resto, família, empresa, emprego, casa, dinheiro, cultura, saúde e bem estar...  serão as consequências do amor e respeito a Deus.

Quando chegamos ao mundo, o encontramos aberto às nossas necessidades e devemos deixá-lo quando partirmos, em melhores condições, para nossos filhos, nossos netos, e até para nós mesmos, se aqui reencarnarmos. Se assim não fizermos, nossa conta-corrente na Espiritualidade ficará negativa e teremos que resgatar esse débito no futuro. Devemos exercer princípios religiosos e éticos no nosso ambiente de trabalho, respeitando uns aos outros, sem ser fanático ou radical. Existem pessoas que, em nome da empresa ou do serviço, esquecem a família, as amizades, o lazer, até os cuidados com a saúde, preocupadas apenas com a possibilidade de juntar mais bens materiais, que no final nem conseguem usufruí-los e não seguem com elas para além do túmulo.  Outras pessoas confundem o sucesso com a riqueza ou o poder. Diz um antigo provérbio: “Não há nada de nobre em ser rico ou ter poder sobre outras pessoas. A verdadeira nobreza está em ser superior ao que se era anteriormente”.

O dinheiro foi proporcionado por Deus, e pode ser tirado em qualquer tempo. Não é para o ser humano ficar escravo dele, mas para que faça bom uso dele e tenha momentos de felicidade, pois ninguém é completamente feliz aqui na Terra. O ideal é que o dinheiro nos beneficie e também a coletividade e, como energia quando movimentado, gere empregos, pague salários, aumente o progresso. Porém, quando guardado, parado, pode ser consumido pelas traças, roubado pelos ladrões, transformado em ferrugem e perder seu valor pelo tempo.

Evitemos as vantagens somente para nós, porquanto tudo aquilo que retivermos a mais para nós, no sentido de satisfazer nossas vaidades ou supérfluos, estará faltando a outros que necessitam apenas do indispensável para sobreviver. Tenhamos bom ânimo e coragem para vencermos todas as dificuldades, todos os problemas que se nos apresentarem. Logo que o sol desponte, saudemos o novo dia com uma oração ao Pai Celestial, levantando-nos também e iniciando nova jornada, com o propósito de ajudar a todos e de cumprir com boa vontade todas as nossas obrigações, para que ao final do dia a nossa consciência esteja tranquila, por havermos cumprido com nosso dever. Caminhemos resolutos no propósito do progresso, enfrentando as dificuldades, como degraus, para a nossa evolução espiritual.

Procuremos viver com equilíbrio, mesmo dentro da agitação diária, sem nos deixar levar pela onda pessimista e desordenada que envolve a sociedade. Caminhemos confiantes em Deus e certos de que venceremos, por maiores que sejam as dificuldades. Lembremo-nos de que cada companheiro de jornada é um irmão que nos ajuda, direta ou indiretamente, e a quem precisamos também ajudar. Existem dois tipos de comportamentos: o daqueles que fazem, e o daqueles outros que ficam apontando os erros. Façamos parte do grupo que trabalha confiante em Deus e sem aguardar aplausos, temer pedradas, com o objetivo superior de ser útil a nós mesmos e ao nosso próximo, beneficiando a todos e também à própria Terra, que nos acolhe com bondade, nos possibilitando a existência e a evolução.

Um gesto pequenino, uma ação que julgamos insignificante pode melhorar muito o ambiente em que nos encontramos; elevar o entusiasmo de quem está desanimado; reanimar aquele que está desiludido; erguer aquele que está caído pelas dificuldades da existência; um sorriso, uma palavra de conforto, uma oração de amparo, tudo pode melhorar a nossa situação como também a situação dos que vivem conosco neste planeta. Qualquer coisa que fizermos, por menor que seja, estamos contribuindo para diminuir as dificuldades, porque assim nos ensinou Jesus, e também pelo fato do mundo não ser um parque de diversão, mas um ambiente de trabalho, onde estamos para melhorar através do nosso trabalho voltado para a fraternidade, a paz,  o amor.

Assim como Jesus, o ser humano é chamado a inúmeros testemunhos no decorrer da existência. No livro “Tormentos da Obsessão”, Manoel Philomeno Miranda, faz um paralelo entre os testemunhos de Jesus, em vários montes, e os montes de problemas e dificuldades que o ser humano enfrenta em sua trajetória de aprendizado na Terra: 1º- Jesus sobe o Monte Tabor e diz quem é; se dá a conhecer aos seus apóstolos. O ser humano deve conhecer os objetivos a que dedicará sua existência;  2º- Quando Jesus sobe o Monte em que profere o “Sermão da Montanha” ou “Bem-aventuranças”, traça Ele o código moral a ser seguido por todos nós. A criatura deve traçar as linhas de comportamento para enfrentar as dificuldades da existência;  3º- Jesus sobe o Monte das Oliveiras para em retiro, se harmonizar com o Pai Celestial.  O mesmo deve fazer o ser humano, recolhendo-se a meditação e a oração, para receber as bênçãos necessárias a enfrentar as dificuldades e sofrimentos;  4º- No Monte Gólgota, o Mestre coroando seus ensinos,  exemplifica com os próprios sofrimentos. O ser humano deve fazê-lo também com abnegação e amor, até o momento final da sua existência terrena.

Todos nós temos as nossas lutas, mas só quem sabe vencê-las, sem pensar em desistir ou se abater diante das dificuldades, pode ser classificado como um verdadeiro e corajoso herói. Ante as dificuldades do caminho e as rudes provas de evolução, devemos nos resguardar na oração, na confiança em Deus, que certamente nos impedirá de resvalar nos abismos da revolta e dos sofrimentos...

Dificuldades todos nós temos, hoje ou amanhã, e para nos livrarmos delas, precisamos ter um comportamento de aceitação, reflexão, enfrentamento, para que venha a solução dos problemas, com o amparo dos nossos entes queridos e também com a assistência do Pai Celestial. 


Que a Paz do Senhor reine em nossos corações.


Bibliografia:
Livro “Inteligência Emocional”
     “    “Tormentos da Obsessão”
+ Acréscimos

Jc.
São Luís, 28/10/2008
Refeito em 25/4/2017  

quinta-feira, 20 de julho de 2017

A LAVA JATO




 A Operação Lava Jato só vencerá se contar com o apoio do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público. O Brasil precisa de harmonia, não de disputas, para que essa operação possa transformar os costumes políticos do país.
Preservar a capacidade da Operação Lava Jato sob o comando do Juiz Sérgio Moro de fazer seu trabalho, é essencial para o Brasil garantir que seja extirpado da democracia um tumor generalizado que atrapalha seu funcionamento. Procuradores e juízes precisam do apoio do Ministério Público e do S.T.F., ao qual os poderosos encarcerados recorrem. Assim, causou preocupação á possibilidade de a mais alta Corte mudar seu entendimento e libertar réus sobre cujos ombros pesam graves evidências de corrupção e continuidade delitiva comprovada. A preocupação surgiu depois da decisão da Segunda Turma do Supremo, que libertou  o ex-ministro José Dirceu. Os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli – com fundamentação jurídica – consideraram alongada demais a prisão preventiva de Dirceu que durava mais de um ano. O ex-ministro foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, mas a segunda instância do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediada em Porto Alegre, durante todo esse tempo, não julgou os recursos da defesa nem o processo. A culpa, portanto não é do juiz Sergio Moro nem da Lava Jato.
Em dias anteriores, essa mesma Segunda Turma concedeu habeas corpus a dois réus da Lava Jato, libertando José Carlos Bumlai, pecuarista amigo de Lula, João Cláudio Genu operador do PP e veterano do Mensalão, e em decisão liminar, Gilmar Mendes libertou o empresário Eike Batista. A soltura de Dirceu fez com que o ex-ministro Antônio Palocci interrompesse as negociações para firmar um acordo de delação premiada – a mais temida pelo PT, por empresários e pelo setor financeiro.
Embora a principal motivação para a delação seja a perspectiva da pena longa, e não a preventiva, ficou a impressão de que a justiça no Brasil voltou ao tempo no qual os recursos jurídicos anulavam qualquer prova, por mais forte que fosse. Sem as colaborações de réus presos, não se saberia que um esquema de corrupção reinou na Petrobrás e que a Odebrecht gastou bilhões em propina para políticos e bancou até um ex-presidente da República. Assim como o Palocci, outros réus, potenciais delatores, podem esconder segredos graves.
Não se trata de permitir que prisões preventivas durem eternamente. Entretanto, como a Lava Jato lida com uma sofisticada rede de corrupção q     ue se encastelou  nos poderes, é necessário preservar, dentro da lei, o poder de investigação da força-tarefa da Lava Jato. É saudável para a democracia que ministros do Supremo tenham visões jurídicas diferentes e as exponham em seus votos na transparência do plenário. Porém, o Brasil precisa também que o S.T.J. e ainda o S.T.F. compreendam a delicadeza do momento, e ajudem a Lava Jato a desvendar o maior esquema de corrupção da história do país.
Até então, em decisões monocráticas e no pleno, o tribunal tomou decisões que deram o apoio necessário para que a Lava Jato obtivesse o êxito que vem beneficiando o país. É preciso que o S.T.J. e o Supremo Tribunal Federal continuem assim, para honrar as tradições e ficar na história...
Entretanto, por ameaçar com as delações as altas autoridades do país, a Lava Jato, infelizmente para o Brasil e nós humildes brasileiros, foi desmembrada e praticamente destruída, e os milhões e bilhões que ela vinha recuperando para a Petrobrás e o BNDES, não serão mais recolhidos. Essa ação decepcionou a todo brasileiro honesto e trabalhador e trouxe ainda mais descredito aos poderes constituídos da Nação.  A máxima de Ruy Barbosa continua atuante e presente até nos nossos tempos. “Isto é uma vergonha” no dizer de Boris Casoy.

Fonte:
Opinião da revista Época
Edição de 8/5/2017
+  Pequenas modificações.

Jc
S. Luís, 4/6/2017

COLETÂNEA EXISTENCIAL




  AGRADECER   deve ser um hábito constante e diário em nossa existência. Deve começar quando acordamos. Agradeçamos a Deus pela nossa vida, pela nova existência, o novo dia, a família, o sol ou a chuva que vêm a Terra e nos possibilita a existência, o trabalho que nos permite a aquisição das nossas necessidades.  Agradeçamos à terra que nos fornece o alimento, a água que ingerimos, ao ar que respiramos e, acima de tudo, agradeçamos ao Pai Celestial, a paz, a felicidade, a saúde, a família e também as dificuldades, problemas e sofrimentos, colheita do que plantamos em outras existências e que são agora resgates dos nossos débitos contraídos para com a Justiça Divina.

Agradecer é um dever que muitas pessoas não praticam, nem mesmo nos momentos em que mais recebem. Devemos agradecer ao lavrador que rasga a terra e coloca as sementes, para que Deus realize a germinação, o crescimento, a floração e a frutificação, que nos serve de alimento; ao padeiro que fabrica o pão, à empregada, companheira ou esposa que faz o café da manhã e nossas refeições, ao motorista de ônibus que levam as pessoas ao serviço, ao patrão que propicia o emprego, ao subalterno que nos atende, ao carteiro, ao lixeiro e a tantos outros de quem dependemos e que torna a nossa existência mais fácil, agradável e feliz...

Não esqueçamos também de agradecer aos protetores espirituais que nos assistem, e a todas as demais pessoas que nos apoiam e nos animam a seguir adiante. Gratidão é sinal de progresso espiritual, de alma que caminha para a evolução. Por isso, prezado irmão ou irmã, nunca se esqueça de agradecer a Deus e a todos, e a tudo que lhe cerca e servem.

AMIZADE  Nós nos relacionamos com as pessoas da família, com os que  encontramos e conhecemos em diversos lugares, de diversas formas e em diversos níveis. Algumas delas se tornam nossas amigas, outras apenas conhecidas. Entre as pessoas que mais consideramos amigos/amigas, escolhemos aquelas que são “as melhores”, aquelas com as quais dividimos nossos segredos. Outras pessoas com as quais realizamos determinadas atividades como festas, práticas esportivas, encontros no trabalho, na escola ou faculdade, na igreja, no centro espírita. Há aqueles amigos/amigas das quais nunca nos desligamos, apesar da distância e dos caminhos, e aqueles com os quais perdemos contato e não vemos durante anos. Diz-se que os homens são mais fiéis a seus amigos do que as mulheres às suas amigas. Além disso, as amizades entre homens e mulheres, rapazes e moças, são vistas com suspeita, pois ainda acredita-se que o homem e a mulher não podem ser “só” amigos. Por outro lado, também a fidelidade e o companheirismo, em qualquer circunstância nos ajudam a empenhar-nos pelo bem estar da outra pessoa quando esta necessita. Isso nos ajuda a pensar em Deus como o nosso melhor amigo, como aquele/aquela pessoa que está sempre disposto/disposta a nos ouvir; que não nos abandona nos momentos difíceis, que nos ampara, nos anima a enfrentar a situação e nos é fiel e companheiro/a nos diversos momentos da nossa existência. Se, pois, estabelecemos esse tipo de relacionamento com as outras pessoas, devemos muito mais para com o nosso Pai Celestial, a quem devemos louvar e servir através do que fizermos às outras pessoas que estão a nossa volta como parentes ou amigos.

CARÊNCIA DE AMOR  Se perguntássemos as pessoas quem é cristão, certamente que todos responderiam que são. Se perguntássemos quem estaria disposto a dar a sua vida por Jesus, e novamente a resposta também seria sim.  E o que seria dar a vida por Jesus? Certamente que diriam: “morrer por Ele”.  Perguntamos então, quem perdoaria com facilidade qualquer ofensa; quem seria capaz de oferecer a outra face se agredido; quem desculparia aquele que lhe pisasse num calo dolorido do pé?  Como reagiríamos; com mansidão, com gentileza? Será que faríamos assim?  Aí encontramos um estado contraditório. Ser cristão, ser capaz de morrer por Jesus... e no entanto, não suportaríamos a mínima ofensa ou uma situação desagradável. É o que acontece com muitas pessoas em muitos lugares da Terra, atualmente. Reações violentas, nervos a “flor da pele”. No entanto, Jesus foi tão claro ao dizer: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei. Se me amais, guardai os meus mandamentos”, apenas isso.

Estamos observando uma carência de amor. Os jovens de hoje, segundo alguns psicólogos, partem para a rebeldia ou para a agressão por falta desse sentimento. Necessitam de amor, e não estão sendo amados; estão ganhando coisas para substituir o afeto e o carinho que não recebem; não recebem também disciplina e educação como deveriam, e o mundo de amanhã será deles... Há muitas exceções; jovens amados e educados que respondem com amor e serenidade, que são as nossas esperanças de um mundo melhor. O amor será sempre o alimento da vida e só não dá quem não conhece e nunca recebeu; esse é triste, infeliz e sem esperança. E quem são os culpados?

Observamos que muitos jovens se encontram desorientados,
pedindo  socorro,  pedindo um pouco de amor... Não nos envergonhemos de amar e demonstrar o amor que devemos dar uns aos outros. Se nos dizemos cristãos, saibamos nos tratar uns aos outros com amor. Quem não gosta de ser tratado com carinho e amor? – Uma teoria chamada de “Sobrevivência do mais gentil”, diz que graças á gentileza, a humanidade está evoluindo. Um professor do Instituto Santa Fé, nos Estados Unidos, analisou as sociedades antigas e verificou que a gentileza era componente fundamental para a sobrevivência das comunidades. Outra professora da Universidade da Califórnia pediu aos participantes de um estudo, que praticassem ações gentis durante dez dias. Quanto mais atitudes gentis eles realizavam, maior era a felicidade, independente do ajudado, ser um ente querido ou um estranho.

Ser gentil também faz bem à saúde, pois, as pessoas que ajudam os outros, regularmente, têm mais saúde mental e menos depressão; sofrem menos doenças e o sistema imunológico funciona melhor.         Sabemos então que o ser humano foi feito para amar. A ciência descobriu que, quem tem atitudes de bondade e amor, sente-se bem, o que está levando os cientistas a afirmarem que o organismo humano libera endorfinas, que são hormônios calmantes, quando se realiza o bem, atos de caridade ou de amor. É importante, portanto viver praticando o amor para viver feliz.

Àqueles que se dizem cristãos e dispostos a se sacrificar por Jesus, propomos uma tarefa mais simples: Não falar palavrões, não falar mal dos outros e tratar as pessoas como gostariam de ser tratadas – com gentileza, educação e amor... Quem deseja, consegue, basta apenas querer, se tivermos fé e desejarmos... Comecemos pelos animais. “Crueldade é algo que está presente nas famílias humanas por muitas eras. É impossível alguém que é cruel com os animais ser generoso com as crianças. Se permitem às crianças a crueldade contra seus animais de estimação, elas aprenderão facilmente a ter o mesmo prazer com o sofrimento e a miséria do ser humano”. Essas tendências só podem levar ao crime. Enquanto estivermos matando e torturando animais que nos servem, vamos continuar a torturar e matar seres humanos e vamos ter guerras. Enquanto prendermos animais e pássaros, teremos prisões; enquanto escravizarmos os animais, teremos humanos que serão escravizados. Quando o ser humano aprender a respeitar o menor ser da criação seja vegetal ou animal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.   “O que quiserdes para vós, fazei-o também aos outros (seres da criação)”  Evitemos qualquer maldade para com os seres da Natureza, amando-os, para que o Pai Celestial que é Amor, NOS AME TAMBÉM...

EDUCAR PARA A PAZ   Nunca se falou tanto em educação para a Paz como nos dias atuais. E os motivos para este despertar são conhecidos e vividos diariamente por todos nós. A violência, aquela visível e explorada pela mídia, nunca esteve tão presente como neste século. Os meios de comunicação de massa permitem que a população entre em contato diariamente com a dura realidade, gerando dessa maneira distorções, na maioria das vezes mistificando e aumentando a violência crescente e descontrolada.

A violência não surgiu no último século; é um fenômeno causado por alguns indivíduos que ainda nascem com o germe para a marginalidade e o crime, em razão do atraso espiritual. Vivemos numa sociedade que cultua a violência. A sociedade ocidental capitalista cultiva a competição, o consumismo, o individualismo, e justifica o uso da guerra como meio de atingir a Paz, compreendida, neste caso, como passividade e ausência total de conflitos.  Somos ensinados das mais diversas formas a viver a violência como algo natural basta para isso que observemos os filmes, os programas de TV, as revistas, os jornais, os nossos principais heróis, para nos cientificarmos da cultura bélica em que estamos mergulhados. Existem duas formas de violência: Aquela proibida e condenada por todos, como assaltos, agressões físicas, assassinatos, sequestros, etc., e aquela permitida e considerada necessária, como certas ações violentas para coibir outras violências, tal como as ações necessárias praticadas ás vezes por policiais, para combater violências maiores e as guerras que causam muitos mortos.

Se, aprendemos a agir com violência, também somos capazes de aprender a construir uma nova sociedade que traga paz a todos. A educação para a Paz consiste, portanto, na construção de uma nova maneira de interagir com as pessoas e o mundo, tanto nas ruas, como nos lares, nas escolas, e nas mais diversas instituições. Sob esta nova perspectiva, a paz não será um estado de espírito de harmonia passiva, mas compreendida como movimento, ação e instrumento político em direção a relações de igualdade, de justiça e fraternidade. Procure colaborar com essa aspiração geral, fazendo a sua parte, por mais insignificante que seja.

ÉTICA  O varredor de rua que limpa o canal de escoamento de água da chuva e varre as ruas; o auxiliar de almoxarifado que verifica se não há umidade no local destinado a colocar os alimentos; o médico cirurgião que verifica as suturas internas antes de completar a cirurgia; a enfermeira que cuida dos pacientes; a atendente do asilo que realiza a limpeza de uma senhora idosa após ir ao banheiro;  o contador que impede uma fraude ou que não maquia o balanço de uma empresa; o engenheiro que utiliza o material apropriado para a construção de um edifício e muitos outros profissionais.... Todos eles  estão agindo de forma eticamente correta em suas profissões. Ao fazerem o que não é percebido por outras pessoas, ao fazerem aquilo que ninguém saberá quem o fez, demonstram que eles estão preocupados, mais com as pessoas, do que com os deveres profissionais que realizam. A ética é a aplicação do que é bom e correto, justo e adequado. Um dos objetivos da Ética, é a busca de atividades de acordo com as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Infelizmente, a ética pessoal, está bastante esquecida nestes tempos e, sem pessoas éticas, não há como existir sociedades éticas.

IDOSOS  O idoso é uma  pessoa, homem ou mulher, que foi criança, jovem, teve sonhos, trabalhou, lutou, viu o tempo passar e envelheceu. Construiu uma existência, realizou alguns sonhos e outros não realizou, e com o passar dos anos a velhice chegou. É o momento de rever o que passou o que fez e o que deixou de fazer... O mais difícil desta situação para o idoso é o abandono por parte de alguns dos filhos. Um pai ou uma mãe podem cuidar de vários filhos, porém, vários filhos não cuidam de seus pais. Para a pessoa idosa, lúcida, é importante manter a cabeça funcionando. A inatividade faz com que as células não se renovam, o processo degenerativo se acelere e o cérebro regrida. Nos nossos dias, existem muitos programas voltados para a terceira e quarta idade, bem como a ocupação em trabalhos voluntários que dão um novo sentido à existência.  Você, irmão/irmã, contribui para alguma entidade filantrópica, já visitou uma casa de idosos?  O que observou ou o que aprendeu? Como são tratados os idosos do seu círculo familiar?  Você já pensou que talvez não chegue a essa idade ou já se imaginou como um idoso?

OS DEFICIÊNTES  Quem são os verdadeiros cegos? Serão os cegos da visão material? Ou serão os cegos da visão espiritual? Existem cegos da visão material que não se deixam abater por essa deficiência e lutam para ter o seu lugar na sociedade; estudam, jogam futebol, trabalham e vivem normalmente, ajudados pelos outros sentidos que se tornam mais aguçados. O século XIX, viu nascer entre outros vultos humanitários, o francês Louis Braille, que introduziu o Sistema Braille de leitura, com apenas 6 pontos, em sessenta e três combinações diferentes, que permitiu aos deficientes da visão, uma valiosa contribuição no sentido do conhecimento, pelo acesso às letras, e, consequentemente, ao mercado de trabalho e à sociedade. É através desse sistema que os cegos passam a conhecer o significado das coisas; aprendem a ler, escrevem e transmitem seus anseios, dúvidas e certezas, sobre a vida que os cerca. Por outro lado, existem os cegos sem o saber, sem a moral, as virtudes, o amor, que vivem sem rumo, sem destino, desorientados,  sem esperanças, vivendo por viver. Esses são os verdadeiros cegos a que Jesus se referiu.

Existem olhos que são instrumentos de discórdias, de inveja, de cobiça, de ódio, de egoísmo, de maldade e desamor, causando às outras pessoas, vibrações negativas que as prejudicam na sua existência. Vale a pena ter essa visão? Por isso Jesus certa vez disse: “Se os teus olhos são motivos de escândalos, melhor seria que não os tivesse”.

AGRESSIVIDADE É necessário que se saiba a diferença entre agressividade e agressão. Agressividade é um instinto natural do ser humano. É a força impulsionadora da existência. É a capacidade de preservação e sobrevivência da espécie... Já a agressão é o resultado da utilização do instinto de agressividade, de forma desarmoniosa, levando à violência. Isto acontece pela falta de valores morais, de sentimentos nobres e de fraternidade que acabam levando às pessoas a dor e ao sofrimento e a se destruírem.

Buscar um mundo menos violento, com mais paz e harmonia pode ser o desejo de todos, mas certamente, não será alcançado apenas com bandeiras brancas e campanhas de marketing. Terá que ser um movimento de reencontro com o lado humano de cada um. Vivemos nos dias atuais em contato com o mundo, as informações e notícias chegam a todo instante. Devemos observar o que é informado, porque existem muitas noticias que são relacionadas diretamente a pesquisas e aos interesses da mídia, e muitas delas são classificadas, infelizmente, como as “realidades”. É inegável que elas constroem o nosso pensar e criam os nossos temores. Como analisamos e filtramos as informações que recebemos diariamente?  Se essas “coisas” não nos realizam, não é melhor nos apegar a outras coisas? Também temos as informações que apresentam um momento agradável de evolução, mudança de valores, gestos humanitários e momentos de espiritualidade.

O QUE COMER?  Como é interessante que a cada época do ano há uma produção de determinadas coisas na natureza. No inverno, há abundância de laranjas e limões; no verão, mangas, melancias, etc. Por que será isso? Será que tem algo a ver conosco? Por que será que o médico diz que a pessoa está com suas “defesas baixas”? – Quem possui defesas são os lutadores de Box, judô, sumô ou segurança particular. Por que a nossa imunidade fica baixa? Tudo tem a ver com o que se faz no dia-a-dia. Se tivermos o costume de dormir o suficiente, não nos estressamos e nos alimentamos bem. O importante não é encher a barriga, porque nossos ossos, músculos, nervos, sangue, etc., são formados pelo que ingerimos de bom ou de ruim. Nosso organismo precisa de muita água e de outros nutrientes, tais como carboidratos contidos em arroz, massas, pães, batatas, etc., de proteínas existentes no leite, queijo, feijão, etc., de vitaminas, sais minerais e outros elementos presentes nas frutas, hortaliças e peixes. Não é triste ver o país tão grande como o nosso que muito produz de alimentos e tem milhares de quilômetros de costa banhados pelo mar, ter tanta gente desnutrida e passando fome, principalmente por falta de informações sobre o que comer? Para se curar anemia, devemos ingerir alimento com ferro e aí está a “juçara” ou assai; é necessária também a vitamina “C” encontrada nas frutas e hortaliças. Por outro lado, o tradicional “feijão com arroz” está entre os alimentos mais completos. Você tem pensado sobre o que ingere?

SÍMBOLOS RELIGIOSOS  Os símbolos religiosos estão em geral relacionados com a identidade das religiões, e que se manifestam através de objetos, textos, cores, sons, vestimentas, os aspectos normativos ou as verdades fundamentais da religião. As religiões possuem certos símbolos que expressam mais diretamente a sua identidade.   O peixe nos tempos do primitivo Cristianismo; a cruz (instrumento de suplício) no Catolicismo; a lua crescente (Hilal) no Islamismo; a estrela de Davi no Judaísmo; três figuras (Trimurti) no Hinduísmo; a roda (roda da lei) no Budismo; etc.  Para entendermos melhor a simbologia religiosas, devemos recuar na história. . . Todos já ouvimos falar das antigas gravuras de animais encontradas nas cavernas, representando manifestações dos povos antigos, dos primórdios da humanidade, de mais de 40 mil anos atrás. Essas gravuras eram associadas aos animais de difícil dominação pelos homens das cavernas. A sua agilidade, o seu grande porte e a sua força e ferocidade impunham tremendo respeito àqueles seres humanos, fazendo com que se transformassem em símbolos sagrados, quando não eram adorados como divindades, a exemplo da vaca e do elefante, pelos hindus.

O que é um símbolo religioso? – É um código, um sinal de reconhecimento e de identificação. Os primeiros cristãos se reconheciam mutuamente por duas linhas que formavam a figura de um peixe.  São muitos os símbolos que têm a função de identificação, secretos ou não, nos meios religiosos: um pequeno ponto pintado na fronte, um objeto preso ao corpo, uma forma diferenciada de se vestir, um anel, um aperto de mão, um crucifixo ao pescoço, etc. Por exemplo: a pomba branca e a bandeira branca representam um sinal adotado como de Paz. O fogo e a água são certamente os elementos de uso simbólico mais universal nas religiões. Os símbolos são formas concretas de expressão de fé, dentro das diferentes situações culturais. O que acontece muitas vezes, em certas religiões, é o fenômeno de “divinização dos símbolos”. Nesses casos o símbolo acaba recebendo atributos de divindade ou de força sagrada. O símbolo passa então a ser um objeto de fé, principalmente no meio religioso mais popular, onde existe o desconhecimento do assunto. Certamente que isso não deve ser feito e devemos refletir sobre a nossa fé e sobre tudo isso... Na Doutrina dos Espíritos não existem símbolos; temos dois lemas: “Espíritas instruí-vos, espíritas amai-vos” e o outro que diz: “Fora da Caridade não há Salvação”.

Paz, harmonia e saúde, desejo para todos.



 Bibliografia:
 Revista “Mundo Jovem”
 Fred Mc-Grand, Edgar Kupler
 Albert Schweitzer
 Jesus, Allan Kardec
 + acréscimos.


Jc.
S.Luis, 10/12/1998
Refeito em  25/04/2017.