domingo, 16 de janeiro de 2011

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Apresentação

Há 25 anos, quando da chegada da Aids ao Brasil, e a divulgação dos primeiros casos da doença e das imagens dos seus primeiros pacientes no hospital, provocou entre a população, um forte impacto e um medo dessa nova e desconhecida doença, associada a uma experiência dolorosa, que provocava a morte rápida e inevitável.

Essa visão ameaçadora da Aids, que se espalhou entre as pessoas, finalmente, foi minimizada pela recente descoberta da terapia combinada de medicamentos anti-retrovirais, distribuídos de graça pelo Estado aos portadores do vírus de imunodeficiência humana, o HIV, agente infeccioso causador da síndrome da imunodeficiência adquirida, popularmente conhecida entre nós com o nome de Aids. Trata-se de uma doença incurável que atinge cada vez mais jovens, mulheres e crianças, principalmente das classes sociais mais pobres, obrigando o Governo a enfrentar um grande desafio: Como fazer chegar ao cidadão comum informações corretas sobre a Aids e as outras doenças sexualmente transmissíveis, as chamadas DST; e principalmente como convencê-lo da necessidade da adoção de novos comportamentos para que se previna das DST e evite se infectar pelo HIV.

O Ministério da Saúde em parceria com outras entidades, produziu o livro “Aprendendo sobre a Aids e as Doenças Sexualmente Transmissíveis”. Daqui por diante, será o companheiro constante de quem precisar da orientação mais segura para proteger a sua saúde e bem-estar destes tempos de epidemia de Aids.

José Serra – Ministro da Saúde. (2000)

Vamos agora, como se fossemos um Agente Comunitário de Saúde, falar sobre alguns esclarecimentos desse livro, para sabermos como nos prevenir dessas doenças, porque algumas são graves e outras ainda não têm cura. Inicialmente chamamos a atenção para duas coisas: A prevenção, isto é, como tomar cuidado para não pegar os micróbios que causam as doenças; a solidariedade, que é o amor, o apoio da família e dos amigos para com as pessoas que estiverem com uma dessas doenças. Vamos então abordar primeiro as Doenças Sexualmente Transmissíveis, mais conhecidas como DST. Para falar dessas doenças vamos ter que falar de coisas relacionadas com sexo. Muitas pessoas têm vergonha ou não gostam de falar disso, mas o sexo faz parte da existência, como sentir, pensar, beber, comer e dormir.

Falaremos do parceiro sexual, isto é, o companheiro ou companheira de uma pessoa na relação sexual; tanto faz ser homem ou mulher. As pessoas precisam conhecer bem seu corpo, principalmente seus órgãos genitais, pois é nos órgãos genitais que as DST mais aparecem. Os órgãos genitais do homem e da mulher se apresentam de duas maneiras: - os que nós vemos, chamamos de órgãos genitais externos; - outros que só podem ser vistos por exames médicos ou com o auxílio de certos aparelhos e chamados de órgãos genitais internos.

As informações que passaremos a descrever devem contribuir para que você possa se prevenir das DST e do vírus da Aids, e orientar o que fazer, quando se tem uma DST ou o vírus da Aids, e ajudar os que necessitam de auxílio. O que são as Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST? - São doenças causadas por vírus, bactérias ou outros micróbios e transmitidas, principalmente, nas relações sexuais. Muitas pessoas chamam de doenças venéreas, doenças de rua, doenças do mundo. Ter relação sexual faz parte da existência das pessoas. Cada pessoa escolhe com quem quer ter relação sexual. Assim, temos a relação de homem com mulher, de homem com homem, de mulher com mulher. Em qualquer relação sexual podemos pegar ou passar uma DST. A cada dia tem mais pessoas pegando uma DST. E por que isso acontece? Porque muitas pessoas não sabem o que são as DST. Como a pessoa que está infectada pode não aparentar ou sentir nada, considerando-se, dessa forma, saudável, pode não adotar cuidados de prevenção.

Quem é mais atingido pelas DST? – Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas que tem relações sexuais sem proteção da camisinha. – Essa é a moral que prescrevem; ela poderia ser bem aceita nos tempos antigos, onde era desconhecida a moralidade e os ensinos de Jesus. Hoje, entretanto, o melhor conselho é evitar o máximo possível às relações com outras pessoas, a não ser um único parceiro sexual. Assim se elimina qualquer risco de contágio.

Como saber se estamos com uma DST? – Existem alguns sinais e sintomas que determinam uma DST, porém só os profissionais de saúde sabem identificar corretamente a doença e indicar o remédio certo. Não devemos fazer tratamento receitado por amigos parentes ou pelo atendente de farmácia. Se tomarmos o remédio errado ou o remédio certo em dose errada, por um período de tempo, a doença pode até melhorar, mas voltará em pouco tempo. Esse erro pode fazer o micróbio ficar mais forte e, por isso, resistente ao tratamento certo. O tratamento certo cura e DST e evita passar a doença para outras pessoas, em relações promíscuas.

Quais são os sinais da DST? - os sinais e sintomas aparecem, principalmente, em nossos órgãos genitais, podendo aparecer também em outras partes do nosso corpo.
Eles se apresentam como feridas, ou úlceras, onde o micróbio da doença entrou no corpo, e podem ser uma ou várias feridas, podendo doer ou não, e aumentando o risco de pegar o vírus da Aids; corrimentos, que podem ser amarelos com pus e esbranquiçados, alguns tendo cheiro forte e ruim. Tem pessoas que não sentem nada. Na mulher, quando o corrimento é pouco, só é visto pelo profissional de saúde ao fazer o exame ginecológico; verrugas, que são caroços enrugados que não doem, às vezes dão coceiras ou irritação. O tratamento não mata o vírus da DST, só destrói a verruga. É preciso o acompanhamento do médico para que as verrugas não
aumentem as chances de câncer do colo do útero e do pênis, e nas gestantes, podem causar sangramento e infectar o bebê.

Quais são os sintomas das DST? – Ardência ou coceiras; esses sintomas podem ser
sentidos ao urinar ou durante as relações sexuais; - dor ou mal-estar , que podem se
manifestar embaixo do umbigo ou na parte mais baixa da barriga.

O que devemos fazer estando com um sinal ou sintoma da DST? – Devemos procurar logo um serviço de saúde. Se estivermos com uma DST: a- temos que: falar com quem se tem relação sexual para ir também ao serviço de saúde; b- fazer o tratamento indicado pelo serviço de saúde, até o fim; c- evitar ter relação sexual; d- voltar ao serviço de saúde para fazer a revisão (controle de cura), sendo que as mulheres devem fazer também o exame preventivo de câncer de colo do útero, e mantê-lo em dia conforme indicação do médico. Existe tratamento para quase todas as DST; são fáceis, e se curam, quando se descobre e se trata logo a doença.

Como fazer o tratamento da DST? – Tomando de forma correta o remédio indicado pelo serviço de saúde. Cada DST tem um tipo de tratamento e só o profissional de saúde poderá avaliar e fazer a indicação. Para fazer o tratamento certo é preciso: a- tomar o remédio indicado; b- tomar o remédio na quantidade e nas horas certas; c- continuar o tratamento até o fim, mesmo que não se tenha mais nenhum sinal ou sintoma; d- exigir do parceiro sexual que também faça o tratamento, evitando a reincidência e passar a doença para outras pessoas.

O que acontece quando não se faz o tratamento certo da DST? – Temos complicações graves da doença e estamos em risco de pegar outra DST, ou o virus da Aids. Essas complicações podem ser: a- esterilidade no homem e na mulher, não podendo mais ter filhos; b- inflamação dos órgãos genitais, com infecção em todo o corpo; c- mais chances de ter câncer de colo do útero e do pênis; d- nascimento de bebês antes do tempo, com defeito e até a morte do bebê na barriga da mãe.

Que situações aumentam o risco de se pegar uma DST? - a- Relações sexuais com várias pessoas, o que caracteriza uma pessoa adúltera e sem princípios morais, e sem a camisinha preconizada pelo MS; b- usar drogas injetáveis, compartilhando agulhas, isto é, várias pessoas usando as mesmas agulhas; c- pessoas que tomam transfusão de sangue que não foi testado. A Aids, a sífilis e as hepatites B e C são DST graves, porque podem levar às complicações e até à morte.

Como fazer a prevenção da DST? – Segundo o Ministério da Saúde, basta apenas usar camisinha nas relações sexuais. Para os cristãos sinceros a recomendação vai mais além: Ter moral, não ser adúltero, evitando ter relações com outras pessoas, que não seja o companheiro ou a companheira.

O que é sífilis? – A sífilis é uma DST, que se propaga principalmente durante as relações sexuais. A sífilis tem cura e seu tratamento é simples, barato e rápido.
O que é sífilis congênita? – É a sífilis que o bebê pega da mãe durante a gravidez.
A mãe passa o micróbio pelo sangue, através da placenta, para o bebê. Como já dissemos, o tratamento da sífilis é simples, já o tratamento da sífilis congênita é mais complicado, castigando muito o bebê e é caro. Então, para evitar que o bebê pegue sífilis, os médicos recomendam que toda gestante faça exames para sífilis. O pré-natal é muito importante, porque a gestante faz o exame para saber se tem sífilis e para descobrir se tem outros problemas.

Como saber se temos sífilis? – Somente fazendo um exame de sangue. Muita das
vezes a pessoa infectada pelo micróbio da sífilis não sente nem percebe nada em seu corpo. Para saber se está infectada, é necessário fazer um exame de sangue. Outras vezes a pessoa desconfia que está com sífilis quando observa uma única ferida que não dói, nos órgãos genitais, ou ainda quando vê manchas pelo corpo, nas palmas da mão e na sola dos pés. O exame e o tratamento da sífilis, principalmente para as gestantes, toda mulher que quer engravidar e seus parceiros sexuais, devem fazer o exame que é gratuito na rede pública de saúde. Exija, é um direito seu.

Como a sífilis se apresenta no corpo? – A sífilis é uma doença traiçoeira que vai atacando o corpo aos poucos. Ela se não for tratada em tempo, se apresenta em três fases: a- Aparecimento de uma ferida no lugar onde o micróbio da sífilis entrou no corpo; isso acontece nas 2 ou 3 semanas depois da infecção. A ferida não dói e some sem tratamento, mas o micróbio continua no corpo da pessoa e ela pode infectar outras pessoas; b- manchas no corpo, febre e mal-estar; esses sintomas podem aparecer até 6 meses depois da infecção pelo micróbio; c- o micróbio da sífilis ataca os ossos, o coração, a mente e faz com que a pessoa fique aleijada, doente do coração, com problemas mentais e até provoca a morte. A terceira fase da sífilis não tem cura; o remédio mata o micróbio, mas não conserta os estragos que causou no corpo da pessoa.

Como é o tratamento da sífilis da gestante? – a- Ele é feito com penicilina, porém se a mãe for alérgica à penicilina, ela toma outro remédio, nesta caso o bebê não será tratado. b- Ela tem que fazer o tratamento completo e com orientação do médico para curar também o bebê; c- o companheiro da gestante com sífilis também deve fazer o tratamento. A sífilis tem cura e a gestante que for tratada no início, pode até nem passar o micróbio para seu bebê, pois quanto mais cedo for o tratamento da mãe, maior será a proteção do bebê. A sífilis congênita pode causar deficiências físicas, mentais ou até a morte do bebê.

A maioria das mulheres não sabe direito o que sejam as DST e muitas não sabem que o vírus da Aids se pega, principalmente, por relações sexuais promíscuas, e acham que essas doenças estão muito longe delas e de seus filhos.

O que é a Aids? – A Aids é uma doença causada por um tipo de micróbio, um vírus, chamado HIV. Esse vírus vai tornando a pessoa fraca e assim ela pode pegar várias doenças. Ela é traiçoeira, ataca e vai destruindo os globos brancos, que são as células que fazem a defesa do corpo contra as doenças, e quando entra no corpo a pessoa pode não sentir nada. Essa pessoa é chamada de portadora do HIV ou soropositiva para o HIV, e quando pega várias doenças se diz que ela tem Aids. Os portadores do HIV, no início da infecção, são pessoas que aparentam ter saúde, e por estarem infectadas, podem passar a doença para outras pessoas.

Que exame se faz para saber se tem o vírus da Aids? – O exame de sangue, o teste anti-HIV. Antes e depois do teste, a pessoa deve fazer um aconselhamento, conversando com um profissional de saúde, um médico. O aconselhamento antes do teste ajuda a pessoa a tirar dúvidas sobre a transmissão e a prevenção do HIV e de
outras DST, para saber se está ou não infectada pelo HIV ou outro micróbio.

Como podemos pegar o vírus da Aids? – O HIV passa de uma pessoa infectada para outra, através de quatro líquidos produzidos pelo nosso corpo: a- sangue; b- esperma; c- líquido da vagina; d- leite do peito da mãe infectada para o bebê. O vírus da Aids se transmite, principalmente, pela relação sexual. Também é transmitida quando usamos drogas injetáveis, compartilhando agulhas e ainda, durante a transfusão de sangue. Se pega a doenças, como o vírus das Hepatite B e C e o vírus da Aids, usando objetos que furam ou cortam, sem serem esterilizados. Sendo assim, tatuadores, manicures, médicos, dentistas e outros que trabalham com objetos que cortam ou furam, precisam esterilizar seus instrumentos. A mãe infectada pode transmitir para o seu bebê; na gravidez, no parto e na amamentação.

Onde fazer o teste anti-HIV? - Pode ser feito em alguns hospitais e Centros de Saúde e nos Centros de Testagem e Aconselhamento. Nos CTA, se não quisermos, não precisamos dizer o nome; recebemos um número e com ele se faz o teste, que é de graça, e se pega o resultado. Se na sua cidade não houver um local para fazer o teste, os agentes comunitários de saúde podem indicar o local mais próximo.

O que o HIV pode fazer no corpo da pessoa? – O corpo de cada pessoa reage diferente. Tem pessoas que não apresentam nada; outras, em algumas semanas depois, ficam com febre, vermelhidão no corpo, dor de garganta, dor nas juntas, caroços no pescoço, debaixo do braço e na virilha, mas isso desaparece e a pessoa não sente mais nada, e muito delas demoram uns dez anos para começar a apresentar os primeiros sintomas da infecção.

O que acontece com alguém que tem o vírus e não tem acompanhamento médico? - O HIV vai destruindo cada vez mais as defesas do corpo, e se continuar sem tratamento, a destruição dos glóbulos brancos, as células de defesa do corpo é muito grande. Então as doenças oportunistas se manifestam, e as mais comuns são: a- pneumonia; b- tuberculose; toxoplasmose; c- um tipo de câncer de pele chamado Sarcoma de Kaposi. Quanto mais tiver doenças no corpo, mais difícil será controlar as doenças. Os remédios não curam, mas diminuem a quantidade de HIV no corpo. A pessoa que tem o HIV não precisa ser internada porque o tratamento pode ser feito em casa, ficando a internação para a pessoa que precisa de tratamento especializado. Faz parte do tratamento, comer alimentos variados, frescos e tomar banho de sol de manhã. O carinho, o amor da família e dos amigos podem ajudar. A gestante infectada deve tomar o AZT para proteger o seu bebê e evitar que ele nasça com o HIV, e só depois de 18 meses é que vamos saber se ele pegou o vírus.

Como as pessoas podem se proteger? – A melhor forma é a prevenção, evitando as situações de risco: a- Ter relações sexuais seguras com um só parceiro; b- Não compartilhar agulhas; exigir sangue testado; procurar um médico quando suspeitar de algo anormal; e evitar coisas que cortam e furam, usadas por outras pessoas.

Aqui terminam as orientações do livro “Aprendendo sobre a Aids e as Doenças Sexualmente Transmissíveis”, produzido pelo Ministério da Saúde.
André Luiz, no livro “No Mundo Maior”, cap. 11, afirma: “A sede de sexo não se acha no corpo grosseiro, mas na alma, em sua sublime organização. Compreendemos que na variação de nossas experiências adquirimos, gradativamente, qualidades divinas, como seja a energia e a ternura, a fortaleza e a humildade, o poder e a delicadeza, a inteligência e o sentimento, a iniciativa e a intuição, a sabedoria e o amor, até lograrmos o supremo equilíbrio em Deus. Mais da metade dos milhões de espíritos encarnados na Terra, de mente fixa nos movimentos instintivos, concentram suas faculdades no sexo, do qual se derivam os mais vastos e freqüentes distúrbios nervosos”.

Em “O Livro dos Espíritos”, nas questões 201 e 203 os Espíritos Superiores esclarecem a Kardec que “o espírito pode reencarnar ora em um corpo feminino e ora em um corpo masculino, considerando-se as provas a cumprir, ou seja, as competências, faculdades, atributos a desenvolver para ampliação de suas potencialidades divinas”. Por fim, lembramos as palavras de Emmanuel no prefácio do livro “Vida e Sexo”: “Não proibição, mas educação; não abstinência imposta, mas emprego digno com o devido respeito aos seus sentimentos e dos outros; não indisciplina, mas controle; não impulso livre, mas responsabilidade”.

Heterossexuais, homossexuais, bissexuais; a revista “Isto É” comenta uma quarta
classificação que se está fazendo notar cada vez mais entre os especialistas do
assunto: os “assexuais”. Dados levantados por pesquisadores e casos de pessoas que, sem estarem sofrendo perturbações emocionais ou sob medicação, simplesmente não possuem libido sexual esperada pelos padrões sociais. É o caso do escritor André Romano, 28 anos, - a sete anos sem fazer sexo – que afirma “Troco o sexo por atividades culturais e sou muito feliz assim, não sinto falta. Tenho sentimentos, não tesão”. A professora Sandra Ramos, 24 anos – há três anos sem sexo – “Troco, por um encontro com os amigos. Nunca foi agradável; para mim era mecânico”. Suzane Frutuoso, autora do artigo na revista, termina afirmando: “Talvez a assexualidade seja apenas o sinal de que um mundo tão sexualizado está à procura de um ponto de equilíbrio”.

A evolução do impulso criador proporciona ao ser humano ser feliz sem sexo. Os assexuais, pessoas que não sentem desejo, começam a assumir sua identidade”. Futuramente essa evolução irá colaborar na extinção das doenças que tanto vem causando sofrimento aos seres humanos. . .


Bibliografia:
Livro: “Aprendendo sobre a Aids e as Doenças”
“ “No Mundo Maior”
“ “O Livro dos Espíritos”
Jornal “Brasília Espírita” nº. 168


Jc.
S.Luis, 10/01/2011

HANSENÍASE - DOENÇA CÁRMICA

HANSENÍASE – DOENÇA CÁRMICA

Cientes de que Deus é Amor, Sabedoria, Misericórdia e Justiça Infinita, chegamos a compreensão de que as doenças cármicas, isto é, aquelas doenças que não sabemos porque as adquirimos, são em realidade a oportunidade de reeducação do espírito desequilibrado. E dentre estas, a hanseníase se apresenta como a de melhores condições para cumprir com o papel de re-educadora, pois que é uma doença benigna; não mata.

Assim, o portador dessa doença terá que conviver, enquanto não vier a cura, com os problemas físicos e morais que ela causa, quais sejam: Deformações nas mãos, pés e vistas os impedem de participar do mercado de trabalho, às vezes, tornando-os dependentes do Estado ou da família, e, em algumas circunstâncias, nem com a família contam, porque esta também o rejeita. Estará ele muitas das vezes confinado a pequena área de uma residência ou de um hospital, pois, além das seqüelas conseqüentes da doença, seu portador se depara com uma desumana rejeição da sociedade, a qual, tendo “lepra” na cabeça, não aceita conviver com aquele que tem hanseníase no corpo.

O nome “lepra”, o mais negativo dos termos médicos, faz reviver os tempos em que os doentes eram expulsos das cidades, obrigados a andarem com sinetas para avisarem que eram portadores da doença e segregados nos “vales dos imundos”. No Brasil, a Lei nº. 9010, de 29 de março de 1995, substituiu a antiga nomenclatura pelo nome de Hanseníase, num resgate cultural à memória do Dr. Hansen, o primeiro a identificar e isolar o bacilo causador dessa doença de pele, que ataca também os membros periféricos; braços, mãos, pernas, pés e rosto. Hoje, todas as doenças de pele têm nomes: Escabiose, Vitiligo, Eczema, Pênfigo, Foliáceo, Lupos e Hnseníase.

Atualmente os antibióticos existentes curam essa doença em curto tempo e, se o tratamento for feito logo no início, quando aparecem os primeiros sintomas, ela não deixa nem marcas, não produzindo seqüelas, não dando oportunidade à rejeição social. Todo o tratamento é ambulatorial, não havendo necessidade de o doente deixar o trabalho, a escola, ou o convívio da família. O tratamento é feito no Posto Médico ou de Saúde que fornece gratuitamente toda a medicação, sendo a própria pessoa a tomar sua dose diária de comprimidos.

A doença é de baixo índice de contágio, pois é preciso uma convivência íntima e prolongada com o portador da doença, para ela ser adquirida e se desenvolver e, muitas das vezes nem existe o contágio. Além disso, mais de 80% das pessoas não desenvolvem a doença; nascem como se fossem vacinadas. Só
20% é que são contagiadas, o que só é explicado pela ciência espírita. Há espíritos que fizeram mal aos seus semelhantes e à Humanidade, não respeitando as Leis Divinas e voltam em nova existência para serem contidos, resgatarem suas dívidas e aprenderem que, acima deles, existe um Ser Superior que dá a cada um segundo as suas obras e para que possam despertar
para a sublime lição do “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”.
Toda a atenção deve ser dada a área de insensibilidade (dormência) em qualquer parte do corpo, acompanhada ou não de manchas, cãibras constantes, borda da orelha inchada, caroços na região das sobrancelhas, caroços outros como se fossem uma alergia, porém secos e sem coceiras, queda de pelos das sobrancelhas ou dos cílios, sintomas esses que podem aparecer isolados ou associados, mas que podem comprovar de forma positiva a presença do micróbio.

Esses sinais são o início da doença, alertando-nos a procurarmos o Posto Médico ou de Saúde, na área da dermatologia, que possibilitará comprovar mediante teste, se é a doença ou não, e no caso positivo, tratar-nos e curarmo-nos da doença sem maiores dificuldades. Mesmo que a doença só seja descoberta em estágio mais avançado, a partir do início do tratamento, ou sejas, na primeira semana, já não haverá mais risco de transmissão da doença, pois os antibióticos usados acabam, de imediato, com os micróbios.

Se alguém íntimo foi contagiado, foi antes de iniciado o tratamento, pois, após seu início, não há mais risco para os que trabalham ou convivem com o paciente. Também por esta razão, não há necessidade de separação de corpos, pratos, talheres e roupas de um modo geral, pois o micróbio não vive fora do corpo humano. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a doença – qualquer que seja seu estágio – é curada em 30 dias com aplicações diárias de comprimidos de OFLOXACIN ou PEFLOXACIN.

Diante do quadro atual, entendemos que não havendo mais tantas transgressões contumazes das Leis Divinas como no passado, para resgates nesse sentido, Deus permite a cura nesse curto espaço de tempo. Cessada a causa, cessam os efeitos. Progredindo moralmente, as pessoas melhoram o orbe em que vivem contribuindo para desaparecer essas doenças que são carmas do Espírito.

Como estamos ainda vivendo num mundo de provas, sofrimentos e expiações, outras formas de doenças regenerativas nos visitam, trazendo tristezas, dores e mortes dada a nossa condição de seres ainda imperfeitos e renitentes, afastados das Leis de Deus, enquanto outras desaparecem. Entretanto, no limiar de uma Nova Era que se aproxima, onde a Terra passará por profundas modificações e transformações, dentre estas, a substituição de espíritos inferiores por espíritos mais evoluídos, estas calamidades e outras mais, que se apresentam atualmente, não terão mais razão de existirem em nosso planeta, que passará a ser de regeneração, conforme tem sido anunciado pelos Espíritos Superiores.

Se permaneceremos na Terra, ou se seremos retirados dela para outros mundos, somente nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações poderão responder... Que a Paz do Senhor esteja conosco e a Sua luz nos ilumine.

Jc.
S.Luis, 23/8/2005