segunda-feira, 20 de maio de 2019

A REALIDADE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL




 
A Constituição de 1934 criou a Previdência e foi a primeira a estabelecer o custeio tríplice da Previdência Social, com a participação do Estado, dos empregadores e empregados.
Art.121 – A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do País.
§ 1º -  A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de outros que colimem melhor as condições do trabalhador:
h) – Assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho e morte do associado.
A Constituição de 1967:
 Art.158 – XVI – Previdência Social, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, para o seguro-desemprego, proteção da maternidade e, nos casos de doença, velhice, invalidez e morte.
§ 1º - Nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício compreendido na previdência social será criada, majorada ou estendida, sem a correspondente fonte de custeio.
O Decreto-Lei 564 de 1º/5/1969, estendeu a Previdência Social aos trabalhadores rurais, sem a necessária fonte de custeio, em desacordo com a Constituição de 1967.
Na Constituinte de 1988, constatou-se na Constituição Federal que se pode observar a ampliação da rede de custeio, mantido o caráter contributivo da Previdência Social, conforme salienta o Art. 195: Cabe ao Estado, uma junção dúplice, como tomador de serviços e como organizador e distribuidor dos concursos de prognósticos, cabendo também ao empregador e aos empregados das lotéricas, integrar a rede de custeio da Previdência Social.
Como é feito o custeio da Previdência Social  (Regime geral),
1º Os empregadores (contribuições sobre a folha de salários);
2º Os trabalhadores/empregados (contribuição s/os salários);
3º O Governo que deveria entrar com sua parte nunca contribuiu. Quem contribue é toda a sociedade por meio do (Cofins, da CSLL) pagos pelos empresários e as Loterias Federais e de Prognósticos. Esses encargos atribuídos à sociedade servem como um dos objetivos fundamentais do Estado brasileiro, qual seja, a erradicação da miséria e da marginalização (Constituição, Art.3º, III) visando a redução das desigualdades sociais que afetam a harmonia social. Em outras palavras: A  Previdência Social, no Brasil, não é somente instrumento de seguro social (aposentadorias e pensões), mas também instrumento (inadequado é verdade) de erradicação da miséria.
No recente Decreto nº 8676 de 19/2/2016, que trata da situação e programação financeira do Poder Executivo para 2016, consta a estimativa de um déficit de R$- 130 bilhões para a Previdência Social urbana e rural (arrecadação de R$-366 bilhões e despesa de R$-496 bilhões). No mesmo ato, são estimadas as receitas de R$-222 bilhões para o Cofins  e R$-67 bilhões para a CSLL,  fazendo o total das receitas em R$-655 bilhões, suficientes para cobrir o “déficit” da Previdência Social de R$-496 bilhões, e atender as despesas com a Assistência Social (embutida na despesa da Previdência) e as demais ações na área da Saúde, sem falar nas receitas oriundas das loterias de prognósticos que foi criada exatamente para custear a Previdência Social. Por que todos que falam da Previdência Social, não mencionam as receitas do Cofins da CSLL e da grande arrecadação mensal que faz a Caixa Econômica na exploração das loterias de prognósticos?
Em tais condições, não há nenhuma hipótese de “explosão” nas contas da Previdência Social, o que não afasta a necessidade de redução da despesa com os benefícios previdenciários, e a elevação da receita mediante a eliminação de privilégios. Para isso, as primeiras medidas devem ser a revogação das isenções das entidades que não prestam a Assistência Social.  Outra medida já proposta, é a  separação
anunciada em 2008 pelo ministro da Previdência Social, mas não concretizada, entre as contas da previdência urbana, ainda superavitária e da previdência rural, de caráter assistencialista e altamente deficitária, (a Constituição incluiu na Previdência 6 milhões de trabalhadores rurais, que nunca contribuíram  para o sistema social).
A questão central quanto ao custeio da Previdência Social é o desconhecimento generalizado e ás vezes proposital de uma norma da Constituição: “A Previdência Social no Brasil não é custeada tão somente pelos empregadores,  empregados e o Estado, mas também – este é o ponto de importância fundamental – por toda a sociedade. “Com efeito, o citado artigo 195 da Constituição preceitua que a Seguridade Social (abrangendo a previdência, a assistência social e as ações na área de Saúde) será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios e também das contribuições sociais” e ainda pelo “Cofins, CSLL, e as Loterias Federal de Prognósticos, exploradas pela C.E.F.”. O governo federal deveria também  PROCEDER A COBRANÇA DA DÍVIDA DE BILHÕES que as empresas devem, referentes à Previdência e outros tributos. Eis alguns dos maiores devedores: 1ª A Vale do Rio Doce;  2ª JBS (do Wesley Batista) devendo R$-2.395 bilhões; 3ª Petrobrás; Bradesco, Gerdau; Fíbria; Eletropaulo; Braskem; Pão de Açúcar; Volkswagen; Prefeitura de São Paulo; Caixa Econômica; Correios; Estado do Rio de Janeiro; Marfrig e outras empresas. O valor total da dívida de todos eles até 2017 com a Previdência chega a R$-424 bilhões de reais, muito superior aos 130 bilhões de déficit alegado na época.
O Desperdício do Patrimônio da Previdência Social:
Desde a criação da Previdência Social em 1934, os empregadores e empregados passaram a contribuir compulsoriamente, porém o Governo Federal que deveria também contribuir, nunca contribuiu,  se omitiu e se fez o gestor do patrimônio, e como até 1964, apenas havia receita em virtude de não ter aposentadorias a pagar, (exceção de algumas por motivo de invalidez e morte) o depositário do patrimônio (Governos Federais) e se tornou infiel, delapidando o patrimônio que deveria ser guardado para o pagamento das aposentadorias aos empregados, após 30 anos depois,(1964) ou seja quando os empregados começaram a se aposentar.
O dinheiro da Previdência foi gasto com a compra de prédios em muitos estados, cujo valor chegou a vários milhões;  a compra do Porta-aviões S. Paulo, sucateado, que a França ia desativar e que custou12 milhões de dólares + 90 milhões de dólares em reformas, para continuar ancorado na Ilha das Cobras; a construção de Brasília que custou 1,5 bilhão de dólares; a construção da rodovia Belém-Brasília que custou ao país, 1,5 bilhão de dólares; a rodovia Transamazônica, que custou aos cofres públicos 2 bilhões de dólares; a Ponte Rio-Niterói, que custou 400 milhões de dólares; a construção da Usina de Itaipu, que custou 17.5 bilhões de dólares, sem que o Paraguai desse um único vintém; a Ferrovia Norte-Sul, ainda por concluir, que já gastou 5.1 bilhão de reais; a Transposição do Rio São Francisco, que já consumiu 9.6 bilhões de reais e ainda não foi concluída.
Algumas dessas obras eram necessárias, outras porém, simplesmente foram dinheiro  desperdiçado, como a compra do porta-aviões São Paulo que nunca saiu do porto; a construção da rodovia Transamazônica, até hoje intrafegável, e a construção da Usina de Itaipu, em parceria com o Paraguai, sem que este país tenha contribuído com um real para a construção, ficando com metade da energia gerada, para compensar o povo paraguaio por ter sofrido o vexame de ter de andar a pé, enquanto os soldados brasileiros, no país vizinho, andavam a cavalo, na pós guerra do Paraguai contra o Brasil.    
 “O brasileiro é tão bonzinho...” já dizia a artista Kate Lira, sobre esse assunto.
Serão os trabalhadores os responsáveis pela atual situação?
O que parece um absurdo é que apenas os trabalhadores e seus dependentes são os “bodes expiatórios” e considerados os responsáveis pelo descalabro das finanças do Governo. Ninguém fala sobre o desperdício de dinheiro nas obras acima mencionadas, e os prejuízos causados pelos altos salários dos funcionários federais e das estratosféricas aposentadorias do Judiciário; dos numerosos membros do governo ganhando fortunas; dos membros dos Legislativos (Senado e Câmara)  com altos rendimentos e muitas mordomias, alguns, ainda com algumas maracutaias, e das suas aposentadorias vitalícias;
sem falar dos governadores que ao deixarem o cargo, ainda são contemplados com uma gorda renda vitalícia pelo resto da vida; a Justiça que consome 80 bilhões de reais por ano, com  membros do Judiciário com salários altíssimos que as vezes passam dos R$-100 mil reais por mês, e com aposentadorias estratosféricas, cujos juízes se dizem preocupados com a Justiça Social e não dão conta de que são beneficiados por uma concentração de renda mais espetacular do mundo, enquanto a lei determina que nenhum servidor público deve e pode ganhar mais do que um Ministro do S.T.F.     
Até os criminosos que estão presos custam e ganham mais do que qualquer um trabalhador honesto, sem falar no salário mínimo atual de (998 reais) que segundo a Lei, deve servir para garantir a sobrevivência de três pessoas, e que não dá nem para satisfazer as necessidades de apenas uma pessoa.    Isso até parece uma piada;  ou “Isto é uma vergonha” no dizer de Boris Casoy.

Fontes:
Internet – Previdência Social e outros assuntos
Revista “Veja” nº 2.505 de 23/11/2016
Revista “Época” de 12/6/2017
Artigo do articulista; J.R.Guzzo.
+ Acréscimos e Comentários

Jc.
São Luís, 6/5/2017
Refeito em 20/4/2019

AS CONTRIBUIÇÕES À CATEDRAL DE NOTRE-DAME





 
A bilionária brasileira Lily Safra sentindo o coração ferido pelo incêndio da Notre-Dame, fez uma doação de 10 milhões de euros (44 milhões de reais), para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame, em Paris, parcialmente destruída por um incêndio na segunda-feira dia 15/4/2019. A informação foi confirmada à “Veja” pela Fundação Filantrópica “Edmond J. Safra” presidida por Lily. A gaúcha Lily é uma das pessoas mais rica do mundo e é conhecida por suas diversas atividades filantrópicas no Brasil e no mundo.
O jornal francês “Le Monde” diz que a doação de Lily é uma das mais altas, feita à reconstrução da Catedral em Paris. O valor é maior do que o enviado pelo Grupo Disney (39 milhões) que produziu na Catedral, o filme de animação “O Corcunda de Notre-Dame”, em 1939.
A família Safra morou no Brasil onde fundou o Banco Safra S/A., que atualmente é controlado pelo irmão de Edmond, Joseph o brasileiro mais rico do mundo, segundo a revista “Forbes”. Em suas principais áreas de atuação, Lily destaca a pesquisa em doenças neuro-degenerativas como Alzheimer e Parkinson, está última doença portada por Edmond Safra.
No Brasil ela apoia projetos sociais como um Instituto de pesquisas em neuroengenharia no Rio Grande no Norte e outro de tratamento de esgoto, na Bahia. Lily possui também ações semelhantes em países como Israel e EUA. Além disso, ela é conhecida por possuir um grande acervo de obras de arte .
Eu, tomando conhecimento pela revista Veja-Internet, dessa senhora preocupada com os seus semelhantes,  me fez lembrar de uma passagem descrita no Novo Evangelho, que conta o encontro de Jesus com um muito rico judeu:   
Narra o “Evangelho que Jesus tendo entrado em Jericó, passava pela cidade; e havia um homem chamado Zaqueu, chefe dos publicanos e muito rico que, tendo vontade de ver Jesus para conhecê-lo, não o podia por causa da multidão, porque ele era muito pequeno; por isso correu à frente e subiu em uma árvore para vê-lo, porque ele devia passar por ali; Jesus tendo chegado a esse lugar, olhou para cima e, tendo-o visto, lhe disse: “Zaqueu, apressai-vos em descer, porque é preciso que eu me aloje hoje em vossa casa.” Zaqueu desceu e o recebeu com alegria. Vendo isso, todos murmuraram dizendo: “Ele foi alojar-se na casa de um homem de má vida,” pois ele era um publicano, recolhedor dos impostos para Roma.
Entretanto, Zaqueu, apresentando-se diante de Jesus, lhe diz: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres; e se causei dano a alguém, no que quer que seja, eu lhe retribuirei em quádruplo.” Então Jesus lhe diz: “Esta casa recebeu hoje a salvação, porque este é também filho de Abraão; porque o Filho do homem veio para procurar e para salvar o que estava perdido.” (Lucas, cap. XIX vs. 1 a 10)
Se a riqueza é a fonte de muitos males e se ela provoca as más paixões, Deus não a teria colocado sobre a Terra; cabendo ao ser humano fazer da riqueza o progresso e o bem, porque só se possui o que se pode levar deste mundo;  tudo o mais se deixa, quando partirmos dele.
Essa atitude da senhora Lily Safra, auxiliando algumas entidades filantrópicas, serve de exemplo para que outros bilionários também possam praticar a caridade,  assistindo a outras instituições que necessitam de recursos para promoverem as suas atividades, como as abaixo mencionadas:
1ª Fraternidade Sem Fronteiras  -   -   -   -  Tel. 67–3028-5429
 wwwfraternidadesemfronteiras.org.br    (Campo Grande-MS)

2º A Mansão do Caminho  -   -   -   -            Tel. 71 - 3409-8320
                                                                      (Salvador-Bahia)
Fonte:
Internet
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Jc.
São Luís, 19/4/2019