Quando foi criado este blog, a nossa finalidade era levar os conhecimentos da Doutrina dos Espíritos, a todos aqueles que necessitassem de consolações e de orientações. Entretanto com o tempo, fomos agregando temas morais, biografias de vultos espíritas, normas de saúde e outros assuntos, com que fez crescesse o número, até chegar aos 300 artigos, com mais de 20 mil acessos, em 58 países. Completando 150 anos de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que será comemorado no 4º Congresso Espírita Brasileiro, nas cidades de João Pessoa, Vitória, Campo Grande e Manaus, do dia 11 a 13 de abril, e também os 300 artigos constantes deste blog, e ainda, agradecendo a Deus por possibilitar-me esse trabalho, apresento resumidamente, os vinte e oito capítulos que compõe o referido livro que dá nome a este artigo.
Na
Codificação da Doutrina dos Espíritos, Allan Kardec deixou para tratar dos
temas morais pregados por Jesus, na terceira obra, lançada com o título de
“Evangelho Segundo o Espiritismo”, em 1864. Era tempo de esclarecer as pessoas
sobre a verdadeira orientação religiosa da Doutrina dos Espíritos. A Doutrina
tem Jesus em altíssima conta e baseia suas lições morais nos ensinos do
Nazareno. Daí a importância desse terceiro livro do Pentateuco Espírita. Kardec
afirma: - Nada ensina a Doutrina dos Espíritos em contrário ao que ensinou
Jesus; mas, desenvolve completa e explica, em termos claros, para todas as
pessoas, o que foi dito por Jesus apenas sob a forma alegórica. E é a essa
explicação das máximas morais de Jesus, que se presta o “Evangelho Segundo o
Espiritismo”, para aplicação na nossa existência.
PREFÁCIO
“Os
Espíritos do Senhor que são as virtudes dos céus, iguais a um imenso exército
que se movimenta desde que dele recebeu o comando, se espalham sobre toda a
superfície da Terra; semelhantes às estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e
abrir os olhos aos cegos. Eu vos digo, em verdade, são chegados os tempos em
que todas as coisas devem ser restabelecidas em seu sentido verdadeiro para
dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos. As grandes
vozes do céu ressoam como o som da trombeta, e os coros dos anjos se reúnem.
Homens, nós vos convidamos ao concerto divino; que vossas mãos tomem a lira;
que vossas vozes se unam, e que num hino sagrado se estendam e vibrem de uma
extremidade à outra do Universo. Homens, irmãos a quem amamos, junto estamos de
vós; amai-vos também uns aos outros, e dizei do fundo do vosso coração, fazendo
as vontades do Pai que está nos céus: Senhor!
Senhor! e podereis entrar no reino dos céus”.
O Espírito de Verdade
COMO
INTRODUÇÃO DO LIVRO: O objetivo da obra: Notícias históricas, os
precursores Sócrates e Platão, com o resumo da sua Doutrina, vários séculos
antes do aparecimento de Jesus, semelhante aos ensinos deste, e o controle
universal dos ensinos dos espíritos.
Capítulo 1 – EU NÃO VIM
DESTRUIR A LEI Disse
Jesus: “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; eu não vim
destruí-los, mas dar-lhes cumprimento; porque eu vos digo em verdade que o Céu
e a Terra não passarão antes que o que está
na lei não seja cumprido perfeitamente, até um único jota e um só ponto”.
As três Revelações:
Primeira – Moisés
Há duas partes distintas na
lei mosaica: A Lei de Deus, promulgada no Monte Sinai, e a lei civil ou
disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável; a outra apropriada aos
costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo. A Lei de Deus está
formulada nos dez mandamentos:
1- Eu
sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa de servidão. Não tereis outros deuses estrangeiros
diante de mim. Não fareis imagem talhada, nem nenhuma figura de tudo o que está
no alto no Céu e embaixo na Terra, nem de tudo o que está nas águas sob a
Terra. Não os adorareis, nem lhes rendereis culto soberano;
2-
Não tomeis em vão o nome do Senhor vosso
Deus;
3-
Lembrai-vos de santificar o dia de sábado;
4-
Honrai o vosso pai e a vossa mãe, a fim de
viverdes longo tempo na Terra, que o Senhor vosso Deus vos dará;
5-
Não matareis;
6-
Não cometereis adultério;
7-
Não furtareis;
8-
Não prestareis falso testemunho contra vosso
próximo;
9-
Não desejareis a mulher do próximo;
10- Não
desejareis a casa do vosso próximo, nem seu servidor, nem sua serva, nem seu
boi, nem seu asno, nem nenhuma de todas as coisas que lhe pertencem.
Essa lei é de todos os tempos e de todos os países, e
tem, por isso mesmo, um caráter divino. Todas as outras são leis estabelecidas
por Moisés, obrigado a manter, pelo temor, um povo naturalmente ignorante, turbulento
e indisciplinado, no qual tinha que combater os abusos enraizados e os
preconceitos hauridos na servidão do Egito. Para dar autoridade às suas leis,
Moisés deveu atribuir-lhes origem divina, assim como fizeram os legisladores de
povos primitivos; a autoridade do homem deveria se apoiar sobre a autoridade de
Deus, e só a ideia de um Deus terrível poderia impressionar homens rudes e
ignorantes, nos quais o senso moral e o sentimento de uma justiça eram ainda
pouco desenvolvidos. É bem evidente que, aquele que tinha colocado em seus
mandamentos: “Tu não matarás; tu não farás mal ao teu próximo” não poderia se
contradizer fazendo deles um dever de extermínio. As leis mosaicas, portanto,
tinham, pois, caráter essencialmente transitório.
Segunda - Cristo
Jesus não veio destruir a lei, quer dizer, a Lei de Deus;
ele veio cumpri-la, dar-lhe seu verdadeiro sentido, e apropriá-la ao grau de
adiantamento dos homens da época; e se encontra nessa Lei o princípio dos
deveres para com Deus e para com o próximo, que é á base da doutrina. Quanto às
leis de Moisés propriamente ditas, ao contrário, Jesus as modificou
profundamente, seja no fundo, seja na forma; combatendo sempre o abuso das
práticas exteriores e as falsas interpretações, e não poderia fazê-las sofrer
uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: “Amar a Deus
acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e dizendo: “Aí está
toda a Lei e os profetas”.
Por estas palavras: “O Céu e a Terra não passarão, antes
que tudo seja cumprido até um único jota”, Jesus quis dizer que seria preciso
que a Lei de Deus recebesse seu cumprimento, isto é, fosse praticada sobre toda
a Terra, em toda sua pureza, e em todas as suas consequências, porque de que
serviria ter estabelecido essa Lei, se ela devesse permanecer privilégio de
alguns homens ou mesmo de um único povo? Todos os seres humanos sendo filhos de
Deus são, sem distinção, o objeto da mesma solicitude.
Mas o papel de Jesus não foi
simplesmente o de um legislador moralista, ele veio cumprir as profecias que
haviam anunciado sua vinda; sua autoridade decorria da natureza excepcional de
seu Espírito e de sua missão divina; veio ensinar aos homens que a verdadeira
vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus (Espiritualidade); ensinar-lhes o
caminho que para lá conduz, os meios de se reconciliar com Deus, e os prevenir
sobre a marcha das coisas futuras para o cumprimento dos destinos humanos.
Entretanto não disse tudo, e sobre muitos pontos se limitou a depositar o germe
das verdades que não podiam ser ainda compreendidas, e para compreender o
sentido oculto de certos ensinamentos, seria preciso que novas ideias e novos
conhecimentos viessem dar-lhes a chave, e essas ideias não poderiam vir antes
de um grau de maturidade do espírito humano. A Ciência deveria contribuir para
a eclosão das ideias, o que seria
preciso, pois, dar à Ciência o tempo de progredir.
Terceira – A Doutrina dos
Espíritos (Espiritismo)
A Doutrina dos Espíritos é a
nova ciência que vem revelar aos homens, por provas irrecusáveis, a existência
e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corporal, nos
mostrando não mais como uma coisa sobrenatural, mas como uma força viva e
incessantemente ativa da natureza, como a fonte de uma multidão de fenômenos incompreendidos
e até então atirados, por essa razão, no domínio do fantástico e do miraculoso.
É a essas relações que Jesus faz alusão, em muitas circunstâncias e que ele
disse permanecerem ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. A Doutrina
dos Espíritos é a chave com a ajuda da qual tudo se explica com facilidade.
A lei do Antigo Testamento
está personificada em Moisés; a do Novo Testamento está personificada no
Cristo; A Doutrina dos Espíritos é a terceira revelação da Lei de Deus, mas não
está personificada em nenhum indivíduo, porque a revelação é o produto de
ensinamentos dados, não por um homem, mas pelos Espíritos Superiores, que são
as vozes do Céu, sobre todos os pontos da Terra, e por uma multidão inumerável
de intermediários, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual,
vindo cada um trazer aos homens, o tributo das suas luzes para fazê-los
conhecer o mundo espiritual e a sorte que nele os espera. Da mesma forma que o
Cristo disse: “Eu não vim destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”, a Doutrina
Espírita diz igualmente: “Eu não vim destruir a lei cristã, mas cumpri-la”. Ela
não ensina nada de contrário ao que o Cristo ensinou, mas desenvolve completa e
explica em termos claros para todo o mundo, o que foi dito sob a forma alegórica
(parábolas), e vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou, e
preparar o cumprimento das coisas futuras. É obra do Cristo que o preside, como
igualmente anunciou a vinda do Consolador Prometido, e a regeneração que está
se operando, para preparar o Reino de Deus sobre a Terra.
A Ciência e a Religião são
as duas alavancas da inteligência humana; uma revela as leis do mundo material
e a outra, as leis do mundo moral e espiritual; mas uma e outra, tendo o mesmo
princípio que é Deus, não podem se contradisser; porque Deus não pode querer
destruir sua própria obra. Os tempos são chegados em que os ensinamentos de
Jesus devem receber seu complemento; em que o véu, lançado propositadamente
sobre algumas partes desses ensinamentos, deve ser levantado; em que a Ciência,
deixando de ser exclusivamente materialista, deve inteirar-se do elemento
espiritual, e em que a Religião, cessando de menosprezar as leis orgânicas e
imutáveis da matéria, essas duas forças, andando juntas, se prestarão um mútuo
apoio, e não se lhe poderá opor a irresistível lógica dos fatos.
O capítulo 2º - MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO –
Pilatos perguntou a Jesus: “Sois o rei dos Judeus?” – Jesus lhe respondeu: “Meu
reino não é deste mundo”. Jesus apresenta a vida futura, como o termo para onde
tende a Humanidade e como sendo o objetivo das preocupações dos seres sobre a
Terra. A realeza terrestre acaba com a morte física; a realeza de Jesus continua
governando e ainda depois da morte. Foi, pois, com razão que disse a Pilatos: “Eu sou rei, mas meu reino não é deste mundo”.
O capítulo 3º - HÁ MUITAS
MORADAS NA CASA DE MEU PAI – “Que vosso coração não se turbe.
Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa do meu Pai; se
assim não fosse, eu já vos teria dito, porque eu me vou para vos preparar o
lugar e depois que eu tenha ido e que tenha preparado o lugar, eu voltarei a
fim de que lá onde eu estiver aí estejais também”. Diferentes categorias de
mundos habitados. Diferentes estados da alma no Mundo Espiritual. Destinação da
Terra. Causas das misérias terrestres. Mundos superiores e mundos
inferiores. Progressão dos mundos.
O capítulo 4º - NINGUÉM
PODE VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO – Após
a transfiguração no monte Tabor seus discípulos lhe interrogaram: “Por que,
pois, os escribas dizem que é preciso que Elias venha antes?” - Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias
deve vir e restabelecer todas as coisas; eu vos declaro que Elias já veio, e
não o conheceram, mas o trataram como lhes aprouve”. Então seus discípulos
compreenderam que era de João Batista que ele lhes havia falado. Ressurreição e
reencarnação. Necessidade da reencarnação. Limites da reencarnação. Laços de
família fortalecidos pela reencarnação e quebrados pela existência única. A encarnação
é um castigo?
O capítulo 5º -
BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS -
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; os que têm fome e sede de justiça, porque
serão saciados; os que sofrem perseguição pela justiça, porque o reino dos céus
é para eles”. Justiça das aflições. Causas atuais das aflições. Causas
anteriores das aflições. Esquecimento do passado. Bem e mal sofrer. A
felicidade não é deste mundo. Perdas de pessoas amadas. Mortes prematuras.
Provas voluntárias. É permitido abreviar a existência de um doente sem
esperança de cura? Sacrifício da própria vida. Proveito dos sofrimentos.
O capítulo 6º - O CRISTO
CONSOLADOR – “Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais
sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim
que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas;
porque meu jugo e suave e meu fardo é leve”. O Consolador Prometido. Advento do
Espírito de Verdade.
O capítulo 7º -
BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO – “Bem-aventurados os
pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. O que é preciso entender
por pobres de espírito. Todo aquele que se julga elevado, será rebaixado.
Mistérios ocultos aos sábios. O orgulho e a humildade. Missão do homem
inteligente na Terra.
O capítulo 8º - BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM PURO O
CORAÇÃO – “Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração,
porque verão a Deus”. Apresentaram-lhe, então, criancinhas a fim de que ele as
tocasse, e como os discípulos as afastassem, Jesus lhes disse: “Deixai vir a
mim as criancinhas, e não as impeçais, porque o reino dos céus é para aqueles
que se lhes assemelham”. E as tendo abraçado, as abençoou, impondo-lhes as
mãos. Pecados por pensamentos. A pureza verdadeira. Mãos não lavadas.
Escândalos. Bem-aventurados os que têm os olhos fechados.
O capítulo 9º -
BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS “Bem-aventurados aqueles que são brandos,
porque eles possuirão a Terra. Bem-aventurados os pacíficos, porque eles serão
chamados filhos de Deus”. A afabilidade e a doçura. A obediência e a
resignação. Injúrias e violências.
O capítulo 10º -
BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS. – “Bem-aventurados
aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia. Se
vós perdoardes aos homens as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai
Celestial vos perdoará também vossos pecados, porém se não perdoardes aos
homens, vosso Pai também não vos perdoará os pecados”. Reconciliar-se com os
adversários. O sacrifício mais agradável a Deus. Não julgueis a fim de que não
sejais julgados. Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra. Perdão
das ofensas. A indulgência. Observar as imperfeições e divulgar o mal dos outros
e não vê os seus.
O capítulo 11º - AMAR O
PRÓXIMO COM A SI MESMO – Os Fariseus sabendo que Jesus calara
os Saduceus, reuniram-se e um deles, que era doutro da lei, para tentá-lo, lhe
fez a pergunta: “Mestre, qual é o maior mandamento da lei?” - Jesus lhe respondeu: “Amareis o Senhor vosso
Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito;
é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante ao
primeiro: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas
estão contidos nesses dois mandamentos”.
Fazer aos outros, o que queremos para nós. Parábola dos credores e
devedores. Dar a César que é de César e a Deus o que é de Deus. A lei do Amor. A fé e a caridade. A chaga do
egoísmo.
O capítulo 12º - AMAI OS
VOSSOS INIMIGOS – Foi
dito: “Vós amareis vosso próximo e odiareis vossos inimigos. Eu vos digo: Amai
os vossos inimigos; fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que
vos perseguem e vos caluniam; a fim de serdes filhos de vosso Pai que faz
erguer o Sol sobre bons e maus e faz chover sobre os justos e injustos; porque se não amardes senão aqueles que vos
amam, que recompensa disso tereis? Os publicanos não o fazem também?” – Amar os
inimigos não é, pois, ter para com eles uma afeição que não está na Natureza; é
não ter por eles nem ódio, nem rancor nem desejo de vingança. Quem quer que
faça isso está cumprindo o mandamento: Amai os vossos inimigos. Os inimigos desencarnados.
O ódio. A oração pelos inimigos.
O capítulo 13º - QUE A VOSSA
MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE DÁ A VOSSA MÃO DIREITA. – “Tomai
cuidado de não fazer vossas boas obras diante dos homens para serem vistos por
eles, porque não recebereis a recompensa de vosso Pai que está nos céus. Mas
quando derdes esmola ou fizerdes uma caridade, que a vossa mão esquerda não
saiba o que faz a vossa mão direita, a fim de que ela esteja em segredo, e
vosso Pai que tudo vê, dela vos entregará a recompensa”. Fazer o bem sem
ostentação. O óbolo da viúva. Servir sem esperar retribuição. A caridade
material e a caridade moral. A beneficência. Benefícios pagos com a ingratidão.
O capítulo 14º - HONRAI
VOSSO PAI E VOSSA MÃE – “Honrai
a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo sobre a terra que o
Senhor vosso Deus vos dará. Honrar, não é somente respeitá-los: é assisti-los
na necessidade, proporcionando-lhes o repouso na velhice e cercá-los de atenção
como fizeram com os filhos na infância”. Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? O
parentesco corporal e o parentesco espiritual. Os laços de família. A
ingratidão dos filhos.
O capítulo 15º - FORA DA
CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO Os justos lhe perguntarão: “Senhor, quando foi que vos vimos com fome e
vos demos de comer, ou com sede e vos demos de beber? Quando foi que nós vos
vimos sem teto e vos alojamos, ou sem roupa e vos vestimos? E quando foi que
vos vimos na prisão e fomos vos visitar?” E Jesus lhes respondeu: “Eu vos digo
em verdade, quantas vezes o fizestes com relação a um desses pequenos que são
meus irmãos, foi a mim mesmo que fizestes”. Parábola do Bom Samaritano. O maior
mandamento. Fora da caridade não há salvação.
O capítulo 16º - NÃO SE PODE
SERVIR A DEUS E A MAMON – Um jovem se aproximou de Jesus e lhe
perguntou: “Bom Mestre, o que é preciso
que eu faça para adquirir a vida eterna?” – Jesus respondeu: “Porque me chamais
bom? Só Deus é bom. Se quereis guardai os mandamentos”. – “Quais mandamentos?”-
Jesus então lhe disse: “Não matareis; não cometereis adultério; não furtareis;
não direis falso testemunho. Honrai pai e mãe e amei vosso próximo como a vós
mesmos”. - 0 jovem lhe respondeu: “Tenho guardado todos esses preceitos deste a
minha juventude, que me falta ainda?” – Jesus auscultando o seu íntimo lhe
disse: “Se quereis ser perfeito, ide e vendei o que tendes e dai-o aos pobres e
tereis um tesouro no céu; depois, vinde
e segui-me”. – O jovem ouvindo isso, foi-se embora muito triste, porque tinha
grandes bens. Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo que é bem
difícil que um rico entre no reino dos céus. Digo-vos ainda mais: É mais fácil
um camelo (corda feita com o couro do camelo) passar pelo buraco de uma agulha
do que um rico entrar no reino dos céus”. Guardar-se da avareza. Parábola do
mal rico. Desigualdade das riquezas. A verdadeira propriedade. Desprendimento
dos bens terrenos.
O capítulo 17º - SEDE PERFEITOS - “Amai os vosso inimigos; fazei o bem àqueles
que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e que vos caluniam. Sede,
pois, vós outros perfeitos, como vosso Pai Celestial é perfeito”. Esta máxima:
“Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito”, tomada ao pé da letra,
pressuporia a possibilidade de atingirmos a perfeição absoluta. Se fosse dado à
criatura ser tão perfeita quanto o Criador, ela se tornaria igual, o que é
inadmissível. É preciso entender, por essas palavras, a perfeita relativa,
aquela da qual a Humanidade é suscetível e que se aproxima de Deus. Caracteres
da perfeição. O homem de bem. Parábola do Semeador. A virtude e o dever. Os
superiores e os inferiores. Cuidar do corpo e do espírito.
O capítulo 18º- MUITOS OS
CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS – Aqueles que dizem: “Senhor!
Senhor! Não entrarão todos no reino dos céus; mas somente entrará aqueles que
fazem a vontade do meu Pai que está nos céus”. Vários me dirão naquele dia: “Senhor!
Não profetizamos em vosso nome? Não expulsamos os demônios em vosso nome e não
fizemos vários milagres em vosso nome?” E então eu lhes direi claramente: “Retirai-vos
de minha presença, vós que fazeis obras de iniquidade”. A porta estreita. Muito
se pedirá àquele que muito recebeu. Reconhece-se o cristão pelas suas obras.
O capítulo 19º - A FÉ
TRANSPORTA MONTANHAS – Estando Jesus com o povo, um homem se
aproximou dele, se lançou de joelho aos seus pés e lhe disse: “Senhor tem
piedade de meu filho, que está lunático e sofre muito, porque ele cai ora no
fogo e outras oras na água. Eu o apresentei aos vossos discípulos, mas eles não
puderam curá-lo”. E Jesus respondeu, dizendo: “Trazei-me aqui essa criança. E
Jesus tendo ameaçado o demônio, ele saiu da criança, que foi curada no mesmo
instante”. Os discípulos perguntaram a Jesus: “Por que não pudemos nós expulsar
esse demônio?” - Jesus lhes respondeu: “É por causa da vossa incredulidade. Eu
vos digo em verdade: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta
montanha: Transporta-te daqui para ali, e ela se transportaria, e nada vos
seria impossível”. A fé não se prescreve, a fé não se impõe, ela se adquire, e
ninguém está privado de possuí-la. O poder da fé. A fé humana e a fé divina. A
fé, mãe da esperança e da caridade.
O capítulo 20º - OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA – “O
reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu para aliciar
trabalhadores para a sua vinha e tendo acertado com eles que teriam uma moeda
por sua jornada, os enviou à vinha. Saiu ainda na sexta e nona hora e lhes
disse: Ide vós também para a minha vinha e eu vos darei o que for razoável; e
eles para lá foram. E tendo saído ainda na décima hora, encontrou outros que
estavam sem nada fazer e lhes disse: Ide vós também, para a minha vinha. Á tarde,
o senhor da vinha chegou e chamou os obreiros começando a pagar-lhes dos
últimos aos primeiros. Aqueles que chegaram
à décima hora e os demais, receberam uma moeda cada um. Os que foram
aliciados nas primeiras horas creram que
o senhor lhes daria mais, mas não receberam além de uma moeda cada um; e em
recebendo murmuraram contra o senhor da vinha, dizendo: Estes últimos só
trabalharam poucas horas e vós os pagais iguais a nós que trabalhamos o dia
todo sob o calor do sol. - Em resposta o senhor disse a eles: Meus amigos, eu
não vos fiz injustiça; não acertastes comigo que receberiam uma moeda pela
vossa jornada? Tomai o que vos pertence e ide; por mim quero dar a estes
últimos tanto quanto dei a vós. Não me é, pois, permitido fazer o que quero? E
o vosso olho é mau porque eu sou bom?” – Assim, os últimos serão os primeiros e
os primeiros serão os últimos, porque há muitos chamados e poucos escolhidos.
Os obreiros do Senhor. Missão dos espíritas.
O capítulo 21º - HAVERÁ FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS – “A árvore que produz maus frutos não é boa, e
a árvore que produz bons frutos não é má; porque cada árvore se conhece pelo
seu próprio fruto. O homem de bem tira boas coisas do bom tesouro do seu
coração, e o mau tira as más do mau tesouro do seu coração, porque a boca fala
do que está cheio o coração. Guardai-vos dos falsos profetas que vêm a vós,
cobertos de peles de ovelhas, e que por dentro são lobos vorazes. Vós os
conhecereis pelos seus frutos. Guardai-vos de que alguém vos seduza; porque
vários virão sob meu nome dizendo: “Eu sou o Cristo”, e eles seduzirão e
enganarão a muitos”. A missão dos profetas (Missionários). Prodígios dos falsos
profetas. Caracteres do verdadeiro profeta. Não acrediteis em todos os falsos profetas.
O capítulo 22º - NÃO SEPAREIS O QUE DEUS JUNTOU – “O
homem deixará seu pai e sua mãe, e se ligará à sua mulher, e não farão mais os
dois senão uma só carne!” Não há de imutável senão o que vem de Deus; tudo o
que é obra dos homens está sujeito a mudanças. No casamento, o que é de origem
divina é a união dos sexos para operar a renovação dos seres que morrem; mas as
condições que regulam essa união são de ordem tão humana, que não existem dois
países em que elas sejam absolutamente as mesmas e que elas não tenham sofrido
mudanças com o tempo. Quando Jesus disse: “Vós não separeis o que Deus uniu”,
se deve entender da união segundo a lei imutável de Deus, e não segundo a lei
variável dos homens. Mas, nem a lei civil, nem os compromissos que ela faz
contrair, podem suprir a lei do amor; se esta lei não preside a união, resulta
que, o que se une à força, se separa por si mesmo. O divórcio, é uma lei humana que tem por fim
separar legalmente o que já está separado de fato; não é contrária à lei de
Deus, uma vez que não reforma senão o que os homens fizeram, por não ter sido
levada em conta a lei divina do amor. As
leis de Deus e as leis dos homens.
O capítulo 23º - MORAL ESTRANHA – “Aquele
que ama seu pai ou sua mãe mais do que a
mim; aquele que ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de
mim. Não penseis que eu vim trazer a paz sobre a Terra; eu não vim trazer a
paz, mas a espada; porque eu vim separar o homem de seu pai, a filha de sua mãe
e a nora da sogra; e o homem terá por inimigos os de sua própria casa, porque
de hoje em diante, se se encontrarem cinco pessoas numa casa, elas estarão
divididas umas contra as outras”. Ele disse a outro: “Segui-me” e ele respondeu:
“Senhor deixe antes eu ir enterrar meu pai”. Jesus lhe respondeu: “Deixai aos
mortos o cuidado de enterrar seus mortos*, mas por vós vinde anunciar o Reino
de Deus”. ( *os que desconhecem a minha doutrina estão mortos para os meus conhecimentos) o
cuidado de enterrar seus mortos (os que faleceram na existência física).
O capítulo 24º - NÃO
COLOQUEIS A CANDEIA SOB O ALQUEIRE - “Não se acende uma candeia para colocá-la sob
uma cama, mas a põe sobre um candeeiro, a fim de que ela clareie todos aqueles
que estão na casa; porque não há nada de secreto que não deva ser descoberto,
nem nada de oculto que não deva ser conhecido e manifestar-se publicamente”.-
Seus discípulos, disseram-lhe: “Porque lhes falais por parábolas?” - Ele lhes
respondeu dizendo: “Porque, para vós, foi dado conhecer os mistérios do reino
dos céus; mas para eles, não foi dado. Eu lhes falo por parábolas, porque vendo
não veem, e escutando não ouvem nem compreendem, para que se cumpra a profecia
de Isaias, quando disse: Vós escutareis com vossos ouvidos e não ouvireis;
olhareis com vossos olhos e não vereis, porque o coração desse povo está
entorpecido e seus ouvidos não ouçam e seus olhos não vejam o coração não
compreenda”. Os são não precisam de médico. Carregar a cruz. Coragem da fé.
O capítulo 25º -
BUSCAI E ACHAREIS – “Buscai e achareis; batei e a porta
se vos abrirá; porque o que procura acha, e se abrirá àquele que bater à porta”.
Estas máximas são análogas a esta: Ajuda-te e o céu te ajudará. É o princípio
da lei do trabalho, e, por conseguinte, da lei do progresso, porque o progresso
é oriundo do trabalho. Se Deus tivesse isentado o homem do trabalho, seus
membros ficariam atrofiados; se o tivesse isentado do trabalho da inteligência,
seu Espírito teria permanecido na infância; no estado de instinto animal; por
isso lhe fez do trabalho uma necessidade. Sob o ponto de vista moral, as palavras
de Jesus significam: Pedi á luz que deve clarear vosso caminho e ela vos será
dada; pedi a força de resistir ao mal, e a tereis, pedi a assistência dos bons
Espíritos e eles virão vos assistir. Observem os pássaros do céu, eles não
semeiam e não colhem, e o Pai celestial as alimenta. Não vos inquieteis pela posso
do ouro.
Capítulo 26º DAI
GRATUITAMENTE O QUE HAVEIS RECEBIDO DE GRAÇA – “Dai gratuitamente
o que haveis recebido gratuitamente e não façais pagar vossas prece”’, disse
Jesus aos seus discípulos. Ora, o que eles tinham recebido gratuitamente era a
faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, pois esse dom lhes havia
sido dado gratuitamente por Deus, para alívio daqueles que sofriam e lhes disse
ainda para não fazerem um meio de vida. Deus quer que a luz alcance a todo o
mundo; não quer que o mais pobre dela seja deserdado e possa dizer: Eu não
recebi o benefício porque sou pobre e não pude pagar. Eis porque a mediunidade
não é um privilégio, e se encontra por toda parte; fazê-la pagar seria, pois,
desviá-la da sua finalidade providencial. Todo aquele, pois, que não tem do que
viver, procure os recursos em outra parte, não explorando a mediunidade, pois
os Espíritos se afastam daqueles que fazem um meio mercantilista. O dom de
curar. Preces pagas. .
O capítulo 27º - PEDI
E OBTEREIS – “Pedi e se vos dará, porque todo aquele que pede,
recebe. O que quer que seja que pedirdes na prece, crê que o obtereis, e vos
será concedido”. O que Deus concederá, se nos dirigirmos a ele com confiança e
fé, é a coragem, a paciência e a resignação. O que concederá ainda, são os
meios de sair por si mesmo da dificuldade, com a ajuda das ideias que são sugeridas pelos bons Espíritos,
deixando-lhes o mérito, mas não ajudam àqueles que tudo esperam sem fazer uso
das própria faculdades, preferindo ser socorrido por um milagre. A oração é
recomendada por todos os Espíritos; renunciar à oração é desconhecer a bondade
de Deus, é renunciar à sua assistência, e para os outros, ao bem que lhes pode
fazer. Qualidade da oração. Eficácia da prece. Transmissão do pensamento.
Preces inteligíveis (em língua estrangeira). Prece pelos sofredores e pelos
mortos.
O capítulo 28º -
COLETÂNEA DE PRECES -
Os Espíritos sempre disseram: “A forma não é nada, o pensamento é tudo.
Orai cada um, segundo as vossas convicções e o modo que mais vos toca; um bom
pensamento vale mais que numerosas palavras estranhas ao coração”.
Oração dominical ( Pai
Nosso). Prece por si mesmo. Prece pelos outros. Prece por aqueles que não estão
mais na Terra. Preces pelos necessitados, sofredores, doentes e obsidiados.
Prece de agradecimento. Reuniões: “Em qualquer lugar em que se encontrem duas
ou mais pessoas reunidas em meu nome, aí eu estarei no meio delas”, palavras de
Jesus, sobre, principalmente, as reuniões do “Culto do Evangelho no Lar”.
Este é, em síntese, “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, que é a terceira obra do Pentateuco de
Kardec, simples e mais lido pelas pessoas em todo o mundo.
Bibliografia:
Livro:
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”
Jc.
S.
Luís, 28/9/2012
Refeito
em: 9/3/2014