quinta-feira, 2 de junho de 2016

O MOSQUITO AEDES AEGYPTI E AS DOENÇAS TRANSMITIDAS





O mosquito não habita só em regiões pobres. Fora do Brasil ele se alastrou por centenas de outros países. “O clima quente, as chuvas, a água exposta e a urbanização favorecem sua reprodução e é praticamente impossível erradicá-lo nessas condições”, informa Rodolfo Telarolli, especialista em saúde da Universidade Estadual Paulista em Araraquara. Mas dá para controlar a disseminação com iniciativas que envolvam a eliminação de criadouros, no ano todo e interferências rápidas em locais que passam a registrar Dengue, Zika e Chikungunya. 
Nosso país está no centro da epidemia. Estimativas apontam que 1,5 milhão de brasileiros foram atingidos pelo mosquito, portador dessas doenças. Nenhuma outra nação apresenta números assim. “É, portanto, a comunidade científica brasileira que terá de trazer respostas para esse terrível cenário”, avalia Paulo Zanotto, coordenador da Rede, para estudar e combater o problema. 
O Aedes Aegypti é um mosquito de apenas 7 milímetros, capaz de transmitir numerosas doenças diferentes. Entre elas se destacam estas quatro: A dengue, o Zika Vírus, a Febre amarela e o Chikungunya.
No Brasil o Instituto Butantan pretende adaptar seu imunizante contra o Aedes aegypti – em face final de estudos. Até o segundo semestre de 2015, o Aedes era visto como uma Dengue leve, em virtude de manchas vermelhas, febre e coceira, com baixíssima mortalidade, não geravam tanta preocupação. Já em fevereiro de 2016 o mesmo Aedes foi tachado pela Organização Mundial de Saúde como o estopim de uma emergência internacional, tudo por causa do aumento explosivo de mulheres que tiveram bebês com microcefalia e que manifestaram sinais de infecção na gravidez. “Fomos pegos de surpresa pela doença” comentou o virologista Zanotto.
O foco de combate da população deve estar na contenção do mosquito e dos males que ele propaga, e para esse combate todos estão convocados a não ter qualquer tipo de água expostas que possa se converter em um criadouro do mosquito.
A Dengue se manifesta por meio de uma febre que dura 7 dias, com dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos, dor atrás dos olhos, provocando prostração, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos. Algumas pessoas podem apresentar manchas vermelhas no tórax e braços. É importante destacar que a Dengue se diferencia de gripes e resfriados por não apresentar sintomas respiratórios.
Não existe tratamento específico. Diante da suspeita de Dengue não utilize remédio a base de àcido acetilsalicílico. Beba bastante água e consulte um médico. A prevenção consiste em evitar qualquer tipo de água exposta que possa servir como criadouro para o mosquito. Roupas que façam exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, podem ser picadas. Repelentes podem ser aplicados na pele.
No início da pandemia da Aids, muitas pessoas atribuiu a disseminação do HIV a uma arma biológica, mas o vírus veio de macacos e se espalhou entre os humanos por meio de relações sexuais desprotegidas  e compartilhamento de seringas com sangue infectado. Mais de 30 anos depois, a história se repete com o Zika vírus e outra consequência da pesada, a microcefalia.
O Zika vírus  -- Sintomas.  A febre pelo Zika vírus é uma doença pouco conhecida e sua descrição está limitada a relatos de casos e investigação de surtos. Com bases nesses dados, os sinais e sintomas incluem exantema maculapapular  de início agudo (erupção cutânea com pontos brancos  ou vermelhos) e pode ser acompanhada de febre, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia ou artrite, mialgia, cefaleia e dor nas costas. Com menor frequência, há relatos também de edema, dor de garganta, tosse, vômitos e hematospermia.
Microcefalia Pesquisa realizada pelo CDC nos Estados Unidos, demonstrou que existem fortes evidências da relação entre a microcefalia e o Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus foi encontrado na placenta de algumas mulheres que tiveram abortos espontâneos e no cérebro dos recém-nascidos que morreram após os partos, foram eles diagnosticados com microcefalia. A microcefalia caracteriza-se pelo perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros, e consiste na má formação congênita, desenvolvimento anormal e irreversível do cérebro durante o período gestacional. Ver uma onda de recém-nascidos com deformações no crânio causa mesmo pavor.
O tratamento  É sintomático e baseado no uso do remédio ‘Paracetamol”, para a febre e a dor, conforme orientação médica. Não está indicado o uso de àcido acetilsalicílico  e drogas anti-inflamatórias, devido os riscos aumentados de complicações hemorrágicas como ocorre com a Dengue. Procure orientação médica.
A decisão de ter um filho parte do casal. Dito isso, ao adiar um pouco esse sonho, você dá um tempinho para a ciência calcular o real risco de o zika vírus gerar deformações e para determinar fatores que aumentem ou reduzam essa consequência. “Além disso, empurrar o início da gravidez para épocas frias e com menos chuvas faz subir a chance de não ser infetada”, informa Coríntio Mariani Neto, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.
 A decisão de ter um filho parte do casal. Dito isso, ao adiar um pouco esse sonho, você dá um tempinho para a ciência calcular o real risco de o zika vírus gerar deformações e para determinar fatores que aumentem ou reduzam essa consequência. “Além disso, empurrar o início da gravidez para épocas frias e com menos chuvas faz subir a chance de não ser infetada”, informa Coríntio Mariani Neto, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.
Muitos  dos médicos acreditam que a microcefalia vai acarretar maiores e
mais transtornos se a futura mãe for picada pelo Aedes aegypti no primeiro trimestre --- pelo menos é isso que costuma acontecer em outras infecções congênitas. 
O elo desse vírus com a microcefalia e a sua propagação pelo mosquito Aedes aegypti impõem desafios que não podem ser ignorados. Conheça as questões suscitadas pela epidemia e como poderemos vencê-la. A microcefalia surge por vários fatores, como uso de drogas na gravidez, desnutrição e até rubéola.  Entre as mulheres que já estão ficando barrigudas, a ordem é vestir roupas compridas, aplicar repelentes direto e evitar aglomerações.
Chikungunya  -- Sintomas.  São febre, vômitos, dores musculares e nas articulações, cefaleia e exantema e costuma durar de 3 a 10 dias e sua letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara e menos frequente que nos casos de Dengue, porém, aqui no Maranhão, a doença se alastrou de tal maneira que é quase impossível ter uma residência que ela não tenha se manifestado.
O tratamento recomendado para combater os sintomas é com o analgésico  “Paracetamol”, hidratação adequada, apenas com água  e muito repouso.  
No Brasil há duas regiões em situação mais graves; o Norte e o Nordeste, que estão totalmente dominadas pelo mosquito. Uma das características do mosquito é a preferência por períodos chuvosos seguidos de calor, quando ocorre a eclosão das larvas. Em uma semana de temperatura alta o mosquito intensifica a sua reprodução. As ações de prevenção e combate devem existir o ano todo, cada um fazendo a sua parte para eliminar esse flagelo que nos atormenta atualmente...
Eu que contrai o Chikungunya, relato o que se passou comigo: Na quinta-feira ( 21/04 ) minhas mãos, minhas pernas e meus pés começaram a inchar; na sexta-feira assistindo a um filme deitado no sofá, fiquei alternando dormida e vigília. Quando o filme terminou tentei me levantar e senti o corpo como se tivesse levado uma surra, minhas articulações desde o ombro até os pés doíam e as pernas não sustentavam o meu corpo. Aí eu descobri que estava infectado, porque tive que ser carregado para a cama. A minha esposa quis logo me levar para o hospital, mas como já estava anoitecendo, disse a ela que deixasse para a manhã seguinte, sábado; foi a pior coisa que sugeri, porque durante a noite deitado não conseguia mexer com as pernas, os braços, nem me virar e com as dores a me perturbar. Foi uma noite de sofrimentos.  No dia seguinte, fui carregado para o carro que nos levou até o hospital, e lá, sentei numa cadeira de rodas e fui levado ao consultório do médico que me encaminhou logo para tomar duas injeções, um soro fisiológico e dois comprimidos de Ranitidina, e me receitou dois comprimidos pela manhã outros dois na parte da tarde, e ainda, por cinco dias, do remédio Prednisona 20 mg, dipirona 500 mg para o caso de febre e Dramin-B6 para o caso de vômitos. Voltei do hospital carregado até o carro e depois até a cama como um paralítico. Recomendou-me o médico repouso absoluto. No domingo, estava com alguma melhora, porém as pernas não conseguiam sustentar o meu corpo. Somente hoje, já decorridos 32 dias, é que estou andando com certa dificuldade, porém, ainda continuo com o rosto, os braços as pernas e os pés inchados e com fraqueza. Passados mais 10 dias e eu me sentindo fraco e com a inchação resolvi voltar ao médico, que me receitou o remédio Ibuprofeno 600 mg. de 12/12 horas, por 5 dias e a injeção Betatrinta;   como eu sou alérgico, resolvi tomar também o remédio Maleato de Dexclorfeniramina + betametasona 2mg+0,25 mg. Não sei qual desses remédios, resolveu  porque hoje estou quase livre da inchação e da fraqueza, razão porque  resolvi  refazer este artigo para orientação das pessoas, que por infelicidade venham a ter esse mesmo problema...  Assim que sentirem a ameaça, procurem imediatamente um médico.
- O Aedes Aegypti tem causado grandes dificuldades à Humanidade. Como explicar tantos males?
Uma senhora perguntava ao seu marido por que Deus fez um inseto repugnante como á barata, que nenhuma utilidade tem, e ele respondeu-lhe bem humorado, que seria, talvez, para ela cuidar melhor da higiene da casa. O Aedes Aegypti bem pode estar também enquadrado nesse objetivo – estimular-nos a cuidar da limpeza urbana.
- O Criador está usando essa situação para nós educar?
 Até que seria bom. Deus nos concede o dom da viver, mas, ás condições e a qualidade de vida dependem de nós.  A Natureza faz o mato crescer; se o mato invade nossa casa, a responsabilidade é somente nossa.
- Os males provocados pelo Aedes não seriam, portanto, do tipo “cavaleiros do apocalipse?”
De forma alguma. Basta lembrar que esse mal prospera apenas em países de clima quente.  Países de clima frio aprontam até mais. Basta lembrar as duas  guerras mundiais,  autênticas hecatombes que mataram cerca de setenta milhões de pessoas. Assim considerando, os europeus seriam muito mais merecedores dos problemas gerados pelo perigoso mosquito.
- No caso de ocorrer uma gravidez não planejada, pode-se cogitar do aborto terapêutico, sugerido por muitos médicos, evitando possíveis complicações provocadas pela picada do Aedes?
Isso seria trocar a possibilidade de um mal menor pela certeza de um mal maior que é o aborto, um crime de lesa-humanidade, como destacam as religiões, principalmente a Doutrina dos Espíritos, que nos oferece uma  visão muito objetiva de suas lamentáveis consequências.
- E se exames durante a gestação detectarem o zika vírus no feto, até mesmo no início da microcefalia, não será prudente o aborto?
A posição da Lei é bem clara: Aborto só quando houver risco de vida para a gestante. Além do mais, a presença desse vírus no feto não significa que vá instalar-se a microcefalia. Pretender simplesmente o sacrifício da criança afetada, é nos igualarmos aos nazistas, que eliminavam os  deficientes físicos e mentais sem nenhuma preocupação de caráter moral. Devemos ter a fé no Pai Celestial e evitar esse tipo de comportamento que nos conduz de volta à barbárie.
A prudência recomenda que as mulheres adiem a maternidade, como está acontecendo, até que o mosquito seja controlado ou tenhamos uma vacina contra os males que produz esse mosquito.

Fontes:
Revista “Saúde é Vital” – março/2016
Revista “Extrafarma” – Edição 04-05/2016
Internet – Dengue, Zika e Chikungunya
Meu depoimento sobre a doença.
Revista Internacional de             Espiritismo

Jc.
São Luís, 25/4/2016
Refeito em 02/06/2016