O
mosquito não habita só em regiões pobres. Fora do Brasil ele se alastrou por
centenas de outros países. “O clima quente, as chuvas, a água exposta e a
urbanização favorecem sua reprodução e é praticamente impossível erradicá-lo
nessas condições”, informa Rodolfo Telarolli, especialista em saúde da
Universidade Estadual Paulista em Araraquara. Mas dá para controlar a
disseminação com iniciativas que envolvam a eliminação de criadouros, no ano
todo e interferências rápidas em locais que passam a registrar Dengue, Zika e
Chikungunya.
Nosso
país está no centro da epidemia. Estimativas apontam que 1,5 milhão de
brasileiros foram atingidos pelo mosquito, portador dessas doenças. Nenhuma
outra nação apresenta números assim. “É, portanto, a comunidade científica
brasileira que terá de trazer respostas para esse terrível cenário”, avalia
Paulo Zanotto, coordenador da Rede, para estudar e combater o problema.
O
Aedes Aegypti é um mosquito de apenas 7 milímetros, capaz de transmitir
numerosas doenças diferentes. Entre elas se destacam estas quatro: A dengue, o
Zika Vírus, a Febre amarela e o Chikungunya.
No
Brasil o Instituto Butantan pretende adaptar seu imunizante contra o Aedes
aegypti – em face final de estudos. Até o segundo semestre de 2015, o Aedes era
visto como uma Dengue leve, em virtude de manchas vermelhas, febre e coceira,
com baixíssima mortalidade, não geravam tanta preocupação. Já em fevereiro de
2016 o mesmo Aedes foi tachado pela Organização Mundial de Saúde como o estopim
de uma emergência internacional, tudo por causa do aumento explosivo de
mulheres que tiveram bebês com microcefalia e que manifestaram sinais de
infecção na gravidez. “Fomos pegos de surpresa pela doença” comentou o virologista
Zanotto.
O
foco de combate da população deve estar na contenção do mosquito e dos males
que ele propaga, e para esse combate todos estão convocados a não ter qualquer
tipo de água expostas que possa se converter em um criadouro do mosquito.
A
Dengue se
manifesta por meio de uma febre que dura 7 dias, com dor de cabeça frontal
severa, dores nas articulações e músculos, dor atrás dos olhos, provocando
prostração, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos. Algumas pessoas
podem apresentar manchas vermelhas no tórax e braços. É importante destacar que
a Dengue se diferencia de gripes e resfriados por não apresentar sintomas
respiratórios.
Não
existe tratamento específico. Diante da suspeita de Dengue não utilize remédio
a base de àcido acetilsalicílico. Beba bastante água e consulte um médico. A
prevenção consiste em evitar qualquer tipo de água exposta que possa servir
como criadouro para o mosquito. Roupas que façam exposição da pele durante o
dia, quando os mosquitos são mais ativos, podem ser picadas. Repelentes podem
ser aplicados na pele.
No
início da pandemia da Aids, muitas pessoas atribuiu a disseminação do HIV a uma
arma biológica, mas o vírus veio de macacos e se espalhou entre os humanos por
meio de relações sexuais desprotegidas e
compartilhamento de seringas com sangue infectado. Mais de 30 anos depois, a
história se repete com o Zika vírus e outra consequência da pesada, a
microcefalia.
O
Zika vírus -- Sintomas.
A febre pelo Zika vírus é uma doença pouco conhecida e sua descrição
está limitada a relatos de casos e investigação de surtos. Com bases nesses
dados, os sinais e sintomas incluem exantema maculapapular de início agudo (erupção cutânea com pontos
brancos ou vermelhos) e pode ser
acompanhada de febre, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido,
artralgia ou artrite, mialgia, cefaleia e dor nas costas. Com menor frequência,
há relatos também de edema, dor de garganta, tosse, vômitos e hematospermia.
Microcefalia
Pesquisa realizada
pelo CDC nos Estados Unidos, demonstrou que existem fortes evidências da
relação entre a microcefalia e o Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes
aegypti. O vírus foi encontrado na placenta de algumas mulheres que tiveram
abortos espontâneos e no cérebro dos recém-nascidos que morreram após os
partos, foram eles diagnosticados com microcefalia. A microcefalia
caracteriza-se pelo perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros, e
consiste na má formação congênita, desenvolvimento anormal e irreversível do
cérebro durante o período gestacional. Ver uma onda de recém-nascidos com
deformações no crânio causa mesmo pavor.
O
tratamento É sintomático e baseado no uso do remédio
‘Paracetamol”, para a febre e a dor, conforme orientação médica. Não está
indicado o uso de àcido acetilsalicílico
e drogas anti-inflamatórias, devido os riscos aumentados de complicações
hemorrágicas como ocorre com a Dengue. Procure orientação médica.
A
decisão de ter um filho parte do casal. Dito isso, ao adiar um pouco esse
sonho, você dá um tempinho para a ciência calcular o real risco de o zika vírus
gerar deformações e para determinar fatores que aumentem ou reduzam essa
consequência. “Além disso, empurrar o início da gravidez para épocas frias e
com menos chuvas faz subir a chance de não ser infetada”, informa Coríntio
Mariani Neto, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São
Paulo.
A
decisão de ter um filho parte do casal. Dito isso, ao adiar um pouco esse
sonho, você dá um tempinho para a ciência calcular o real risco de o zika vírus
gerar deformações e para determinar fatores que aumentem ou reduzam essa
consequência. “Além disso, empurrar o início da gravidez para épocas frias e
com menos chuvas faz subir a chance de não ser infetada”, informa Coríntio
Mariani Neto, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São
Paulo.
Muitos dos médicos acreditam que a microcefalia vai
acarretar maiores e
mais
transtornos se a futura mãe for picada pelo Aedes aegypti no primeiro trimestre
--- pelo menos é isso que costuma acontecer em outras infecções
congênitas.
O
elo desse vírus com a microcefalia e a sua propagação pelo mosquito Aedes
aegypti impõem desafios que não podem ser ignorados. Conheça as questões
suscitadas pela epidemia e como poderemos vencê-la. A microcefalia surge por
vários fatores, como uso de drogas na gravidez, desnutrição e até rubéola. Entre as mulheres que já estão ficando
barrigudas, a ordem é vestir roupas compridas, aplicar repelentes direto e
evitar aglomerações.
Chikungunya
-- Sintomas. São febre, vômitos,
dores musculares e nas articulações, cefaleia e exantema e costuma durar de 3 a
10 dias e sua letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara
e menos frequente que nos casos de Dengue, porém, aqui no Maranhão, a doença se
alastrou de tal maneira que é quase impossível ter uma residência que ela não
tenha se manifestado.
O
tratamento recomendado para combater os sintomas é com o analgésico “Paracetamol”, hidratação adequada, apenas
com água e muito repouso.
No
Brasil há duas regiões em situação mais graves; o Norte e o Nordeste, que estão
totalmente dominadas pelo mosquito. Uma das características do mosquito é a
preferência por períodos chuvosos seguidos de calor, quando ocorre a eclosão
das larvas. Em uma semana de temperatura alta o mosquito intensifica a sua
reprodução. As ações de prevenção e combate devem existir o ano todo, cada um
fazendo a sua parte para eliminar esse flagelo que nos atormenta atualmente...
Eu
que contrai o Chikungunya, relato o que se passou comigo: Na quinta-feira (
21/04 ) minhas mãos, minhas pernas e meus pés começaram a inchar; na
sexta-feira assistindo a um filme deitado no sofá, fiquei alternando dormida e vigília.
Quando o filme terminou tentei me levantar e senti o corpo como se tivesse
levado uma surra, minhas articulações desde o ombro até os pés doíam e as
pernas não sustentavam o meu corpo. Aí eu descobri que estava infectado, porque
tive que ser carregado para a cama. A minha esposa quis logo me levar para o
hospital, mas como já estava anoitecendo, disse a ela que deixasse para a manhã
seguinte, sábado; foi a pior coisa que sugeri, porque durante a noite deitado
não conseguia mexer com as pernas, os braços, nem me virar e com as dores a me
perturbar. Foi uma noite de sofrimentos.
No dia seguinte, fui carregado para o carro que nos levou até o
hospital, e lá, sentei numa cadeira de rodas e fui levado ao consultório do
médico que me encaminhou logo para tomar duas injeções, um soro fisiológico e
dois comprimidos de Ranitidina, e me receitou dois comprimidos pela manhã
outros dois na parte da tarde, e ainda, por cinco dias, do remédio Prednisona
20 mg, dipirona 500 mg para o caso de febre e Dramin-B6 para o caso de vômitos.
Voltei do hospital carregado até o carro e depois até a cama como um paralítico.
Recomendou-me o médico repouso absoluto. No domingo, estava com alguma melhora,
porém as pernas não conseguiam sustentar o meu corpo. Somente hoje, já decorridos
32 dias, é que estou andando com certa dificuldade, porém, ainda continuo com o
rosto, os braços as pernas e os pés inchados e com fraqueza. Passados mais 10
dias e eu me sentindo fraco e com a inchação resolvi voltar ao médico, que me
receitou o remédio Ibuprofeno 600 mg. de 12/12 horas, por 5 dias e a injeção
Betatrinta; como eu sou alérgico, resolvi tomar também o
remédio Maleato de Dexclorfeniramina + betametasona 2mg+0,25 mg. Não sei qual
desses remédios, resolveu porque hoje
estou quase livre da inchação e da fraqueza, razão porque resolvi refazer este artigo para orientação das
pessoas, que por infelicidade venham a ter esse mesmo problema... Assim que sentirem a ameaça, procurem
imediatamente um médico.
-
O Aedes Aegypti tem causado grandes dificuldades à Humanidade. Como explicar
tantos males?
Uma
senhora perguntava ao seu marido por que Deus fez um inseto repugnante como á
barata, que nenhuma utilidade tem, e ele respondeu-lhe bem humorado, que seria,
talvez, para ela cuidar melhor da higiene da casa. O Aedes Aegypti bem pode
estar também enquadrado nesse objetivo – estimular-nos a cuidar da limpeza
urbana.
-
O Criador está usando essa situação para nós educar?
Até que seria bom. Deus nos concede o dom da
viver, mas, ás condições e a qualidade de vida dependem de nós. A Natureza faz o mato crescer; se o mato
invade nossa casa, a responsabilidade é somente nossa.
-
Os males provocados pelo Aedes não seriam, portanto, do tipo “cavaleiros do
apocalipse?”
De
forma alguma. Basta lembrar que esse mal prospera apenas em países de clima
quente. Países de clima frio aprontam
até mais. Basta lembrar as duas guerras
mundiais, autênticas hecatombes que
mataram cerca de setenta milhões de pessoas. Assim considerando, os europeus
seriam muito mais merecedores dos problemas gerados pelo perigoso mosquito.
-
No caso de ocorrer uma gravidez não planejada, pode-se cogitar do aborto
terapêutico, sugerido por muitos médicos, evitando possíveis complicações
provocadas pela picada do Aedes?
Isso
seria trocar a possibilidade de um mal menor pela certeza de um mal maior que é
o aborto, um crime de lesa-humanidade, como destacam as religiões,
principalmente a Doutrina dos Espíritos, que nos oferece uma visão muito objetiva de suas lamentáveis
consequências.
-
E se exames durante a gestação detectarem o zika vírus no feto, até mesmo no
início da microcefalia, não será prudente o aborto?
A
posição da Lei é bem clara: Aborto só quando houver risco de vida para a
gestante. Além do mais, a presença desse vírus no feto não significa que vá
instalar-se a microcefalia. Pretender simplesmente o sacrifício da criança
afetada, é nos igualarmos aos nazistas, que eliminavam os deficientes físicos e mentais sem nenhuma
preocupação de caráter moral. Devemos ter a fé no Pai Celestial e evitar esse
tipo de comportamento que nos conduz de volta à barbárie.
A
prudência recomenda que as mulheres adiem a maternidade, como está acontecendo,
até que o mosquito seja controlado ou tenhamos uma vacina contra os males que
produz esse mosquito.
Fontes:
Revista “Saúde é Vital” –
março/2016
Revista “Extrafarma” –
Edição 04-05/2016
Internet – Dengue, Zika e
Chikungunya
Meu depoimento sobre a
doença.
Revista Internacional de Espiritismo
Jc.
São Luís, 25/4/2016
Refeito
em 02/06/2016