sexta-feira, 31 de março de 2017

O CUIDADO DOS DIABÉTICOS COM OS PÉS




  Uma das complicações mais comuns do excesso de açúcar no sangue, o chamado pé diabético também é a principal causa de amputações no país depois dos acidentes. Mas dá para evitar esse desfecho.
Porque complica:  As razões fisiológicas que armam o palco para o pé diabético: Baixa imunidade. A má circulação provocada pelo excesso de açúcar no sangue diminui a escolta de células de defesa prontas para agir quando preciso. Falta de sensibilidade. A alta da glicose leva a danos nos nervos periféricos, que não captam e repassam estímulos como a dor. Daí a pessoa mal nota encrencas no pé. Deficit na cicatrização. O diabete descompensado dificulta a regeneração de áreas lesadas, o que deixa a porta aberta para micróbios atacarem.
A situação chega a ser corriqueira: o diabético fere o pé ao caminhar por aí, só que não sente nada na hora. Mais tarde tira o tênis ou sapato e nota o ferimento. Aí faz um curativo e pensa que tudo está resolvido. Sem causar alarde, porém, o ferimento evolui ao longo de semanas – o diabético já reduziu a sensibilidade nas extremidades do corpo --  e dá lugar a uma infecção, que, por fim,  se alastra. Quando a pessoa procura um hospital, a lesão se agravou a ponto de a única saída ser a amputação de uma parte do membro... Pense agora que essa história com final infeliz poderia começar  com uma bolha, uma frieira, uma topada numa cadeira.
O quadro esclarecido acima e que progride de forma silenciosa – em algumas situações, só um formigamento acusa algo errado – é conhecido como pé diabético. Falamos da causa número um  de amputações no país. Segundo o Grupo de Trabalho Internacional para o Pé Diabético, um caso ocorre a cada 20 segundos no mundo. “Até alguns anos atrás, o diabético com lesão no pé era levado para a amputação. Felizmente isso mudou, mas ainda é uma realidade em várias regiões do país”, relata a endocrinologista Hermelinda Pedrosa, representante do grupo no Brasil.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, as feridas nos membros inferiores estão presentes em 5% dos usuários do SUS com diagnóstico  de diabete há menos de dez anos e em 5,8% em  pessoas com mais de uma década da doença – homens tabagistas e portadores de insuficiência renal e cardíaca são os mais vulneráveis. Não é um número pequeno se considerarmos que existem pelo menos 16 milhões de pessoas com diabetes no país. Tanto é que o próprio Ministério da Saúde acaba de lançar o “Manual  do Pé Diabético”, um guia com os cuidados básicos para evitar e remediar a complicação, que hoje representa 20% das internações de pessoas com diabete no Brasil.
Mas por que, nesses casos, o corpo não cura uma ferida tão pequena? – E por que é tão comum o machucado passar batido? O motivo está numa característica típica do diabete descontrolado, a sobrecarga de açúcar no sangue, uma boa parte acompanhada de muita gordura trafega pelos vasos e impede uma boa circulação, o que leva um monte de células a morrer de fome. Nesse cenário,  o sistema imune fica capenga, a regeneração dos tecidos anda a passos lentos e  os nervos periféricos sofrem. “A glicose elevada destrói a camada que protege o nervo. Assim ele fica mais sensível aos danos causados pelas mudanças de PH do sangue ou de temperatura”, explica o médico Carlos Peixoto, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, do Rio de Janeiro.
Sim, é uma complicação e tanto, mas a boa notícia é que o problema pode ser evitado e a prevenção começa dentro de casa. A primeira regra é controlar as taxas de açúcar no sangue, fazendo a rotina de uma dieta equilibrada, exercícios e, se for o caso, tomar remédios  para regular os níveis de glicose, colesterol e triglicérides. “Quem convive muito tempo com a glicose elevada corre maior risco de ter um infarto, AVC, insuficiência renal e também o pé diabético”, lembra o cirurgião  vascular João Paulo Tardivo, do Centro de Tratamento do Pé Diabético da Faculdade de Medicina do ABC, na grande São Paulo.
A segurança dos membros inferiores pede ainda cuidados extras, como cortar as unhas evitando ferimentos, enxugar  bem os dedos, evitar andar descalço (veja a lista abaixo).
Manual de Cuidados: Regrinhas básicas para evitar complicações de pé diabético:  Autoexame:  Avalie diariamente os pés em busca de micose, machucados ou sinais estranhos como vermelhidão. Estimule os dedos do pé para ver se eles estão sensíveis ao toque.   Corte de unhas  Mantenha-as aparadas, para evitar que você arranhe  os pés e crie feridas durante o sono ou a prática de exercícios físicos.  Pós-banho Seque bem os pés para evitar frieiras. Vale a pena hidratá-los a fim de limitar o ressecamento, que os deixa suscetíveis a lesões – só não passe creme entre os dedos. Calçados   Evite sapatos ou tênis apertados e desconfortáveis, para não sofrer com bolhas e calos, ou abertos, para escapar de arranhões. Porém, não andar descalço por aí.  Meias  É preferível optar pelos modelos de algodão. As de material sintético, como náilon, fazem os pés suar mais e a umidade dá margem para a micose aparecer e se perpetuar.
O acompanhamento é fundamental. É comum os diabéticos procurarem o consultório ou o hospital quando já estão com uma infecção no pé relativamente avançada. Se você é diabético e, por acaso, sofreu algum ferimento, ou já está com algum machucado sem sinal de melhoras, aconselho procurar um médico quanto antes. “Existem recomendações internacionais de que todo paciente com pé diabético deve receber atendimento em 24 horas”.                                           
Nas situações em que a ferida já é muito extensa, os especialistas recorrem a métodos que aceleram a cicatrização. Um deles é a oxigenoterapia hiperbárica, que tem o aval do Conselho Federal de Medicina. Nela, o paciente fica uma hora e meia, dentro de uma máquina que lembra um submarino, onde a pressão atmosférica é muito menos do que a do nível do mar, e a concentração de oxigênio no ar chega a 100%. Esse ambiente estimula a produção de colágeno, proteína vital na regeneração dos tecidos. “A técnica reduz o tempo de tratamento e o risco de amputação”, destaca o infectologista Ivan Marinho, chefe do Centro de Tratamento de Feridas do Hospital São Camilo, na capital paulista.
Outro recurso é a fototerapia dinâmica, originalmente voltada para o combate ao câncer  e que começou a ser aplicada no pé diabético por Tardivo em 1987. O método consiste em introduzir um cateter pela ferida até chegar à porção comprometida e por meio dele são injetadas substâncias que, ao reagirem com a luz, destroem  as bactérias alojadas. As sessões duram dez minutos e são feitas até que a infecção seja eliminada. Embora  aguarde regulamentação, a fototerapia se mostrou eficaz em prevenir as amputações, conforme dois estudos conduzidos por Tardivo no ABC paulista.
Fonte:
Revista “Saúde é Vital” – 11/2016
+ Pequenas modificações

Jc.

São Luís, 7/12/2016

A FAMÍLIA E AS DROGAS




 Uma das grandes preocupações dos pais, nestes tempos modernos, é a possibilidade do filho ou filha se envolver com drogas. O jovem inexperiente entra para esse mundo por algum motivo, sem raciocinar: ávidos de novidades, curiosidade, rebeldia, pressão do grupo em que convive, prazer em experimentar algo proibido, e ainda por se sentir abandonado e esquecido pelos pais, revoltando-se contra eles e a própria existência. Quando a criança cresce sem orientação e sem ter dentro de si, valores morais e religiosos, que os pais poderiam ter-lhe ensinado desde a infância, pode ela, em algum momento de sua existência, por insegurança, por frustração ou falta de orientação, buscar algo que supõe trazer-lhe a paz e o prazer – a droga.

“Drogas são todas as substâncias passíveis de causar dependências e devem ser encaradas dessa maneira”, afirma o psiquiatra Romildo Bueno, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.  O psiquiatra diz ainda que não adianta fazer campanha contra certas drogas, se a sociedade é consumidora de tantas outras. Os refrigerantes do tipo Cola cafezinhos e chá preto, também contém uma substância com poder de dependência com teor mais baixo, que é a cafeína. Ela pode causar a necessidade de se tomar muitos cafés por dia, mas não é tão compulsiva quanto à nicotina do cigarro. A nicotina atinge não só o sistema nervoso central como o periférico, provocando excitação, que varia de pessoa para pessoa. Há pessoas que fumam 60 cigarros por dia e se consideram bem do ponto de vista intelectual, mas não se pode dizer o mesmo quanto à sua resistência física. O excesso de nicotina no organismo causa torpor, reduz o apetite provoca hipertensão, enfisema e o câncer nos pulmões.

Em geral, as drogas pertencem a dois grupos: - os excitantes e os depressores do sistema nervoso central. A pessoa se torna dependente para buscar o prazer, ou para evitar o desprazer, como nos casos dos sedativos. Como a droga não é metabolizada, pois não há enzima para processá-la, ela permanece atuando; é a chamada “onda”. Sob seus efeitos, o usuário se torna mais resistente à fadiga, cansaço, mas também fica com os reflexos retardados e mais irritáveis, dorme menos, havendo ainda uma redução da fome.

A maconha é a mais popular, e a heroína é a droga que mais rápido vicia. Já o crack é produzido a partir da cocaína, contendo éter, que também causa dependência e tem um efeito devastador. Atualmente, os excitantes mais conhecidos e mais usados são a cocaína, LSD, ecstasy, o “kit suicídio”, que provoca o vampirismo; espíritos desencarnados que junto a fumantes, bebedores e drogados, absorve os fluidos dos viciados, além de desenvolver outros tipos de dependências, causando danos e até a morte.

A passagem do adolescente para a fase adulta, desperta conflitos, que muitas das vezes podem trazer sérias consequências, tanto para ele, quanto para aqueles com quem convive.  É uma fase em que os pais precisam estar muito atentos, pois ao menor descuido, podem se deparar com um dos problemas que mais os aterrorizam – as drogas.

Antes que aconteça algo, é preciso saber conversar com o filho ou a filha, para evitar que eles e, consequentemente, toda a família, caiam nessa armadilha dolorosa. Portanto, se não querem que esse mal se instale dentro de suas casas, tomem algumas providências. Cabe aos pais, inicialmente, orientar o adolescente sobre o perigo, para que ele se torne resistente aos assédios de más companhias e de traficantes. Observem o comportamento e tentem perceber se ela ou ele tem complexo de alguma natureza; se mostra um comportamento agressivo ou anda com pessoas que possam influenciá-lo negativamente. Qualquer um desses indícios podem se constituir em fator de risco, para que ela ou ele se envolva com as drogas.

Os traficantes nos dias de hoje, sabedores que nesta fase se consegue o viciado de amanhã, estão levando para o mundo das drogas, meninos e meninas de 9 anos para cima. É próximo das escolas que eles encontram um bom lugar para se posicionarem ao “ataque”, e isso é feito o mais dissimuladamente possível. O jovem que se inicia nas drogas, porque não foi conscientizado pela família ou pela escola, experimenta por curiosidade, modismo, fuga de problemas, imitação, etc. – A solução do problema está na educação preventiva, na família.

Ao se revoltar contra a própria existência e os pais, o jovem fica mais predisposto à depressão e usa a droga como substituto da falta de atenção e afeto. A droga passa então a ser tudo na sua existência e passa a viver uma obsessão. Certos jovens não concordam com a atitude do pai que, sempre bebeu cerveja, e que hoje não quer que o filho faça o mesmo nas festas e com os amigos. Muitos pais não têm consciência de que tudo o que fazem, exerce influência na existência dos filhos. Por ignorar isso, o pai abriu as portas, mas a decisão de aceitar ou não o vício, é só do filho.

Se você mãe ou pai sentir dificuldade de chegar até seu adolescente, para orientá-lo, há outras formas de resolver a questão. Fale com o parente com quem ele se identifica e peça para comentar o assunto reservadamente com ele, alertando-o sobre os sofrimentos que vai passar e causar aos seus familiares. Outra maneira é alugar uma fita (dvd) que aborde o tema e convidá-lo para assistir. Vá, ao longo da exibição, tentando iniciar um diálogo sobre o assunto para despertar sua curiosidade e para a formação de conceitos sadios sobre o que são as drogas e as desvantagens de seu uso.

O jovem que se droga chega às vezes até a perder a sua identidade e a caminhar para a marginalidade. Vários depoimentos de adolescentes revelam situações de desajustes no lar, brigas entre os pais, separações, falta de diálogo na família, e outras razões. Entretanto, aqueles que são mais assistidos com atenção, carinho, amor, e recebem dos pais, noções sobre os valores morais e espirituais, sentem-se culpados ao experimentarem algum tipo de droga e a abandonam antes de se tornarem dependentes. Outros mais fragilizados, sem noções religiosas que lhes mantenham a fé e a esperança na existência, sem uma orientação, acabam caindo nas malhas dos tóxicos; começam pelo “inocente” cigarro. O uso das drogas, repetimos, tanto é prejudicial ao viciado como traz implicações e sofrimentos aos seus familiares.

Para melhor orientação, damos a seguir as características de um jovem usuário de drogas,  que são: 1- mudança de comportamento; 2- irritabilidade e explosão nervosa; 3- inquietação, impaciência, agressividade; 4- depressões, estado de angústia sem motivo; 5- queda do rendimento escolar ou desistência; 6- insônia constante; 7- isolamento; evita contato com amigos e familiares; 8- mudança de hábitos; 9- falta de apetite; 10- desleixo pessoal; 11- olhar vago; 12- dilatação das pupilas e olheiras; 13- rir de coisas sem graça; 14- desaparecimento de objetos de valor, insistentes pedidos de dinheiro; 15- más companhias; os que o iniciam no vício, passam a fazer parte do seu dia-a-dia.

Os pais modernos concorrem de certa forma para esse estado lamentável, de vez que passam muito da existência, como loucos, em busca de uma situação financeira adequada, para dar à família, tudo o que o dinheiro pode proporcionar; casa agradável, automóvel do ano, casa de praia, viagens turísticas e outras coisas que nem sempre são necessárias. E para isso, correm de um emprego para outro, sem tempo de viver, de dialogar, de passear e brincar com os filhos, esquecendo também de conviver com a companheira. As crianças crescem e os pais deixam passar o melhor tempo sem ouvirem os detalhes da existência do filho, sem lhes dar a devida assistência. Deixam de levá-lo à escola, de participar das reuniões de pais, das festinhas colegiais, de ouvi-los quando querem atenção.

Nestas circunstâncias, os filhos se sentem abandonados, pois o pai está distante e a mãe também ocupada, ambos sem tempo para atendê-los, dando liberdade como compensação, sem se preocuparem com um mínimo de vigilância. Outros pais, para não serem acusados pela consciência, procuram dar aos filhos, brinquedos, celular, videogame, dinheiro, e os deixam aos seus instintos. Essa situação ocorre em qualquer nível social. Ao se observar os menores abandonados de rua, a pergunta que sempre se faz, é: onde estão os pais dessas crianças? Por que a família está desagregada?

Existem filhos órfãos de pais vivos, porque eles estão entregues a outras pessoas, enquanto o pai vai tratar dos negócios e a mãe de outros assuntos, ficando a família desunida, sem diálogo, sem convivência, sem carinho e amor.  E é essa convivência que solidifica a família, cria a fraternidade entre irmãos e resolve os problemas na base do entendimento. Na falta desse convívio, há irmãos vivendo o crescendo como verdadeiros estranhos; não brincam, não saem juntos, pouco conversam e para falar com os pais, quase é preciso marcar hora, tal o descaso para com os filhos. Nessa situação de desarmonia, geralmente surge à agressividade entre irmãos e o desrespeito para com os pais.

Os problemas entre irmãos começam a se formar já no nascimento do primogênito, segundo o psiquiatra infantil, Alfredo Castro Neto, que diz: “No primeiro filho se concentra todas as expectativas do jovem e inexperiente casal”. Esses pais esperam mais do primeiro filho e por isso lhes dão melhores condições. Muitas das vezes, a criança ao invés de receber carinho e amor, recebe as pressões para realizar as expectativas, não realizadas pelos pais, ao longo de sua existência. Melhor dizendo: Se o pai desejava ser médico e não conseguiu, vai querer exigir que o filho ou filha realize o seu desejo, mesmo que ele ou ela não tenha vocação para tal. Normalmente possuem um álbum de fotos dele e se inquietam mais por ele. Quando nasce o segundo filho/a, o primogênito perde para o menor, boa parte da atenção dos pais e ainda ganha um rival. Se os pais procuram privilegiar um dos filhos em vez de amá-los igualmente, estimulam a disputa entre eles e o caos familiar estará formado.

Para a psicanalista Alice Bitencourt, “os irmãos rivais disputam entre si, muita das vezes sem saber, o afeto dos pais”. Esta situação infantil se transforma em hostilidade na existência adulta, sempre causadora de muitos problemas,  frustrações e sofrimentos, levando-o as vezes, até às drogas. O que os pais devem fazer para evitar que seus filhos virem rivais?  Algumas coisas, como aquela frase: “Tem filho que se gosta mais que o outro”, deve ser abolida. Outra frase que nunca deve ser dita: “Fulano é muito estudioso, mas sicrano é um desastre, pois só tira notas baixas”. Muitas das vezes, o segundo tem estima baixa e precisa de estímulo e apoio, ao invés de crítica; e as notas baixas pode ser um pedido de atenção e carinho, e não um sintoma de falta de inteligência.

Os danos emocionais desta conduta dos pais atingem os filhos e se propagam em seus dependentes. Outra observação que se faz, é a de que um pai ou mãe que não recebeu carinho e amor, quando criança, sentirá dificuldade de amar os filhos; quem não tem, não pode dar. Às vezes o que acontece são os pais projetarem seus desejos de glória num filho e seus fracassos em outro. O resultado é que tentarão tornar bem sucedido um, enquanto ao outro sequer farão esforços para evitar suas derrotas. Nesse ambiente familiar, é comum surgir por força dessas circunstâncias, a figura do jovem inseguro que, com receio de enfrentar a vida e suas responsabilidades, assume a atitude do estudante crônico. Renunciar aos estudos, seria desastroso para os pais e o condenaria ao fracasso; se diplomar em alguma atividade, significaria mudar sua existência, enfrentar desafios, assumir compromissos e responsabilidades. Como ele tem medo de enfrentar os problemas, a alternativa é permanecer como estudante crônico, parar o relógio de sua existência, sem deixar a comodidade de filho amparado, sem querer assumir compromissos, um casamento e a posição de pai e chefe de família. Crescer é uma opção que exige um mínimo de determinação e de coragem.

Em qualquer destas situações, a tristeza e o sofrimento é grande quando os pais se defrontam com um filho/a que, às vezes, esquecido e abandonado, busca  na rua ou na droga, a companhia, o afeto ou o alívio para sua tristeza, angústia e depressão. Um adolescente em recuperação em clínica especializada dá uma mensagem: “Agarre a oportunidade que aparecer e saia desse inferno. Volte a ter sua identidade; não há recuperação sem esforço, O seu pior inimigo está lá fora. Não experimente, para não se arrepender depois”.

Quando um jovem é descoberto usando drogas, ele precisa de compreensão, orientação, apoio e amor dos pais para sair desse inferno. Os sermões, as críticas e as ameaças, só o afastam do ambiente familiar. Um filho viciado em bebidas alcoólicas ou em drogas é um doente que precisa de cuidados, remédios, orações para sua reabilitação. Às vezes, os iniciadores dos vícios dos filhos são os pais com seus atos anormais, ao lhe darem cigarros ou bebidas alcoólicas, por brincadeira ou para divertir aos amigos, além dos exemplos negativos que transmitem e que vão ser imitados pelos menores inexperientes. Não induzindo as crianças a essas atitudes, não lhes dando exemplos negativos, certamente que as possibilidades do filho se tornar um viciado, serão mínimas.

O jovem precisa ter muita força de vontade para abandonar a droga, e o apoio da família é fundamental nesse processo de recuperação. Há necessidade também de tratamento espiritual, pois a dependência da droga é sempre acompanhada por um processo obsessivo. O trabalho de assistência médica e social fornece o equilíbrio nos momentos difíceis, e o estudo do Evangelho e as orações auxiliam na angústia e colaboram muito para o reajuste da existência. Em tempos modernos, a reflexão sobre esses assuntos, é necessário para que pais e filhos vivam em harmonia com os semelhantes e a sociedade.

Ser amigo e companheiro dos filhos são um dever dos pais. Não deixar, ele procurar lá fora, aquilo que ele tanto precisa dentro do lar. Somos responsáveis indiretamente pelo comportamento e ainda pelo procedimento dos nossos filhos. Deus os colocou sob nossa guarda, e pelos seus atos, oriundos dos nossos exemplos e orientações, comodismo e indiferença, responderemos ante as Leis Divinas. O filho ou filha é o maior tesouro que Deus nos confiou. . .  também  é a continuação da família, do nome e da vida. . .


Que a Paz do Senhor, esteja em nossos corações.


Bibliografia:
Romildo  Bueno
Alfredo Castro Neto
Alice Bitencourt
+ acréscimos e modificações

Jc.
S.Luis,
23/7/1995 – 20/01/2009
Refeito em 26/3/2017