sexta-feira, 10 de novembro de 2017

AMBIÇÃO, AVAREZA, GANÂNCIA E O EGOÍSMO





  Estes são os maiores defeitos do ser humano na sua jornada terrena. Vejamos o que nos informa o Dicionário da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, edição da Bloch Editores.
Ambição -  Desejo imoderado de riquezas, de poder, de glórias, existindo sempre a vontade por mais conquistas;
Avareza -    Apego demasiado e sórdido ao dinheiro;
Ganância - Ganho ilícito; ânsia de ganhar de qualquer maneira,  ambição desmedida;
Egoísmo -  Apego exagerado que redunda em desconsideração pelos interesses das outras pessoas.
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A ambição desmedida enlouquece, quando já não infelicita antes. Quando se fala em ambição ou ganância, normalmente a primeira palavra que vem à mente é “dinheiro”. Uma pessoa ambiciosa está sempre em busca de mais dinheiro, mais poder, melhores condições de trabalho para si e para as pessoas de sua estima, um país melhor, uma sociedade mais evoluída e um mundo melhor. Na verdade, é importante que as pessoas sejam até certo ponto ambiciosas para que consigam crescer e levar outras pessoas para cima. Vale ressaltar que, quando se é ambicioso, é necessário respeitar os valores da ética, da moral e da honestidade, para conquistar seus objetivos de maneira adequada e sem prejudicar as outras pessoas. Não há problema em se ser ambicioso, mas sim, ganancioso. A ambição pode até ser benéfica. Um exemplo pode ser um aluno da escola pública. Ao abdicar de uma série de coisas para se dedicar aos estudos, ele demonstra a ambição de ter uma profissão que possa beneficiar a si e a comunidade. Se formando em medicina e sendo um bom profissional, sente-se realizado, alegra a família, e contribui para a saúde da população.
A avareza ou sovinice é o medo de perder algo que possui.  Enquanto Jesus pregava um homem lhe disse do meio da multidão: “Mestre, dizei a meu irmão que divida comigo a herança que nos coube.” Jesus lhe respondeu: “Ó homem! Quem me estabeleceu para vos julgar ou para fazer vossas partilhas?” Depois lhe disse: “Tende cuidado em vos guardar de toda avareza; porque em qualquer abundância que o homem esteja, sua vida não depende dos bens que ele possui. É isso o que acontece àquele que amontoa tesouros para si mesmo, e não é rico diante de Deus.”
Uma pessoa avarenta é classificada como “pão-duro”, e representa o medo de perder algo que possui. Acha que perder algo é um desastre. Uma pessoa avarenta é relutante em  dar ou gastar dinheiro, muitas vezes, a ponto de renunciar até mesmo ao conforto básico e a algumas necessidades. O avarento acha que todos querem seus bens materiais e seus valores financeiros A avareza é o apego exagerado e sórdido aos bens materiais e ao dinheiro. É o desejo ardente de acumular riqueza, o que o torna um egoísta, sem qualquer atitude para exercer a caridade. O avarento é o ser humano que não pratica a generosidade, ele é a mesquinhez, a sovinice e a miserabilidade.
A pessoa gananciosa não tem escrúpulos para atingir suas conquistas.   O desejo exacerbado de ter e receber mais do que os outros, leva a ânsia por ganhos exorbitantes. O ganancioso quase sempre o faz através do esforço de outras pessoas aos quais ele subjuga, usa e coage. O ganancioso pelo fato de não querer se dispor a trabalhar, acaba se aproveitando de terceiros, seja por persuasão ou pelo uso da força, para obter seus lucros de maneira bem suja e desonesta. Quando se fala de ganância as pessoas pensam logo no dinheiro e em bens.
As guerras em geral, são causadas por atitudes gananciosas de governantes, governos e países. A primeira guerra mundial (1914 a 1918) foi causada por desentendimentos dos países europeus, por causa das colônias africanas, na Conferência de Berlim. Como resultado dessas atitudes gananciosas, foram mortos milhares de civis e militares que nada tinham a ver com as decisões dos governantes, movidos pela ganância. O mesmo aconteceu na segunda guerra mundial (1939 a 1945). A Alemanha que tinha sido derrotada na primeira guerra, foi pressionada pelos vencedores, bastantes gananciosos, que estabeleceram  uma quantia de libras e outras sanções que a Alemanha não tinha condições de cumprir. Enquanto os vencedores achavam terem tomado a melhor atitude, ao confiscar milhões de libras, eles fizeram ativar um sentimento de revanchismo no povo que foi explorado por Hitler, com sua ganância de desejar conquistar o mundo, que resultou numa guerra, onde milhões de seres humanos foram mortos e na destruição de nações.
Dentre esses vícios o egoísmo é o mais radical; dele deriva todo o mal. É certo que o egoísmo é vosso pior mal, mas ele prende-se à inferioridade do Espírito encarnado sobre a Terra, e não à Humanidade em si mesma. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos está o egoísmo; inutilmente combatereis os males, mas se não conseguires atacar o mal em sua raiz não terás destruído a causa. O egoísmo é a pior chaga da Humanidade; o egoísmo é, pois, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem combater, porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros.
O egoísmo é a negação da Caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade do ser humano. Se os seres humanos se amassem a caridade melhor seria praticada, mas para isso, deveis vos esforçar para vos desembaraçar dos liames do egoísmo, a fim de serem mais sensíveis para com aqueles que sofrem. A dureza do egoísmo mata os bons sentimentos.  Existindo o egoísmo e o orgulho que estão de mãos dadas, haverá sempre um caminho para uma luta de interesses onde são pisoteadas as mais santas afeições e os laços de família não são respeitados.
De todas as imperfeições humanas, a mais difícil de libertar-se é o egoísmo, porque ele se prende à influência da matéria da qual o ser humano, ainda muito próximo da sua origem, não pode se libertar, influindo nas suas leis, organização social e sua educação. O egoísmo se enfraquecerá com a supremacia da moral sobre a materialidade e, sobretudo, com a inteligência que a Doutrina dos Espíritos vos dá de vosso estado futuro real e não desnaturado pelas ficções alegóricas e fantasiosas.
Fontes:
Dicionário
Internet
+ Pequenas Modificações

Jc.
São Luís, 9/10/2017

O MAPA DA DEPENDÊNCIA




  Mais de um terço da população brasileira faz parte do Cadastro Único dos beneficiários sociais, pagos pelo governo, entre eles, Bolsa Família, Luz para Todos, Bolsa Gás, Bolsa Pescador, Minha Casa e outros programas assistenciais. As regiões que mais dependem dos programas federais estão localizadas no Norte e Nordeste com  população inscrita acima de 60%, os demais estados com percentuais que variam de 21 a 40% inscritos, com exceção dos estados de São Paulo e Santa Catarina, na faixa de até 20%.  
Para termos uma ideia do valor gasto somente com Bolsa Família, que atende a 50 milhões de beneficiários e cujo orçamento é de 24 bilhões (em 2013); e o Minha casa que atende a 7 milhões de assistidos, cujo orçamento chega a 73.2 bilhões, totalizando quase 100 bilhões. No campo social, criado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e ampliado nos doze anos de governo do PT, o assistencialismo afundou na criação da dependência paralisante – aquele ponto em que para muitos, vale mais a pena viver do repasse do Governo do que do trabalho. A história é a do populismo baseado na expansão de gastos públicos e da prioridade das políticas públicas, com efeitos eleitoreiros. Essa é a situação, porém vai acabar mal, pois o modelo é insustentável.
 Não é viável o país em que o setor produtivo sustenta o passado, o presente e o futuro de uma máquina pública incontrolável que aumenta de tamanho todos os anos, que concede aos seus integrantes aumentos de salário e benefícios a seu bel-prazer, sem a menor consideração por quem realmente paga a conta: os brasileiros da iniciativa privada que trabalham e pagam os impostos.
Um dos maiores estudiosos do mundo no assunto, o economista italiano Vito Tanzi mostrou que o Brasil já passou do nível em que o aumento de gastos públicos produz proporcional aumento do bem-estar social. Segundo o economista, gastos públicos ao redor de 35% do PIB são suficientes para alcançar os objetivos realisticamente esperados de um governo em uma economia de mercado. O Brasil já está no patamar de 40% do PIB, com tendência ainda a aumentar. Disse Tanzi à revista “Veja”: “O Brasil gasta demais. Quando os governos sabem usar os seus recursos de maneira eficiente, conseguem sanar problemas sociais sem afetar o potencial de crescimento. Quando o governo não é eficiente, como parece ser o atual governo brasileiro, mais gastos significarão apenas desequilíbrios fiscais e baixo crescimento”.
O Brasil, porém, está gastando não a fortuna acumulada pelas gerações passadas, mas consumindo agora e mandando a conta para as próximas gerações. Como boa parte da arrecadação vai para funcionários públicos e para esses programas assistencialistas eleitoreiros, o que se tem é uma injustiça flagrante: empregados da iniciativa privada contribuem para sua própria aposentadoria, para a aposentadoria dos que são privilegiados e ainda para manter através do assistencialismo, milhares de pessoas sem trabalhar, pelos programas sociais para garantir através dos votos, a permanência no poder, dos integrantes do PT e do PMDB.
O jornalista J.R. Guzzo, no seu artigo “A Casa não pode cair” pergunta qual é o projeto do PT e hoje do PMDB? Que diabo seria isso? Ora o projeto deles é não ter projeto algum. Em vez de trabalhar para construir um Brasil mais justo, confortável e promissor para os brasileiros, todo o esforço do partido se concentra em não largar o osso, o governo. O Brasil está em estado de miséria, e o presente já é um caso perdido. A pergunta, agora, é a seguinte: as coisas vão mudar para melhor depois da eleição presidencial de outubro ou vão ficar piores ainda?
Vão ficar piores, com certeza, se o Brasil não sair da armadilha que o governo, do PT, do ex-presidente Lula, da Dilma e atualmente o Temer  montaram: eles têm de ganhar todas, pois não podem mais admitir a alternância de poder. O problema atual do Brasil é que o govereno não apenas quer continuar: precisa continuar, pois, se sair, o mundo de privilégios que construiu para si próprio e os seus nos últimos anos vai direto para o espaço. Vão-se embora as rosemarys, os youssefs, as Pasadenas, as fortunas criadas nos porões da Petrobrás, os mensalões, os 39 Ministérios e os 20.000 altos empregos existentes no governo para beneficiar os correligionários e milhares de outros como eles, que corroem os orçamentos e as finanças do Brasil.
Fonte:
Revista“Veja”– 23/4/2014                                                    
Giuliano Guandalini e Bianca Alvarenga
J.R.Guzzo

Jc.
São Luís, 22/5/2014
Refeito em 8/11/2017