quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A INGLUÊNCIA ESPIRITUAL NA SAUDE DO CORPO

A INFLUÊNCIA ESPIRITUAL NA SAUDE DO CORPO

Pode um espírito desencarnado enfermo, transmitir para uma pessoa sadia, a sua condição enferma? Melhor dizendo: Pode um espírito tornar cardíaco, uma pessoa que nunca teve qualquer problema anterior nessa área? Como se daria esse contágio?

Na prática, observa-se que é possível o espírito assim fazer. A influência perniciosa de desencarnados sobre as pessoas, apresenta aspectos curiosos e variados, como por exemplo: Nem sempre uma enfermidade causada por um desencarnado, pode ser considerada uma obsessão espiritual propriamente dita, ou seja, o desejo do espírito de fazer o mal. As vezes, o malefício decorre de uma atividade inconsciente, sem que o espírito alimente ódio, sentimento de vingança ou a vontade de prejudicar a sua vítima. Nesse caso, manifesta-se a Indução Espiritual, uma forma de associação desarmônica, decorrente da ação magnética de contato, entre o espírito e a pessoa; que é observada nas reuniões mediúnicas de assistência aos enfermos, realizada nos Centros Espíritas.

Espíritos que desencarnam vitimados por enfermidades dolorosas, e que ainda não possuem aquisições morais para um despertar tranqüilo na Espiritualidade, muitas vezes, permanecem em estado de sofrimentos e inconsciência na erraticidade. Quando acontece de sentirem-se atraídos para o ambiente do ex-lar terreno, terminam ligando-se magneticamente a um familiar querido e assim permanecem por muito tempo até que providências sejam tomadas para afastá-lo. Então, à medida que o campo vibratório do espírito estreita as ligações com o campo biomagnético da pessoa, alguns fenômenos passam a acontecer. A troca de vibrações produz no espírito inferior, uma sensação de alívio e bem-estar, isto por conta da retirada das energias vitais da pessoa, o que não deixa de ser uma forma de parasitismo espiritual inconsciente. Da mesma forma, por conta de um fenômeno denominado de Ressonância Vibratória, o espírito sofredor transfere gradualmente para a pessoa, as suas sensações de mal estar, perturbações e sofrimentos por que passa.

Esse processo compromete inicialmente o perispírito da vítima; em seguida tranfere para o corpo físico, as mesmas sensações de mal estar de que ele, o espírito, é portador. Digamos que o espírito quando na Terra, tenha sido um cardíaco; logo a vítima vai acusar crises de palpitações ou dores intensas semelhantes a um quadro de angina ou enfarte do miocárdio. Se o espírito, quando na Terra, foi um tuberculoso, a pessoa assediada passará a apresentar tosse, febre vespertina, inapetência e perda de peso, e assim por diante. Aí, caracteriza-se a Indução Espiritual; que é muito mais freqüente do que nós imaginamos.

Esse procedimento pode acontecer a qualquer um de nós, independentemente do fato de se tratar de um espírito familiar. Basta que haja uma atração magnética qualquer entre o espírito e a pessoa, para que o desagradável fenômeno se estabeleça e evolua gradualmente. Nesses casos, a recuperação do enfermo não depende apenas do tratamento medicamentoso. É preciso que se faça também o tratamento ao espírito desencarnado. Uma vez ele esclarecido da situação que provoca, reconhece o estado em que se encontra lamentando o mal inconscientemente praticado e concorda em se afastar sem maiores dificuldades, recebendo então a chance de ser recolhido pelos benfeitores da espiritualidade. A partir desse momento, cessam como por milagre, os sintomas que comprometiam a pessoa. Agora imaginem os irmãos, quantas pessoas vitimadas por Indução Espiritual, lotam os consultórios dos clínicos, em busca de um alívio que só pode ser encontrado nos Centros Espíritas. Por isso, a necessidade da medicina convencional espiritualizar-se, para melhor conhecer a realidade das “doenças fluídicas”, ainda não descritas nos tratados de patologia clássica.

Após todo este conhecimento, certamente vem a pergunta: Como podemos nos imunizar contra esse tipo de influência? – O principal para esses distúrbios espirituais, quaisquer que sejam, reúne algumas atitudes nem sempre levadas em conta pela maioria das pessoas. Por exemplo, citamos: A consciência sem culpa, vivência dos sentimentos nobres, equilíbrio comportamental e orações diárias, pelo menos, uma ao levantar, agradecendo a Deus por lhe conceder mais um dia de existência na tarefa do aperfeiçoamento espiritual, e outra ao se recolher ao leito, agradecendo pelas bênçãos recebidas e, até mesmo pelas dificuldades ou dores que passou, que representam quitações de débitos e degraus no progresso espiritual. Portanto, não se deve estranhar a sábia advertência de Jesus, ao nos sugerir a oração e a vigilância para não cedermos às tentações. Caso estejamos em dia com tais preceitos, é como se estivéssemos vacinados contra a maioria das perturbações espirituais, ou protegidos por uma muralha ao nosso redor. A nossa psicosfera individual, com a proteção dos bons guias espirituais, torna-se mais fortalecida em virtude do nosso padrão vibratório mental mais elevado, afastando e dificultando a sintonia das espíritos sofredores e dos obsessores, no caso das induções espirituais.

Para nos prevenirmos dos males morais é necessário a moralidade dos nossos pensamentos, palavras e atos, únicos capazes de nos fortalecer e nos garantir a saúde integral. Por outro lado, a oração, o cultivo dos bons sentimentos, os atos nobres e o otimismo, podem nos imunizar até mesmo contra as doenças do mundo material. Assim, admite-se uma condição orgânica e mental melhor, naqueles que mantém elevada a sua integridade psicofísica. Quanto mais elevada for, menos a pessoa estará predisposta ao contágio das infecções corriqueiras, sempre presente nos que se apresentam desgastados pelas preocupações passageiras, ansiedades incontroláveis e paixões obsessivas. Lembremo-nos do velho aforismo que diz: “Mente saudável, corpo sadio”, uma verdade reconhecida pelos antigos filósofos e comprovada hoje, pelos pesquisadores da psiconeuroimunologia.

É preciso que as pessoas estendam o seguinte: A existência na Terra é um bem divino concedido por Deus, com a finalidade de proporcionar o progresso moral dos seres humanos. Se sacrificamos o nosso patrimônio orgânico que é o corpo, apelando para os exageros e praticando vícios, nada mais justo que colhermos mais adiante, os frutos da nossa plantação inconseqüente. O perispírito durante a encarnação, absorve e registra os atentados cometidos contra o nosso corpo psicofísico. As lesões infligidas ao ser espiritual ou o perispírito, não se apagarão com o tempo; será necessária a remoção para o corpo, em forma de enfermidades de ordem expiatória, para que ambos voltem a vibrar em padrão saudável de harmonia e equilíbrio.

O consumo de tabaco, bebidas alcoólicas e drogas, trás sempre implicações espirituais. As pessoas que se iniciam no cigarro, no álcool e nas drogas, o fazem por curiosidade ou influência de más companhias. Porém, com o passar do tempo, os espíritos viciados em estado de perturbação, delas se aproximam na condição de vampiros sedentos de prazeres e sensações inferiores, e passam a subjugá-las, não só estimulando o desejo descontrolado de mais consumo, como sugando-lhes com volúpia as energias vitais. Assim funcionam quando se tratam de obsessões clássicas. Porém, existem outras formas de obsessões espirituais bastantes complicadas. Com o intuito de alertar, comentaremos a seguir, o caso de um dependente crônico, vítima de uma obsessão complexa, desde que não tenhamos o hábito do “Orai e Vigiai”, prescrito por Jesus.

Conta-nos o Dr. Vitor Costa, médico espírita, que certa vez compareceu ao Centro Espírita do qual faz parte, um jovem de 18 anos, dependente de drogas. Era lastimável o seu estado e os familiares, como último recurso de recuperação, ansiavam por um tratamento espiritual. Seguindo a orientação dos mentores espirituais, o grupo mediúnico com o apoio dos espíritos terapeutas, iniciou o tratamento lançando uma espécie de rede magnética em volta do rapaz, com o objetivo de reter as entidades maléficas. Na seqüência, o chefe do grupo dos espíritos obsessores, aprisionado, manifestou-se por intermédio de um outro médium presente e foi estabelecido um diálogo que permitiu o conhecimento dos seguintes detalhes: - Que esse grupo de espíritos obsessores tinha como objetivo, escravizar a juventude moralmente desprevenida e aprisioná-la com a finalidade de induzi-la à rebeldia, subjugá-la aos vícios e submetê-la às mais variadas experiências anti-éticas e maldosas. O chefe informou ainda que, a exemplo do que eles praticavam, havia muitos outros grupos que também agiam de forma semelhante, tentando desviar os jovens do bom caminho e comprometer o futuro da família e da própria sociedade. Foi-lhe perguntado como conseguiam aprisionar as pessoas de forma tão eficaz, e ele respondeu, dizendo: “Para nós é muito fácil. Meus companheiros procuram as pessoas que estão com a mente vazia, e não estão protegidas pelas orações, boa moral e atos bondosos, principalmente nos ambientes terrenos comprometidos pela promiscuidade, a exemplo dos “inferninhos”, bares mal freqüentados e locais onde as pessoas se entregam aos exageros com o fumo, o álcool e as drogas. A mente ociosa e desprotegida assim como a intoxicação orgânica produzida pela mistura do fumo, do álcool e das drogas, afrouxam os laços perispirituais dos ingênuos, deixando-os totalmente a nossa disposição e controle. Enquanto as pessoas imaginam-se senhoras de si, e as outras em ilusórias “viagens psicodélicas”, em verdade, mergulham nas zonas sombrias do astral inferior, momento em que nos aproveitamos para obsidiá-las e instalar em seus cérebros astrais, placas parasitárias que nos permitem controlá-los à distância. A partir daí, elas se tornam nossas escravas. Dificilmente se curam com os tratamentos desintoxicantes, pois uma vez de alta hospitalar, recaem em nossas mãos, respondendo aos estímulos emitidos pelos aparelhos controlados por nós...” e após estas palavras, gargalhava de forma sinistra.

Após esse diálogo, o espírito malévolo foi convidado a desmontar os tais aparelhos e apagar os registros, e os nomes de centenas de outros jovens a eles vinculados pelos laços da subjugação espiritual. Em seguida os espíritos maldosos foram encaminhados em sono magnético, a uma das “casas transitórias”, especializadas na recepção e tratamento prolongado de espíritos desviados do bem, pelos mentores espirituais terapeutas. Nesse mesmo tempo, assistido por outros guias terapeutas, o perispírito do jovem era submetido à delicada reconstrução magnética, com a colaboração dos neurologistas espirituais. E com outras intervenções procedidas e o apoio dos familiares com orações, o paciente meses depois, encontrava-se completamente recuperado de seu pesadelo.

É oportuno adiantar a seguinte informação aos grupos mediúnicos. A maioria dos casos de obsessão e de dependência às drogas, estão relacionados com os aparelhos parasitas aqui mencionados. Bom seria que os grupos que trabalham mediunicamente sob a orientação da Doutrina Consoladora, respaldados na máxima evangélica do “daí de graça o que de graça recebestes”, melhor conhecessem a técnica da Apometria, desenvolvida pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, pois certamente, prestariam auxílio muito mais objetivo aos enfermos do corpo e da alma; recomenda o Dr. Vitor Ronaldo Costa, médico espírita e autor de várias obras doutrinárias, e com vastos conhecimentos nos campos da mediunidade e da obsessão espiritual, praticadas em hospitais espíritas.

Em relação a qualquer tipo de dependência, o melhor remédio ainda é prevenir. Remediar, têm um preço muito alto e exige um esforço concentrado por parte do enfermo, dos familiares e dos demais segmentos. Não desconhecendo o grande auxílio trazido pela Apometria, minimizando o tempo de recuperação dos pacientes, desfazendo as ligações dos marginais invisíveis, insistimos na prevenção, que deve ser iniciada desde cedo nos lares cristãos e nos lares espíritas, onde o conhecimento de causa, mais nos aproxima da realidade espiritual.

Nos dias atuais em que a falta de moralidade, os vícios e os crimes de todas as natureza campeiam, torna-se mais necessária uma maior aproximação de pais e filhos. O diálogo e a camaradagem construída na ausência de repressões violentas, produzem efeitos miraculosos. A desatenção dos pais, as vezes obriga ao pagamento de um preço muito elevado e as custas de tristezas, aflições e sofrimentos. Os pais, quanto mais ligados aos filhos, maior conhecimento adquirem de suas necessidades, fraquezas e carências. Nem sempre é fácil lidar com os adolescentes, principalmente quando os pais, repressores ou permissivos, não buscam o fortalecimento dos laços de amizade que devem existir entre ambos. Podemos pelo menos adverti-los para a vigilância e discutir com franqueza, os males que enxameiam na sociedade. Os mais rebeldes devem receber especial atenção, orientação e um pouco mais de cuidados e vigilância, para que não aprendam lá fora, as lições indevidas com os pseudo-mestres do mundo; porque aí as coisas se complicam mais.

Sempre que o comportamento apresentar sinais de desvios ou uma certa divergência dos padrões de normalidade, os pais devem, além de procurar saber os motivos, com certa habilidade, ou até mesmo convidá-lo a ir a um Centro Espírita, fazer uma investigação mediúnica. A experiência confirma: quanto mais cedo agirmos, maiores as chances de recuperarmos os filhos ou parentes das malhas das trevas. Evitar as discussões inflamadas e humilhantes, responsáveis na maioria das vezes, pelas barreiras no relacionamento familiar. Na verdade, a maioria das pessoas, conforme opinião dos estudiosos do comportamento humano, se mostra acessível à pedagogia do entendimento e amor, únicas formas de vivência sadia.

Rememorando o que foi dito:- Como acontece a obsessão? – Ela sempre decorre de uma imperfeição moral da pessoa, que dá ascendência (condição de manipulação) a um espírito mau.
Como atua o espírito causador da obsessão? – O perispírito do obsessor se identifica com a pessoa, pela sintonia, ficando esta, enlaçada e constrangida a proceder contra sua vontade.

É possível neutralizar a influência do espírito obsessor? – Sim. Para isso é necessário agir de acordo com a questão nº. 469 de “O Livro dos Espíritos”, que recomenda fazer o bem (para ter mérito) e depositar toda confiança em Deus

O passe magnético é importante no tratamento da obsessão? – Sim. Como o obsidiado está envolto e impregnado de fluído pernicioso, para desembaraçar-lhe é preciso a atuação do fluído bom, capaz de neutralizar o mau fluído, o que pode ser obtido por meio da terapêutica do passe magnético.

Quando a tarefa da desobsessão se torna mais fácil? – Quando o obsidiado, compreendendo a situação em que se encontra, procura auxiliar-se com suas preces e o trabalho em curso.

A prece é um recurso importante no trabalho desobsessivo? – Sim. A prece em todos os casos de obsessão, é e será sempre o mais poderoso meio de que dispomos, para demover ou afastar o obsessor dos seus propósitos maléficos.

Quais os principais recursos espíritas que podemos utilizar no tratamento da obsessão? – São sete os principais recursos que devemos usar nessa tarefa. 1- Conscientização, por parte do obsidiado e de seus familiares, de que paciência é fator essencial, e que as imperfeições morais do obsidiado é o maior obstáculo à sua cura; 2- Fluidoterapia (passes magnéticos e água fluidificada); 3- Vigilância e preces constantes; 4- Laborterapia (desenvolver algum tipo de caridade); 5- Renovação das idéias através da boa leitura (O Evangelho), da conversação e da assistência de boas palestra; 6- Culto do Evangelho no Lar; 7- Doutrinação do espírito obsessor, nos Centros Espíritas, em grupos mediúnicos, em cujas reuniões a presença do enfermo não é necessária; somente o seu nome e endereço.

Estas são, portanto, as considerações finais sobre qualquer tratamento de obsessão.



Bibliografia:
Revista “Resenha Espírita”
Acréscimos e correções.


Jc.
S.Luis, 21/10/2002