domingo, 29 de janeiro de 2017

JESUS - ESPÍRITO DE ORDEM MAIS ELEVADA




  Segundo a revista alemã Der Splegel, o panorama estatístico dos religiosos atuais do Mundo, é o seguinte: Cristãos católicos (16,9%)  Cristãos não católicos, incluindo os Protestantes e Espíritas (17%),  Muçulmanos (23,1%),  Hindus (13%),  Budistas (6,1%)  Judeus (0,2%)  e outros (23,7%).
Observa-se que 1/3 da humanidade procura seguir os ensinos de Jesus, e para a crença dos outros 2/3 que não “conhecem” o Cristo, apesar do mundo globalizado atual, sempre existiram outros seres luminares, todos eles discípulos de Jesus. Ele, durante milênios, enviou seus emissários para instruir os povos, raças e civilizações com conhecimentos e princípios da lei de Deus. Além disso, há dois mil anos atrás, veio pessoalmente, conforme anunciado, ratificar e exemplificar os conhecimentos e ensinamentos já existentes, deixando o Evangelho como patrimônio para toda a Humanidade. . .
Allan Kardec, na introdução de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, escolhe o Ensino Moral dentre as cinco partes do livro, como o único que não está sujeito a controvérsias, podendo inclusive unir todas as crenças em torno da sua mensagem universalista. Na Terra, onde se multiplicam as conquistas da inteligência e os quadros do sentimento enxovalhado pelo materialismo, saibamos que Jesus no campo da Humanidade foi o único orientador completo, irrepreensível e inquestionável, que renunciou à companhia dos anjos para viver e conviver com os seres humanos.
Amados por uns, odiado por outros, indiferente para muitos, Jesus deixou ensinamentos muito singelos, todavia profundos, aplicando a filosofia que difundia, desconcertando os seus inimigos gratuitos, granjeando apoios no povo e confundindo os demais. Aos Espíritas sinceros cumpre não perder de vista essa realidade transcendente -  a vinculação da Doutrina dos Espíritos com os ensinos de Jesus, porque o Mestre não abdicou do comando da Terra e se compadece de cada um de nós, facultando-nos o recomeço e a paz, hoje e sempre, independente de onde possamos estar ou de como estamos.
Jesus é a personalidade mais mencionada da História e todos os milhares de volumes dos livros sagrados,  Ele resumiu em uma única citação que abrange toda a sabedoria terrestre  --
“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.  Ele foi um Educador por excelência, tanto que o único título que admitiu foi o de ser chamado Mestre. Ele até hoje continua sendo o maior enigma de todos os séculos. Para alguns religiosos, ele é considerado uma divindade. O motivo pelo qual muitos consideram Jesus um Semideus, é a sua colossal elevação espiritual.  Diante Dele, todos ficamos  muito pequeninos em virtude das nossas deficiências e inferioridade, daí a confusão de alguns religiosos.
Jesus, sendo o Consolador e o Mestre, não adulava os poderosos e não oprimia os excluídos sociais, não repudiava as “madalenas” nem apedrejava as “adúlteras”— mas convidava os penitentes a correção e o perdão. Por servir ao próximo, com modéstia, sem arrogância, Ele foi tido como  rebelde, insensato e violador da lei e inimigo dos poderosos. Para a maioria dos teólogos, Ele é objeto de estudo, para os filósofos, Ele é o centro de polêmicas e cogitações infindáveis. Para nós Espíritas, Jesus foi, é e será sempre a síntese da Ciência, da Filosofia e da Religião (tripé do edifício Espírita).
A Doutrina dos Espíritos vem colocar o Evangelho de Jesus na linguagem da razão, com explicações simples e racionais, sem abandonar o aspecto sensível da emoção que é colocada na sua expressão profunda, demonstrando que o sentimento e a razão podem e devem caminhar pela mesma estrada, pois elas constituem as asas da libertação definitiva do ser humano.
Nos tempos áureos do Evangelho, o apóstolo Pedro definiu a transcendência de Jesus, revelando que Ele era “o Cristo, o Filho de Deus vivo”. No século XX o Espírito de Verdade atestava ser Ele “o Condutor e Modelo do Homem”. Para o pedagogo de Lyon (Allan Kardec), o Cristo foi “O Espírito Superior de Ordem Mais Elevada, Enviado e Médium de Deus na Terra”; Emmanuel o denomina de “Diretor Angélico do Orbe e Síntese do Amor Divino”.
Fonte:
Autor: Jorge Hessen
Revista “Brasília Espírita”- 11-12/2016
+ Pequenas modificações

Jc.
São Luís, 26/11/2016