Não é milagre! A ciência
começa a explicar por que ela ajuda a prevenir e vencer doenças, do infarto até
o câncer. Diante de uma porção de
evidências, a medicina reconhece, afinal, que a espiritualidade ajuda a prevenir
e vencer doenças; acelera mesmo a recuperação e dá forças para viver mais e
melhor.
Não importa sua crença: ao
que tudo indica, participar de cultos e encontros religiosos é, de fato, uma
das fórmulas mais eficazes de reforçar a espiritualidade e colher suas
vantagens, beneficiando o corpo. A constatação vem de um trabalho da
Universidade do Texas, nos Estados Unidos, com foco em muitos ritos
brasileiros. Segundo os autores, a participação ativa dá mais controle sobre os
desafios da existência, estejam eles ligados à saúde ou não.
A ciência já decifrou certos
efeitos fisiológicos da espiritualidade.
Sistema nervoso Pessoas que creem em algo maior e são
altruístas tendem a apresentar cargas extras de neurotransmissores que
respondem pelo bem-estar.
Imunidade A espiritualidade potencializa a ação das
células de defesa, reduzindo os riscos de infecções virais e bacterianas, além
de ajudar a enfrentar o câncer.
Inflamação Estudos mostram que pessoas religiosas
possuem menos moléculas inflamatórias trafegando nos vasos, o que afasta
infartos, tumores e outros problemas.
Código Genético Ter
e exercer a fé tornaria mais vagaroso o processo de encurtamento dos telômeros
(as extremidades dos cromossomos), que leva ao envelhecimento.
Espiritualidade versos
religiosidade Esses termos não são sinônimos e ainda há
muito debate sobre suas definições. “A espiritualidade é a busca pessoal para
entender questões como o sentido da vida e as relações com o sagrado e o
transcendente, e isso pode ou não depender de práticas religiosas”, diz Sissy
Fontes, expert em espiritualidade e
medicina da Unifesp. “Já a religiosidade consiste em seguir uma doutrina e a
frequência com que se reza e se participa de eventos e rituais, em templos ou
mesmo em casa”.
A fé que vem de outro Um
tema que ainda intriga os pesquisadores
é se (e quanto) funcionam as
orações á distância, isto é, se a reza ou os pensamentos positivos de parentes
ou até de desconhecidos ajudariam a melhorar o problema de um doente. “Um
estudo com infartados recém-chegados à UTI demonstrou que pessoas contempladas
nas preces de um grupo tinham menos complicações. Seria uma forma de
interferência positiva, mas o paciente precisa estar aberto a receber essa
ajuda e ele mesmo desenvolver a sua fé”, analisa Sissy Fontes. Mas como
explicar o efeito dessa prece á distância? Com a palavra á física quântica.
O lado negro da força A
religiosidade, por outro lado, pode, sim, atrapalhar o estado de saúde e a
recuperação de uma doença. Isso acontece, em geral, por três razões: 1ª Encarar
os problemas apenas como castigos divinos, o que abala a expectativa de
melhora. 2ª Algumas religiões têm regras mais duras, capazes de gerar estresse.
Não é atoa que doutrinas punitivas ou fanáticas já estão associadas a um
aumento da pressão arterial. 3ª Ter uma atitude passiva e largar tudo nas mãos
de um ser superior, negligenciando inclusive as prescrições médicas.
“Espiritualidade e tratamento convencional devem sempre estar juntos”, ressalta
o psicólogo Esdras Vasconcelos.
Espiritualidade na faculdade
Considerar as crenças do paciente dentro do consultório exige que o
profissional de saúde esteja apto a lidar com isso. Esse é um hábito que ainda
é exceção no Brasil e que encontra certa resistência da própria classe médica.
“Essa visão é fruto da falta de treinamento e abordagem do tema na
universidade”, avalia Harold Koenig. De acordo com uma pesquisa da Unifesp,
apenas 10% das faculdades de medicina nacionais têm cursos específicos sobre
espiritualidade e bem-estar, e 40% tratam isso pelo menos de forma indireta no
currículo, enquanto nos Estados Unidos esse índice supera os 90%.
A educação religiosa desde a
infância também resguardaria os jovens de caírem na tentação de usar e abusar
das drogas. “Há indícios de que a espiritualidade estimula a porção frontal do
cérebro, que responde pela nossa capacidade de controle”, comenta Moreira
Almeida.
Diante dessa abundância de
dados, é natural reconhecer que há uma correlação entre longevidade e
existência espiritualizada. Só vai depender dos próprios profissionais de
saúde. “É uma pena que existam ainda tantos especialistas considerando
irrelevante esse assunto. Temos dados comprovando de que um médico mais
sensível às questões espirituais do paciente favorece o seu tratamento”,
analisa o psiquiatra Michael King, do University College London Medical School,
na Inglaterra. “A ideia é visualizar se a pessoa possui uma crença, se a
professa e a frequência com que faz isso. Não se trata de prescrever oração
como se fosso remédio, mas, partindo do interesse do paciente, procurar uma
forma de usar a espiritualidade a seu favor”, completa Lucchese.
O “Evangelho Segundo o
Espiritismo” no seu capítulo XIX, com o título “A Fé Transporta Montanhas”, nos
informa que o magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé em ação; é
pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, outrora, eram
qualificados de milagres. Em certas pessoas, a fé parece de alguma sorte inata;
uma centelha basta para desenvolvê-la. No “Novo Testamento”, em Mateus cap.8
vrs.5 a 13, encontramos a maior prova de fé. Um centurião se apresentou a
Jesus, implorando: “Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico,
sofrendo horrivelmente”. Jesus lhe disse: ”Eu irei curá-lo”. Mas o centurião
respondeu: “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda
com uma palavra e o meu rapaz será curado”. Ouvindo isto, admirou-se Jesus e
disse aos que o seguiam: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei
fé como esta”. Então disse Jesus ao centurião: “Vai-te, e seja feito conforme a
tua fé”. E naquela mesma hora, o servo foi curado.
Esta passagem representa a
fé que vem de longe. Jesus não precisou ir até a casa do centurião, para
realizar a cura do doente. Assim também com fé, nós podemos pedir pelos que se
encontram enfermos ou necessitados de um amparo espiritual, estejam perto ou
longe, o importante é a nossa fé inabalável e consistente. Para maiores
esclarecimentos, acessem o artigo “A Fé Consistente”.
Fonte:
Revista
“Saúde é Vital” – 12/2013
Evangelho
– Novo Testamento
+
Pequenas modificações
Jc.
São
Luís, 22/12/2013