sábado, 30 de junho de 2018

O C A R M A




 
Tudo o que você faz um dia volta para você. Ignorar a lei do carma não isenta ninguém de sofrer as consequências geradas por nossos atos. Diz uma afirmação budista que “se você quiser entender as causas do passado, observe os resultados que se manifestam no presente”.  É uma boa apresentação, embora algo simplista, de um conceito complexo chamado de “lei do carma”.
Carma, com frequência, é interpretado como fatalismo, mas na verdade é uma lei que depende inteiramente de nós mesmos e das nossas escolhas. Por essa razão, o carma pode mudar ao longo do tempo. Como? Segundo os budistas, seguindo o “dharma” (em sânscrito, o que sustenta, que nos mantém em um estado elevado) – ou seja, vivendo segundo nossa natureza pessoal, que deve, progressivamente, se harmonizar com o dharma universal.
Nas tradições orientais, o dharma são o caminho e as regras que permitem às pessoas livrar-se da tirania dos seus egos, da massa dos desejos acumulados nesta e nas existências anteriores, para realizar o self  impessoal e imortal. A travessia do dharma ocorre em um ciclo de mortes-renascimentos chamado, em sânscrito, de “samsara”. Nenhum ser humano pode evitá-lo, e deve percorrê-lo reencarnado em vários corpos. Liberar-se desse ciclo é exatamente o objetivo da existência-morte-renascimento.
O carma não é unicamente individual. Esse é o mais comum, mas há também o carma familiar, o coletivo, o nacional e o mundial. O tipo familiar, por exemplo, diz respeito a toda a família: significa então o “débito” espiritual (não entendido necessariamente como culpa) que recai sobre o núcleo familiar inteiro. Já o carma coletivo é o das pessoas que moram em um mesmo bairro, cidade ou país, e o mundial significa o “débito” internacional. Em todos os casos, deve-se observar que o papel de cada pessoa permanece sempre ativo: nunca somos simples vítimas, mas de algum modo colaboramos para decidir nosso presente e futuro.
 Por volta de 1974, quando era repórter no jornal “Última Hora”, do Rio de Janeiro,  entrevistei o inglês John Coats, quando ele
era presidente da Sociedade Teosófica Internacional, com sede em Adyar, na Índia, essa sociedade centenária divulgava no Oriente os conhecimentos filosóficos e esotéricos das tradições orientais. Coats viera ao Rio para uma série de conferências. Uma das minhas perguntas se referia à falada “lei do carma”. Após uma breve explanação da ideia, Coats deu um exemplo concreto, dizendo:  “Tudo que existe tem carma, está submetido à lei da ação e reação. Não apenas as pessoas, mas também as sociedades e os países. Meu país, a Inglaterra, enriqueceu e se tornou poderosa porque durante séculos, colonizou e explorou dezenas de nações mais frágeis. Fomos lá com nossos soldados e nossas armas, nos instalamos na casa dos outros sem convite e tiramos proveito de tudo o que lá encontramos. Ao fazê-lo, criamos o carma. Pois bem; passado o ciclo colonialista, o movimento da força se inverteu, como é natural e justo que aconteça”.
“Agora são nossos ex-colonizados que migram em massa para  a Inglaterra em busca de trabalho e de uma existência mais segura e confortável. E nós, ingleses, reclamamos que estamos sendo “invadidos”, que nosso território está sendo ocupado por ‘estrangeiros”... Sabe o que é isso? É a lei do retorno, ou a lei do carma em ação”. Ao tecer tais reflexões, Coats também profetizava algo que, nas décadas seguintes, devia envolver todas as nações colonialistas europeias: a “invasão” de desvalidos dos países do Terceiro Mundo colonizados e explorados pelos europeus. Desvalidos que buscam na Europa  refúgio, abrigo e proteção.
Carma em sânscrito significa ação. Seria o equivalente, na metafisica indiana, à terceira lei de Newton, que diz: “A toda ação corresponde uma reação de igual intensidade, que atua no sentido oposto”. A força é resultado da interação entre os corpos, ou seja, um corpo produz a força e outro corpo a recebe. Sempre quando pensamos, falamos ou agimos, desencadeamos uma força que gerará uma reação na forma de outra força que tenderá a voltar à sua origem. Durante a longa cadeia da nossa existência como seres conscientes e sencientes (que percebem as coisas pelos sentidos), homens e mulheres tentaram modificar, transformar ou suspender o poder da força que retorna. Talvez alguns tenham, de alguma forma, conseguido  fazê-lo mas a maioria das pessoas não tem
condições de erradicar ou desviar os efeitos das ações físicas, emocionais, mentais e espirituais que desencadeou.
O que isso significa na prática? É simples: todos somos, em maior ou menor medida, escravos das nossas ações cometidas pelo pensamento, palavra ou ação, não importando em qual dimensão existencial elas sejam praticadas. Ninguém, portanto, escapa das consequências dos seus atos. Mas ele só sofrerá esses efeitos quando, por sua iniciativa, tiver construído as condições que o deixam vulnerável a esse retorno que muitas das vezes se traduz em sofrimento. Importante: a ignorância da lei do carma não isenta a pessoa de sofrer as consequências de seus atos. Lei universal, o carma é posto automaticamente em movimento todas ás vezes em que uma ação é desencadeada.
No Ocidente, o conceito de lei do carma surge quase sempre ligado á causalidade (ou seja, a causa e ao efeito das ações desencadeadas). Mas, uma análise mais atenta dessa ideia mostra que o carma é regulado por outros fatores. O principal deles é a intencionalidade. Exemplo: uma pessoa, quando criança, experimenta emoções fortes e positivas no alto de uma montanha coberta de neve. Se ela, já adulta, vive uma situação análoga, suas emoções ressurgem. Seu corpo e sua mente respondem ao estímulo com base na memória do que viveu ou em princípios educativos. Essa é a causalidade, uma resposta destituída de livre-arbítrio que leva em conta o que foi vivido, as emoções e o próprio modo de pensar.
Já na visão oriental, através da intencionalidade o carma age num nível mais profundo e sutil. No caso, ele não é apenas  uma lei fria e mecânica, que responde de forma automática  aos estímulos. A intenção subjacente aos nossos atos é entendida como uma força viva que pode de vários modos, condicionar os efeitos que esses atos produzem. Portanto, não podemos desvincular a lei do carma dos conceitos de consciência e moralidade.
Nestes tempos turbulentos em que vivemos em que muitos, (inclusive nas mais altas esferas da sociedade) parecem ter perdido a noção da responsabilidade e das consequências, é importante refletir sobre a sabedoria contida na noção da lei do carma. Sobretudo, porque ela não se assenta apenas em uma
visão espiritual  do mundo e da nossa presença nele. A lei do carma nos fala de uma fenomenologia prática, objetiva, tão conectada às leis do Espírito quanto às da matéria a que estamos sujeitos. . .
As doze leis do carma, são:
1ª- A Grande Lei.  Tudo o que você planta você colhe um dia. Tudo que lançamos no Universo voltará para nós. Se o que desejamos é felicidade, paz e amor, devemos então ser felizes, pacíficos amorosos e amigos leais.
2ª- Lei da Criação.  A existência não acontece simplesmente, ela requer nossa participação. Somos um com o universo e tudo o que nos cerca faz parte do nosso interior. Traga para perto de si tudo o que deseja que esteja em sua existência.
3ª- Lei da Humildade.  Enquanto você se recusar a aceitar uma realidade, ela continuará a fazer parte de si. Se considerar um inimigo tudo o que vê, ou alguém com caráter que julga serem negativos, você ainda não está num nível mais elevado.
4ª- Lei do Crescimento. Se quiser crescer espiritualmente é a si mesmo que terá de mudar – e não as outras pessoas. Quando conseguimos mudar, todos os aspectos da nossa existência acompanharão essa mudança e seremos melhores.
5ª- Lei da Responsabilidade. Sempre que algo estiver errado em sua existência, haverá algo errado em você – Somos responsáveis por tudo o que acontece e devemos assumir essa responsabilidade se quisermos mudar o rumo das coisas.
6ª- Lei da Conexão.  Até mesmo quando o que fazemos parece inconsequente, é muito importante que isso seja feito porque tudo que existe no universo está conectado. A caminhada como um todo passado-presente-futuro estão todos unidos.
7ª- Lei do Foco. Você não pode pensar em duas coisas ao mesmo tempo. Se seu foco está dirigido para valores espirituais, é impossível ter pensamentos de nível mais baixo, tais como cobiça, egoísmo ou ganância.
8ª- Lei da Doação e da Hospitalidade. Se você acredita que algo é verdadeiro, em algum tempo você será chamado a demonstrar e defender essa sua verdade particular. Esse será
o momento de pôr em prática o que aprendeu em teoria.
9ª- Lei do Aqui e Agora. A tendência a olhar para trás, para examinar o que já passou, nos impede de viver plenamente o aqui e o agora. Velhos pensamentos, comportamentos, sonhos, tudo impede a vivência de experiências renovadoras.
10ª- Lei da Mudança. A mesma história se repetirá sempre até aprendermos a lição de que é preciso mudar nossa trajetória, melhorando nossas ações para o bem.
11ª- Lei da Paciência e da Recompensa. Toda recompensa requer um esforço inicial. Recompensas duradouras exigem o trabalho paciente e persistente. A verdadeira alegria chega quando concluímos a tarefa a executar.
12ª- Lei da Importância e da Inspiração. O valor dos nossos triunfos e erros depende da intenção e da energia despendida para atingir o fim. Temos que pôr todo o esforço e dedicação em cada coisa que fazemos. Cada contribuição amorosa fortalece a nossa existência e inspiram o Todo.

Fonte:
Revista “Planeta” – maio/2018
Reportagem de Luís Pellegrini
+ Acréscimos e pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 27/5/2018

O BRASIL QUE RESSURGIU





 
Graças ao choque de gestão promovido pelo governo federal, o país saiu de uma recessão brutal e voltou a exercer um papel fundamental no cenário global, como uma das maiores economias do mundo, queda de juros e a retomada do crescimento, tendo as exportações crescido mais de 17% em 2017, contribuindo para a retomada econômica.
“Temer fez isso porque é um político de operação. Se há alguém que sabe lidar com o Congresso, é Temer. Ele está fazendo em apenas dois anos o que muitos outros presidentes fizeram em quatro ou oito anos, esta é a realidade”, palavras de Mauro Leos, chefe de análise de risco da agência de rating Moody’s.
Movido por sua histórica vocação de nunca desistir diante das adversidades, apenas em 24 meses o Brasil renasceu das cinzas. Superou a pior recessão econômica da história, retomou o crescimento, -- com baixa inflação e queda dos juros -- aumentou a produção industrial, trocou as pedalas por uma responsabilidade fiscal e voltou a ocupar o papel no cenário global como uma das maiores economias do mundo. Tudo graças a uma série de medidas adotadas pelo governo federal. Sem compromissos com erros, o governo privilegiou a busca pela eficiência e pelo melhor desempenho, a gestão com foco em resultados e nos ganhos de produtividade.
Isso só foi possível graças à nova política econômica implantada a partir de maio de 2016, em sintonia com agenda política de diálogo institucional com o Congresso Nacional. As reformas arrojadas apresentadas neste tempo modernizaram as leis, criaram novos paradigmas para a administração pública e geraram um ambiente para atrair investidores, abrir vagas de empregos e aumentar a renda. A taxa básica de juros da economia (Selic) é hoje de 6,5% -- a menor da história, menos da metade do estabelecido pelo Banco Central em 2014.
A inflação caiu e, em 12 meses, e a alta nos preços ficou em 2,68%, garantindo o maior poder de compra. E foi isso o que aconteceu. O motor da economia voltou a funcionar. Em 2018 o Brasil colherá  a segundas maior safra agrícola, inferior apenas a de 2017 que foi a maior de todas, graças ao planejamento do Ministério da Agricultura e a concessão de crédito ao produtor.
Com o ambiente econômico mais arejado, o Brasil  engatou um virtuoso crescimento sustentável em todas as áreas. As estatais, antes na UTI, ganharam novo rumo; na Bolsa de Valores, a Petrobrás valia R$-67 bilhões de reais. Há duas semanas, antes da greve dos caminhoneiros, a estatal do petróleo reconquistou o título de empresa mais valiosa do Brasil, ultrapassando os R$-350 bilhões.  As cinco maiores empresas estatais  (Banco do Brasil, BNDS, Caixa, Eletrobrás e Petrobrás) deixaram para trás um prejuízo de 32 bilhões em 2015 e geraram  um lucro de R$-28,4 bilhões em 2017. Só o Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$-11,1 bilhão. Em virtude de sua recuperação, o BB fez investimentos sociais da ordem de R$-584,1 milhões nos últimos 21 meses.
Em fevereiro, a Agência de Classificação de Risco Standard & Poor’s, melhorou a classificação de risco da dívida corporativa da Petrobrás de B+ para BB+ e a perspectiva de negativa para estável. A Caixa Econômica também respirou novos ares, e registrou seu maior lucro: R$-12.5 bilhões. A Eletrobrás é outra estatal a desfrutar também de tempos vigorosos com resultados incontáveis. Em agosto de 2017 o Ministério de Minas e Energia comunicou a proposta de redução da participação da União no capital da Eletrobrás, com sua consequente valorização na Bolsa de Valores.
As exportações brasileiras em 2017 cresceram 17.5%, primeiro aumento depois de cinco anos consecutivos de queda.  A indústria automobilística também reagiu: foram mais de 40% na produção de veículos em abril de 2018, no comparativo  com o mesmo mês de 2017. Mais uma vez, as novas diretrizes do governo federal foram decisivas para a retomada da economia com a liberação das contas inativas do FGTS, que colocou R$- 44 bilhões na economia e beneficiou cerca de 25,9 milhões de trabalhadores. Como se vê, o Brasil mudou para melhor. Vejamos as grandes realizações promovidas por Temer:
ECONOMIA.  1- Dois maiores superávits da história; 2- Crescimento das exportações; 3-  25,9 milhões de beneficiados com a liberação das contas inativas do FGTS; 4- Lucro nas principais estatais;
INFRAESTRUTURA.  1- Conclusão  do Eixo Leste do Projeto de irrigação do Rio São Francisco, beneficiando 1 milhão de pessoas; 2- 51 quilômetros do Eixo Norte do Rio São Francisco, beneficiando 7.1 milhões de pessoas ainda em 2018; 3- 18 bilhões em leilões de Petróleo e Gás, e 21,4 bilhões de investimentos em energia elétrica, etc;
EDUCAÇÃO. 1- Novo Ensino Médio e Base Nacional Comum Curricular; 2- Novo FIES; 3- Aperfeiçoamento de 190 mil professores; 4- Politica de Fomento ás Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral; 5- Programa Mais Alfabetização para 3.6 milhões de alunos, etc;
SAÚDE. – Avanços na Atenção Básica; 2- Renovação da Frota do SAMU-192; 3- Informatização das UBS;
TRABALHO E EMPREGO. – 1- Modernização da Lei Trabalhista; 2- Programa de Seguro Emprego (PSE); 3- Sistema antifraude do Seguro Desemprego, Sine Fácil; 4- Seguro Desemprego Via Web, etc;
AGRICULTURA E PECUÁRIA. 1- As duas maiores safras agrícolas da história do Brasil; 2- País Livre da Febre Aftosa;
SEGURANÇA. 1- Criação do Ministério da Segurança Pública; 2- Intervenção Federal na Segurança do Rio de Janeiro; 3- Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO);
DESENVOLVIMENTO. 1- Aumento do valor do Bolsa Família maior que a inflação; 2- 160 mil famílias a mais no Bolsa Família;  4 mil novas casas  por mês no Minha Casa  Minha Vida;
MEIO AMBIENTE. 1- Redução do desmatamento da Amazônia; 2- Criação das maiores reservas marinhas da história.
PS. No Brasil nenhum presidente da república consegue governar sem o apoio do Congresso, e para isso acontecer, tem que atender aos pedidos dos legisladores, o que significa o aumento de funcionários desnecessários e o aporte de verbas. Infelizmente, esse é um sistema corrupto e imoral (do toma lá e dá cá) além das aposentadorias vergonhosas implantadas no Brasil, bancadas e pagas essa maldição pelo sofrido povo brasileiro.

Fonte:
Reportagem da revista “Isto É” edição de 30/5/2018
+ Comentário e pequenas midificações.
Jc.
São Luís, 31/5/2018