domingo, 25 de setembro de 2016

A PALESTRA DE MICHEL TEMER NA O.N.;U.





  Quando da abertura dos trabalhos na reunião dos países na ONU, o presidente Michel Temer começou o seu discurso, algumas delegações de países se retiraram do recinto, em protesto contra a pessoa dele. Alguns representantes desses países foram os que se beneficiaram dos empréstimos generosos concedidos pelo BNDS nos governos do PT, e também para premiar algumas empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobrás, conforme se vê abaixo:
Angola -       Hidroelétrica Cambambe, no valor de 464,4 milhões de   dólares;
Argentina –  Gasoduto da TGS e TGN, no valor de 636,9 milhões de dólares;
Cuba -           Porto de Mariel , no valor de 682 milhões de dólares;
Equador -   Projeto de Irrigação Daule-Vincas, no valor de 137   milhões de dólares;
Guatemala – Rodovia Centro-Americana , valor de 280 milhões de dólares;
Moçambique -  Barragem  Moamba-Major, valor de 320 milhões de dólares;
República Dominicana -  Termoelétrica  de Punta Calina, no valor de 656 milhões de dólares;
Venezuela -  Usina Siderúrgica Nacional, no valor de 865,4 milhões de dólares.
TOTAL desses investimentos:   3.176,3 bilhões de dólares.
Os governos do PT gastaram mais do que podiam e deviam, com gestão equivocada, gastos faraônicos em empreendimentos diversos e depois abandonados por falta de planejamento, a compra Superfaturada da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e ainda,   Lula e Dilma foram pródigos em autorizar esses empréstimos e o  BNDS muito bonzinho para com as obras no exterior, e nós brasileiros, é que pagamos “o pato” através dos impostos; mas para atender as necessidades de infraestruturas para o desenvolvimento do Brasil, como as obras abaixo mencionadas,  não existe dinheiro (ou ele foi desviado), o caixa do governo está vazio, o dinheiro acabou, entrou no ralo da incompetência, da  falta de responsabilidade, no caixa dois das empreiteiras para financiar o PT nas eleições. É preciso haver punição para tantos desmandos.
1- Conclusão da Ferrovia Norte-Sul, que seria de enorme economia para o país, barateando o custo dos fretes e substituindo algumas das rodovias;
2- A transposição de águas do Rio São Francisco, para alguns estados do nordeste que sofrem há anos com a falta de chuvas;
3- Aparelhamento dos portos que foram abandonados, (apesar de ser o frete mais barato), a fim de incentivar as empresas de navegação. 
Eis porque os representantes de alguns países se retiraram. Foram contrariados nos seus propósitos porque a mamata que vinha beneficiando-os acabou e seus governos não gostaram disso...

Jurandy Castro +
Artigo de Lya Luft.
Revista Veja 10/6/2014

São Luís, 20/09/2016

A FORÇA DAS IDEIAS = 2ª Parte




 DOENTES  MENTAIS  1ª Pergunta.  Não seria o alienado mental um Espírito em estágio primário de evolução?
Resposta.  A alienação mental é decorrente do mau uso da inteligência, a partir do momento em que o Espírito tem noção do bem e do mal, Por esse motivo não podemos enquadrar o alienado como um primitivo.
2ª Pergunta.  A alienação envolve problemas cerebrais?
Resposta. Grande parte dos doentes, nos hospitais psiquiátricos não apresentam nenhuma disfunção no cérebro. O problema é espiritual, envolvendo a influência de Espíritos obsessores e desajustes de comportamento relacionados com a existência atual ou pretéritas do alienado.
3ª Pergunta.  As alucinações do doente mental seriam decorrentes de visões do mundo espiritual, marcadas pela pressão de Espíritos obsessores?
Resposta.  Positivo, mas também decorre de  conflitos íntimos e de uma sobreposição de vivências anteriores às experiências do presente, na tela mental.
4ª Pergunta.  É possível uma criança ser perseguida por um Espírito a ponto de comprometer seu desenvolvimento mental?
Resposta.  Isso ocorre ás vezes. Depende da intensidade dessa influência. Convulsões disparadas por agressões espirituais, nos domínios da subjugação, dificultam o desenvolvimento mental da criança.
5ª Pergunta.  Não é injusto alguém ter sua existência comprometida, desde a infância, em virtude de uma agressão dessa natureza?
Resposta.  Qualquer tipo de influência espiritual subjugante, em qualquer idade, sempre nos parecerá injusta, por não sabermos que obsessor e obsidiado são adversários engalfinhados em furiosos combates espirituais. As posições vítima/verdugo, se alteram sob a inspiração do ódio.
6ª Pergunta.  Os mentores espirituais não têm condições para afastar compulsoriamente o obsessor?
Resposta.  É possível, mas não é recomendável. Há uma ligação muito forte entre os dois. Desfazê-la por um ato de força poderá criar embaraços maiores ao obsidiado. André Luís, em psicografia de Chico Xavier, diz que esses laços devem ser “desatados”, nunca “cortados”; é preciso o concurso do tempo e do perdão de ambos.
7ª Pergunta.  O que pode a família fazer em benefício do doente mental?
Resposta.  O primeiro passo é aceitá-lo com o seu problema, considerando que é alguém que precisa de muita dedicação e carinho, maior do que se seu mal fosse físico. Quanto ao mais, um ambiente ajustado, o Culto do Evangelho no Lar, as orações, o passe, tudo ajuda.
8ª Pergunta.  É aconselhável internar o doente mental em hospital especializado?
Resposta.  Há uma tendência atual, na psiquiatria, para o tratamento ambulatorial e também é importante que o doente não perca o contato com a família que pode ajudá-lo, a não ser quando  o doente apresente comportamento perigoso.
LOUCURA E CRIMINALIDADE  1ª Pergunta.  Pode a loucura levar um indivíduo a cometer assassinato?
Resposta.  O crime, sob qualquer motivação, é sempre uma espécie de loucura, quando, renunciando à razão, damos livre curso às tendências inferiores. O alienado mental pode mergulhar fundo nesse fosso de instintos bestiais, tornando-se um “serial killer”, como dizem os americanos.
2ª Pergunta.  E os Espíritos (alienados mentais) que não cometem violências?
Resposta.  Não obstante o problema mental eles são Espíritos que superaram a agressividade.
3ª Pergunta.  Alguns criminosos afirmam agir sob a inspiração de vozes. Seriam obsidiados?
Resposta.  É possível. Espíritos interessados em semear a confusão se aproveitam de pessoas desajustadas, dotadas de sensibilidade, induzindo-as a prática de crime contra aqueles a quem odeiam.
4ª Pergunta.   E como fica a responsabilidade do criminoso que age
sob essa influência?
Resposta.  Se uma pessoa me recomenda que dê um tiro em alguém não estou obrigado a fazê-lo; porém se atendo à sugestão assumirei a responsabilidade pelo ato praticado, perante a lei.
5ª Pergunta.  Como fica o alienado que mata? Assume a responsabilidade?
Resposta.  A justiça humana considera o alienado mental inimputável, isto é, não responde por seus atos, ainda que criminoso. À Justiça Divina competirá julgar o Espírito, para definir se sabia o que estava fazendo, ainda que prisioneiro de um cérebro insano.
6ª Pergunta.  Qual a origem dos problemas de alienação mental?
Resposta.  Eles surgem a partir de quando nos desajustamos e deixamos de aceitar e respeitar os ensinos que Deus nos propiciou.
TERAPIA DE VIDAS PASSADAS  1ª Pergunta.  Nota-se certa resistência à Terapia de Vidas Passadas no meio espírita. Por quê?
Resposta.  Enfatiza-se que a TVP é um recurso terapêutico a ser aplicado por profissionais habilitados – médicos e psicólogos -, e não um exercício de ajuda espiritual no Centro Espírita.
2ª Pergunta.  Será prudente essa incursão pelo passado das pessoas, considerando, como explica a Doutrina Espírita, que o esquecimento é uma bênção?
Resposta.  Aprendemos com a Doutrina Espírita que a dor, em suas várias manifestações, é uma bênção. Nem por isso a Doutrina  considera imprudente o empenho da medicina em aliviá-la.
3ª Pergunta.  Circula em vários periódicos espíritas uma manifestação de Emmanuel, em psicografia de Chico Xavier, condenando a regressão. O que dizer disso?
Resposta.  Com a sabedoria que o caracteriza, Emmanuel pondera a inconveniência da regressão inspirada em mera curiosidade. A TVP não se enquadra nessa condição. Apenas procura identificar circunstâncias traumatizantes que originaram determinados estados patológicos, favorecendo a recuperação do paciente.
4ª Pergunta.  Mas isso não seria indébita interferência no carma?
Resposta.  Todas as disciplinas terapêuticas da medicina, inclusive a TVP, são recursos facultados pela misericórdia divina, atenuando os efeitos de nossas faltas no pretérito. As causas geradoras estão em nossas imperfeições e atitudes.
5ª Pergunta.  E quanto ao fato da TVP envolver riscos?
Resposta.  Viver já é um risco. Há pessoas que sofrem choques  anafiláticos ingerindo uma aspirina. No entanto ela tem beneficiado a milhões de pessoas. Justamente pelos riscos que causa, a TVP deve ser praticada por profissionais habilitados.
6ª Pergunta. Poderíamos situar a TVP na área da ciência espírita?
Resposta.  Não devemos situá-la em área nenhuma da Doutrina, muito menos na área do Centro Espírita, a envolver confrades despreparados. Não obstante, a TVP trabalha em favor da Doutrina Espírita, na medida em que familiariza o profissional com a reencarnação. Ele fatalmente entrará em contato com vidas anteriores do paciente e acabará por admiti-la.
O ESPÍRITA E A POLÍTICA  1ª Pergunta. Deve o espírita entrar nas lides políticas?
Resposta.  Como espíritas podemos entrar em qualquer lugar. O importante é como saber permanecer sem comprometimento com o mal e compromissados com o Bem.
2ª Pergunta.  Por que muitos espíritas consideram um “pecado” envolver-se com essa atividade?
Resposta.  A política está desgastada. Vemo-la associada á corrupção, desonestidade, mentiras, tráfico de influência, suborno. Daí a resistência dos espíritas não quererem participar desse ambiente negativo que pode lhes trazer problemas morais.
3ª Pergunta.  Mas não é isso mesmo?
Resposta.  Semelhante ideia exprime um equívoco. A ação política que trata da organização e do governo do Estado é fundamental a estabilidade social. Porém, não pode ser rotulada negativamente em virtude de maus políticos, da mesma forma que não podemos denegrir a medicina pelos maus médicos. Veneráveis vultos espíritas como Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel e outros, exerceram cargos públicos.
4ª Pergunta.  O político está sujeito a muitas pressões e, geralmente, para conseguir seus objetivos, até mesmo quando justos, é obrigado a fazer concessões que não são éticas. Será razoável entrar nesse covil de lobos?
Resposta.  Na questão 932 de “O Livro dos Espíritos”, Kardec pergunta: “Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?” Responde o mentor: “Por fraqueza dos bons: “Os maus são intrigantes e audaciosos, enquanto os bons são tímidos; quando estes o quiserem, preponderarão.”  Justo, portanto que o espírita se disponha ao desafio de moralizar a atividade política de que porventura venha a participar.
5ª Pergunta.  Vários movimentos religiosos têm representantes nas câmaras municipais, estaduais e federal. Raramente vemos espíritas nessas câmaras. Por quê?
Resposta.  Porque os espíritas não se interessam em participar da política. Poderíamos ter um ou dois deputados para cada Estado, contribuindo para que os ideais espíritas no campo social estivessem presentes, defendendo a moralidade.
6ª Pergunta.  O empenho por eleger determinado candidato espírita não desvirtuará a Doutrina Espírita?
Resposta.  Não  devemos transformar a tribuna espírita em veículo de propaganda eleitoral, nem a Casa espírita em reduto partidário. Além do mais, nossos ideais são maios importantes do que essa política, porquanto a Doutrina  tenta melhorar o  ser humano,  que por sua vez melhorará a sociedade.
7ª Pergunta.  Não poderá ocorrer de se eleger um espírita que mereça nossa confiança e se revelar incompetente no exercício de seu mandato?
Resposta.  Corremos esse risco em relação a qualquer candidato. Nesse caso, usamos o bom senso e não o elegeremos mais.
EUTANÁSIA   1ª Pergunta.  Cresce no mundo a ideia de que pacientes terminais devem ser beneficiados com a chamada morte branda. Não é razoável abreviar o sofrimento do paciente?
Resposta.  Somente Deus pode tirar a existência de um Espírito. A  Doutrina Espírita informa que ninguém tem o direito de eliminar a existência de uma pessoa, ainda que nos últimos momentos.
2ª Pergunta.  E quando a decisão é do próprio interessado?
Resposta. Ele estará cometendo um suicídio, igualmente contrário às leis divinas.
3ª Pergunta. A eutanásia gera algum prejuízo para o Espírito que  desencarna?
Resposta. Sim, na medida em que o impede de cumprir integralmente a existência expiatória. Além disso, a utilização de substâncias em doses letais provoca desajustes perispirituais, dificultando  a adaptação do mesmo no plano da vida espiritual.
4ª Pergunta. E quando o paciente é mantido vivo com o concurso de aparelhos, situando-se inconsciente, em existência vegetativa?
Resposta.  Não há ponto de vista doutrinário a respeito, na Codificação da Doutrina, pois não se cogitava de semelhante possibilidade. Por alguns motivos os parentes desejam manter essa situação aflitiva para o paciente, por motivos particulares, mas, após algum tempo, deve ser desligados os aparelhos, deixando a Natureza seguir seu curso, de acordo com as determinações divinas. 
5ª Pergunta. Se desligarmos os aparelhos não estaremos abreviando a existência do paciente?
Resposta.  Entendemos que estaremos apenas evitando que se prolongue, inutilmente e indefinidamente,  com sofrimentos para o paciente e os familiares.
6ª Pergunta. Mantendo-o vivo não haverá a possibilidade de vir a ser beneficiado por recursos da Medicina, capazes de recuperá-lo?
Resposta.  Estamos nos referindo a pacientes terminais em estado irreversível, sustentados artificialmente, por motivos obscuros. 
7ª Pergunta. Como situaríamos  um paciente com rins paralisados, mantido vivo com aparelhos de hemodiálise?
Resposta.           Não é um paciente terminal, mas apenas alguém  com disfunção renal, perfeitamente consciente e que pode prolongar sua existência, recorrendo à purificação do seu sangue, até uma possível operação de rim, que lhe restituirá a sua normalidade.
 8ª Pergunta. Se a eutanásia for legalizada, qual será a responsabilidade daqueles que se envolvem com ela, considerando que estarão cumprindo a lei?
Resposta.  Há leis humanas e leis divinas. Quando elas são incompatíveis, o bom senso indica que devemos ficam com as leis divinas.
CRIMES HEDIONDOS  1ª Pergunta. Nos Estados Unidos um homem matou dezenove pessoas, e no Brasil um rapaz matou quatorze meninos. Podemos debitar tais horrores à loucura ou à obsessão?
Resposta.  Provavelmente Espíritos primitivos transferidos da taba para a civilidade.
2ª Pergunta.  Por que ocorre essa transferência perturbadora?
Resposta.  Na medida em que a civilização expandiu-se, massacrou  milhões de indígenas em variadas regiões e países, apropriando-se de suas terras. Sem seu habitat natural esses Espíritos, em estágios primários de evolução, reencarnam em nosso meio. Assim, funciona a Lei de Causa e Efeito. Somos chamados a acolher aqueles que prejudicamos.
3ª Pergunta.  Mas o indígena aculturado, em contato com a civilização, não é normalmente pacífico?
Resposta.  Pode ser, mas quando agressivo resvala facilmente para a violência, agindo entre nós como se estivesse na selva, sem respeito pela existência humana.
4ª Pergunta.  É o preço do desrespeito por nossos irmãos?
Resposta.  Pagamos muito mais o preço por nossa omissão. Não é com o propósito de cobrar débitos ou impor-nos tragédias, que esses Espíritos reencarnam em nosso meio. Eles vêm para ser esclarecidos, orientados e educados.
5ª Pergunta. Reencarnam sempre em faixas humildes da população?
Resposta.  Não há discriminação na  experiência  reencarnatória.
Quando nascem em classes pobres é preciso que os ajudemos, a fim de não optarem pela violência na solução de seus problemas.
6ª Pergunta.  Crimes como os citados poderiam ser evitados?
Resposta.  Evidente, pois não existe fatalidade no mal. Fomos cria-dos para o Bem. Nesses casos há o primitivismo, a agressividade, mas há, sobretudo, a ausência de um lar bem constituído, de carinho, de amizade, de compreensão de amor para a existência. Se o campo é bem cuidado dificilmente crescerão ervas daninhas.
7ª Pergunta.  Não seria justificável a pena de morte em casos dessa natureza
 Resposta.  A pena de morte apenas o retira da existência, dando oportunidade para exercer como Espírito, maiores tormentos e gerando novas violências aos encarnados. Jesus ensinava que “o doente precisa de médico e não do carrasco”.
BALAS PERDIDAS  1ª Pergunta.  Algumas pessoas morrem vitimadas por balas perdidas, em tiroteios entre bandidos e policiais. Podemos aplicar o maktub da tradição oriental? Estava escrito?
Resposta.  Está escrito que vamos desencarnar um dia. O mesmo não se dá com certas circunstâncias. Ninguém nasce predestinado a ser assassinado e muito menos a envolver-se em tiroteios, para que alguém cumpra semelhante sina.
2ª Pergunta.  Pessoas que morrem dessa maneira não estão expiando crimes de vidas passadas?
Resposta.  A Terra é um mundo de provas e expiações. O fato de aqui vivermos significa que somos Espíritos comprometidos com débitos que justificam qualquer tipo de sofrimento ou morte que venhamos a sofrer, como contingência evolutiva, sem que tenha um planejamento celeste nesse particular.
3ª Pergunta.   Não é a “mão de Deus” que guia essas balas para que pessoas resgatem seus débitos?
Resposta.  Não imagino Deus a executar suas criaturas, como se a morte em tais circunstâncias fosse irrecorrível castigo divino. Além disso, aceitar essa ideia seria isentar de culpa aqueles que saem por aí a dar tiros sem a preocupação de matar pessoas inocentes.
4ª Pergunta.  Então essas mortes acontecem por acaso?
Resposta.  Em qualquer sorteio alguém é premiado. Apenas o cumprimento da lei das possibilidades, segundo a qual todos terão uma chance. Da mesma forma, milhões de tiros são disparados todo dia no mundo, que atingem pessoas que não tinham nenhum envolvimento com o tiroteio, pela lei das probabilidades.
5ª Pergunta.  É curioso imaginar que se possam dar fatos graves conosco, que não façam parte de nosso destino e independente de nossa vontade?
Resposta.  Nosso destino é a perfeição e estamos longe dela e, no atual estágio, sujeitos às contingências do mundo em que vivemos, onde o livre-arbítrio de certas pessoas podem interferir  na vivência de seus semelhantes.
6ª Pergunta.  Poderia citar alguns exemplos?
Resposta.  São incontáveis. A mulher assassinada pelo marido ciumento; a população dizimada numa cidade bombardeada; a vítima de um assaltante que não lhe poupa a vida;  o pai milionário que é envenenado pelo filho que pretende a sua fortuna; outras pessoas que morrem pela violência alheia, não tinham que morrer assim.
7ª Pergunta.  Haverá um meio de nos preservarmos de semelhantes ocorrências, geradas pela maldade humana?
Resposta.  Se nos preocuparmos demais com isso, acabaremos por paralisar nossas iniciativas. O essencial é que nos disponhamos à prudência e a prática do Bem, agindo com discernimento nas situações. Assim estaremos habilitados a mais ampla proteção dos benfeitores espirituais, que preservarão nossa integridade, mesmo que nos vejamos expostos a um tiroteio.
8ª Pergunta.  E se mesmo com a proteção espiritual viermos a morrer numa situação dessa natureza?
Resposta.  Ainda que isso ocorra, por probabilidade, destino ou por indébita interferência alheia, não há nenhum problema, a não ser aqueles gerados com nossos temores. Afinal, acreditamos ou não que a morte é a nossa libertação, facilitando-nos o retorno à pátria espiritual?

RELIGIÃO  1ª Pergunta.  O que é religião?
Resposta. Do latim religare (ligar ou religar) é, segundo a concepção universal, o caminho para Deus.
2ª Pergunta. Qual a função da religião na sociedade?
Resposta.  A Doutrina Espírita nos ensina que iniciamos  a jornada para Deus, quando nos dispomos  a ajudar o próximo. Assim, a função social da religião seria estabelecer as bases de uma nova sociedade solidária e participativa onde, segundo a expressão evangélica, “o maior será o que mais estiver disposto a servir,”
3ª Pergunta.  Como seria uma sociedade sem religião?
Resposta.  O que aconteceria com um veículo trafegando sem freios?
4ª Pergunta.  Não compete aos governos estabelecer leis que disciplinem nosso comportamento?
Resposta.  Somente por imposição da nossa própria consciência, o ser humano respeitará essas leis. Aí entra a religião.
5ª Pergunta.  O que a religião representa para a Humanidade?
Resposta. Pouca coisa. Há um assustador clima de indiferença pelos valores espirituais. É  que as religiões não acompanharam o desenvolvimento  intelectual do ser humano, atando-se a dogmas e exterioridades que não atendem aos seus anseios de religiosidade.
6ª Pergunta. Por que a Humanidade dividiu-se, criando as religiões?
Resposta. Dizia Terêncio:  “Tantos são os homens, tantas serão as opiniões”.  Considerando que cada pessoa está num estágio de evolução,  é natural que as ideias religiosas  variem ao infinito. A divergência dinamiza o pensamento religioso, desdobrando novas possibilidades na procura da verdade.
7ª Pergunta.  A Doutrina Espírita não corre também esse risco?
Resposta.  Sem dúvida, mas será difícil enquanto os espíritas observarem o caráter racional da Doutrina, atendendo à proclamação de Allan Kardec: “Fé verdadeira é aquela  que pode encarar a razão face a face em todas as épocas” e ainda a norma: “Fora da caridade não há salvação.”
8ª Pergunta.  Qual  seria o ponto de divergência a Doutrina Espírita e as demais religiões cristãs?
Resposta.  É importante frisar que O Espiritismo é também cristão. A Doutrina Espírita começa exatamente onde as demais religiões cristãs pararam: a demonstração da imortalidade. Enquanto elas se limitam a meras especulações, A Doutrina “vai lá”, mostrando a realidade da imortalidade da alma (Espírito), diante das ingênuas e fantasiosas especulações dos teólogos medievais.
TENTAÇÃO   1ª Pergunta.  A tentação é um teste?
Resposta.  Num restaurante o freguês deixou o pagamento da conta na mesa. Várias pessoas passaram por ali, indiferentes. Uma pessoa aproxima-se, discreto, e pega o dinheiro. Somente o larápio foi tentado. A tentação equivale à revelação de nossa tendência ainda moralmente inferior.
2ª Pergunta.  Que dizer do ditado “a ocasião faz o ladrão?”
Resposta.  Ficaria melhor considerar que somente o ladrão se aproveita da ocasião.
3ª Pergunta.  As más tendências exprimem uma condição moral ou uma subordinação a fatores culturais?
 Resposta.  São problemas morais que podem ser agravados ou minimizados pela influência cultural e pela falta de religiosidade.
4ª Pergunta.  Qual o significado das palavras de Jesus, na oração dominical: “Não nos deixes cair em tentação?”
Resposta.  Jesus demonstra que devemos estar atentos às nossas fraquezas, buscando sempre a proteção divina, a fim de evitarmos o envolvimento com o mal.
5ª Pergunta.  Por que tantas pessoas cedem às tentações?
Resposta.  Diz Paulo, na Epístola aos Romanos: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o que não quero, esse eu faço.”  O apóstolo deixa bem claro que ainda estamos comprometidos com fragilidades que nos conduzem a fazer o mal.
6ª Pergunta.  Isso não indica que somos maus?
Resposta.  Nossa vocação suprema é o Bem. Somos filhos de Deus. O mal é simples excrescência nascida de nossas fragilidades. Ainda que eventualmente nos ofereça alguma satisfação, como vingar-se, dar vazão a impulsos passionais, deixa sempre o amargo sabor de intranquilidade e o comprometimento  de nossa consciência, que cobra severamente nossos desvios.
7ª Pergunta.  Como evitar a tentação?
Resposta.  “Orai e vigiai” – recomenda Jesus. Vigiar nossos impulsos, nossos desejos, nossos sentimentos, utilizando um inconfundível elemento de avaliação:  Deus aprovaria o que faço?
EM TORNO DA MORTE  1ª Pergunta.  O que você pensa da morte?
Resposta.  O axioma “Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” de Lavoisier, pode ser aplicado à morte. O que chamamos morte é apenas a mudança da existência terrena para a vida do lado espiritual. Jesus provou que não existe morte com o seu retorno, comprovando a Imortalidade.
2ª Pergunta.  A Doutrina Espírita ajuda a entender essa mudança?
Resposta.  A Doutrina Espírita “mata” a morte, no que ela tem de ameaçador, ao anunciar e comprovar a continuidade da nossa vida, além-túmulo, oferecendo-nos o testemunho dos que, tendo ido para lá, retornam para nos contar de suas experiências.
3ª Pergunta.  Qual o problema maior para quem fica?
Resposta.  O egoísmo, pois pensamos muito em nós mesmos, na enorme perda, sem levar em consideração que aquele que partiu está livre das amarras do corpo e pode estar ao nosso lado a qualquer tempo que queira. Comportamo-nos à maneira de presidiário que não se conforma com a libertação do companheiro.
4ª Pergunta. E para quem partiu?
Resposta.  Depende da sua evolução espiritual. Se, de boa moral e princípios, leva com ele a saudade dos entes queridos que ficaram na Terra. Outros, sem qualquer noção da vida espiritual, a sua   ignorância é tão grande que o Espírito não consegue sequer identificar sua nova condição. Vive tão alienado da realidade espiritual quanto viveu na existência terrena.
5ª Pergunta. As pessoas apegam-se à religião quando se sentem ameaçadas pela morte?
Resposta.  Certamente, e com poucas exceções. A proximidade da morte, nas doenças de longo curso, impõe sérias reflexões, ajudando a pessoa a superar as ilusões do mundo e buscar consolo na religião e em Deus.
6ª Pergunta.  Ser religiosos ajuda a enfrentar a grande transição?
Resposta.  Todas as religiões admitem a sobrevivência. É natural que a aceitação de um princípio religioso nos ajude no retorno à vida espiritual, superando a ideia de aniquilamento pela morte.
7ª Pergunta.  Que sentimentos os pacientes terminais apresentam com maior frequência?
Resposta.  Depende da existência que levaram. Há medo, no delinquente; pavor, no materialista; esperança no sofredor; serenidade, no que praticou o amor aos semelhantes. Há até alegria, naqueles que cumpriram fielmente seus deveres.
8ª Pergunta.  É frequente o doente grave aceitar a morte?
Resposta.  Sim; após mobilizar recursos materiais e espirituais em favor de sua recuperação, sem resultado, os pacientes terminais acabam por aceitá-la, como uma benção que põe fim aos seus padecimentos.
MORTE E SOBREVIVÊNCIA  1ª Pergunta.  Por que, às vezes, as pessoas temem a morte?
Resposta.  Talvez porque lhes pese a consciência e o julgamento que terão, ou por julgarem que tudo termina com a morte.
2ª Pergunta.  O apego à existência é característica comum entre os povos da Terra?
Resposta.  Sim. Trata-se da mera manifestação do instinto de conservação. O problema é que muitos exageram, achando que vão permanecer para sempre na existência terrena.
3ª Pergunta.  A vida espiritual só é boa para os Espíritos mais evoluídos e esclarecidos? Quando se é mau, sofre-se mais lá do que aqui?
Resposta. Assim informam aqueles que nos precederam e os mentores espirituais. Embora não exista inflação, recessão, estômago para alimentar ou corpo a abrigar, a permanência na  espiritualidade pode ser tormentosa para aqueles que aqui, na existência, agiram mal para com o próximo.
4ª Pergunta.  A Ciência já está mais sensível ao espiritualismo ou a aceitação ainda vai demorar?
Resposta.  A Ciência ainda pretende capturar o Espírito em laboratório, para certificar-se de sua existência, o que é pouco provável.
5ª Pergunta.   Já existem provas científicas da vida após a morte?
Resposta.  Alguém já disse que, para aquele que crê nenhuma prova é necessária; para aquele que não crê nenhuma prova é suficiente, e mesmo que lhe fosse provado, não aceitaria.
6ª Pergunta.  É salutar a busca por mensagens psicografadas, em vista das romarias aos médiuns buscando notícia de seus mortos?
Resposta.  Sim e não, dependendo do médium. Melhor fariam cultivando os valores espirituais e fazendo orações em favor dos seus “mortos”. Estariam habilitadas a um contato mais direto e gratificante com seus entes queridos.
7ª Pergunta.  Que fazer para que o momento da passagem para a espiritualidade seja menos traumática, tanto para quem vai, quanto para quem fica?
Resposta. Há duas providências:  A primeira é conversar e ter conhecimento a respeito do assunto, nos habituando a encarar como natural o nosso desencarne, ou de um familiar, para sabermos que a sinistra figura (morte) não tem existência real. A segunda seria viver cada dia como se fosse o último, fazendo o melhor. “Quando nasceste todos sorriram, só tu choravas.  Vivas de tal forma que, quando morreres, todos chorem, só tu estais a sorrir.”
ANO NOVO  1ª Pergunta. Exalta-se a felicidade nos cumprimentos tradicionais, no final dos anos. As pessoas desejam umas às outras, um ano novo muito feliz. Raramente isso acontece; é culpa do destino?
Resposta.  A culpa é das pessoas, porque o problema é que condicionamos a felicidade à satisfação de nossos desejos diante da existência, quando ela está muito mais subordinada ao desejo de entendermos o que a vida espera de nós.
2ª Pergunta.  O que é necessário para esse entendimento?
Resposta.  Um pouco de reflexão; muitos nem sabem por que vivem, de onde vieram e para onde irão.
3ª Pergunta.  “Batem” na roda da vida, dominados pela rotina...
Resposta.  Exatamente;  comem , dormem,  trabalham,  procriam, divertem-se,  descansam,  sem nenhuma preocupação em saber  por que estão na Terra. Quem não sabe por onde anda tem poucas chances de encontrar os caminhos da felicidade.
4ª Pergunta.  A situação atual do Brasil está complicada demais, com problemas que nos roubam a serenidade necessária ao cultivo da reflexão.
Resposta.  Sim, mas apenas porque nos envolvemos demais com eles. Diógenes, filósofo grego, dizia que para sermos felizes devemos nos livrar dos supérfluos, dos modismos, buscando o essencial.
5ª Pergunta.  Há ainda, um episódio curioso envolvendo Diógenes e Alexandre...
Resposta.  Alexandre, o Grande, quis conhecê-lo e pôr a prova seu desprendimento dos bens terrenos, Foi encontrá-lo em fria manhã de inverno, aquecendo-se ao sol. Conversaram e então o imperador o convidou a escolher o bem mais precioso, que seria logo  atendido. Diógenes sorriu e respondeu:  “Quero apenas que não me  tires o que não me podes dar. Estás diante do sol que me aquece. Afasta-te, pois.”
6ª Pergunta.  Desapego, reflexão, perdão... Qual outro tema, deveríamos fazer como meta para o Ano Novo?
Resposta.  O mais importante é o Amor. Estamos distanciados dessa realização sublime. Tão distantes que nos deslumbramos quando deparamos com alguém que exercita plenamente a capacidade de amar, como  Francisco de Assis ou um Eurípedes Barsanulfo. O empenho de servir, ainda que modestamente, é a maneira que podemos fazer, com valores de perseverança e boa vontade, até que possamos oferecer ao próximo esse Maná do Céu que se chama Amor.
Fonte:
Livro “A Força das Ideias”
Richard Simonetti
+ Pequenas modificações.
Jc.
São Luís, 30/6/2016