domingo, 30 de julho de 2017

ALGUNS TÓPICOS





 Toda forma de política é boa em mãos de homens honestos e cônscios de seus deveres e responsabilidades. Porém, nenhuma delas presta quando manejada por pessoas inescrupulosas, vis e desonestas. As melhores Constituições, as leis mais sábias, visando assegurar os direitos e o bem-estar dos povos, nada representam, se as rédeas do puder, se acham no domínio de demagogos ou de corruptos, cujos objetivos sejam locupletar-se de posições que ocupam e da força de que ocasionalmente dispõem.
Leis justas e luminosas, dependendo da interpretação e aplicação de políticos corruptos, tornam-se inócuas e inoperantes no sentido do bem coletivo; pois até mesmo dispositivos e postulados sem expressão e obsoletos, sob o critério de pessoas sensatas e de consciência, podem assegurar a felicidade de um povo e o nome de uma nação. Em qualquer hipótese e circunstâncias, não são as leis, as formas e os códigos que promovem e garantem a estabilidade das instituições e a justiça social, mas sim os seus executores.
Tudo depende do homem e não dos regulamentos e do emaranhado de dispositivos, regras e artigos metodicamente a serem aplicados. Tudo se burla, se torce se modifica e se mistifica menos o caráter íntegro, estruturado e consolidado mediante esforços e lutas consumadas com esse propósito. Fora a educação que se transforma em autoeducação quando o ser humano a imprime em si mesmo, não existe solução para os problemas da existência, a não ser por meio dela.   
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Mais humano e cristão é prevenir contra os males as nossas crianças lhes acendendo no Espírito o facho da educação, que instrui, consola, melhora e fortalece, do que deixá-las entregues a si mesmas, para oferecer-lhes mais tarde um apoio ou impor aos  rebelados a moralização cruciante das cadeias.
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“Jamais esqueçam que não existe dinheiro público, visto que todo dinheiro arrecadado pelo governo é tirado do orçamento doméstico; do sacrifício das pessoas, da mesa das famílias.” 
                                                                Margaret  Thacher                                          
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A  HISTÓRIA  DA  LIBERDADE  DE  PENSAMENTO
O historiador e filósofo irlandês, John Hagneli  Bury, no seu livro,  cujo título vai acima, explica a razão de, para algumas pessoas, ser tão difícil aceitar a liberdade de expressão:  “O cérebro médio das pessoas é naturalmente preguiçoso e tende sempre a escolher o caminho por onde encontre menor resistência. O mundo mental do homem médio consiste de credos que ele aceitou sem questionar, e aos poucos ele está firmemente fixado. Por esse motivo, ele é quase sempre instintivamente hostil a qualquer coisa que ameace a instabilidade do mundo que lhe é familiar”.
“Uma nova ideia com novos credos torna necessário rearranjar a mente, num processo trabalhoso que requer um gasto doloroso de energia mental. Para o homem médio e seus amigos, que formam a grande maioria, novas ideias e opiniões que causam dúvidas nos credos e instituições estabelecidos, parecem malignas,  e por isso são julgadas desagradáveis”.
Portanto, se eu sou esse homem médio e tenho algum tipo de poder, fico tentado a não permitir que “ideias malignas e desagradáveis”, sejam expressas. E para isso, grito mais alto esmurro, ameaço ou posso lançar mão do conceito do “bem-comum”, da “proteção aos mais fracos”, ou da “sobrevivência da humanidade”, e outros argumentos que se tornem pretextos para verdadeiros crimes contra as liberdades individuais ou coletivas.
Liberdade de pensamento quer dizer muito pouco se não for acompanhada pela liberdade de expressão. Ninguém muda o mundo só com pensamentos; eles precisam ser expostos, compartilhados, discutidos  e colocados em ação. Nós que vivemos em sociedade que são consideradas democráticas, não nos esqueçamos de que, para chegar até este ponto, foram precisos muitos séculos e muito sangue correu...
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CHAMA ACESA

A esperança anda escasseando nos corações. A nossa Terra
apresenta horizontes sombrios e desentendimentos entre os povos e o Brasil se vê mergulhado numa situação caótica. Temos ciência pelos meios de comunicações de mensagens desalentadoras e de falta de esperança com o Brasil, e temos o dever de reacender a chama da esperança nas mentes das pessoas. Cabe ao cristão sincero, sobretudo o espírita, que tem o conhecimento jorrado do alto pelos imortais, em nome do amor, manter a fé acesa. Devemos ter cuidado com pensamentos sombrios, cuidado com o que escrevemos e o que enviamos para as pessoas, pela comunicação da Internet.

A mídia tem divulgado muito o mal!  É certo que a intenção possa ser benéfica, mas o mal está sendo divulgado demais. André Luiz por meio de Chico Xavier comenta que toda vez que divulgamos o mal, inconscientemente estamos procurando arrasar o bem. As pessoas não devem desconhecer a realidade; devem saber dos fatos, mas cuidado! O Bem nunca esteve tão intenso no planeta e a solidariedade é crescente em toda parte.  É preciso manter a fé em dias melhores que virão. Pensamentos de esperança mudam a paisagem mental, para o belo, o bem e o amor. Edifiquemos pensamentos de paz e mantenhamos viva a Esperança em dias melhores, pois, Jesus está no comando do mundo...

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REFLEXÕES SOBRE A NOSSA CONDUTA ÉTICA
Uma palestra do professor e historiador Leandro Karnal, da Universidade Estadual de Campinas, fez um questionamento pertinente à conduta ética das pessoas. Segundo sua percepção, tem havido nos últimos anos, certa indisciplina em regras e valores por parte das pessoas, notadamente dos espíritas. Teriam perdido os espíritas o temor com relação às consequências advindas dos seus atos?
Nela, o professor Karnal analisa diversos assuntos, como, por exemplo, a questão da corrupção no Brasil, tema que tem estado em moda em nosso país, sobretudo por causa dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Karnal lembra-nos em sua fala, que é ilusão imaginar que a corrupção em nossa pátria se circunscreve aos políticos, aos partidos ou aos governantes, visto que ela (corrupção) está presente no dia a dia dos brasileiros; como nas vendas sem a nota fiscal, no atestado médico falso, no suborno ao guarda de trânsito, no recibo que é majorado, no funcionário que assina a lista de presença no lugar do amigo, no estacionamento em local proibido, na omissão de rendimentos na declaração do imposto de renda... e por aí vai. Nas situações mencionadas, nem mesmo os que se dizem cristãos agem de forma ética.
É evidente que não devemos jamais generalizar, mas se não são todos, muitas pessoas agem realmente assim, ignorando por certo que tais atitudes compõem também a tão lamentada estrutura de corrupção que se registra no Brasil e, como se sabe, não apenas nas terras brasileiras, mas no mundo todo. Esse assunto evoca uma questão importante pertinente ao grau evolutivo dos habitantes da Terra. Em 1948, ano em que escreveu o livro “Voltei”, obra psicografada por Chico Xavier,, Frederico Figner (verdadeiro nome do irmão Jacob, autor do livro), revelou que – dos dois bilhões de encarnados que viviam na Terra, na época – mais da metade era constituída por Espíritos semicivilizados ou bárbaros e que as pessoas aptas à espiritualidade superior não passava de 30% da população global, distribuída pelos vários continentes.
Há 47 anos, no livro Vida e Sexo, obra escrita em 1970, Emmanuel informou que existe no planeta um grupo numeroso de homens e mulheres psiquicamente não muito distantes da selvageria, remanescentes próximos da era dos homens das cavernas. Vê-se, pois, à vista das obras citadas, que nosso orbe é um mundo ainda muito atrasado e distante da perfeição, o que explica as imperfeições morais mencionadas neste artigo, das quais não se excluem, obviamente, os espíritas que deveriam  ter uma noção mais perfeita, graças aos ensinos da Doutrina Espírita, sobre a responsabilidade que assumimos perante a Lei em decorrência de nossas ações e omissões, de que, logicamente, teremos de prestar contas, finda a nossa  existência terrena. . .
TRÊS  CONCLUSÕES
Quantos  milhares  de  minutos  e  de  frases  esbanjamos  por décadas, sem a mínima utilidade, tratando de temas e questões que não nos dizem respeito? Para conjugar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental.
O que os outros pensam:  Aquilo que os outros pensam é ideia deles. Não podemos influir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações diante da existência. Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si. Acontece o mesmo na moral. Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os outros pensem como nós.
O que os outros falam:  A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence. Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia a dia com os sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores. Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa, contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.
O que os outros fazem:  A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe. Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é de domínio à parte. As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não conseguem compreender  o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isto é problema que lhes compete e não a nós.
Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livre. À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar ou fazer. Em suma, respeito para os outros e obrigação para nós.
Fonte:
Jornal  “O Imortal”- 5/2017
Livro “Estude e Viva”
+  Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 19/05/2017






DIFICULDADES E COMPORTAMENTO




 As dificuldades de todos os dias, as lutas pela sobrevivência, a violência, os vícios, são sérios problemas para os seres humanos, que não conseguem manter a estabilidade emocional e mental. Muitos se deixam levar pela tristeza, pelo pessimismo, pelo desânimo, pela agressividade e outras reações negativas que desencadeiam os sofrimentos e depressões que repercutem na ordem física e espiritual, trazendo sérios problemas de saúde.

Daniel Goleman, escritor da obra “Inteligência Emocional”, comenta que nos países modernos há uma tendência para o individualismo exacerbado que, por sua vez, acarreta uma competitividade cada vez maior entre as pessoas. Essa visão do mundo traz consigo o isolamento, a deterioração das relações sociais e a lenta desagregação da vida em família e em comunidade. Os frutos desse estado de coisas aparecem no aumento crescente dos índices de criminalidade, de suicídios, nos abusos das drogas e o enfraquecimento dos laços de família.  Ele propõe como remédio para debelar esses sintomas da doença social, o desenvolvimento da inteligência emocional... Ele poderia na sua proposta ter ido além, se conhecesse os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos.

Não podemos entender os problemas de hoje se não se tem em mente que, boa parte deles tem muita relação com nosso estado de evolução espiritual. Muitos deles foram criados em existências passadas. Os medicamentos mais usados em nossos dias são os tranquilizantes, e isso demonstra que algo não está bem nas criaturas. A mediunidade, porta de contato com o Mundo Espiritual, e que deveria ser de amparo para um comportamento seguro, está sendo invadida, nesta fase de transição, por espíritos rebeldes, desajustados e agressivos. Por que isso está acontecendo? – Porque cultivando uma visão deformada da realidade, perseguindo uma felicidade em termos de realização humana no campo da ambição por posses terrenas e poder, limitando seus interesses à existência material, o ser humano situa-se num padrão vibratório de baixa qualidade, colocando-se à mercê e sob as ordens desses marginais da Espiritualidade.

Os tranqüilizantes ajudam; o passe e a água fluidificada, aplicados na Casa Espírita, bem como o socorro dos amigos espirituais, são excelentes auxílios.  Porém, o problema fundamental de nosso ajuste íntimo, raiz de todas as perturbações que nos envolvem não pode ser resolvido apenas por estes meios. O remédio para esta doença pessoal está dentro de cada um de nós. O que acima de tudo deve interessar ao ser humano é o progresso espiritual, pois esta é a única finalidade da existência dos seres em todos os escalões e em todos os mundos. Isto não é fácil, mas esta é a luta inevitável, que depende de decisão, de vontade firme, de perseverança e também de muita fé.

A reunião de Espíritos encarnados, quase sempre diferentes, moral e intelectualmente, em uma família, agrupados num mesmo lar, é providência tomada por força de acordos efetuados na espiritualidade antes da encarnação e compromissos assumidos no plano espiritual, que servem para resgates dos débitos, desenvolvimento da capacidade de se harmonizar com os semelhantes e de afinidade entre os participantes, sendo a consanguinidade, complemento para maior facilidade de aceitação. Muitas pessoas aceitam desculpar, tolerar, aturar, ajudar e perdoar outras pessoas, porque fazem parte da nossa família; caso contrário, ou seja, se não fosse do nosso sangue, não ajudaríamos ou partiríamos em revide, em vingança, agravando a presente existência e prejudicando nossa evolução. Além da família, devemos selecionar nossas amizades. Uma só ovelha põe o rebanho a perder. Uma gota de tinta preta mancha a água pura de um vaso. Selecionar, portanto, pelas condições morais e conservar somente as amizades que forem convenientes e agradáveis. Preferir as companhias das pessoas de bons costumes e bons sentimentos, sem distinção de cor, classe social ou riqueza; que possuam ideias pacíficas, elevadas e construtivas.

Pessoas cujas conversas são tendenciosas, maliciosas, maledicentes, empregando anedotas grosseiras e imorais ou palavrões, tudo isso indica sentimento inferior, maus costumes, maus instintos; devemos sempre dispensar a companhia dessas pessoas. É claro que não se trata de desprezar, negar auxílio, fugir ao dever da caridade, mas simplesmente não manter intimidade nem a convivência, relações afetivas e sociais. Cada um de nós ocupa na sociedade o lugar que nos é próprio, segundo nosso merecimento, nossas qualidades e, sobretudo, segundo o programa de nossa atual existência. Mesmo que a companhia seja de pessoa de posição social elevada ou de prestígio, não nos servirá quando espiritualmente demonstre um caráter inferior, sentimentos baixos, mundanos e egoístas, porque na certa irá exercer sobre nós alguma influência perniciosa.

Outro ponto de nosso comportamento refere-se à solidariedade. Pelo uso criterioso do seu livre-arbítrio, o ser humano pode apressar ou retardar sua evolução; provocar ascensão ou estacionar, obter triunfos ou derrotas. Todos nós somos células da coletividade universal e nossos atos, bons ou maus, sobre essa coletividade se refletem, assim como ocorre com as células do corpo físico, que se refletem no metabolismo geral, beneficiando ou prejudicando o funcionamento do corpo. Todos concorrem duma forma ou de outra, à movimentação da vida social coletiva e, dessa solidariedade e dependência, todos se beneficiam direta ou indiretamente. Não se move o ser humano, nem dá um passo em qualquer sentido, que não dê ou não receba algo desse organismo social.

Tudo o que temos hoje, de que necessitamos para viver, representa o trabalho dos que nos antecederam, somado ao nosso e o trabalho dos nossos semelhantes, no passado e no presente. A geração de hoje, usufrui o esforço e o trabalho acumulado de todas as gerações antecedentes, e, juntando o esforço de todos, à geração seguinte herda o patrimônio social assim enriquecido.  Observemos o panorama geral do mundo em que vivemos; o espetáculo é impressionante. Por toda parte vemos seres humanos se movimentando nas cidades; nos campos, na terra, nos rios e mares, no ar, num esforço, não percebidos, de beneficiar a todos, buscando de forma direta ou indireta, a satisfação de seus próprios interesses que, por fim, se reverte sempre em benefício da sociedade.

Imaginemos apenas como exemplo, um pescador: - Ele vai ao mar no propósito de pescar os peixes que o alimente e lhe dê vantagem financeira; porém esse pescado vai beneficiar muitas pessoas que necessitam de alimento, enquanto ele próprio vai depender de muitas outras coisas realizadas por outras pessoas. Exemplo: o padeiro que faz o pão, o usineiro ou o cortador de cana que proporciona o açúcar, o fazendeiro que planta o café, e de muitos outros, principalmente de Deus, que faz germinar a semente, o crescimento, a floração e a fruta.

Nas sociedades futuras, quando a Terra já estiver em novo estágio evolutivo, o trabalho deverá visar conscientemente o bem coletivo, a exemplo de certas tribos de índios, onde tudo é dividido igualmente com todos. Assim, pois, é evidente que devemos realizar as tarefas que trouxemos ao encarnar, visando o bem comum e não apenas a nossa satisfação particular. Se a vida coletiva for representada por um vaso contendo um pouco de água lodosa e impura, e, se todos para esse vaso trouxerem água limpa, ver-se-á que a água impura irá clareando aos poucos até transformar-se em água saudável. Mesmo nas atividades mais simples, a regra é a mesma; o bem comum.  Assim procedendo, estaremos evitando dificuldades no nosso dia-a-dia e resguardando o nosso comportamento das influências negativas, que prejudicam o nosso esforço  demorado de reforma íntima, indispensável ao nosso progresso espiritual.

Devemos simplificar nossa existência profissional, organizando o trabalho e fazendo tudo com calma e boa vontade, dentro de uma programação. Separar as tarefas do dia: primeiro as mais importantes e, dessas, as mais urgentes, depois as demais. Simplificar também as nossas relações familiares e sociais, superando ressentimentos, mágoas, irritações, animosidades, respeitando e cuidando do nosso corpo como um vaso sagrado que nos foi confiado por Deus, e respeitando o semelhante como nosso irmão; estabelecendo relações afetivas com base no desprendimento e na sinceridade, respeitando os sentimentos alheios sem complicar o nosso destino. Simplificar, enfim, nossa existência, sabendo que estamos na Terra de passagem; nossa meta é a Espiritualidade; a existência na Terra serve como um meio para a nossa renovação e evolução espiritual.

Devemos estar cientes de que, quando Deus nos concede bens materiais, é para nos ajudar e atender nossos pedidos; assim estamos na condição de devedores ou usufrutuários, e não como donos. Pelo fato de Deus ter permitido termos uma empresa, uma boa casa, um carro do ano ou uma conta bancária com bom saldo, temos que nos julgar superiores e tratar mal aqueles que nos servem ou que foram os colaboradores do nosso sucesso?  - Afinal, o que foi que trouxemos quando nascemos? – Nada. Jesus nos disse que não podemos ao mesmo tempo amar a Deus e ao dinheiro. Se amarmos a Deus, respeitando as leis divinas, o resto, família, empresa, emprego, casa, dinheiro, cultura, saúde e bem estar...  serão as consequências do amor e respeito a Deus.

Quando chegamos ao mundo, o encontramos aberto às nossas necessidades e devemos deixá-lo quando partirmos, em melhores condições, para nossos filhos, nossos netos, e até para nós mesmos, se aqui reencarnarmos. Se assim não fizermos, nossa conta-corrente na Espiritualidade ficará negativa e teremos que resgatar esse débito no futuro. Devemos exercer princípios religiosos e éticos no nosso ambiente de trabalho, respeitando uns aos outros, sem ser fanático ou radical. Existem pessoas que, em nome da empresa ou do serviço, esquecem a família, as amizades, o lazer, até os cuidados com a saúde, preocupadas apenas com a possibilidade de juntar mais bens materiais, que no final nem conseguem usufruí-los e não seguem com elas para além do túmulo.  Outras pessoas confundem o sucesso com a riqueza ou o poder. Diz um antigo provérbio: “Não há nada de nobre em ser rico ou ter poder sobre outras pessoas. A verdadeira nobreza está em ser superior ao que se era anteriormente”.

O dinheiro foi proporcionado por Deus, e pode ser tirado em qualquer tempo. Não é para o ser humano ficar escravo dele, mas para que faça bom uso dele e tenha momentos de felicidade, pois ninguém é completamente feliz aqui na Terra. O ideal é que o dinheiro nos beneficie e também a coletividade e, como energia quando movimentado, gere empregos, pague salários, aumente o progresso. Porém, quando guardado, parado, pode ser consumido pelas traças, roubado pelos ladrões, transformado em ferrugem e perder seu valor pelo tempo.

Evitemos as vantagens somente para nós, porquanto tudo aquilo que retivermos a mais para nós, no sentido de satisfazer nossas vaidades ou supérfluos, estará faltando a outros que necessitam apenas do indispensável para sobreviver. Tenhamos bom ânimo e coragem para vencermos todas as dificuldades, todos os problemas que se nos apresentarem. Logo que o sol desponte, saudemos o novo dia com uma oração ao Pai Celestial, levantando-nos também e iniciando nova jornada, com o propósito de ajudar a todos e de cumprir com boa vontade todas as nossas obrigações, para que ao final do dia a nossa consciência esteja tranquila, por havermos cumprido com nosso dever. Caminhemos resolutos no propósito do progresso, enfrentando as dificuldades, como degraus, para a nossa evolução espiritual.

Procuremos viver com equilíbrio, mesmo dentro da agitação diária, sem nos deixar levar pela onda pessimista e desordenada que envolve a sociedade. Caminhemos confiantes em Deus e certos de que venceremos, por maiores que sejam as dificuldades. Lembremo-nos de que cada companheiro de jornada é um irmão que nos ajuda, direta ou indiretamente, e a quem precisamos também ajudar. Existem dois tipos de comportamentos: o daqueles que fazem, e o daqueles outros que ficam apontando os erros. Façamos parte do grupo que trabalha confiante em Deus e sem aguardar aplausos, temer pedradas, com o objetivo superior de ser útil a nós mesmos e ao nosso próximo, beneficiando a todos e também à própria Terra, que nos acolhe com bondade, nos possibilitando a existência e a evolução.

Um gesto pequenino, uma ação que julgamos insignificante pode melhorar muito o ambiente em que nos encontramos; elevar o entusiasmo de quem está desanimado; reanimar aquele que está desiludido; erguer aquele que está caído pelas dificuldades da existência; um sorriso, uma palavra de conforto, uma oração de amparo, tudo pode melhorar a nossa situação como também a situação dos que vivem conosco neste planeta. Qualquer coisa que fizermos, por menor que seja, estamos contribuindo para diminuir as dificuldades, porque assim nos ensinou Jesus, e também pelo fato do mundo não ser um parque de diversão, mas um ambiente de trabalho, onde estamos para melhorar através do nosso trabalho voltado para a fraternidade, a paz,  o amor.

Assim como Jesus, o ser humano é chamado a inúmeros testemunhos no decorrer da existência. No livro “Tormentos da Obsessão”, Manoel Philomeno Miranda, faz um paralelo entre os testemunhos de Jesus, em vários montes, e os montes de problemas e dificuldades que o ser humano enfrenta em sua trajetória de aprendizado na Terra: 1º- Jesus sobe o Monte Tabor e diz quem é; se dá a conhecer aos seus apóstolos. O ser humano deve conhecer os objetivos a que dedicará sua existência;  2º- Quando Jesus sobe o Monte em que profere o “Sermão da Montanha” ou “Bem-aventuranças”, traça Ele o código moral a ser seguido por todos nós. A criatura deve traçar as linhas de comportamento para enfrentar as dificuldades da existência;  3º- Jesus sobe o Monte das Oliveiras para em retiro, se harmonizar com o Pai Celestial.  O mesmo deve fazer o ser humano, recolhendo-se a meditação e a oração, para receber as bênçãos necessárias a enfrentar as dificuldades e sofrimentos;  4º- No Monte Gólgota, o Mestre coroando seus ensinos,  exemplifica com os próprios sofrimentos. O ser humano deve fazê-lo também com abnegação e amor, até o momento final da sua existência terrena.

Todos nós temos as nossas lutas, mas só quem sabe vencê-las, sem pensar em desistir ou se abater diante das dificuldades, pode ser classificado como um verdadeiro e corajoso herói. Ante as dificuldades do caminho e as rudes provas de evolução, devemos nos resguardar na oração, na confiança em Deus, que certamente nos impedirá de resvalar nos abismos da revolta e dos sofrimentos...

Dificuldades todos nós temos, hoje ou amanhã, e para nos livrarmos delas, precisamos ter um comportamento de aceitação, reflexão, enfrentamento, para que venha a solução dos problemas, com o amparo dos nossos entes queridos e também com a assistência do Pai Celestial. 


Que a Paz do Senhor reine em nossos corações.


Bibliografia:
Livro “Inteligência Emocional”
     “    “Tormentos da Obsessão”
+ Acréscimos

Jc.
São Luís, 28/10/2008
Refeito em 25/4/2017