domingo, 11 de agosto de 2019

O NOSSO MUNDO ATUAL






 
Sabemos pelas informações da Espiritualidade que estão reencarnando, há algum tempo, no planeta, muitos Espíritos evoluídos, para fazerem a transformação do mundo e também outros ainda inferiorizados que estão tendo suas últimas oportunidades de se reabilitarem. Torna-se fundamental os cuidados e os exemplos para a educação deles, a fim de que possamos orientar e educar esses espíritos, que são vítimas, muitas vezes, da incúria ou do desmazelo dos seus pais, que estão mais preocupados com o sucesso social do que com a felicidade dos filhos. Chico Xavier, certa vez comentando sobre a violência, disse: “O que mais dói ver na periferia das cidades, não é tanto a fome, mas a ignorância; porque a ignorância é que é a responsável pelos arrastões. Se pudéssemos, ao invés de distribuir sopa, gostaríamos de distribuir trabalho. Se pudéssemos criar escolas edificaríamos e instituiríamos cursos diversos profissionalizantes, procurando tirar das ruas, que são as Universidades do Crime, essas crianças, resolvendo o problema da miséria social e moral que nos desafia.”

Por que há tanta violência no mundo? – A violência atual é própria de um mundo de provas e expiações. Muitos indivíduos ainda se deixam dominar por seus instintos inferiores e cometem crimes porque não têm consciência do bem ou do mal, assim como o desconhecimento da vida espiritual colabora para o desequilíbrio emocional e moral de muitos, que se deixam envolver pelo mal. A banalização da violência nos jornais e na mídia reforça condutas agressivas e só tem destaque porque tem audiência significativa. A violência física nos lares é produto da vibração prejudicial das novelas que estão cheias de exemplos negativos. Como autoeducação, vamos deixar de sintonizar esses programas de baixo nível, baixarias e voltados para o mal, escolhendo melhor o que entra em nossos lares. Quando não tivermos na TV um programa que possa nos instruir ou educar, outras opções existem para ocupar nosso tempo, inclusive, a leitura ou a conversação com os familiares. O aparente caos que se verifica na atualidade apenas demonstra o desespero dos que se recusam a aceitar a
marcha inevitável do  progresso que se  está desenvolvendo,

pois é fruto do amadurecimento moral e intelectual das novas gerações que estão chegando à Terra.

Se o progresso material espanta-nos, diariamente, e o aprimoramento apresenta-se mais lento, isto indica que falta-nos apenas a decisão individual de mudar no sentido do bem, de vencer as tendências inferiores, de lutar por ser melhor a cada dia, respeitando o semelhante e seus direitos. Todo esse conforto material trará condições para que a criatura humana tenha mais tempo para dedicar-se ao seu autoconhecimento e, verificando isso, interessar-se mais pelo amparo aos que se encontram ainda em situações difíceis de sobrevivência na Terra, fazendo assim a sua evolução.

Quando poderíamos imaginar ao tempo de Kardec, ou mesmo até a poucos anos atrás, o potencial das comunicações e da Internet? Quando poderíamos imaginar que discos magnéticos poderiam armazenar imagens, sons e movimentos, transformando-se em arquivos úteis e poderosos para uso de todos? Quem poderia imaginar a existência dos celulares e outras utilidades na atualidade? Falta, entretanto ao ser humano, acompanhar esse progresso e efetivamente mudar sua existência para melhor. Aprimorar os sentimentos, os relacionamentos, reconhecer nossa condição de seres espirituais, e o simples conhecimento da nossa imortalidade já nos deve provocar mudanças de comportamento.

Entretanto, o excesso de tecnologia que já existe no mundo, como uma verdadeira parafernália de instrumentos que lentamente vão substituindo o próprio ser humano, vem anulando-lhe a capacidade de pensar, raciocinar e agir. A comunicação virtual, diante do computador, isolando a pessoa do mundo de relacionamento humano, ajuda-o a sonhar e, em delírios inconsequentes, faculta-lhe viagens para fora, em conquistas afetivas, porém, distante das pessoas, sem uma correspondente convivência saudável, afetiva e emocional. A imaginação passa a substituir a relação pessoal, sentimental,
fantasiando  a mente com a  necessidade  de  encontrar o seu
parceiro ideal, sem a preocupação de,  por sua vez,  tornar-se
esse companheiro para aquele a quem busca. Lentamente uma grande aridez  está  tomando  conta  do  sentimento  humano,
produzindo á dolorosa e lamentável crise existencial que se observa nas pessoas. Essa situação está trazendo sérias dificuldades para o relacionamento humano...

Por outro lado observamos que o País vive entregue à corrupção, a ganância e a impunidade, à desordem, à vontade dos grupos dominantes, levando ao desespero milhões de pessoas dominadas, que não encontram condições de sobrevivência. Se alguém se incomoda com essa situação desastrosa, sem perspectiva, sem esperança para milhares de pessoas, e emite opinião contrária, logo surgem os defensores do regime vigente e de suas posições privilegiadas. Lamentavelmente, não vemos condições de melhoria a curto ou médio prazo dessa situação caótica, a não ser que surja um verdadeiro líder nacionalista que empunhe a bandeira da renovação moral, ou que de repente surja uma medida Celestial, para nos desviar do abismo para onde estamos sendo levados.

É natural que busquemos solução para os tormentos que  nos  afligem,  porém,  grande parte da sociedade se tornou imediatista, o que fez com que procurassem soluções rápidas, fáceis e sem esforço. Por causa disso, aparecerem espertalhões que prometem resolver todas as situações infelizes, como: amores não correspondidos, fortuna terrena fácil, curas milagrosas, e até lugares especiais no céu ao lado de Deus, desde que se tenha dinheiro para pagar, porque dizem que esse mesmo deus, deles, não dá nada de graça para ninguém.

A crescente falta de estabilidade, ameaçando o emprego de quem ainda o tem, fragilizando os laços de família, promovendo o aumento da marginalidade, associado a esse imediatismo, mostram que o processo de desagregação tende a aumentar, tornando-se uma epidemia global. O momento reclama de todos nós mudanças, moralidade, trabalho e acima de tudo, confiança na Providência Divina.

Há necessidade de nos prepararmos para mais tempos de adversidades, onde o bem será esquecido e o mal aclamado. É a crise que foi predita por Jesus. Hoje, mais do que nunca, precisamos manter a nossa fé e a esperança em Deus, para suportarmos esses tempos difíceis. Só com o amparo de Jesus, conseguiremos superar essas aflições e cumprir nossas tarefas de cristãos, até que a transição que trará mudanças necessárias conduza o mundo para uma nova ordem, fundamentada na moral e no amor, ensinados e vivenciados por Jesus.

Que a Paz do Senhor nos ampare nessa transição para que possamos nos manter fiéis aos nossos compromissos.


Bibliografia:
Jornal “A Voz do Espírito”
+ complementos

Jc.
S.Luis, 29/6/1999
Refeito em 04/6/2019                                                                                                                            

DÊ UMA CHANCE A VOCÊ MESMO





 
Certamente você já tenha feito perguntas a si mesmo, como as que estão abaixo:
De onde vim ao nascer?  Para onde irei depois da morte?  O que há depois dela? Por que uns sofrem mais do que outros?  Por que uns têm determinada aptidão e outros não?  Por que uns nascem em lares ricos e outros em lares pobres? Por que uns nascem cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem saudáveis e inteligentes? Por que, uns que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?  Por que Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos?...
A maioria das pessoas, vivendo a existência atribulada de hoje,  não está interessada nos problemas fundamentais da existência. Elas se preocupam apenas com seus negócios, seus problemas particulares, seus prazeres, e acham que questões como “a existência de Deus” e “a imortalidade da alma” são da competência de sacerdotes, de religiosos e de teólogos.
Quando tudo vai bem, elas nem se lembram de Deus, de agradecer por tudo de bom que lhe acontece; quando se lembram, é apenas para ir a um templo fazer uma oração, como se tal atitude fosse simples obrigações das quais todos têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra, sem qualquer outro sentido. A religião para elas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo será um desencargo de consciência, para estar de bem com Deus. Tanto assim, que muitas pessoas que se dizem religiosas, nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte.
Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um infortúnio; uma queda financeira desastrosa, a perda de um ente querido, uma doença incurável – fatos que podem acontecer na existência de qualquer pessoa – não encontram em si mesma, a fé necessária, nem a compreensão e resignação para enfrentar o problema com coragem, caindo, invariavelmente, no desespero... E aí se perguntam?  Onde podem encontrar a orientação e a solução dos problemas?
Há uma Doutrina que atende a todos esses questionamentos. Ela se chama: Doutrina dos Espíritos.  O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-nos de maneira convincente e nos permitindo iniciar a nossa transformação íntima. Conselhos provocam mudanças, mas o primado é da reflexão. Ignoramos o tesouro que traz, os conhecimentos libertadores da Doutrina Espírita, um manancial que esclarece,  consola, orienta e que nos dá a base segura para prosseguir na jornada terrena. Ela não é um adorno, mas uma ferramenta de evolução, colete salva vidas nas situações difíceis, farol nas nossas indecisões e chave libertadora dos nossos medos, problemas e sofrimentos.
A prática espírita nos apresenta ferramentas que trazem autonomia ao religioso, como o estudo que fomenta a reflexão, a prática da caridade que abranda a consciência e o coração, e a assistência dos bons Espíritos para nos direcionar e auxiliar nas nossas dificuldades. . . É necessário reconhecer a dádiva que a Doutrina dos Espíritos nos proporciona na encarnação. Fórmulas mágicas, rituais, simbolismos e outros elementos naturais não podem nos escravizar. A prática espírita vem munida da reflexão vinculada à prática do bem e tem um caráter libertador, que nos possibilita prosseguir a passos firmes, no caminho da evolução.
Cada credo, cada segmento religioso trabalha a espiritualidade dos seus adeptos de acordo com a cultura, com a afinidade, a sua conveniência e a história e o seu grau de entendimento. A Doutrina Espírita apresenta um caminho que possui os elementos necessários para a nossa libertação e crescimento espiritual, nos possibilitando avançar com firmeza, fé e determinação, a caminho de nosso Pai Celestial. Quem nunca esperou uma palavra orientadora e consoladora dos Espíritos?  O convite está feito e a Doutrina é um dos caminhos que nos permite isso de maneira autônoma, consciente, rumo á evolução que realizamos pouco a pouco, dia a dia, existência a existência...
Fonte:
Federação Espírita do Paraná
Jornal “Brasília Espírita”-  5/6-2015
Marcus Vinicius de Azevedo Braga
+ Modificações e acréscimos.

Jc.
São Luís, 29/5/2015
Refeito em 16/5/2019