segunda-feira, 4 de julho de 2011

O HOMOSEXUALISMO, A DOUTRINA E O S.T.F.

O HOMOSSEXUALISMO, A DOUTRINA E O S.T.F.

No dia 4 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal ao julgar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, reconheceu a possibilidade de haver união estável para casais do mesmo sexo, tendo o ministro Ayres Brito enfatizado que o Artigo 3º, inciso IV, da Constituição Federal, veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, religião, de forma que, ninguém poderá ser discriminado ou diminuído por suas preferências. É certo que tal decisão teve e ainda terá uma enorme repercussão social, jurídica e religiosa, tanto que diversos casais do mesmo sexo já procuraram o Cartório de Registro Civil para formalizar a união estável.

Este artigo destina-se a fazer uma análise espírita acerca da aludida decisão, uma vez que muitos adeptos da Doutrina Espírita têm se mostrado perplexos com o resultado do julgamento. De início, reportamo-nos à resposta dada pelo orador espírita José Raul Teixeira, na obra “Quando a Vida Responde”, (página 69), ao ser indagado sobre a questão em foco, disse ele: “Considerando-se que, qualquer oficialização que se estabelece no mundo, corresponde à formalização de situações que já existem ou que precisam ser normalizadas para evitar distorções nos julgamentos de diversificadas situações, em respeito ao conceito formal de justiça. Assim, se falamos de oficializações de uniões ou de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, é que essas pessoas já estão unidas, apesar de qualquer formalização, deparando-se, a partir disso, com problemas cujas soluções exigem um pronunciamento da lei que regulamenta a vida de um povo ou de uma sociedade... Em caso de falecimento de um dos deles, há ou não direitos a pensões e outros benefícios, após uma existência passada em comum?... Não há como fazer de conta que tal fato não existe. Logo, não há como fugir dessa oficialização em nome de qualquer tradição ou preconceito... pois não há lei que possa impedir de fato que duas pessoas do mesmo sexo, tenham existência em comum, que se entendam que se cuidem ou que se amem”.

Dessa forma, vamos percebendo que a decisão do S.T.F. apenas está regulamentando uma situação existente em nossa sociedade, a fim de que as pendências jurídicas de uma relação homo-afetiva, tais como, direito de herança, pensão e outras questões, se resolvam dentro dos padrões de justiça. Anote-se que a questão do homossexualismo necessita ser analisada dentro dos padrões do bom senso, visto que, de forma equivocada, há muitos espíritas que rotulam essa forma de opção sexual, trazida de outras existências, e não por desejo, como doença, obsessão ou imperfeição moral. Ninguém pode fazer nada para que alguém não seja homossexual. Cientificamente, não existe procedimento que mude a condição sexual de uma pessoa. E é bom lembrar: homossexualidade não pode ser tratada como doença mental ou desvio psicológico.

O notável Espírito de Vianna de Carvalho, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, no livro “Atualidade do Pensamento Espírita” (questão 179), assevera que, “o homossexualismo é processo natural de experiência evolutiva, através da qual o Espírito, portador de uma psicologia diferente da sua anatomia, deve desenvolver valores pertinentes a ambas as manifestações, sem que, necessariamente, se entregue à comportamentos sexuais perturbadores”. De conformidade com essa resposta, lembramos que “O Livro dos Espíritos”, na página 200, ensina-nos que os Espíritos não têm sexo, portanto, reencarnam em corpos masculinos e femininos, visando ao seu aperfeiçoamento espiritual, porque há experiências evolutivas que são próprias de cada sexo.

Assim, na qualidade masculina, está obrigado a desenvolver a Inteligência, o Conhecimento e a Moralidade. A Inteligência é a faculdade do espírito de compreender as relações existentes nas coisas, nas pessoas e nas situações, enquanto ser pensante, capaz de reflexão e de se adaptar a uma situação, intervindo e modificando, conforme sua convicção. O Conhecimento é o efeito de conhecer, distinguir e depois da instrução, do estudo, do averiguar, do exame e da experiência; o saber, pelo exercício das faculdades intelectuais; a natureza a qualidade e as relações das coisas. A Moralidade, é a qualidade de conduta; do comportamento do ser humano, sobre o certo e o errado; regras do espírito relativas aos bons costumes, realizando o bem e evitando praticar o mal. Na condição feminina, está sujeita a desenvolver O Sentimento, O Amor e A Abnegação. O Sentimento é o ato ou efeito de sentir, resultado da análise do espírito, afetado por uma cousa interna ou externa; impressionado ou comovido; percepção das coisas por meio dos sentidos; afeição ou repulsa; excitação da alma no que se refere ao coração e não a razão. O Amor é representado pela afeição profunda a pessoas animais e coisas; é também carinho, ternura; sentimento inspirado por Deus ao ser humano para sua felicidade. A Abnegação, ato de abnegar; renúncia, sacrifício de si mesmo em benefício de outros, caridade, desprendimento sem limites em que a expressão maior encontra-se nas mães.

Allan Kardec ensina, na Revista Espírita de janeiro de 1866, que “os Espíritos se encarnam nos dois sexos; tal que foi um homem, poderá renascer como mulher, e tal que foi mulher poderá renascer como homem, a fim de cumprir os deveres de cada uma dessas posições e delas suportar as provas. Depois, pode ocorrer que o Espírito tenha percorrido uma série de existências num mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, ele possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, do qual a marca permaneceu nele. Mudando de sexo, poderá, pois, sob essa impressão, em uma nova encarnação, conservar os gostos, as tendências e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam na personalidade de certos homens e de certas mulheres.”

O querido Francisco Cândido Xavier, bem sucedido na tarefa para a qual se apresentou a cumprir, foi um Espírito acentuadamente feminino que reencarnou, naturalmente, por missão, em corpo masculino, para a execução de tarefas importantes no campo intelectual e moral da Humanidade. Chico, embora estivesse reencarnado na condição masculina, exibia alguns dotes marcantes do sexo feminino, como sensibilidade, afetividade, amorosidade, que exteriorizava um temperamento mais sentimental. Fácil de perceber que se encontrava reencarnado em corpo dissociado de sua estrutura psicológica, por possuir uma mente acentuadamente feminina.

Os Espíritos nos ensinam que as denominadas “inversões reencarnatórias”, ocorrem a pedido do próprio Espírito ou por necessidades expiatórias, mas, em ambas, há o risco da tendência homossexual, porquanto poderá haver um conflito entre a psicologia do Espírito e a sua anatomia física. A fim de facilitar a compreensão, utilizemos o seguinte exemplo: Um Espírito vem reencarnando num corpo masculino, por várias existências, adquirindo, dessa forma, hábitos e emoções, tipicamente masculinas, de forma que ao reencarnar num corpo feminino (por opção evolutiva ou expiação), poderá ter dificuldades de se ajustar, isto é, estando num corpo de mulher, poderá sentir atração física por outras mulheres ou se sentir bem na companhia destas (priorizando a amizade de mulheres).

É, por esse motivo, o Espírito de Vianna de Carvalho diz que o homossexualismo é uma experiência natural da evolução; contudo, é bom frisar que os desvios sexuais e as exorbitantes participações em passeatas extravagantes e vestir-se de forma a afrontar o pudor e outras práticas doentias, é que tornam a situação lamentável e comprometedora, aliás, essas implicações expiatórias também ocorrerão com os heterossexuais (mau uso do sexo). Assim sendo, vemos que a decisão do S.T.F. foi acertada, nesse sentido de regulamentar uma situação já existente. Não se trata de estimular a prática homossexual, mas de utilizar o conhecimento espírita para analisarmos com bom senso essa questão, sobretudo a lei divina da reencarnação, de tal sorte que temos que compreender que o homossexualismo, assim como o desvario sexual, decorrem do estágio evolutivo
em que se encontra o ser humano e o planeta Terra.

Nesse sentido, lembremo-nos que o notável Espírito Bezerra de Menezes, na obra “Tormentos da Obsessão” (capítulo 15), esclarece que aumentará nos próximos anos, o número de homossexuais na Terra, em razão do desequilíbrio sexual, uma vez que haverá a inversão reencarnatória por imposição das leis divinas (expiação), não permitindo ao Espírito endividado a continuidade do comportamento vicioso (por exemplo; um homem desajustado na área sexual, que a todo custo ou a qualquer momento quer ter relações sexuais com uma mulher, sem o componente da afinidade ou do amor; ao reencarnar-se num corpo feminino, encontrará certo freio ou limite para seu impulso sexual descontrolado).

Portanto, vamos retirando os tabus, os mitos e as inverdades que existem no assunto em foco, deixando o preconceito de lado, inclusive no que se refere ao exercício da mediunidade, porque, infelizmente, há médiuns homossexuais comedidos, controlados no que diz respeito à questão sexual, que são excluídos dos trabalhos mediúnicos. Apenas a título de informação, acrescentamos que há outras causas que podem ensejar a conduta homossexual, mas que por não guardarem correlação com este artigo não serão abordadas.

Ao encerrar este artigo abordamos uma outra questão que muitos devem estar se perguntando: - Com a decisão do S.T.F., haverá a possibilidade de casais homossexuais adotarem crianças ou adolescentes? – Ao nos servirmos das informações prestadas pelos Espíritos, neste artigo, concluímos, que em situações pontuais, será possível e aconselhável, conforme o próprio confrade José Raul Teixeira, na obra já referida, nos orienta ao relatar que há tantas crianças abandonadas, sujeitas a todos os perigos que existem nas ruas (tráfico de drogas, prostituição, furtos e agressões) que devemos nos perguntar: Será que é preferível deixar essas crianças na rua e em abrigos; ou será melhor permitir a adoção por casais homossexuais, que, após uma avaliação psico-social (o que ocorre com todos os casais num processo de adoção), não revelem condutas extravagantes ou exageradas em suas posturas, a ponto de comprometer o processo educacional do mencionado adotado?

Ademais, o professor Raul Teixeira ainda afirma que seu benfeitor Camilo lhe ensinou que o amor, em si mesmo, não tem sexo, e que todo gesto de adoção é valorosa atitude. Lembramos ainda que existem muitas crianças abandonadas que já atingiram certa idade (principalmente após os cinco anos) que não encontram casais heterossexuais interessados em adotá-las. Vide o artigo “Adoção de crianças”. Que os apontamentos, constantes neste artigo, possam nos fazer refletir sobre o assunto, extirpando nossos conteúdos de intolerância e maldade, jamais nos esquecendo do sentimento de amor e da busca pelo conhecimento que devem reger nossas existências, conforme orientação dada pelo Espírito de Verdade, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” “Espíritas amai-vos, espíritas, instrui-vos”.
Fomos chamados a entrar em contato com Espíritos de natureza diferente, de caracteres opostos e não devemos discriminar nenhum daqueles com os quais nos encontramos. Sejamos alegres e felizes, mas, da que dá uma boa consciência de que somos herdeiros do Pai Celestial, na jornada de aprendizado e amor, para alcançarmos à evolução espiritual...



Bibliografia:
Alessandro Viana Vieira de Paula
Jornal “O Imortal”- junho/2011
+ acréscimos e pequenas modificações.

Jc.
S.Luis, 22/6/2011.

PROBLEMAS NATURAIS DE ALGUMAS PESSOAS

PROBLEMAS NATURAIS DE ALGUMAS PESSOAS

Há alguns anos vinha sofrendo com a dificuldade de urinar, às vezes, levava dez minutos para esvaziar a bexiga, assim mesmo com o uso constante de “Cloridrato de Ciprofloxacino 500 mg”, medicamento para desinflamar a próstata e poder urinar. Quando o Ministério da Saúde determinou que os antibióticos só seriam vendidos com receita médica, e precisando tomar o antibiótico, procurei um Posto de Saúde, e, antes de consultar, fui conduzido a uma atendente que mediu a minha pressão e fui levado ao médico. Expliquei a ele, após ser perguntado, que eu tinha dificuldade de urinar e pedia que me desse uma receita para comprar o remédio. Ele atendeu ao meu pedido, e, devido à pressão alta, não só mandou me aplicar uma injeção para baixar a pressão como também um remédio diurético para facilitar a urina. Após a receita e as injeções, fui para casa.

O que aconteceu em seguida, que julguei errado, o médico haver mandado me aplicar um diurético, foi que o organismo começou a retirar líquido de todo o meu corpo e a minha bexiga passou a aumentar com o líquido, e a medida que ela enchia as dores começaram. Duas horas depois, com a bexiga a ponto de estourar, de cheia e sem poder esvaziar, devido à pressão da próstata inflamada, eu já estava gritando de dor. Fui levado por minha filha ao hospital e lá depois de muito sofrer, uma enfermeira colocou a sonda e eu pude urinar o que fez com que a dor desaparecesse. Depois de recuperado, fui ao médico de plantão que me receitou procurar um urologista.

Marquei a consulta e poucos dias depois, fui examinado pelo médico que constatou que eu estava com a próstata muito grande e pediu alguns exames. Dias depois, levei os exames ao médico e ele me informou que precisava retirar a próstata e constatou que eu tinha também uma pedra nos rins, ao contrário de outros pacientes que criam pedras na vesícula. Ele então me encaminhou para o Cardiologista para saber se eu tinha condições de ser operado, em virtude da pressão alta (l8 x 9) e da minha idade 80 anos. O Cardiologista ao medir minha pressão, disse-me que não poderia ser operado com essa pressão alta e passou um remédio (Losartana 50 mg) para baixar à mesma e me encaminhou para fazer o teste de resistência na esteira rolante. Com muito sacrifício, consegui passar no teste e fui encaminhado de volta ao urologista e este, após consultar os exames, me encaminhou para o Hospital Tarquínio Lopes Filho, o que não fiquei muito satisfeito por achar que o Hospital Geral, como é conhecido, devia ser igual ao Socorrão.

No hospital, procurei a filha de uma sobrinha minha (Sílvia), assistente social, que me encaminhou para o Dr. Giullianno L. Moura, o melhor médico urologista-cirurgião, que após tomar conhecimento do meu caso, me encaminhou para a internação. Fui atendido, novamente pela Assistente Social que me encaminhou para a funcionária encarregada de fazer a internação. Em função da idade e do problema, com duas semanas fui chamado para internar. Quando internei no hospital foi que observei que ele era melhor que qualquer outro, e então, por duas vezes, lamentei a minha opinião, julgando errado o médico que receitou o diurético (Deus escreve certo por linhas tortas) e o outro médico que me encaminhou para a operação no Hospital Geral.

A minha internação se deu no dia 9/6 e no dia seguinte l0/6, fui levado para o Centro Cirúrgico, para ser operado. Ao ser feita a anestesia raquiana, e não sentindo as minhas pernas como que amputadas, o que me causou grande aflição, e, receoso de assistir todo o trabalho operatório, o que poderia me causar mais aflição, pedi ao anestesista que me “apagasse” para eu não participar, em vista de já ter sido operado por 4 vezes com anestesia geral, sendo atendido pelo mesmo. A operação foi de barriga aberta e transcorreu sem anormalidade, sendo retirada a minha próstata, um cálculo redondo do tamanho de uma “bolinha de gude”, do meu rin, (o normal seria na bexiga), que se permanecesse ali eu o perderia, e teria de ser ele retirado, o que faria em pouco tempo, eu ser um cliente da hemodiálise pelo resto da existência. Após todo esse trabalho, despertei quando já estava no leito da enfermaria.

No dia l4/6, em virtude de não haver tido nenhuma complicação, nem precisar de nenhuma bolsa de sangue, foi retirado o dreno e autorizada a minha saída do hospital. No dia 17/6, retornei ao mesmo para a retirada da sonda, e ainda no dia 20/6, retornei ao hospital e o médico verificando que tudo estava normal, autorizou a retirada dos pontos. Nessa ocasião, lhe entreguei a carta de reconhecimento e agradecimento pelo que ele, o Dr. José Arimatéa, seu assistente, e também a sua equipe e demais pessoas que me assistiram durante o tempo em que estive hospitalizado, cujo texto vai abaixo:


São Luis, l5 de junho de 2011
Ilmo. Sr.
Dr. Giullianno L. Moura
Nesta.

Prezado Senhor:

Ao escolher a Medicina como sua profissão, e ao restituir-me a saúde e a alegria de viver, mesmo nos meus 80 anos, o senhor comprovou ser um Missionário Divino, que veio a Terra para cuidar dos sofrimentos dos seus irmãos. Esta, foi a melhor maneira que encontrei para perpetuar o meu agradecimento e também da minha família, ao senhor Dr. Giullianno, ao Dr. José Arimatéa e aos demais membros da sua equipe, às enfermeiras e assistentes, pelo ótimo tratamento que me foi dispensado, durante o período em que estive interno no hospital HTLF, livrando-me de futuramente ser um usuário da Hemodiálise. Que Deus na Sua Infinita Misericórdia, ampare todos e os assistam sempre, na missão de benfeitores dos sofredores da Humanidade.

Seu cliente reconhecido e agradecido,
Jurandy Tavares de Castro
Hoje, estou em casa me recuperando da operação a que me submeti, pois, se não fosse descoberto e tratado a tempo, se transformaria num grande problema de saúde para mim.

Esta exposição tem a finalidade de levar ao conhecimento de quem necessita, os esclarecimentos sobre o problema, que pode acontecer com qualquer pessoa que sofra com dificuldades de urinar, por ter a próstata inflamada ou pedra nos rins ou na bexiga, que foi o meu caso, trazendo sofrimentos que podem ser evitados, com a operação.

J. C.

S.Luis, 27/6/2011