segunda-feira, 20 de novembro de 2017

INSTITUTO BAIRRAL - EXCELÊNCIA EM PSIQUIATRIA




  Alberto Luís de Mello Rosatto, presidente do Conselho Diretor da Fundação Espírita Américo Bairral, de Itapira (SP), nos fala sobre as origens e as atuais atividades do Instituto Bairral, que é, como sabemos, referência em psiquiatria em nosso país.
Alberto, espírita desde 1966, apresenta uma visão geral – desde os seus primórdios até às importantes conquistas dos dias atuais – da conhecida instituição, modelo para o país e provavelmente para a América Latina.
A fundação oficial do Hospital data de 31 de dezembro de 1937, quando foi aprovado o primeiro Estatuto. Mas tudo indica que ele já funcionava antes disso, talvez informalmente. Consta que D. Gracinda chegou a receber pacientes em sua própria residência. São considerados fundadores o senhor Onofre Batista e sua esposa, dona Gracinda Batista, tendo sido eles os doadores do imóvel que possibilitou a criação do Hospital como uma Fundação.
Depois contaram com a colaboração de seu genro, César Bianchi, que abandonou sua oficina de marcenaria para dedicar-se à nova instituição. Além deles, teve participação marcante a sra. Dalila Batista Bianchi esposa de Cesar Bianchi. É de se destacar que nenhum deles tinha formação acadêmica, pois Onofre era pedreiro e dona Gracinda do lar. Dalila tendo feito um curso de enfermagem em São Paulo, dedicou-se a partir daí, não só a tratar dos pacientes, mas também formar novos atendentes de enfermagem, sendo então escolhida como patronesse da enfermagem do Biarral.
A ideia do hospital surgiu pela necessidade de acolher os doentes mentais que até então eram jogados nas cadeias públicas ou confinados em porões das Santas Casas. Movidos pelo sentimento de caridade preconizado pela Doutrina Espírita, Américo Bairral e seus companheiros tiveram a ideia de fundar um hospital para tratar dessas pessoas. Américo Bairral era funcionário público lotado na Coletoria Federal de Itapira e um destacado líder espírita. Ele fundou o Centro Espírita Luiz Gonzaga e uma instituição que hoje é      a Casa de Repouso Allan Kardec, destinada ao acolhimento de idosos. Contudo, não teve ele a ventura de ver realizado o seu sonho por ter desencarnado antes da construção do hospital, ou  Sanatório, como eram chamados os hospitais psiquiátricos na época. Seus companheiros é que levaram adiante a ideia e aí está hoje o Hospital Bairral, um grande e prestigiado hospital.
A área urbana do terreno tem mais de mil metros quadrados, por onde se espalham as diversas unidades do hospital, desde o prédio Central, onde são acolhidos os pacientes do SUS, até as chamas “alas externas”, destinadas aos pacientes de convênios e os particulares. No total são 824 leitos, sendo 511 destinados ao SUS, e os demais para os conveniados e particulares. Nos seus 80 anos de fundação foi grande o progresso alcançado nesse tempo. Partindo das duas casas pequenas do início, chegou a esse complexo hospitalar  sem igual no país e, provavelmente em toda a América Latina.
Além do seu crescimento físico, com instalações dignas de hotéis de boa qualidade, é de se destacar a sua evolução técnica nos últimos anos, com investimentos e melhoras no  corpo de profissionais, com cerca de cento e cinquenta funcionários, em diversas áreas, com formação universitária. Todo esse esforço culminou com a implantação do programa de Residência Médica, com a finalidade de formar médicos psiquiátricos,  reconhecida hoje, como uma das melhores do país. Outro ponto a destacar foi a implantação do serviço de  atendimento em Psiquiatria Infantil, com um projeto de diagnóstico e terapia inovadoras e único no Brasil.
Os nossos maiores desafios são continuar o atendimento aos pacientes do SUS, o que nos tem exigido muitos sacrifícios, por tratar-se de atividade extremamente deficitária, em função da renumeração - que podemos chamar de ridícula – que é imposta pelo Ministério da Saúde aos hospitais psiquiátricos. Como a maioria dos leitos são disponibilizados ao SUS, temos uma ala de pacientes particulares que nos ajudam a fazer face aos prejuízos trazidos pelo atendimento aos pacientes do SUS. Vamos nos empenhar como fizemos até hoje, para manter esse atendimento, como se fosse uma caridade, mas cada vez mais preocupados, pois a nossa capacidade de suportar esses prejuízos, encontra-se próximo do limite, e teremos que tomar alguma atitude, para salvar o nosso hospital e todo esse projeto grandioso aqui implantado.
Gostaria de destacar que é extremamente gratificante para todos nós diretores a oportunidade de serviço que nos tem sido oferecida, permitindo-nos fazer parte da história desta Instituição hospitalar espírita, modelo que é o Instituto Bairral de Psiquiatria, fato que representa motivo de certo orgulho e, ao mesmo tempo, o desafio de continuar a atender bem os pacientes e legar aos nossos sucessores um Hospital Psiquiátrico de primeira linha..
Ao completarmos 80 anos de fundação e atividades do hospital, só nos resta pedir a continuação do auxílio da Espiritualidade, para que possamos tomar sempre as decisões mais corretas, para que a nossa Instituição possa cumprir os seus objetivos de se constituir em um posto de socorro aos nossos irmãos submetidos a essa dura prova que é a doença mental...
Nossos dados para informações ou colaborações:
Rua Dr. Hortêncio Pereira da Silva, 313 – Vila Pereira
Cep. 13970-426 – Tels. (19) 3863-9400 – 3863-1314
Itapira – S.P.


Fonte:
Jornal  “O Imortal” – 9/2017
Jornalista Orson Peter Carrara


Jc.
São Luís, 26/9/2017

O QUE É A RIQUEZA PARA VOCÊ?




  Esta pergunta foi feita a diversas pessoas de três grupos.
O primeiro grupo, respondeu da seguinte maneira:
Um arquiteto – É ter muitos projetos que me permitam ganhar muito dinheiro.
Um engenheiro – É construir edifícios que sejam úteis e eu muito bem pago.
Um advogado – É defender muitos casos que me deem muito lucro.
Um médico – É ter muitos pacientes e poder ganhar para comprar uma bela e grande casa.
Um gerente – É manter a empresa em alto nível de lucro e créditos.
Um atleta – É ganhar fama e reconhecimento mundial e ter patrocinadores que me paguem bem.

O segundo grupo, respondeu:
Um preso – Seria caminhar livre pelas ruas.
Um cego -  Seria ver a luz do sol e as pessoas que quero bem.
Um surdo-mudo – Seria escutar o som das notas musicais e poder dizer às pessoas o quanto eu as amo.
Um inválido -  Seria poder correr em uma manhã ensolarada.
Um mendigo – Seria poder me banquetear numa mesa cheia de comidas.
Um órfão -  Seria poder ter uma família que me amasse.

O terceiro grupo, respondeu:
Uma pessoa em estado terminal – Seria viver por mais alguns dias.
Uma enfermeira – Seria poder restituir a saúde aos moribundos.
Uma professora – Seria meus alunos nunca serem reprovados.
Um doador de sangue -  Seria poder salvar algumas vidas.
Chico Xavier – O Criador me fez rico, porque a riqueza para mim significa o meu trabalho e o serviço em benefício do meu próximo.
Para muitas pessoas, os amigos sinceros e leais são a maior riqueza que existe neste mundo.

O Evangelho Segundo o Espiritismo nos informa que a riqueza, sem dúvida, pode ser um meio de salvação nas mãos daquele que dela sabe se servir se é empregada com discernimento, porém  é uma prova muito difícil, mais perigosa que a miséria, pelos seus arrastamentos, as tentações que dá e a fascinação que exerce; sendo o excitante supremo do orgulho, do egoísmo e da vida sensual e o laço mais perigoso que liga o ser humano à Terra e afasta seus pensamentos do céu, produzindo uma tal vertigem que se vê, frequentemente, aquele que passa da miséria à riqueza, esquecer depressa a primeira condição e aqueles que o ajudaram
se tornando egoísta, insensível e maldoso.

Quando Jesus disse ao jovem que o interrogou sobre os meios de ganhar a vida eterna: - “Desfazei-vos de toda a vossa riqueza e segui-me”, Ele não queria estabelecer como princípio que cada um deva se despojar daquilo que possui, e que a salvação só tem esse preço; mas mostrar que “o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação”. Esse jovem se acreditava quite porque tinha observado certos mandamentos, entretanto, recua ante a ideia de abandonar sua riqueza; seu desejo de obter a vida eterna não ia até esse sacrifício.
A proposição que Jesus lhe fez era para pôr a descoberto o seu pensamento; ele podia ser um perfeito homem honesto, não fazer mal a ninguém e ter todas as demais virtudes, mas não ia até a abnegação. O que Jesus quis demonstrar era uma aplicação do princípio: “Fora da Caridade não há Salvação.”
Se a riqueza é a fonte de muitos males, se ela excita tanto as más paixões, se provoca tantos crimes, é preciso tomar-se não a coisa, mas o ser humano que dela abusa como abusa de todos os dons que Deus lhe dá. Se a riqueza devesse produzir somente o mal, Deus não a teria colocado sobre a Terra. Ela também é um poderoso elemento de progresso moral e de progresso intelectual.
A desigualdade das riquezas terrenas é um problema que se procura em vão resolver. A primeira questão que se apresenta é: Por que todos os seres humanos não são igualmente ricos? Não o são por uma razão muito simples: é que nem todos são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos, para adquirir, nem moderados e previdentes para conservar. Aliás, a fortuna, igualmente repartida, daria a cada um uma parte mínima e insuficiente; que, se essa repartição fosse feita, o equilíbrio estaria logo rompido, pela diversidade dos caracteres e das aptidões., o que seria o aniquilamento de todos os grandes empreendimentos que concorrem para o progresso  e o bem-estar da humanidade. Se Deus a concentra em certos pontos, é porque daí ela se espalha em quantidade suficiente segundo as necessidades.
Deus não quer que a fortuna fique por muito tempo improdutiva e, por isso, a desloca incessantemente; cada um deve possuí-la  para experimentar servir-se dela e provar o bom uso que dela sabe fazer, e se todos a tivessem ao mesmo tempo, ninguém trabalharia e a humanidade pereceria. Há ricos e pobres porque Deus sendo justo, cada um deve trabalhar a seu turno; a pobreza é para uns a prova da paciência e da resignação; a riqueza  é para outros a prova da caridade e da abnegação. Tanto o pobre, por meio do seu trabalho, da sua inteligência e da sua previdência, pode passar a ter riqueza, como o rico por meio da sua incapacidade e imprevidência, vir a tornar-se um pobre. Porém, o ser humano só pode gozar dos bens materiais durante sua permanência na Terra, enquanto que a riqueza moral, sentimentos nobres e ações beneficentes serão recompensados tanto na Terra como na Espiritualidade, para onde iremos um dia.
“A riqueza não pode e deve ser medida pelo dinheiro, mas por aquelas coisas que você não trocaria por dinheiro nenhum”.
Para mim (Jc), a riqueza significa a minha existência com saúde, a minha consciência em paz comigo mesmo meus familiares e a humanidade.
Agora eu pergunto: Você que leu o assunto abordado e todas estas respostas, o que representa para você a riqueza?
Fontes:
Internet
Evangelho de Jesus
“Evangelho Segundo o Espiritismo”
+ Acréscimos e modificações.

Jc.
São Luís, 11/8/2015
Refeito em 07/9/2017