Os
seres humanos em todas as latitudes da Terra guardam, habitualmente, o mesmo
padrão de atividade normal. Ou seja: Alimentam-se, vestem-se, descansam,
dormem, pensam, falam, gritam, procriam, indagam, pedem, reclamam, agitam-se, e,
muitas das vezes, usurpam a vitalidade dos reinos que se lhes revelam
inferiores. Mas, são poucos os que se lembram de fazer uma oração de
agradecimento e ensinar ou orientar aos filhos, ao menos, a serem agradecidos à
Providência Divina.
Os
pais têm a missão de ajudar o espírito que recebem como filho(a) a evoluir,
além de serem responsáveis pela integridade física dos pequenos. São os pais
que passam maior tempo com os filhos, além de serem as primeiras referências
para eles. Nesse processo que é educar, contar com o apoio é sempre muito
bom. Esse é um trabalho da Doutrina que
leva a mensagem aos espíritos em nova etapa reencarnatória.
Mas,
para que os resultados sejam atingidos, é preciso que os pais garantam a
presença dos filhos nas reuniões de estudo do Evangelho voltadas aos mais
jovens. É importante, também, que os temas espíritas sejam discutidos
principalmente em casa, quando da realização do “Culto do Evangelho no Lar”, em
uma linguagem que permita a participação e o entendimento das crianças. E mais
ainda, que os ensinamentos sejam exemplificados pelos mais velhos; pais, tios.
avós, etc.
Existem
jovens na Casa Espírita que você frequenta? Na maioria das Casas Espíritas não há público de jovens, o
que é preocupante por vários motivos:
1º-
O jovem que frequenta a instituição espírita pode ser o dirigente do amanhã,
que ajudará a Casa a se manter com as portas abertas, dando prosseguimento ao
trabalho de divulgação da Doutrina Espírita;
2º- Uma Casa Espírita que possui públicos de
todas as idades, da criança ao idoso, passando pelo jovem e adulto, tem um
ambiente mais propício à troca de experiências, onde todos saem ganhando;
3º- É na Casa Espírita que o jovem terá condições
de aprender os ensinos de Jesus,
sob a
ótica da Doutrina dos Espíritos,
podendo refletir, perguntar e praticar o que absorveu.
Feitas
estas reflexões, fica a pergunta: por que os jovens não estão frequentando
grande parte das Casas Espíritas?
Algo
muito comum entre os pais espíritas é afirmar que preferem respeitar o livre
arbítrio de seus filhos, deixando que eles escolham a filosofia/religião a
seguir, quando tiverem a idade para decidir. Porém, esquecem que é preciso ter
o conhecimento das opções existentes para poderem escolher de modo consciente.
Além disso, qual a diferença se a criança frequentar a Casa Espírita e, quando
crescer, decidir por outra opção ou nenhuma? Pelo menos o fará conscientemente.
Por
que os pais não pensam também em usar o livre arbítrio de seus filhos quando o
assunto é encaminhá-los para a escola; levá-los ao médico ou protegê-los dos
perigos? Eles sabem da importância de cada um desses itens para que cresçam bem
e saudáveis. Por que somente a
orientação religiosa que é muito mais importante, deve ficar para ser decidido
pelos filhos quando crescerem? Os ensinamentos doutrinários são também
igualmente importantes e, quando assimilados permitem que os filhos, como
espíritos reencarnados, tenham uma existência mais equilibrada por conta de
escolhas mais conscientes.
E
para aqueles pais que acreditam que conceitos tais como reencarnação,
comunicação dos espíritos e vida após a morte podem amedrontar os menores, a
experiência demonstra que, quando abordados de modo natural, são bem
compreendido e, no lugar do medo, há satisfação. É bem mais provável que
figuras como o diabo e o inferno causem muito maior temor.
“Tenho
mais de vinte anos de experiência nesse tema e ele me mostra que a mensagem
espírita é aceita perfeitamente pelas crianças e os jovens. E nós, começando
pelos pais espíritas, não temos o direito de negar esse precioso apoio a eles”,
afirma a jornalista espírita Martha Rios Guimarães.
Fonte:
Boletim “Meditando” –
2/2019
Escritora Martha
Guimarães
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Jc.
São Luís, 25/2/2019