segunda-feira, 16 de maio de 2016

FONTE VIVA




  Glorifiquemos   “Orar a nosso Pai e Deus; seja  dada glória para todo e sempre” – (Paulo aos Filipenses, 4:20)
Quando o barro se retirou da cerâmica, dizia sem palavras: - Bendito seja o fogo que me proporcionou a solidez.
Quando o arado se ausentou da forja, afirmava em silêncio: - Bendito seja o malho que me deu forma.
Quando a madeira aprimorada passou a brilhar no palácio, exclamou sem voz: - Bendita seja a lâmina que me cortou cruelmente, proporcionando-me a beleza.
Quando a seda luziu, formosa, no templo, asseverava no íntimo: - Bendita seja a feia lagarta que me deu vida.
Quando a flor se entreabriu, veludosa e sublime, agradeceu apressada: - Bendita a terra escura que me encheu de perfume.
Quando a enfermeira recuperou a saúde do paciente, gritou feliz:- Bendita seja a dor que trouxe a lição do equilíbrio.
Tudo é belo, tudo é grande, tudo é santificado por Deus. Agradeçamos a tempestade que renova a luta que aperfeiçoa o sofrimento que ilumina. Bendita a alvorada maravilhosa que no céu vem após a noite.
Que em todas as nossas dificuldades e sombras seja nosso Pai Celestial glorificado para sempre.
FRATERNIDADE   “Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos; se vos amardes uns aos outros”.   Jesus
Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado  diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulo de Jesus. Organizamos célebres concílios, formulamos atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus, da Alma, do Universo e da Vida.
Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não tinham nem podiam crer pela nossa fé. Disputamos a morte do divino Mestre pela espada mortífera e ateando o fogo devorador. Criamos as disputas religiosas.
Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios  e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista. Estimulamos insurreições que criaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à humanidade. Edificamos palácios e basílicas, famosas pela suntuosidade e beleza, pretendendo lhe reverenciar a memória, esquecidos de que Ele não possuía uma pedra onde repousar a cabeça. 
E, ainda hoje,  alimentamos a separação e a discórdia, criando trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da existência. Não nos faremos  titulares da Boa Nova simplesmente por atitudes exteriores... Precisamos sim, da cultura, da inteligência, da justiça que sustentam a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam a fraternidade; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras...
Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa no nosso íntimo. Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente... Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa. Aprendamos com humildade e servindo onde estivermos, recordando as palavras do Mestre que afirmou: “Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
OBREIRO SEM FÉ   “E eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”  -  (Tiago, 2:18)
Em todos os lugares, vemos o obreiro sem fé, espalhando a inquietação e o desânimo. Devota-se ele a determinado serviço de caridade e abandona-o, logo em seguida, murmurando: “Para quê? O mundo não presta”.
Compromete-se em deveres comuns e, sem qualquer mostra de persistência, se faz demissionário das suas obrigações, alegando: “Não nasci para o servilismo desonroso”. Aproxima-se da fé religiosa, para desfrutar-lhe os benefícios, entretanto, logo após, relega-a ao esquecimento, asseverando: “Tudo isso é mentira e complicação”. Se é convidado à posição de evidência, repete o velho estribilho: “Não mereço! Não quero!”  E transita de situação em situação, entre lamúria e indisciplina, com largo tempo para sentir-se perseguido e desconsiderado. Em toda parte, é o trabalhador que não termina o serviço por que se responsabilizou.
Não seja igual a ele; não se concentre na fé sem obras, que constitui embriaguez perigosa da alma, e não se consagre à ação, sem fé no Poder Divino e em seu próprio esforço. O servidor que confia na Lei da Vida reconhece que todos os patrimônios e glórias do Universo pertencem a Deus. Em vista disso, passa no mundo, sob a luz do entusiasmo e do trabalho no bem incessante, completando as pequenas e grandes tarefas que lhe competem, sem esmorecer e sem escravizar-se.
Revelemos a nossa fé, por intermédio das nossas obras, na felicidade comum e o Senhor conferirá à nossa existência o indefinível acréscimo de amor e sabedoria, saúde e beleza...
ALGUMA COISA   “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos”  -    Jesus
Quem sabe ler, não se esqueça de amparar aquele que ainda não se alfabetizou. Quem dispõe da palavra esclarecida, ajude ao irmão, ensinando-lhe a ciência da frase correta. Quem desfruta o equilíbrio orgânico não despreze a oportunidade de auxiliar o doente.
Quem conseguiu acender alguma luz de fé no próprio espírito, suporte com paciência o infeliz que ainda não tem a noção do Senhor, auxiliando-o a se desvencilhar das trevas.
Quem possui recurso de trabalho, não olvide o irmão carente, oferecendo-lhe uma atividade digna.
Quem estime a prática da caridade, compadeça-se das almas endurecidas, beneficiando-as com algo disponível ou com as vibrações de uma prece.
Quem seja detentor da bondade não recuse assistência aos maus, uma vez que a maldade resulta da revolta ou da ignorância.  Quem estiver em paz, ajude os desesperados.
Asseverou o Senhor que os sãos não precisam de médico, mas sim os enfermos.  A existência não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, em benefício de ti mesmo, por isso, não deixes de fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.
SIRVAMOS   “Servindo de boa vontade ao Senhor, e não aos homens”  -  Paulo (Efésios, 6:7)
Se legislas, mais não aplicas a Lei, segundo os desígnios do Senhor, que considera as necessidades de todos, caminhas entre perigosos abismos, em virtude de tuas criações indébitas, sem recolheres os benefícios de tua missão na ordem coletiva.
Se administras,  mas não observas os interesses do Senhor, na posição de mordomo da vida, em caprichos escusos, ameaças o coração sem desfrutares as bênçãos da função pública.
Se julgas os semelhantes e não te inspiras no Senhor, que conhece todas as particularidades dos processos, vives na possibilidade de cair na mesma senda a que se acolhem os que não recebem a Justiça que conservas em tua inteligência.
Se trabalhas na cor ou no mármore, na melodia ou no verbo, sem traduzires em tuas obras a correção, o amor e a luz do Senhor, guarda a responsabilidade de quem cria imagens delituosas, perdendo, em vão, a glória que te enriquece os sentimentos.
Se fostes  chamado à obediência no mundo sem o espírito de compreensão com o Senhor, vives entre os fantasmas da indisciplina e do desânimo, sem desenvolver o talento que repousa em tuas mãos. A passagem na Terra é aprendizado sublime e o trabalho é sempre o instrutor do aperfeiçoamento. Sirvamos, em qualquer parte, de boa vontade, como ao Senhor, e o Senhor nos conduzirá para os cimos da existência.
SE SOUBÉSSEMOS   “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.    -    Jesus
Se o homicida  conhecesse,  de  antemão,  o  tributo de  dor  e sofrimento  que a  existência lhe cobrará, no reajuste  do  seu destino preferiria não ter braços para desferir qualquer golpe.
Se o caluniador pudesse eliminar a crosta de sombra que lhe enlouquece a razão, observando o sofrimento que o espera no acerto de contas com a verdade, paralisaria as cordas vocais ou imobilizaria a penas, a fim de não se confiar à acusação descabida.
Se o desertor do bem conseguisse enxergar as perigosas ciladas com que as trevas lhe furtarão o contentamento da existência, se deteria feliz, sob as algemas santificantes dos mais pesados deveres.
Se o ingrato percebesse o fel de amargura que lhe invadirá, mais tarde, o coração, não praticaria o delito da indiferença.
 Se o egoísta contemplasse a solidão infernal que o aguarda,  nunca se afastaria da prática da fraternidade e da cooperação.
Se o glutão enxergasse os desequilíbrios para os quais encaminha o próprio corpo, apressando a marcha para a morte,  renderia culto invariável à frugalidade e à harmonia.
Se soubéssemos quão terrível é o resultado de nosso desrespeito às leis divinas, jamais nos afastaríamos do caminho reto. Em verdade, quantos se rendem às sugestões perturbadoras do mal, não sabem o que fazem.
TENHAMOS FÉ   “... Vou preparar-vos lugar”.   -   Jesus
Sabia o Mestre que, até a construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem na pregação viveriam na condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas, todavia,  “sem lugar” adequado aos sublimes ideais  que entesouram. Efetivamente, o cristão leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:
Por destoar, quase sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a descaridosa opinião de muitos:
Se exercita a caridade, é sempre tido à conta de exibido.                       Se adota a existência simples, é acusado de relaxamento.       Se busca ser bondoso, é categorizado por tolo.                         Se administra dignamente, é julgado orgulhoso.                       Se obedece a tudo que é justo, é considerado servil.                       Se usa sempre de tolerância, é visto como incompetente.                         Se  trabalha  devotado, é interpretado por vaidoso.                   Se procura melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço das boas obras ou das preleções consoladoras, é indicado por fingido.
Se tenta ajudar o próximo, com o seu gesto de bondade muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos seus
interesses próprios...
Apesar de semelhantes conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo em nome do Senhor. Continuemos, pois, trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores distanciados do verdadeiro lar.
“Há muitas moradas na casa do Pai”.  E Jesus segue servindo, adiante de nós.
DIANTE DO SENHOR  -  “Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra”.   Jesus
A linguagem de Jesus sempre se afigurou a muitos aprendizes, estranha e indecifrável.
Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.  Emprestar sem exigir retribuição. Desculpar incessantemente.  Ajudar ao próximo.
Muitas pessoas escutam a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos. Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental nas coisas terrenas. Creem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e a aplicação das Leis Divinas. A preocupação das posses terrenas lhes absorve a existência.
Reclamam o ouro, o pão, o linho, o prazer dos sentidos, a saúde, a felicidade e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples e modesto usufrutuário das coisas do mundo em que se encontram, e nunca refletem na transitoriedade de todos os bens materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar  adequado clima de trabalho na caridade, para engrandecimento do espírito eterno.
Percebem, mas não ouvem; informam-se, mas não entendem. Conservam, às vezes, enorme potencial de bondade, contudo, a mente vive empenhada no jogo das posses terrenas. Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assimilar a palavra do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração e a mente vazio de resíduos da Terra, para poder receber em espírito e verdade, a palavra divina...
AVANCEMOS  “Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja ainda
alcançado  a perfeição;  esqueço-me das coisas que atrás ficam, avanço para as que estão diante de mim”.   -  Paulo
Na estrada cristã, somos defrontados por grande número de irmãos que se aquietaram á sombra da improdutividade e se declarando acidentados por desastres espirituais. É  alguém que chora a perda de um parente querido; é o trabalhador que se viu dilacerado pela incompreensão de um amigo; é o missionário que se imobiliza em face de uma calúnia; é alguém que lastima a deserção de um companheiro da boa luta; é o operário do bem que clama contra a fuga da companheira que não lhe percebeu a dedicação afetiva; é o idealista que espera uma fortuna para dar início às realizações que lhe competem.
Perdem precioso tempo em palavras ferinas enegrecendo  as intenções dos outros; queixam-se de tudo e de todos. Espalham emanações de má-fé, estendendo o desânimo e a desconfiança contra a prosperidade do irmão que pratica o bem, procurando aniquilar os frutos da caridade. Semelhantes aprendizes, profundamente desventurados pela conduta a que se acolhem, afiguram-se, de fato, a sepultos abertos...
Quando te desviares para o terreno das lamentações e das acusações, quase sempre indébitas, reconsidera as tuas palavras e recorda que a nossa fala deve ser consagrada ao bem, pois só assim se expressará por ela, o verbo do Senhor...
ESTÍMULO FRATERNAL  “O meu Deus suprirá todas as nossas necessidades em glória a Jesus”   -   Paulo
Não te julgues sozinho na luta, por q        uê o Senhor suprirá  todas as  nossas  necessidades. Ergue teus olhos para o alto  e,  de quando em quando contempla a retaguarda. Se te encontras em posição de servir, ajuda sempre que possível. Recorda o irmão que se encontra sem recursos, na indigência; no irmão que ouve o soluço dos filhinhos, sem poder enxugar-lhes o pranto; observas o enfermo que as circunstâncias levaram ao leito do lar; pensas nos corações de mãe, torturados pela escassez de harmonia e pão no santuário doméstico; interrompe o passo apressado  a fim de auxiliares o cego que tateia no escuro. É possível que ao presenciares esses sofredores, endereça a eles um olhar de simpatia e uma oração, e certamente, a tua dor venha a desaparecer.
Quando conseguires superar as tuas aflições, ao criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres a fim de improvisar a tua ventura. Que a tristeza e a enfermidade nunca te impeçam a jornada; sejas o anjo de fraternidade para os que se encontram dominados pela aflição, ignorância e padecimentos. Quando plantares a alegria nos corações que te cercam, as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão a jornada terrena.
ESTÁS DOENTE?   “E a oração com fé salvará o doente, e o Senhor o levantará”    -   Tiago
Todas as criaturas humanas adoecem, entretanto, são raros os que cogitam da cura real.  Se te encontras enfermo, não acredites que somente a ação medicamentosa, através da boca te possa restaurar integralmente. O comprimido ajuda, a injeção melhora, porém, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração. A mente é fonte criadora. De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?
Outras vezes, pedes o socorro de médicos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade. Como ter a saúde, se perde longas horas na posição de cólera ou do desânimo? A indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis. Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico se não sabes calar, agradecer nem se humildar para aceitar os desígnios superiores e nem procuras se harmonizar.
Se estás doente, acima de qualquer medicamento, aprende a se resignar, entender  e iluminar a mente e o coração, convicto de que, se cultivas a oração com fé e tendo merecimento, aqui ou ali o Senhor te amparará.
NÃO TE CANSES   “Não nos cansemos de fazer o bem, pois a seu tempo ceifaremos”.    -    Paulo
Quando o buril começou a trabalhar o bloco de mármore bruto, a pedra em desespero,  clamou contra o próprio destino, mas, depois, ao se perceber admirada, encarnando uma peça artística do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara. A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia a massa feia em que se amargurava converteu-se em uma graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o voo feliz. O ferro rubro, colocado na bigorna espantou-se e sofreu inconformado; todavia, quando se viu desempenhando importante função nas máquinas do progresso, sorriu para o fogo que o purificara e o engrandecera. A semente lançada na cova escura chorou atormentada, e indagou por que motivo era levada, assim, ao extremo abandono; entretanto, vendo-se transformada em árvore, avançou para o Sol e fez-se generosa  e respeitada, abençoando a terra que a isolara no seu seio.
Quem hoje não te compreende a boa vontade, amanhã te louvará o esforço e o devotamento. Não olvides que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita, se continuares perseverando entre a labuta o suor e a confiança, sem desistir...
DIANTE DA MULTIDÃO   “E Jesus vendo a multidão, subiu a um monte”.   -    Mateus, 5:1
O procedimento dos homens cultos para com o povo experimentará elevação crescente à medida que o Evangelho se estenda nos seus corações. Infelizmente, até hoje, a multidão não tem encontrado, nesses homens o tratamento  a que faz jus. Muitos sobem ao monte da autoridade e da fortuna, da inteligência e do poder, mas simplesmente para humilhá-la ou esquecê-la depois. Sacerdotes inúmeros enriquecem-se do saber e buscam subjugá-la ao seu prazer. Políticos astuciosos lhe exploram as paixões sempre em proveito próprio. Tiranos disfarçados em condutores lhe envenenam a alma e arrojam-na ao despenhadeiro da destruição, à maneira dos algozes de rebanho que conduzem as reses ao matadouro. Juízes menos preparados para a dignidade das funções que exercem, lavram sentenças por estarem confundidos no raciocínio. Assim também os administradores menos escrupulosos criam efeitos contrários ao progresso.
Em todos os tempos, vemos o trabalho dos legítimos missionários do bem prejudicados pela ignorância e má fé que cria perturbações e dificuldades para o povo no sentido do progresso.  Ajudemos o povo a pensar, a crescer e aprimorar-se, auxiliando a todos para que todos se beneficiem e se elevem, tanto quando nós desejamos melhoria e prosperidade para nós mesmos, que constitui o bem estar.
Em todo lugar movimentam-se milhares de seres humanos em posição inferior à nossa. Estendamos os braços, alonguemos a fraternidade, irradiemos o coração no entendimento de ajuda-las sem exigir condições. Vendo a multidão, Jesus sobe ao monte. Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai nosso”, está reconhecendo não somente a Paternidade de Deus, mas aceitando por sua família a Humanidade inteira...
NA OBRA DA SALVAÇÃO   “Porque Deus nos tem designado para a aquisição da salvação”.      -    Paulo
Por que não somos compreendidos? Por que motivo á solidão nos invade a existência? Por que razão as dificuldades nos cerca? Por que tanta sombra e tanta aspereza em torno de nossa jornada e de nossos passos?
E a cada pergunta, feita de nós para nós mesmos, seguem-se comumente, o desespero  e a não conformação, reclamando, sob os raios mortíferos da cólera, as vantagens de que nos sentimos credores. Declaramo-nos decepcionados com a nossa família, desamparados pelos nossos companheiros,  incompreendidos pelos nosso amigos e até perseguidos por nossos irmãos.
A intranquilidade mental carreia para nosso íntimo os espinhos do desencanto e os desequilíbrios orgânicos, transformando a nossa existência num rosário de queixas preguiçosas e enfermiças. Isso acontece porque não fomos designados pelo Senhor para o despenhadeiro da ira, mas para a obra da evolução. Ninguém restaura um serviço sob as trevas da desordem. Ninguém sai ferindo sistematicamente pelo simples prazer de dilacerar. Ninguém abençoará as tarefas do dia, se amaldiçoá-las, ao mesmo tempo. Ninguém pode ser ao mesmo tempo amigo e inimigo.
Se, temos conhecimento do Evangelho, preparemo-nos para auxiliar infinitamente... A Terra é a nossa escola e a nossa oficina de trabalho. A Humanidade é a nossa família. Cada dia é a oportunidade de aprender, ensinar e auxiliar o nosso próximo. Por mais difícil seja a nossa situação, sempre haverá muitos outros em pior situação que esperam agirmos no abençoado serviço de salvação a que o Senhor nos convocou...  Estamos sempre em qualquer situação, acima de muitos outros e também abaixo de outros mais. Aqui estamos nesta existência para trabalhar pela nossa evolução, e para isso é necessário que pratiquemos a fraternidade, a caridade, a simplicidade, a humildade,  nas nossas ações cotidianas, como verdadeiros e fieis seguidores de Jesus, que nos ensinou e exemplificou essas virtudes, para a nossa ascensão espiritual ao Reino de Deus...

Fonte:
Livro “Fonte Viva”
Ditado pelo Espírito de Emmanuel
Psicografia  de Chico Xavier
+ Pequenas modificações e acréscimos.

Jc.
São Luís, 10/4/2016