sexta-feira, 3 de agosto de 2012

BRASIL, PÁTRIA DO EVANGELHO

BRASIL, PÁTRIA DO EVANGELHO Quando o sol irrompeu, generoso, naquele dia, em bela manhã de oito de abril de 1500, inundando de luz a embocadura do rio Tejo, em Portugal, D. Manuel I deleitava-se com uma Lisboa engalanada e possuída por febril expectativa. A descoberta do caminho para as Índias tinha sido o motivo feliz. Urgia assegurar-se o comércio das especiarias e a esquadra de D. Manuel estava preparada para essa missão, pilotada por homens de larga experiência, como Bartolomeu Dias, seu irmão Diogo, Afonso Lopes e outros, tendo na parte espiritual o franciscano D. Henrique Soares, que tinha sob sua obediência outros seis frades, um vigário e oito capelães. Para capitão-mor, como chefe supremo da expedição, fora escolhido o senhor Pedro Álvares Cabral, natural de Belmonte. Lisboa inteira estava presente porque o monarca queria que essa expedição fosse marcada por muita pompa. A multidão acotovelava-se na praia para as despedidas e as lágrimas eram muitas porque as viagens oceânicas constituíam-se, na época, uma viagem de ida e talvez sem volta. Convidado do rei D. Manoel, Cabral toma assento ao seu lado. Ao sermão pronunciado pelo bispo D. Diogo Ortiz, seguiu-se a benção do lábaro (bandeira) da Ordem do Cristo, que entregue ao rei D.Manuel, foi repassada para as mãos de Cabral. A seguir o rei entregou ao capitão-mor o barrete vermelho que é usado por bispos e cardeais, que fora bento pelo papa. Assim, quando foram içadas as velas das naus, ostentando as enormes cruzes vermelhas da Ordem do Cristo, a multidão foi tomada de entusiasmo diante do belo espetáculo. A esquadra então ultrapassou o rio Tejo e, afrontando o Oceano seguiu viagem. Como os ventos estavam fracos, Pedro Álvares Cabral rumou para o sudeste. Os portugueses possuíam seguros indícios da existência de terras ao ocidente, de acordo com Vasco da Gama, que anotara á presença de aves marinhas que sobrevoando os navios, rumavam para oeste. Humberto de Campos (espírito) em seu livro “Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, assim disse: “No oceano imenso, o capitão-mor considera a possibilidade de levar a sua bandeira às terras desconhecidas do hemisfério sul, seguindo o plano elaborado no plano espiritual. As falanges de navegadores espirituais do Cristo se desdobram em guiar as caravelas embandeiradas. As noites de Cabral são povoadas de sonhos sobrenaturais e as caravelas ao impulso de uma orientação maior, abandonam os caminhos da índia.” E assim, foram seguindo o caminho pelo mar longo, até a terça-feira das oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril. Topamos alguns sinais de terra, estando da dita ilha, segundo os pilotos diziam, a distância de 660 léguas. Na quarta-feira, pela manhã, topamos aves a que chamam “fura-buchos”. Neste mesmo dia, a horas da tarde, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixos ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto, o capitão pôs o nome de “Monte Pascoal, e a terra o nome de “Terra de Vera Cruz.” Eis aí um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, que anuncia o encontro das terras brasileiras, ao rei de Portugal”. Chama-nos a atenção o fato de ter acontecido na Páscoa, quando se comemora a ressurreição de Jesus. Se a humanidade, àquela época, era ignorante das verdades do espírito, o Evangelho do Cristo, em nosso entendimento ainda estava vinculado ao materialismo. Na Europa vivia-se o mandonismo religioso. Escreve o espírito de Emmanuel, por intermédio de Chico Xavier, esse acontecimento: “O Cristo localiza, então na América, as suas fecundas esperanças. O século XVI alvorece com a descoberta do novo continente, sem que os europeus compreendessem, na época, a importância de semelhante acontecimento. Nesse campo de novas e regeneradoras lutas, todos os espíritos de boa-vontade poderiam trabalhar pelo advento da fraternidade e da paz do futuro humano; e foi por isso que, laborando para os séculos vindouros, os mensageiros do Cristo definiram o papel de cada região no continente; localizando o cérebro da nova civilização, no ponto onde hoje se encontra localizado os Estados Unidos da América do Norte, e o coração nas terras fartas e acolhedoras onde está localizado o Brasil, na América do Sul. O primeiro, com os poderes materiais; o segundo, possui as primícias dos poderes espirituais, destinados à civilização planetária do futuro”, conforme psicografia de Chico Xavier no livro “A Caminho da Luz”. Determinou então o Cristo que a árvore do seu Evangelho deveria ser transplantada, no tempo próprio, para a nova terra, cuja conformação geográfica foi logo estabelecida, com a forma simbólica de um coração; assinalando em seguida: “A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopéia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. Acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante, estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os espíritos.” Ao Brasil é então destinada a missão de ser “O Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho”, no dizer de Humberto de Campos. À primeira vista, parece imprópria a expressão “Coração do mundo e pátria do Evangelho”, empregada pela espiritualidade para referir-se à tarefa de nosso país, no concerto dos povos. Afinal, conhecemos as dificuldades que têm assinalado a vida da nossa nação. É necessário, entretanto, observarmos também algumas características que, ao longo do tempo, se desenvolveram entre nós, marcando fortemente nossa coletividade. Seguindo as orientações precisas do Mestre, cumpria-se a implantação das bem-aventuranças no solo escolhido. Aos puros de coração, personificados pelos indígenas da terra, juntaram-se também com o descobrimento, os sequiosos de justiça, representados pelos degredados portugueses, e, mais tarde, vieram se juntar a estes, especialmente selecionados na África, os negros escravizados, representando os humildes. Estes três elementos, física e originariamente tão diversos, se constituíram na base de uma etnia nova com características únicas, diversa de qualquer outra da face da terra, mas tão receptiva e amável que convive harmoniosamente com todas as demais raças, tal a sua índole, igualmente única. Somos hoje uma nação multirracional; convivemos com liberdade e fraternidade, com portugueses, italianos, espanhóis, japoneses, chineses, alemães, franceses, judeus, árabes, russos, palestinos e muitas outras nacionalidades. Vivemos muito bem e com harmonia com os povos de todas as partes do planeta, que aqui se estabeleceram, superando até as diferenças conflituosas entre eles, existentes nos países de origem. A mistura de raças do povo brasileiro, originada dos puros de coração, dos sequiosos de justiça e dos humildes, deu origem a uma atitude de não rejeição e até de acolhimento daquilo que “não é nosso”, ou daquele que “não é um de nós”. A ausência de guerra proporcionou a formação de uma cultura de paz; a solidariedade presente nas relações com nossos visinhos, tem sido facilmente observada por estrangeiros que nos visitam e admiram esse fato; numerosas obras sociais, sobretudo de inspiração religiosa, atestam o ideal de fraternidade; a mediunidade que realizou e continua a realizar uma grandiosa obra, beneficiando não apenas nós mais também outros povos aqui radicados; tudo isso atesta a missão destinada ao Brasil. Ainda atencioso para com nossas necessidades, Jesus prometeu um novo Consolador, dizendo:” Pedirei ao Pai e Ele vos enviará outro Consolador.” Jesus indica claramente que esse Consolador não seria Ele, pois do contrário teria dito: “Voltarei a completar o que vos tenho ensinado.” Não disse tal, como acrescentou: “A fim de que fique eternamente convosco, e ele estará em vós.” Assim dizendo, Jesus não se referia a uma individualidade encarnada, visto que não poderia ficar eternamente conosco, nem estar em nós; fazia Ele referência a uma doutrina, que, com efeito, quando a tenhamos assimilado, poderá estar eternamente em nós. Portanto, pelo que foi dito, o Consolador é segundo o pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina consoladora, cujo inspirador é o Espírito de Verdade. A Doutrina dos Espíritos comprova todas as condições do Consolador que Jesus prometeu. Não é uma doutrina individual, nem de concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É fruto do ensino de muitos Espíritos Superiores, ensino esse presidido pelo Espírito de Verdade. Ela nada suprime do Evangelho; pelo contrário, complemente, e elucida os ensinamentos. Com o auxílio das novas leis que revela e às leis que a Ciência já descobrira, faz que se compreenda o que era antes ininteligível e considerado inadmissível. Teve precursores e profetas que lhe anunciaram a vinda. Pela sua força moralizadora, ela prepara o reinado do bem na Terra. A doutrina de Moisés incompleta ficou circunscrita ao povo judeu; a de Jesus, mais completa, se espalhou por quase toda a Terra, mediante o Cristianismo, mas não converteu a todos; a Doutrina dos Espíritos, ainda mais completa, com raízes nas crenças, converterá a Humanidade, conforme diz a “A Gênese”, nas páginas 387 e 388. A unidade se fará em religião, como já tende, por meio da globalização, a fazer-se socialmente, politicamente, comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem. Pressente-se essa unidade e todos a desejam, para que se estreitem os laços de fraternidade entre as nações e os povos. Havia já três séculos que muitos sábios de primeira grandeza, como Comenius e Descartes, se preocupavam com a criação de uma língua internacional para uso de todos os povos, e chegavam a idealizá-la muito bem: deveria ser neutra, para não despertar ciúmes nacionais; ser tão fácil que todos pudessem aprendê-la facilmente. Quando chegou o momento marcado no cronômetro do Altíssimo, surgiu o Esperanto, que vem crescendo rapidamente. O Esperanto não é uma língua estrangeira como o inglês, o chinês ou o russo; é a língua neutra e comum a todos. As línguas nacionais dividem os povos, formando a torre de Babel da lenda bíblica. O Esperanto, ao contrário, une os povos em uma família mundial; por isso os Guias Espirituais nos recomendam o cultivo e a divulgação do Esperanto. Pela graça de Deus, essa língua já é oficial na O.N.U. e também já temos nossos livros espíritas publicados em Esperanto, que estão iniciando sua missão no mundo, de realizar a unidade religiosa, porque seus fenômenos e seus ensinamentos são universais e eternos. Isso pode demorar ainda um pouco, devido á resistência em muitos paises, mas o tempo não importa perante a eternidade. O livro espírita em Esperanto é lido por idealistas de todos os paises e facilmente traduzidos para outras línguas, sendo a língua-ponte para os demais idiomas de todas as partes do mundo. Temos então a Doutrina dos Espíritos, que veio nos libertar do Mar Tenebroso do materialismo. Veio nos trazer, através das comunicações dos espíritos, os sinais precursores do Mundo Espiritual tal como os pássaros e as folhagens deram notícia do Novo Mundo à esquadra de Cabral. O novo ensinamento veio até o Brasil e aqui criou raízes. No dizer dos católicos, o Brasil é o maior país católico; nós espíritas dizemos que ele é muito mais; é também o maior país espírita, pátria do Evangelho, de onde se irradia a Luz Divina para todo o mundo. Isto seria para nós motivo de alegria? Acreditamos que se trata de imensa responsabilidade para nós. Aqui se encontram os “poderes espirituais”, delegados pelo Mestre, que deve nortear a Humanidade do futuro. Somos os novos navegadores, singrando mares revoltos com a responsabilidade de apresentar ao Mundo a realidade espiritual. Pela filosofia, mostramos racionalmente a existência do Plano Espiritual; pela Ciência, demonstramos a sua existência; pela Religião, buscamos nos religar ao Criador e aos nossos irmãos de todas as partes do globo, comprovando o intercâmbio dos dois planos de vida. Bezerra de Menezes, conhecido como o “médico dos pobres”, grande vulto espírita brasileiro, nos oferece bela mensagem sobre o assunto, dizendo: “Irmãos, prossegue o Brasil na sua missão histórica de “Pátria do Evangelho” colocado como “Coração do Mundo”. Nem a tempestade de pessimismo que assola nem a vaga de dúvida que açoita os corações, impedirão que se consume o vaticínio da Espiritualidade quanto ao seu destino espiritual. Apesar dos graves problemas que nos compromete em relação ao futuro, o Brasil será o coração espiritual da Humanidade, Não se tenha em mente a construção de uma sociedade, que se celebrize pelos triunfos do mundo, caracterizando-se como primeiro no concerto das nações. Sem dúvida, os fatores de desrespeito à consciência nacional, e a maneira incorreta com que atuam alguns homens públicos, nas posições relevantes, e representativas do País, fazem que vejamos o Brasil, momentaneamente em situação de derrocada irreversível. Tenha-se, porém, em mente que vivemos uma hora de enfermidades graves na Terra, na qual, o vírus da descrença gera as doenças de sofrimento individual e coletivo, chamando o ser humano a novas reflexões. A História sempre se repete !... As grandes nações do passado, que escravizaram o mundo, não se furtaram à derrocada dos seus impérios, ao fracasso dos seus propósitos e ambições; assírios, babilônicos, egípcios e persas, ficaram reduzidos a pó e seus monumentos açoitados pelos ventos, guardam as marcas da falência, das glórias do que foram um dia... Somente Jesus, de braços abertos, converteu-se em amparo perene para a Humanidade de todos os tempos. O Brasil recebeu das Suas mãos, pelo Espírito de Verdade, a missão de implantar no seu solo, a libertação das consciências, de onde o amor alçará o vôo para abraçar as nações cansadas de guerras, os povos trucidados pela violência, os corações vencidos nas pelejas da dominação, as mentes cansadas de negar, apontando o rumo novo para que restaurem o coração, a esperança, a fé e a coragem para a luta de redenção. Permaneçam confiantes os espíritas do Brasil, na missão espiritual, silenciando o pessimismo, e não colocando o combustível da descrença, nem das informações negativas, nas labaredas deste final de tempos. Jesus confia em nós e espera que cumpramos com nosso dever de divulgar o seu Evangelho vivo e atuante, no espírito da Codificação Espírita. Consideremos a advertência de Jesus, quando disse: “Os primeiros serão os últimos, e estes serão os primeiros.” Ser espírita é viver religiosamente em toda a intensidade do compromisso, caindo e levantando, retificando os passos e prosseguindo fiel em favor de si mesmo e da Era do Espírito que se aproxima. Chamado para essa luta que começa na consciência e se exterioriza no lar, no grupo social, na Pátria, em direção ao mundo, lutai para serdes escolhidos. Perseverai para receberdes a condição de servidores fieis. Jesus, que prossegue para muitos dos nossos irmãos de outras crenças, crucificado e sendo vendido, é livre em nossos corações, caminha pelos nossos pés, afaga com nossas mãos, fala por nossas elevadas palavras, e só vê belezas pelos nossos olhos. Trabalhemos pela melhora que já se aproxima, divulgando a Doutrina dos Espíritos Libertador, com o nosso exemplo, onde quer que nos encontremos, sem fanatismo, sem a covardia que teme revelar a verdade da nossa condição de espírita, com medo de sofrer a chacota ou ficar mal colocado no grupo social. O Brasil prossegue com a sua missão histórica, como Pátria do Evangelho e Coração do Mundo, mesmo com a descrença de muitas pessoas que tentam diminuí-lo, em nome de ideologias materialistas e interesses mercantilistas. “Que nos ampare Jesus, o Amigo de ontem, que já era antes de nós; o benfeitor de hoje, que permanece conosco e nos convida a participar do Seu banquete, que nos dará a Paz e a Felicidade”, finaliza Bezerra de Menezes. Nesta passagem dos 512 anos do Brasil, vamos refletir sobre o trabalho que nos compete, sobre as dificuldades e os problemas; identificar, diagnosticar os erros e acertos e procurar as soluções. A nós Espíritas, cabe ainda uma reflexão maior; A Lei de Causa e Efeito. Sabemos que apenas com a educação moral é que formaremos uma nova sociedade e construiremos um mundo mais próximo da Lei Divina. Por isso, nossa missão é a de Evangelizar. Somente através da evangelização, do exemplo digno em família, em nosso ambiente de trabalho, em nossas casas espíritas e onde quer que estejamos, faremos o Brasil e a Humanidade melhor. Que a Paz do Senhor esteja em nossos corações. Jc. 21/05/2000 Refeito em 2/08/2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A CLONAGEM NA VISÃO ESPÍRITA

A CLONAGEM, NA VISÃO ESPÍRITA O século XX ficará marcado na memória da Humanidade, como a época em que o homem descobriu, entre outras conquistas notáveis, que pode fazer cópias fiéis dos seres à sua volta. A questão agora é saber se será feito também com o ser humano. Caso futuramente se concretize esta possibilidade, o que acontecerá ao Espírito? Saberá a Humanidade utilizar esse processo na conquista para o bem? Qual a orientação da Espiritualidade Superior sobre o assunto? Primeiramente, a clonagem fará a Ciência descobrir o Espírito. O surgimento da tecnologia para a clonagem humana deverá vir junto com a descoberta do mundo espiritual pela Ciência. “Não se conseguirá clonar um ser humano em dez anos. Vai demorar mais tempo, porque existem impedimentos éticos e legais que atravancam os experimentos. Com animais tudo é mais simples, o que não acontece com o gênero humano que é muito mais complexo.” O autor dessas previsões é o médico e mestrado da Universidade de São Paulo, Sérgio Felipe de Oliveira. Para ele, essas experiências possibilitarão maiores certezas de que a Espiritualidade existe. Quando se fizer a clonagem humana e constatar-se o nascimento de dois seres diferentes, embora com carga genética igual, as indagações exigirão respostas convincentes. Perguntar-se-á: O que está por trás dessas diferenças? O clone, em termos científicos, é um objeto fisicamente copiado de outro, igual a uma xérox. Clonar é fazer cópia. Esse princípio sempre existiu na natureza e é um fenômeno até bem conhecido por nós. Quando fincamos um ramo de alguma planta na terra, para fazer uma nova muda, estamos fazendo uma clonagem, ou seja, uma reprodução de uma espécie. A clonagem é uma reprodução onde não ocorre a união de gametas de sexos diferentes: uma célula pode formar todo um ser completo, mantendo a constituição genética do ser original. O caso de gêmeos monozigóticos é considerado um fenômeno de clonagem, uma vez que, após a fecundação de um único óvulo por um espermatozóide, houve uma divisão mitótica (divisão igual) do ovo e separação subseqüente em duas, três ou mais células. Cada célula separada dará origem a uma criança, e todas com o mesmo genótipo, ou seja, com características genéticas iguais. Em cada criança de uma gestação de gêmeos, reencarnará um espírito diferente. Consequentemente, haverá corpos iguais, porém espíritos diferentes em cada corpo. Por isso, se as crianças gêmeas monozigóticas são fisicamente semelhantes, terão, entretanto, personalidades bem diferentes, uma da outra, porquanto a personalidade é um atributo do espírito durante uma reencarnação. Uma vez que é quase impossível termos espíritos iguais em evolução, podemos concluir que não teremos pessoas iguais, mesmo tendo quase sempre corpos iguais. Ora, se a natureza já faz uso da clonagem, isso é um fenômeno natural. E se é natural, é de ordem divina. Quando o ser humano de ciência utiliza as leis naturais para construir os alicerces do conhecimento humano, está lançando mão do princípio divino da inteligência, para desvendar os segredos da natureza. O bom uso desse conhecimento fará a diferença entre o bem e o mal. O fato é que a Humanidade, em sua maioria, está suficientemente evoluída para absorver um novo conhecimento, e, dele fazer bom uso. A Espiritualidade que governa o planeta permite que ele seja descoberto pelos homens de ciência. Emmanuel nos esclarece quando diz: “A Espiritualidade inspira e acompanha os progressos da Ciência e os pesquisadores não conseguem realizar o que não tem apoio nos laboratórios do Infinito...” Podemos disso interpretar que, quando um experimento científico é de êxito, nos laboratórios da Terra, é porque foi aprovada a sua manifestação entre nós, pela Espiritualidade Superior. No caso contrário, se os dirigentes espirituais avaliam que ainda não temos suficiente evolução para fazer bom uso de um conhecimento, os experimentos terrestres não têm sucesso. Assim sendo, se os experimentos da técnica da clonagem foram coroados de sucesso em laboratórios terrenos (caso da ovelha Dolly), houve a aprovação superior e temos a responsabilidade de fazer bom uso desses conhecimentos. Ainda sobre o assunto, a revista “Isto É” de l6/12/1998, publica uma reportagem sobre Biologia, em que declara ter cientistas japoneses conseguidos clonar vacas leiteiras. A notícia soou como um “pote de ouro” para os criadores de gado. É a terceira vez que uma espécie de mamífero é duplicada geneticamente, depois da ovelha Dolly e de alguns ratos. Daqui pra frente, produtores de carne e leite de vacas poderão reproduzir cópias perfeitas das melhores raças existentes nos pastos de todo o mundo. A clonagem bovina foi dirigida pelo cientista Yukio Tsunoda, da Universidade de Kinki, em Nara, Japão. “Isso significa que a tecnologia pode ser desenvolvida e usada quando quisermos, e logo vai estar na indústria biomédica e pecuária.”, disse ele. Gina Kolata, jornalista do New York Times, diz em artigo que “é cada vez mais difícil duvidar que dentro de mais alguns anos, um ser humano possa ser clonado.” Por enquanto as técnicas de clonagem de animais ainda estão no início. Tudo, entretanto é questão de tempo e ajuste nos procedimentos experimentais. Hoje, ainda para termos um filho é preciso que, por processos naturais (união sexual) ou laboratoriais (reprodução assistida), o óvulo feminino seja fecundado pelo gameta masculino; o produto formado, chamado embrião, é colocado e se desenvolve dentro de um útero materno até sua completa formação biológica, quando então, se dará o seu nascimento. Nasce uma criança possuindo as características genéticas do pai e da mãe. Dentro de mais alguns anos, com o avanço do processo da clonagem, o nascimento de um filho poderá não ser mais necessário um dos sexos envolvidos na geração de um filho como hoje. Exemplifiquemos: Uma mulher vai a um laboratório de clonagem, retira uma só célula de seu corpo, que será processada pelo laboratório de modo que ela se torne uma célula embrionária. Será então colocada no útero dessa mulher e se desenvolverá como uma gravidez normal. A criança nascerá somente com a carga genética da mãe e será uma cópia fiel fisicamente. Mãe e filha terão corpos semelhantes, porém espíritos diferentes; pois se há possibilidade do ser humano fazer clones de corpos, nunca lhe será possível clonar um espírito. Esse é único, criado por Deus, sem possibilidade de cópias. Por outro lado, se for um homem que quiser ter um filho-clone, dele também será retirado uma só célula, e então após ser processada num laboratório, terá que conseguir uma mulher para lhe ceder o útero para a rotina do desenvolvimento embrionário, para depois dar à luz um filho com as características iguais às do pai, somente dele, sem nenhuma carga genética da mãe de aluguel. Reafirmamos: Tal pai, tal filho, apenas no corpo físico, pois os espíritos serão diferentes. Vimos que ainda é necessário o útero de uma mulher para que o nascimento de uma criança se realize. Já se falou até que o útero da mulher é a porta da esperança de espíritos endividados com a Justiça Divina, que necessitam reencarnar. No entanto, até esse fato a Ciência está cuidando de modificar. Os laboratórios científicos terrestres estão construindo o útero mecânico, a exemplo do que já é feito com outros órgãos. É claro que isso ainda está em fase de experimentação. Tudo isso parece filme de ficção científica; entretanto não o é. Os fatos comprovam essa realidade com a ovelha Dolly, a vaca leiteira, que nasceram de um processo um pouco semelhante. As diferenças de técnicas serão modificadas e melhoradas com o tempo. Pergunta-se então: “O progresso científico chegará um dia em que os pais poderão interferir na aparência física dos filhos antes deles nascerem? Se assim acontecer, muitos pais não aceitarão ter filhos deficientes. Como ficarão os espíritos que necessitam passar por essas provas?” – Quem responde a estas indagações é o escritor espírita, Celso Martins. Diz ele: “Poderá sim, a ciência genética atingir um estágio em que os pais possam de fato interferir nas características dos filhos, e aí, só quererão crianças saudáveis, o que é perfeitamente compreensível. Entretanto, quem pode garantir que um filho saudável fisicamente, não venha a sofrer um acidente, mesmo brincando, resultando um aleijão ou uma deficiência de que aquele espírito encarnado necessita passar na existência, para resgate de erros passados? – Desse modo, se um espírito tem que passar por uma determinada situação de deficiência física ou mental, ainda que os pais queiram pela via normal ou encomendem em laboratório um bebê sadio, uma virose, uma doença um acidente ou até uma mutação, poderá reverter todos os prognósticos dos geneticistas e os sonhos dos pais. E aí, somente o amor verdadeiro dará condições àqueles pais para amar aquela criança com seqüela no corpo ou na mente, para redenção de possíveis faltas do passado. Temos visto e sabemos de muitos exemplos de mães dando imenso carinho e dedicação a seus filhos excepcionais.” Dentro destas considerações, faz ainda o escritor espírita Celso Martins, uma outra observação: “Quando a Ciência progredir a este ponto, de alterar o código genético, a fim de criar somente bebês sadios, quero crer que a humanidade já estará tão evoluída moralmente que o mundo não será mais de provas e expiações; em outras palavras; aqui não mais reencarnarão espíritos necessitados de corpos defeituosos e mentes perturbadas. Tais espíritos nascerão em outros mundos menos avançados, mais condizentes com a sua situação espiritual, onde encontrarão certamente pais que abnegadamente darão amor a esses espíritos, para a evolução de todos os envolvidos.” Assim também aconteceu com os retirantes de Capela (habitantes de outra galáxia) que vieram à Terra, em épocas remotas, para auxiliar os naturais deste planeta, na sua evolução intelectual, moral e espiritual, deixando marcas indeléveis da passagem por este planeta. Essa é a Lei de Deus, universal, de harmonia entre todos os seres criados e em todos os sistemas existentes, de fraternidade e constante progresso. Após todo este conhecimento do assunto é indispensável perguntarmos: Qual a vantagem de tudo isso: - A resposta é que a clonagem traz algumas vantagens especialmente para a indústria farmacêutica e os doentes. Por exemplo: Uma pessoa hemofílica necessita receber constantemente um medicamento chamado “globulina anti-hemofílica”. Esse remédio é conseguido de doadores de sangue, e necessita-se de muito sangue para se produzir pequena quantidade desse remédio. Pelo processo de engenharia genética pode-se isolar o gene humano da globulina anti-hemofílica e implantá-la em um animal que passará a produzir a mesma globulina em maiores quantidades. É justamente aí que a clonagem é vantajosa. De uma só célula desse animal, pode-se produzir outro igualzinho que produzirá a globulina em quantidades cada vez maiores. Consequentemente, uma boa quantidade de animais produtores de globulina pode ser obtida, com mais rapidez e qualidade, a exemplo do que foi realizado com a vaca leiteira. Resultado: O remédio fica mais barato, de alta qualidade e com maior disponibilidade. O grande perigo está no uso indevido, daí a grande importância do controle ético, moral e legal, da aplicação desses conhecimentos. O conhecimento em si mesmo é neutro; a utilização para o bem ou o mal é tarefa dos seres humanos. Tomemos como exemplo o que aconteceu com Santos Dumont que ao voar num aparelho mais pesado que o ar, inventou o avião, para servir ao bem da Humanidade. Porém, ao ver o seu invento ser usado para bombardear e matar os seus semelhantes, se apoderou dele tal tristeza, por ver seu invento ser usado para fazer o mal, que ele acabou por suicidar-se, de tanto desgosto. É possível até que a Providência Divina esteja querendo promover a confecção do tubo de ensaio na Terra, para que a reencarnação possa se realizar sem tantos sacrifícios da mulher. É até possível que a mulher esteja se aproximando de uma época em que ela também será dispensada da carga de sacrifícios que a maternidade impõe; muito embora saibamos que a maioria de milhões de mulheres de todo o planeta, se sintam imensamente felizes com a maternidade. A utilização da clonagem para melhorar o ser humano, no que diz respeito pelo menos, na eliminação de muitas doenças hereditárias; trazendo à vida corpos mais sadios e robustos, possibilitará melhores condições para a Humanidade. Não se trata de fazer pessoas robotizadas, mas de adequar o ser humano, às novas gerações, aos novos tempos de progresso que alcançará a Terra, dentro de mais algum tempo, conforme nos tem afirmado os Espíritos Superiores. Meditando sobre tudo isso, e sabendo que Deus nos dá tudo sempre com uma finalidade útil e boa, vejamos o que disse o médium Chico Xavier, com a assistência de Emmanuel: “Declaro que o poder da Ciência é infinito, porque a Ciência está credenciada pela misericórdia e pela sabedoria de Deus, para entrar em relação com todos os setores do progresso humano.” Só assim, se entenderá a clonagem humana, quando a Ciência estiver iluminada pelo conhecimento do espírito, e, trabalhando pelo engrandecimento espiritual da Humanidade... Bibliografia: Revista Espírita Allan Kardec nº. 35 Acréscimos e modificações. Jc. S.Luis, 03/2002 Refeito em 2/08/2012

AS PROFECIAS E AS CRIANÇAS DA NOVA ERA

AS PROFECIAS E AS CRIANÇAS DA NOVA ERA O discípulo Paulo, na sua carta aos Tessalonicenses, capítulo 1 vrs.20/21, recomenda: “Não deveis desprezar as profecias, e sim examinar tudo e abraçar o que é bom.” O conselho de Paulo reflete o seu grande bom senso, pois frequentemente somos surpreendidos por previsões dignas de reflexão. No século XVII, o abade Johanes, tido como um grande vidente, nome dado aos médiuns da antiguidade, previu: “A águia negra atacará o galo, arrancando-lhe muitas penas, mas será vencida pela águia branca, vindo do mar, e pelo urso, vindo por terra; o leopardo, com suas patas, e o próprio galo, com o seu esporão, irão até a toca da águia negra e lá a liquidarão.” Na época, esta profecia foi ridicularizada por cientistas, teólogos e biólogos, que não compreenderam o aspecto simbólico das palavras do abade, refletidas nas representações de animais. Porém, veio a Segunda Guerra Mundial, que se iniciou em 1939, e a visão da profecia do abade se aclarou: “A águia negra (o emblema do governo nazista alemão) atacou o galo (simbolizado pela França), arrancando-lhe as penas (referência a muitos saques e destruição), mas depois foi atacado pela águia branca (Estados Unidos) vinda pelo mar (Oceanos), ajudada pelo urso (Rússia) vindo por terra e pelo Leopardo (simbolizando a Inglaterra), que invadiram seu ninho (Alemanha), destruindo-a.” No século XIX, Allan Kardec já falava da transição por que passava o mundo. Logo este não é um fenômeno novo. Somente agora os psicólogos americanos se deram conta de que deveriam estudar tal assunto. “A Gênese”, publicada em l868, nos diz: “A época atual é de transição; confundem-se os elementos das gerações. Se formos colocados num ponto intermediário, assistiremos sempre à partida de uma geração e à chegada de outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares. Têm idéias e pontos de vista opostos as gerações, pela natureza das disposições morais, sobretudo, pelas disposições “intuitivas e inatas”, tornando-se fácil distinguir a qual das duas pertence à pessoa”. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, cada nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento do bem e a crença espiritualistas, o que constitui sinal característico de certo grau de adiantamento anterior, se compondo de espíritos que já progrediram e se acham predispostos a assimilar as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração. Assim aprendemos com Allan Kardec que, se bem compreendida e orientada, toda e qualquer criança que está chegando a Terra mudará a vida do planeta de maneira bastante significativa e jamais imaginada. Quando o lar e a escola se tornarem locais de satisfação, de aprendizado e de segurança para as crianças de agora e para as que virão, conseguiremos auxiliar esses Espíritos que, chegados ao mundo para desempenhar suas papeis missionários, de homens e mulheres de bem, possam realizar com êxito o que vieram fazer na Terra. Podemos ajudar de alguma maneira, esses Espíritos, de cada nova geração, quer vivamos na mocidade, na maturidade, na velhice. Basta que amemos aos nossos familiares, dando o exemplo, convivendo em paz com nossos visinhos, oremos pelos adversários, auxiliemos nem que seja apenas um necessitado, desejando a paz em todos os pontos da Terra. A nova geração está na criança, na mãe de família que luta para criar os filhos, nos que trabalham nos campos, em todos os lugares, em todos nós, espalhando o consolo, alimentando a esperança, pensando na harmonia, buscando o entendimento; de algum modo somos também elementos da nova geração, valorizando a vida e o amor verdadeiro, amparados pelos Espíritos Superiores e com as bênçãos de Jesus, que sustentam os que sofrem e abrem as portas da elevação espiritual. O assunto profecia, em nossa época, liga-se automaticamente ao problema do fim do ciclo evolutivo que ora vivemos, como já elucidaram os Espíritos em diversas comunicações, em locais e momentos diferentes e por diferentes médiuns em vários paises. O próprio Allan Kardec, na obra “A Gênese”, capítulo XVII, item 63, nos adverte: “Devendo o Bem reinar na Terra, será preciso dela excluir os espíritos endurecidos no mal, e que poderiam acarretar-lhe perturbações. Deus já deixou esses espíritos pelo tempo necessário à sua melhoria; mas no momento em que este mundo deve ser elevado na hierarquia dos mundos, mediante o progresso moral dos seus habitantes, tendo chegado tal tempo, a Terra será interditada àqueles que não hajam aproveitado as oportunidades e orientações que receberam, e tal interdição se aplicará não só aos encarnados como também aos desencarnados de tal grupo. Serão eles exilados para mundos inferiores, (como antes, sucedeu com a Terra ao receber as raças adâmicas), enquanto ao mesmo tempo, serão substituídos por Espíritos mais evoluídos moralmente. É a esta separação que Jesus presidirá, figurada nas suas palavras: “Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda.” Ainda no mesmo capítulo, Kardec considera no item 67: “O julgamento, por via de emigração, tal como foi definida, é racional; é fundado sobre a mais rigorosa justiça, visto que deixa ao espírito seu livre arbítrio, dado por Deus a todas as criaturas, sem exceção, para progredir, sem trazer nenhuma interrupção à marcha progressiva ao espírito. Tal é a conseqüência da pluralidade dos mundos e da pluralidade das existências.” Comenta ainda Kardec que o termo “julgamento final” não seria exato, pois que os espíritos passariam por vários processos de julgamento, sempre que houvesse a depuração de um mundo. Maia adequada seria a denominação de “julgamento gerais”, em todas as épocas em que ocorreram renovações totais ou parciais de populações dos mundos, com imigrações e emigrações de espíritos. Essa seleção de espírito e a promoção da Terra para mundo de regeneração é acontecimento que tem sido aguardado há algum tempo, não sendo poucas as referências que temos sobre tal acontecimento na literatura espírita e espiritualista. Aliás, tal fenômeno, tendo em vista a mudança para mundo de regeneração, só pode mesmo acontecer com a mudança de moralidade dos seus habitantes. É o melhor padrão dos habitantes que favorece a vida em sociedade em nível melhor. Esses novos espíritos evoluídos que estão chegando e habitarão a Terra, estão nascendo e recebendo o nome de crianças Índigo. No excelente livro (não é espírita), “Crianças Índigo”, publicado em 2005 pela Editora Butterfly, os seus autores norte-americanos, Lee Carol e Jan Tober, relatam que de poucas décadas para cá, os pesquisadores e educadores estão descobrindo um novo tipo de criança. Relatam, eles, que praticamente 90 % das crianças atuais são portadoras de atitudes que se configuram como crianças “Índigo”. Essa denominação se deve ao fato de que tais crianças têm suas auras azuis. Embora esses pesquisadores não tenham vidência nem sejam médiuns, enxergam ao redor dessas crianças a cor azulada. De acordo com as pesquisas científicas citadas no livro, relacionamos algumas das principais características das crianças Índigo: a- Têm inteligência superior à atual geração de adultos; b- têm nobreza de caráter; c- não aceitam a liderança imposta; d- necessitam da presença de adultos emocionalmente estáveis e seguros ao seu redor; e- se frustram quando suas ideias não podem ser colocadas em prática por falta de recursos ou da compreensão das pessoas; f- aprendem pela experiência, recusando-se a seguir metodologia repetitivas e passiva; g- resistem aos tipos de autoridade que não seja exercida de maneira democrática; etc. Apresentamos mais duas informações espíritas sobre as crianças da nova era: A primeira, consta do livro “Momentos de Harmonia”, da Editora Leal, psicografado por Divaldo Franco, ditado pelo espírito de Joanna de Angelis, que diz: “...dá-se neste momento a renovação do Planeta, graças à qualidade e moralidade dos espíritos que começam a habitá-la, enriquecidos de virtudes nobre e de interesse fraternal.” – A segunda informação consta no livro ”Reforma Íntima Sem Martírio”, psicografia de Wanderley Soares, ditado pelo espírito de Maria Modesto Cravo, e diz:”Uma geração nova regressa às fileiras carnais da humanidade para melhorar o panorama do orbe interligando e ampliando patamares de fraternidade. É tempo de renovar.” Sabemos que as crianças de hoje são muito ativas e inteligentes. E por que são tão inteligentes? – A resposta está nas comunicações dos espíritos. Informam-nos que, de poucas décadas para cá, os espíritos que estão renascendo em nosso planeta são muito especiais, nobres de alma, fraternais e, pelo progresso alcançado são inteligentes e moralmente evoluídos. Essa notícia, formidável de renovação do mundo que habitamos, por meio de espíritos especiais que estão reencarnando possivelmente é a mais importante notícia depois da vinda de Jesus e de Allan Kardec. A revista “O Reformador” de setembro de 2006, trás uma reportagem de Washington Luis Fernandes, com a foto de um menino mexicano de 6 anos, de nome Maximiliano Arellano, fazendo uma palestra (durou 45 minutos) sobre Osteoporose, na Universidade do México, para uma platéia formada por médicos. Como o púlpito era alto, ele teve que subir em uma cadeira para poder fazer a palestra. Diz ainda à reportagem que ele já fez palestra até sobre Anatomia Cardiovascular. O diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Camacho, disse que Maximiliano fala de Fisiopatologia com o linguajar de um residente. Não há como explicar que esse menino de 6 anos, possa fazer palestra para médicos, senão admitindo que ele tenha adquirido esses conhecimentos em existências passadas. Retornando ao livro “Crianças Índigo”, um dos colaboradores relata: “Sabemos que as crianças índigo já nascem com um talento especial. Muitas têm a consciência de verdadeiros filósofos sobre o sentido da vida e sobre como salvar o planeta. Outros são grandes artistas, inventores e cientistas. Muitas crianças que nascem com talentos especiais têm sido diagnosticadas com portadoras de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), outras estão sendo destruídas no sistema público de educação. O objetivo desta exposição, além de divulgar a informação de que a Ciência e a Doutrina dos Espíritos estão de mãos dadas, é também mostrar a importância da implantação da Pedagogia Espírita. Ela não será o único instrumento educativo desta nova era, pois a Espiritualidade age por muitos outros meios e formas; mas com certeza será um dos mais bem fundamentados, pois trás os princípios morais e o fundamental conceito de que a criança é um ser reencarnante, que chega ao mundo. Voltando às profecias, sabemos que é problemática ser marcada uma época para a transição do mundo para a regeneração, e há até mesmo certa dificuldade dos Espíritos Superiores em nos revelar esse tempo, porquanto somente Deus sabe a época exata. Existe ainda uma grande dificuldade de interpretação, do que se refere a tempo e espaço. Aprendemos com os espíritos que, para o mundo espiritual, o termo “dentro em pouco”, pode significar algumas décadas ou mesmo séculos, o que se torna indecifrável. Entretanto, tomamos conhecimento de uma verdadeira ousadia do espírito de Emmanuel, via mediunidade de Chico Xavier, contida na obra “Plantão de Respostas”, onde o mentor afirma: “Na Terra já se iniciou o processo para o mundo de regeneração há alguns anos atrás e deverá ser acelerado a partir do ano de 2057... Tendo em vista o quadro desolador das condições do planeta na época atual, nos parece um período muito curto para sofrermos mudanças tão profundas, a fim de permitir a era de regeneração, mas não deixa de ser uma ótima notícia. Por outro lado, observa-se que tudo se modifica atualmente na Terra em grande velocidade, que não seria de todo impossível que chegássemos há esse ano em situação geral mais favorável. Levando-se em consideração que o mesmo Emmanuel acertou em cheio em suas previsões, quando, no romance “Há dois mil anos”, recebido por Chico Xavier, adiantou ele, as graves crises por que passaria o mundo ao ser envenenado e poluído por seus habitantes, nos tempos em que vivemos. Essa obra foi psicografada em fins de 1930, quando nada ainda se falava de ecologia, da preocupação com o derretimento do gelo das calotas polares, da poluição dos rios, lagos e mares, e as bruscas e desconcertantes mudanças climáticas que observamos nos dias atuais. No diálogo entre Lívia e Simeão, personagens do livro, este último prevê com fantástica riqueza de detalhes todos os processos dolorosos de agressão ao planeta e também às vigorosas reações que este, agredido, responde com tragédias, que temos assistidos quase que diariamente nestes últimos tempos. Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, com resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam elas renascer exuberantes com a chegada da primavera; mas também os de natureza moral, social e religiosa que assinalarão os dias tormentosos, que já vivemos. Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, os postos de trabalho convertem-se em áreas de competições desleais, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas. A turbulência vencendo a paz, o conflito dominando o amor, a luta desigual substituindo a fraternidade, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de caridade e de amor... É inevitável a colheita da sementeira, por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espinhos venenosos. Como as leis da vida não podem ser desrespeitadas, toda infração que se lhe faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar. A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas, colaborando na harmonia do conjunto. Nenhuma conquista exterior terá êxito se não proceder do íntimo, onde estão instalados os hábitos. Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e atos dignos. O ser humano que se renova moralmente contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no Planeta. Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os Espíritos Superiores que operam em favor da grande transição. O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da ação, motivando-os, o que ocorre também com a alegria e a felicidade. Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a desencarnação, fenômeno natural a vida continua se manifestando em outra dimensão. Portanto, são chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições na Terra. Para aqueles que viverem bastante tempo, participando das duas situações, parecerá que um novo mundo haja surgido das ruínas do mundo antigo; o caráter, os costumes, os usos, tudo estará mudado, como já vem acontecendo há algum tempo, e muitas pessoas nem percebem; é que, com efeito, Espíritos mais evoluídos chegam trazendo novas idéias e sentimentos nobres para elevar a Humanidade, que tem novas necessidades, aspirações mais benéficas; a fraternidade será a nova ordem social. As gerações que desaparecem levarão consigo os seus preconceitos e os seus erros; enquanto que as gerações que estão chegando, imbuídas de idéias elevadas, imprimirão no mundo um movimento no sentido do progresso moral que deve marcar a nova fase da Humanidade. As grandes partidas coletivas que ceifam milhares de existências, não tem apenas o objetivo de depurar rapidamente as massas, mas libertar também muitos espíritos encarnados das más influências ainda reinantes na Terra... Na época atual de transição que vivemos, os valores das duas gerações se confundem, com idéias e sentimentos inteiramente opostos. A natureza dos sentimentos morais de cada pessoa vai definir a qual das duas gerações ela pertence. Os que estarão compondo as novas gerações, Espíritos evoluídos ou que se melhoraram, devem eles receber todo o apoio, cuidados e carinhos por parte dos que aqui se encontram, principalmente dos pais, por fazerem eles parte do movimento de renovação da Humanidade, cabendo-lhes fundar a era do progresso moral, em virtude do sentimento inato do bem, comprometidos com a mudança em diferentes níveis de atividades: familiar, educacional, ético, moral, artístico, científico, tecnológico e religioso. Em toda parte do mundo estão desabrochando e se manifestando esses Espíritos que recebem o nome de Índigo. Para preparar-lhes o caminho, de que maneira estamos colaborando para esse evento tão feliz? Já estamos contribuindo para essa era de regeneração? Todos nós temos conhecimento do que está acontecendo e o que deverá acontecer ainda. Que cada um interrogue sua consciência para saber como está procedendo nesta transição. Que o Senhor nos ajude a cumprir bem nossa missão... Jc. S.Luis 08/02/2007