quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O MAL DE ALZHEIMER





 
A doença de Alzheimer, descrita clinicamente como uma demência degenerativa primária, cujo principal sintoma é a perda progressiva das funções mentais, afeto em todo o mundo milhões de pessoas; e a Organização Mundial de Saúde (OMS), prevê que o número de casos de demência, entre os idosos, irá mais que dobrar até 2050, caso não seja descoberta a cura.

No Brasil a estimativa é de que a doença atinja atualmente 1.2 milhão de pessoas com mais de 65 anos de idade. E o número de casos vai mais que dobrar até 2030, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer. Entre as doenças que provocam demência na população idosa, os especialistas dizem que o Alzheimer é a mais comum, e segundo o presidente da ABRALZ, Fernando Paulino, “a doença não tem cura, mas o tratamento nas fases iniciais da doença pode atrasar em um ano os sintomas e complicações”.

Histórico e conceito – A doença de Alzheimer foi descrita pelo psiquiatra e neuro-patologista, Alois Alzheimer em 1906. Ao fazer uma autópsia, o médico alemão descobriu no cérebro morto lesões que ninguém nunca tinha visto antes: tratava-se de um problema de dentro dos neurônios (as células cerebrais), os quais apareciam atrofiados em vários lugares do cérebro, e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas enroscadas umas nas outras.

A doença, também conhecida como demência, erroneamente chamada pela população como “esclerose” ou caduquice, é uma enfermidade degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro. Em consequência, a memória e o funcionamento mental são afetados, e outros problemas tomam curso como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço. Embora a doença de Alzheimer não seja contagiosa nem infecciosa, ela faz diminuir a capacidade da pessoa se cuidar (suas necessidades cotidianas), de gerir sua existência emocional, profissional, etc., tornando-se dependente da ajuda alheia para realizar até as tarefas básicas como higiene pessoal e alimentação.

Causas  A causa da doença de Alzheimer ainda não é conhecida pela medicina convencional. Há diversas teorias, mas de concreto até agora se aceita que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).

Fase inicial  A doença começa, geralmente, entre os 40 a 90 anos. No começo são os pequenos esquecimentos, usualmente aceitos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, mas que vão se agravando de forma gradual. Ciente destes esquecimentos, a pessoa pode se tornar confusa, agressiva e mesmo vivenciando distúrbios de conduta, ansiedade e depressão. Verifica-se a perda da memória recente, distúrbios de linguagem, dificuldades para as tarefas diária, falta de cuidado com a aparência pessoal, irritabilidade, desorientação. Nesta fase, entretanto, os pacientes ainda permanecem alertas e apresentam boa qualidade de vida social.

Fase intermediária O paciente se torna incapaz de aprender e reter novas informações, passando a depender cada vez de terceiros. Tem início as dificuldades de locomoção, a comunicação se inviabiliza e passa a exigir cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades rotineiras como higiene, vestuário e alimentação. Inicia-se também nesta fase, a perda do controle da bexiga (incontinência urinária)

Fase final  O paciente fica incapaz de andar (permanecendo restrito ao leito), não fala mais e vivencia a perda do controle da bexiga e do intestino; há muita dificuldade para engolir alimentos, evoluindo para o uso de sonda enteral ou do estômago. Com isso, cresce o risco de pneumonia, desnutrição e a possibilidade de úlceras por ficar deitado.

Entretanto, na maioria das vezes, a causa da morte do paciente relaciona-se a fatores ligados à idade avançada e não necessariamente à enfermidade propriamente dita. Em outras palavras, por ser o mal de Alzheimer uma doença terminal que causa uma deterioração geral do organismo, a causa mais frequente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões.

Diagnóstico Não existe um teste específico que confirme de maneira inquestionável a doença. O diagnóstico certo da doença de Alzheimer apenas pode ser feito por exame do tecido cerebral obtido por biopsia ou necropsia. Deste modo o diagnóstico provável é feito excluindo outras causas de demência pela história (depressão, perda de memória associada à idade), exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina b) tomografia ou ressonância (múltiplos infartos, hidrocefalia) e outros exames.  Há alguns marcadores, geralmente identificados a partir de exame de sangue, como a apolipoproteina E (APOE), cujos resultados podem mostrar chance aumentada da doença de Alzheimer e são valiosos em pesquisa, contudo não são úteis para diagnóstico individual. É óbvio que isso não impede que outros marcadores mais sensíveis venham a surgir no futuro.

Tratamento A chamada medicina convencional considera não haver tratamento curativo para a doença de Alzheimer, isto é, a terapia busca o controle dos sintomas, sendo que as medicações mais empregadas têm sido anti-colinesterásicos, ao menos por enquanto. Além disso, sem desobedecer ao itinerário proposto pela medicina convencional, o paciente pode buscar apoio na medicina energética (homeopatia e/ou terapia floral) e que pode ser administrada como instrumento de prevenção de agravo; sem esquecer a atuação no alívio do sofrimento do portador com a doença de Alzheimer.

Medida preventivas  As medidas preventivas mais recomendadas são o cuidado com a saúde física e emocional,  o trabalho intelectual,  inclusive com

exercícios constantes em quebra-cabeças, palavras cruzadas, atividades artísticas, aprendizado de idiomas, entre outras, e, especialmente, o interesse por uma vivência nutrida por valores e objetivos elevados.

Estudos desenvolvidos pela Associação Médico-Espírita do Brasil orientam hipóteses de causas espirituais para a ocorrência da doença de Alzheimer, tais como a rigidez de caráter, a culpa, processos obsessivos graves, a depressão e os sentimentos enfermiços – ódio e mágoa – especialmente quando mantidos a médio e longo prazo. Enquanto a necessidade de trabalho intelectual exige a atenção com tarefas cognitivas, os processos obsessivos, os quadros depressivos e a rigidez de caráter (intolerância, impaciência, etc.) entre outras, por sua vez reclamam a necessidade de assumir o indivíduo a proposta de auto iluminação – desta maneira, e para nós espíritas, isso implica o estudo doutrinário e as leituras edificantes, a frequência, se possível, semanal, à Casa Espírita para tratamento com passes magnéticos, água fluidificada e o exercício da caridade, que, ao lado da oração, fortalece a nossa imunidade espiritual. Por fim, as graves dificuldades emocionais servem bem à práxis da psicoterapia. Esta última promove o autoexame e, de forma lúcida, ajuda na superação das dores da alma.

Apontamentos finais  Sem dúvida o aumento do número de casos da doença de Alzheimer na atualidade é um alerta a todos nós, principalmente se nutrimos uma existência pouco fecunda para nosso processo evolutivo, isto é, quando não prestamos atenção aos objetivos reais de nosso programa reencarnatório. Não podemos ignorar que a doença de Alzheimer, acima de tudo, é uma enfermidade que tem ressonância com uma solidão sombria e negativa, porquanto o portador dessa doença passa a viver insulado em si mesmo. E isso porque esse mal, infelizmente, “aniquila a vivência do tempo para o corpo, porque este não obedece ao comando do Espírito” (Jorge Teixeira).  De outro lado, é importante destacar que em entrevista concedida a Associação de Divulgadores da Doutrina Espírita de Portugal, em 2009, quando perguntaram a Divaldo Franco, o que é que os Espíritos lhe diziam sobre a cura do câncer, da Aids e do mal de Alzheimer, o eminente orador e médium respondeu: “informam-me os Espíritos que, por enquanto, essas doenças são uma necessidade para o nosso processo de auto iluminação“. Assim, sem esquecer a condição de nosso tempo de transição, deveremos olhar o futuro com esperanças, trabalhando para que a saúde seja também um dos claros sinais do amor, na edificação de um destino humano mais harmonioso e feliz. Que o Pai Celestial ampare todos os que necessitam da sua infinita misericórdia.

Bibliografia:

Eugênia Pickina

Jornal “O Imortal”  - 08/2013

+ Pequenas modificações.

 

Jc.

São Luís, 23/8/2013