domingo, 30 de julho de 2017

ALGUNS TÓPICOS





 Toda forma de política é boa em mãos de homens honestos e cônscios de seus deveres e responsabilidades. Porém, nenhuma delas presta quando manejada por pessoas inescrupulosas, vis e desonestas. As melhores Constituições, as leis mais sábias, visando assegurar os direitos e o bem-estar dos povos, nada representam, se as rédeas do puder, se acham no domínio de demagogos ou de corruptos, cujos objetivos sejam locupletar-se de posições que ocupam e da força de que ocasionalmente dispõem.
Leis justas e luminosas, dependendo da interpretação e aplicação de políticos corruptos, tornam-se inócuas e inoperantes no sentido do bem coletivo; pois até mesmo dispositivos e postulados sem expressão e obsoletos, sob o critério de pessoas sensatas e de consciência, podem assegurar a felicidade de um povo e o nome de uma nação. Em qualquer hipótese e circunstâncias, não são as leis, as formas e os códigos que promovem e garantem a estabilidade das instituições e a justiça social, mas sim os seus executores.
Tudo depende do homem e não dos regulamentos e do emaranhado de dispositivos, regras e artigos metodicamente a serem aplicados. Tudo se burla, se torce se modifica e se mistifica menos o caráter íntegro, estruturado e consolidado mediante esforços e lutas consumadas com esse propósito. Fora a educação que se transforma em autoeducação quando o ser humano a imprime em si mesmo, não existe solução para os problemas da existência, a não ser por meio dela.   
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Mais humano e cristão é prevenir contra os males as nossas crianças lhes acendendo no Espírito o facho da educação, que instrui, consola, melhora e fortalece, do que deixá-las entregues a si mesmas, para oferecer-lhes mais tarde um apoio ou impor aos  rebelados a moralização cruciante das cadeias.
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“Jamais esqueçam que não existe dinheiro público, visto que todo dinheiro arrecadado pelo governo é tirado do orçamento doméstico; do sacrifício das pessoas, da mesa das famílias.” 
                                                                Margaret  Thacher                                          
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A  HISTÓRIA  DA  LIBERDADE  DE  PENSAMENTO
O historiador e filósofo irlandês, John Hagneli  Bury, no seu livro,  cujo título vai acima, explica a razão de, para algumas pessoas, ser tão difícil aceitar a liberdade de expressão:  “O cérebro médio das pessoas é naturalmente preguiçoso e tende sempre a escolher o caminho por onde encontre menor resistência. O mundo mental do homem médio consiste de credos que ele aceitou sem questionar, e aos poucos ele está firmemente fixado. Por esse motivo, ele é quase sempre instintivamente hostil a qualquer coisa que ameace a instabilidade do mundo que lhe é familiar”.
“Uma nova ideia com novos credos torna necessário rearranjar a mente, num processo trabalhoso que requer um gasto doloroso de energia mental. Para o homem médio e seus amigos, que formam a grande maioria, novas ideias e opiniões que causam dúvidas nos credos e instituições estabelecidos, parecem malignas,  e por isso são julgadas desagradáveis”.
Portanto, se eu sou esse homem médio e tenho algum tipo de poder, fico tentado a não permitir que “ideias malignas e desagradáveis”, sejam expressas. E para isso, grito mais alto esmurro, ameaço ou posso lançar mão do conceito do “bem-comum”, da “proteção aos mais fracos”, ou da “sobrevivência da humanidade”, e outros argumentos que se tornem pretextos para verdadeiros crimes contra as liberdades individuais ou coletivas.
Liberdade de pensamento quer dizer muito pouco se não for acompanhada pela liberdade de expressão. Ninguém muda o mundo só com pensamentos; eles precisam ser expostos, compartilhados, discutidos  e colocados em ação. Nós que vivemos em sociedade que são consideradas democráticas, não nos esqueçamos de que, para chegar até este ponto, foram precisos muitos séculos e muito sangue correu...
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CHAMA ACESA

A esperança anda escasseando nos corações. A nossa Terra
apresenta horizontes sombrios e desentendimentos entre os povos e o Brasil se vê mergulhado numa situação caótica. Temos ciência pelos meios de comunicações de mensagens desalentadoras e de falta de esperança com o Brasil, e temos o dever de reacender a chama da esperança nas mentes das pessoas. Cabe ao cristão sincero, sobretudo o espírita, que tem o conhecimento jorrado do alto pelos imortais, em nome do amor, manter a fé acesa. Devemos ter cuidado com pensamentos sombrios, cuidado com o que escrevemos e o que enviamos para as pessoas, pela comunicação da Internet.

A mídia tem divulgado muito o mal!  É certo que a intenção possa ser benéfica, mas o mal está sendo divulgado demais. André Luiz por meio de Chico Xavier comenta que toda vez que divulgamos o mal, inconscientemente estamos procurando arrasar o bem. As pessoas não devem desconhecer a realidade; devem saber dos fatos, mas cuidado! O Bem nunca esteve tão intenso no planeta e a solidariedade é crescente em toda parte.  É preciso manter a fé em dias melhores que virão. Pensamentos de esperança mudam a paisagem mental, para o belo, o bem e o amor. Edifiquemos pensamentos de paz e mantenhamos viva a Esperança em dias melhores, pois, Jesus está no comando do mundo...

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REFLEXÕES SOBRE A NOSSA CONDUTA ÉTICA
Uma palestra do professor e historiador Leandro Karnal, da Universidade Estadual de Campinas, fez um questionamento pertinente à conduta ética das pessoas. Segundo sua percepção, tem havido nos últimos anos, certa indisciplina em regras e valores por parte das pessoas, notadamente dos espíritas. Teriam perdido os espíritas o temor com relação às consequências advindas dos seus atos?
Nela, o professor Karnal analisa diversos assuntos, como, por exemplo, a questão da corrupção no Brasil, tema que tem estado em moda em nosso país, sobretudo por causa dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Karnal lembra-nos em sua fala, que é ilusão imaginar que a corrupção em nossa pátria se circunscreve aos políticos, aos partidos ou aos governantes, visto que ela (corrupção) está presente no dia a dia dos brasileiros; como nas vendas sem a nota fiscal, no atestado médico falso, no suborno ao guarda de trânsito, no recibo que é majorado, no funcionário que assina a lista de presença no lugar do amigo, no estacionamento em local proibido, na omissão de rendimentos na declaração do imposto de renda... e por aí vai. Nas situações mencionadas, nem mesmo os que se dizem cristãos agem de forma ética.
É evidente que não devemos jamais generalizar, mas se não são todos, muitas pessoas agem realmente assim, ignorando por certo que tais atitudes compõem também a tão lamentada estrutura de corrupção que se registra no Brasil e, como se sabe, não apenas nas terras brasileiras, mas no mundo todo. Esse assunto evoca uma questão importante pertinente ao grau evolutivo dos habitantes da Terra. Em 1948, ano em que escreveu o livro “Voltei”, obra psicografada por Chico Xavier,, Frederico Figner (verdadeiro nome do irmão Jacob, autor do livro), revelou que – dos dois bilhões de encarnados que viviam na Terra, na época – mais da metade era constituída por Espíritos semicivilizados ou bárbaros e que as pessoas aptas à espiritualidade superior não passava de 30% da população global, distribuída pelos vários continentes.
Há 47 anos, no livro Vida e Sexo, obra escrita em 1970, Emmanuel informou que existe no planeta um grupo numeroso de homens e mulheres psiquicamente não muito distantes da selvageria, remanescentes próximos da era dos homens das cavernas. Vê-se, pois, à vista das obras citadas, que nosso orbe é um mundo ainda muito atrasado e distante da perfeição, o que explica as imperfeições morais mencionadas neste artigo, das quais não se excluem, obviamente, os espíritas que deveriam  ter uma noção mais perfeita, graças aos ensinos da Doutrina Espírita, sobre a responsabilidade que assumimos perante a Lei em decorrência de nossas ações e omissões, de que, logicamente, teremos de prestar contas, finda a nossa  existência terrena. . .
TRÊS  CONCLUSÕES
Quantos  milhares  de  minutos  e  de  frases  esbanjamos  por décadas, sem a mínima utilidade, tratando de temas e questões que não nos dizem respeito? Para conjugar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental.
O que os outros pensam:  Aquilo que os outros pensam é ideia deles. Não podemos influir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações diante da existência. Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si. Acontece o mesmo na moral. Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os outros pensem como nós.
O que os outros falam:  A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence. Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia a dia com os sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores. Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa, contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.
O que os outros fazem:  A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe. Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é de domínio à parte. As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não conseguem compreender  o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isto é problema que lhes compete e não a nós.
Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livre. À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar ou fazer. Em suma, respeito para os outros e obrigação para nós.
Fonte:
Jornal  “O Imortal”- 5/2017
Livro “Estude e Viva”
+  Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 19/05/2017






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