Havia já três séculos que muitos sábios de primeira grandeza, como Comenius e Descartes, se preocupavam com a criação de uma língua internacional, para uso de todos os povos, e chegaram a idealizá-la muito bem: Deveria ser neutra, para não despertar ciúmes nacionais; ser fácil, para que todos pudessem aprendê-la perfeitamente. Quando chegou o momento marcado pela vontade do Altíssimo, surgiu a pessoa de Lázaro Luís Zamenhof que criou a língua Esperanto, para esperança da comunicação dos povos e que vem crescendo no mundo inteiro.
Zamenhof
nasceu em Bialystok, na Polônia Russa, em 15 de dezembro de 1859. Era filho de
Rosália e Marcos Zamenhof, professor de
geografia e línguas. Iniciou em sua cidade
natal o curso ginasial em 1869. O menino revelou-se uma criança pensativa e
muito inteligente. O seu pai notou nele grande interesse em relação a idiomas e
começou desde cedo, a dar-lhe lições e a exercitá-lo em línguas, percebendo que
o aprendizado se fazia com muita facilidade. Na cidade (Varsóvia), eram quatro
comunidades, 4 religiões, 4 alfabetos e 4 ódios, e o menino sofreu
dolorosamente, pois o simples fato de alguém exprimir-se, já lhe conferia um
rótulo, pelo qual iria receber
solidariedade ou desprezo. Assim, ele começou a sonhar e a idealizar uma língua
mais simples, mais conveniente, para o uso atual. Ela deveria ser de
aprendizagem rápida e acessível também ao povo e não apenas aos letrados.
Só
depois de experimentos exaustivos e comprovações minuciosas com os estudos da
gramática e vocabulários intensamente vividos e testados, foi que considerou
pronta sua obra. Restava ainda um último detalhe: Como publicá-la, se sua situação financeira era precária? De
onde viriam os recursos? Um auxílio surgiu de onde ele menos esperava. Ao conhecer Clara Silbernik, de Kovno. Seu
futuro sogro, homem afeito à cultura, pai da senhorita Clara, com quem Lázaro
acabaria casando-se, financiou a publicação
da obra, saindo da oficina gráfica o primeiro livro, em 26 de julho de 1887.
Era
uma gramática com as instruções em russo e chamava-se: “LINGVO INTERNACIA”, O
livro que contou com o apoio do grande escritor russo, Leon Tolstoi, saiu
inicialmente em russo, depois em polonês Esse pseudônimo que na nova língua
significava “DOUTOR QUE TEM ESPERANÇA”, com o decorrer do tempo, passou a ser
usado por seus aprendizes, para denominar a própria língua: ESPERANTO, contendo um prefácio, o alfabeto, as 16
regras gramaticais.
Os
sofredores, particularmente aqueles que sofriam da cegueira, dedicavam uma
grande veneração pelo bondoso oftalmologista de Varsóvia, ramo da Medicina em
que Lázaro se especializou, e quando ele visitou Cambridge, para os festejos do
3º Congresso Mundial de Esperanto, se encontrou com muitos cegos esperantistas
provenientes de outros países, todos alojados numa mansão ás custas de outro
grande pioneiro esperantista, Theófile Cart. Zamenhof cumprimentou a cada
um, encorajando todos ao otimismo e
recebeu ardorosos agradecimentos pelo idioma que lhes proporcionava uma
claridade em seu mundo sem luz. Mas os cegos lhe pediram outro privilégio:
queriam tocá-lo com as mãos e conhecer melhor aquele que nunca poderiam ver, e
suas mãos que, de forma extraordinária traduziam pensamentos e emoções, tocaram
respeitosamente o corpo pequeno e frágil, a barba, os óculos de lentes ovais e
a cabeça calva do genial missionário polonês. Zamenhof, emocionado se lembrou da ocupação alemã, no ano de 1914, quando ele muito abalado com a guerra mundial, pensou nas
crianças judias cujos olhos foram vazados, na cidade natal de Bialystok.
Em
Varsóvia, ele adquiriu uma doença cardíaca que foi se agravando e, no dia 14 de
abril de 1917, com apenas 57 anos de idade, partiu para a pátria espiritual. No
enterro do seu corpo, estiveram presentes os esperantistas de Varsóvia e de
outros lugares e a população pobre do bairro judeu que ele tanto ajudou. Deixou
sua esposa viúva e três filhos, todos mortos pelos nazistas em 1940. O seu
corpo repousa no cemitério israelita de
Varsóvia, juntamente com o de Clara, amor de toda sua existência e sua
incansável colaboradora...
Deus
escolheu Lázaro Luís Zamenhof e o designou como missionário, para criar um
idioma que vai dar fim a “Torre de Babel”, existente ainda no mundo, criando a
fraternidade entre os povos, e, irmanando todos, por meio de uma língua única,
que será falada e compreendida futuramente por todos os habitantes da
Terra. Atualmente ela é falada e usada
como segunda língua em muitos países e já faz parte das línguas falada na Organização
das Nações Unidas. Aqui no Brasil, ela é falada, ensinada e divulgada, nos
meios espíritas e nos Congressos Espíritas que são realizados em várias partes
do mundo, com a participação de muitos brasileiros.
O
Esperanto não é uma língua estrangeira, como o inglês, o russo, o alemão, ou o
chinês; ela é a língua neutra e comum a todos os povos. As línguas nacionais
dividem os povos, formando a torre de Babel da lenda bíblica. O Esperanto, ao contrário, une os povos em
uma família mundial. Por isso, os Guias Espirituais não deixam de nos
recomendar que façamos o aprendizado, o cultivo e a divulgação dessa língua
internacional; o Esperanto.
Por
graça de Deus, o Esperanto já é uma das línguas oficial na O.N.U., e já temos
os livros espíritas publicados nessa língua, que estão iniciando sua missão no
mundo, aproximando as pessoas de todos os povos e fazendo a unidade religiosa,
porque seus ensinos são universais e eternos. Isso pode demorar ainda
um pouco, devido á resistência em muitos países, embora funcione como uma
segunda língua e não em substituição a língua do país, mas o tempo não conta
diante a eternidade e os desígnios divinos.
O
livro espírita em Esperanto é lido por espíritas e idealistas de todos os
países, e é traduzido para outras línguas, porque ela é a língua-ponte mais
fácil de comunicação para os povos de
todas as partes do mundo. Aqueles que já
aprenderam a língua e fazem uso dela, sempre estão a divulgá-la. Convidamos
todos a conhecê-la e verão como é fácil, pois somente três meses serão
necessários para aprendê-la...
Para
conseguir os livros necessários ao aprendizado da língua, basta entrar em
contato com o Departamento Gráfico da FEB,
Rua Souza Valente 17- Tel.21 3078-4747 cep.20941-040 – Rio de Janeiro –
RJ. - Brasil Ou na Federação Espírita
Brasileira – Avenida L-2 Norte – Quadra 603 Conjunto F – Cep. 70830-030 Tel. 61 2101- 6161 - Brasília – D.F. – Brasil.
Jc
São Luís, 5/9/2016
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