domingo, 30 de outubro de 2016

A LÍNGUA "ESPERANTO"





 Havia já três séculos que muitos sábios de primeira grandeza, como Comenius e Descartes, se preocupavam com a criação de uma língua internacional, para uso de todos os povos, e chegaram a idealizá-la muito bem: Deveria ser neutra, para não despertar ciúmes nacionais; ser fácil, para que todos pudessem aprendê-la perfeitamente. Quando chegou o momento marcado pela vontade do Altíssimo, surgiu a pessoa de Lázaro Luís Zamenhof que criou a língua Esperanto, para esperança da comunicação dos povos e que vem crescendo no mundo inteiro.
Zamenhof nasceu em Bialystok, na Polônia Russa, em 15 de dezembro de 1859. Era filho de Rosália e Marcos Zamenhof,  professor de geografia e línguas. Iniciou  em sua cidade natal o curso ginasial em 1869. O menino revelou-se uma criança pensativa e muito inteligente. O seu pai notou nele grande interesse em relação a idiomas e começou desde cedo, a dar-lhe lições e a exercitá-lo em línguas, percebendo que o aprendizado se fazia com muita facilidade. Na cidade (Varsóvia), eram quatro comunidades, 4 religiões, 4 alfabetos e 4 ódios, e o menino sofreu dolorosamente, pois o simples fato de alguém exprimir-se, já lhe conferia um rótulo, pelo qual  iria receber solidariedade ou desprezo. Assim, ele começou a sonhar e a idealizar uma língua mais simples, mais conveniente, para o uso atual. Ela deveria ser de aprendizagem rápida e acessível também ao povo e não apenas aos letrados.
Só depois de experimentos exaustivos e comprovações minuciosas com os estudos da gramática e vocabulários intensamente vividos e testados, foi que considerou pronta sua obra. Restava ainda um último detalhe: Como publicá-la,  se sua situação financeira era precária? De onde viriam os recursos? Um auxílio surgiu de onde ele menos esperava. Ao  conhecer Clara Silbernik, de Kovno. Seu futuro sogro, homem afeito à cultura, pai da senhorita Clara, com quem Lázaro acabaria casando-se, financiou  a publicação da obra, saindo da oficina gráfica o primeiro livro, em 26 de julho de 1887.
Era uma gramática com as instruções em russo e chamava-se: “LINGVO INTERNACIA”, O livro que contou com o apoio do grande escritor russo, Leon Tolstoi, saiu inicialmente em russo, depois em polonês Esse pseudônimo que na nova língua significava “DOUTOR QUE TEM ESPERANÇA”, com o decorrer do tempo, passou a ser usado por seus aprendizes, para denominar a própria língua: ESPERANTO,  contendo um prefácio, o alfabeto, as 16 regras gramaticais.
Os sofredores, particularmente aqueles que sofriam da cegueira, dedicavam uma grande veneração pelo bondoso oftalmologista de Varsóvia, ramo da Medicina em que Lázaro se especializou, e quando ele visitou Cambridge, para os festejos do 3º Congresso Mundial de Esperanto, se encontrou com muitos cegos esperantistas provenientes de outros países, todos alojados numa mansão ás custas de outro grande pioneiro esperantista, Theófile Cart. Zamenhof cumprimentou a cada um,  encorajando todos ao otimismo e recebeu ardorosos agradecimentos pelo idioma que lhes proporcionava uma claridade em seu mundo sem luz. Mas os cegos lhe pediram outro privilégio: queriam tocá-lo com as mãos e conhecer melhor aquele que nunca poderiam ver, e suas mãos que, de forma extraordinária traduziam pensamentos e emoções, tocaram respeitosamente o corpo pequeno e frágil, a barba, os óculos de lentes ovais e a cabeça calva do genial missionário polonês. Zamenhof,  emocionado se lembrou  da ocupação alemã, no ano de 1914, quando ele  muito abalado com a guerra mundial, pensou nas crianças judias cujos olhos foram vazados, na cidade natal de Bialystok.
Em Varsóvia, ele adquiriu uma doença cardíaca que foi se agravando e, no dia 14 de abril de 1917, com apenas 57 anos de idade, partiu para a pátria espiritual. No enterro do seu corpo, estiveram presentes os esperantistas de Varsóvia e de outros lugares e a população pobre do bairro judeu que ele tanto ajudou. Deixou sua esposa viúva e três filhos, todos mortos pelos nazistas em 1940. O seu corpo repousa no cemitério  israelita de Varsóvia, juntamente com o de Clara, amor de toda sua existência e sua incansável colaboradora...
Deus escolheu Lázaro Luís Zamenhof e o designou como missionário, para criar um idioma que vai dar fim a “Torre de Babel”, existente ainda no mundo, criando a fraternidade entre os povos, e, irmanando todos, por meio de uma língua única, que será falada e compreendida futuramente por todos os habitantes da Terra.  Atualmente ela é falada e usada como segunda língua em muitos países e já faz parte das línguas falada na Organização das Nações Unidas. Aqui no Brasil, ela é falada, ensinada e divulgada, nos meios espíritas e nos Congressos Espíritas que são realizados em várias partes do mundo, com a participação de muitos brasileiros.
O Esperanto não é uma língua estrangeira, como o inglês, o russo, o alemão, ou o chinês; ela é a língua neutra e comum a todos os povos. As línguas nacionais dividem os povos, formando a torre de Babel da lenda bíblica.  O Esperanto, ao contrário, une os povos em uma família mundial. Por isso, os Guias Espirituais não deixam de nos recomendar que façamos o aprendizado, o cultivo e a divulgação dessa língua internacional; o Esperanto.
Por graça de Deus, o Esperanto já é uma das línguas oficial na O.N.U., e já temos os livros espíritas publicados nessa língua, que estão iniciando sua missão no mundo, aproximando as pessoas de todos os povos e fazendo a unidade religiosa, porque  seus ensinos  são universais e eternos. Isso pode demorar ainda um pouco, devido á resistência em muitos países, embora funcione como uma segunda língua e não em substituição a língua do país, mas o tempo não conta diante a eternidade e os desígnios divinos.
O livro espírita em Esperanto é lido por espíritas e idealistas de todos os países, e é traduzido para outras línguas, porque ela é a língua-ponte mais fácil de comunicação para  os povos de todas as partes do mundo.  Aqueles que já aprenderam a língua e fazem uso dela, sempre estão a divulgá-la. Convidamos todos a conhecê-la e verão como é fácil, pois somente três meses serão necessários para aprendê-la...
Para conseguir os livros necessários ao aprendizado da língua, basta entrar em contato com o Departamento Gráfico da FEB,  Rua Souza Valente 17- Tel.21 3078-4747 cep.20941-040 – Rio de Janeiro – RJ. - Brasil   Ou na Federação Espírita Brasileira – Avenida L-2 Norte – Quadra 603 Conjunto F – Cep. 70830-030  Tel. 61 2101- 6161 - Brasília – D.F. – Brasil.

Jc
São Luís, 5/9/2016

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