quarta-feira, 2 de novembro de 2016

MORTOS NA TERRA, VIVOS NA ESPIRITUALIDADE





 Bezerra de Menezes diz que, muitos dos que partem para a vida espiritual, finda a existência terrena, costumam ficar presos à matéria. Eles se encontram desencarnados, mas não libertos, invisíveis, mas não ausentes.  A oração e a leitura de uma página do Evangelho podem, sem dúvida, ajudá-los na sua nova realidade e a readaptação à vida espiritual. 
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” nos fala de Sócrates que, da mesma forma que Jesus, nada escreveu, e como Jesus, ele teve a morte dos criminosos.  As duas últimas palavras de Sócrates aos seus algozes e juízes, foram: “Ou a morte é uma destruição absoluta, ou ela é a passagem de uma alma para outro lugar. Se ela é apenas uma mudança de morada, que felicidade será nela reencontrar aqueles que se conheceu a amamos”.
Nenhum sofrimento na Terra será comparado ao daquele ente que observa outro ente querido, sem vida, em grande silêncio. Entretanto, quando essa provação nos bate à porta, devemos reprimir o desespero e a mágoa, porque sabemos que os chamados “mortos”, são apenas ausentes na Terra, por viverem na Espiritualidade. Essa nova concepção da vida da alma, liberta o ser humano do medo da morte, dando-lhe uma nova compreensão e substitui na mente e no coração das pessoas, o velho temor e a antiga revolta contra as Leis naturais de Deus. O discípulo Paulo, em sua primeira epístola aos Coríntios, diz: “Planta-se o corruptível e nasce o incorruptível; enterra-se o corpo material e aparece a alma espiritual”.
Durante séculos, a morte era lembrada com o chamado “luto”, ou seja, até um ano depois do desenlace, a família vestia-se de preto. Quando alguém se encontrava com uma pessoa com tais trajes, se lhe dava os pêsames e rememorava-se a triste situação. Entretanto, Jesus sempre se referiu à morte como algo natural, como se fora um sono para despertar depois, em uma situação mais feliz; e chamava a atenção para a superioridade da alma – Espírito encarnado – que é eterna, sobre o corpo por ela usado em cada existência e abandonado como roupa velha que não lhe serve mais, e completa dizendo: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” - Mateus, Cap.11 vr. 28
Emánuel nos diz:  “Ante os que partiram na grande jornada, não permitas que o desespero tome conta do seu coração. Eles estão vivos e compartilham as suas aflições. Efetua por eles o bem que poderiam fazer e contempla os céus que nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no coração, a dizer-lhes que caminham felizes, em plena imortalidade.Tenham a certeza de que Deus que nos criou para nos amarmos mutuamente, jamais nos separaria  para sempre...”.
Essa é a fé que a Doutrina dos Espíritos ensina e conforta seus adeptos.
Jc.
São Luís,  2/11/2016

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