sábado, 5 de fevereiro de 2011

PARÁBOLA DO FESTIM DAS BODAS

PARÁBOLA DO FESTIM DAS BODAS


Primeiramente vamos falar do que seja uma parábola. Parábola é uma narrativa de que se servia Jesus, e que tem a finalidade de transmitir verdades de modo alegórico, como se fosse uma história. Desse modo Jesus falava ao povo, fazendo da parábola evangélica, uma instrução de fim moral, como um meio fácil de fazer compreender uma lição espiritual. Fazendo o emprego das parábolas, Jesus tinha por fim esclarecer melhor seus ensinos, mediante comparações do que pretendia dizer com o que ocorria na vida comum, facilitando ao povo e aos seus apóstolos, a compreensão das coisas espirituais. Feito este comentário, passemos então à “Parábola do Festim das Bodas”, que se encontra descrita em Mateus cap.XXII v-1 a 14, como também encontramos em Lucas cap. XIV v-16 a 24, com o título de “Parábola da Grande Ceia”.

Jesus então falando por parábola, disse-lhes: “O Reino dos Céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho e enviou os seus servos a chamar os convidados para a festa, e estes não quiseram ir. O rei enviou ainda outros servos com este recado: “Tenho já preparado o meu banquete e tudo está pronto; vinde às bodas. Mas os convidados não fizeram caso e foram cuidar dos seus afazeres, tendo outros, agarrado os servos os maltrataram e os mataram. Então o rei sabendo do acontecido, mandou as suas tropas exterminarem aqueles assassinos e incendiar sua cidade. Então disse aos servos; está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos, ide, pois, às encruzilhadas e chamai para as bodas, a quantos encontrardes. E aqueles servos reuniram os que encontraram, e a sala nupcial ficou cheia de convivas.

Entrando então o rei para ver os convivas, notou ali um homem que não trajava a veste nupcial, e perguntou-lhe: “Amigo, como entrastes aqui sem a veste nupcial?” O convidado emudeceu. – Então o rei disse aos servos: “Atai-o de pés e mãos e lançai-o fora, nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes, porque muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos”.

O Cristianismo como a Doutrina dos Espíritos, representa a celebração das bodas de um grande rei, que não poupa trabalho, sacrifícios, para dar à festa, o maior realce, um sucesso, dela fazendo participar o maior número possível de convivas. As iguarias do banquete representam os ensinos espirituais que mantêm e vivificam o Espírito. Essa parábola é uma alegoria de Jesus, comparando-a com o que se verificava naquela época. Os primeiros convidados foram os doutos, os sábios, os sacerdotes; porque ninguém melhor do que estes, estavam preparados para participar das bodas, e se fazer representar naquela festa solene, para a qual o Rei dos Céus, sem medir sacrifícios, havia mandado à Terra, seu filho bendito, de quem queria celebrar condignamente as bodas. Eles poderiam melhor apreciar o filho e compartilhar de suas bodas, admirando o seu poder, na cura dos enfermos, na multiplicação dos pães e peixes, na materialização dos Espíritos de Moysés e
Elias, no Monte Tabor, na dominação do mar, na pesca maravilhosa e em tantos
outros fenômenos realizados. Quem estava mais apto para compreender os
Sermões do Monte, Profético e da Ceia; seus ensinos, suas parábolas... não eram os doutores, os sábios e os sacerdotes?

Infelizmente, porém, como outrora, com os profetas e no tempo de Jesus, e como acontece ainda hoje, essas pessoas se recusam a participar das bodas, do banquete espiritual, e agarram os servos encarregados dos convites e os ultrajam, ofendem, difamam, e se não os matam ainda, como nos tempos antigos, é porque atualmente existe o Código Penal. Se a Parábola das Bodas não tivesse sido proferida para as pessoas religiosas e os sábios do tempo de Jesus, ela serve perfeitamente para as mesmas pessoas que hoje repudiam, criticam, ofendem a “Doutrina dos Espíritos”, sem saberem de que ela veio ao mundo pelos mensageiros de Deus.

Jesus ao propor essa parábola, deu a entender que, para o comparecimento a essa festa, fazia-se necessário uma veste nupcial, pois era costume antigo como ainda hoje, a pessoa convidada usar para cada cerimônia, uma roupa de acordo com cada ato a que vai assistir ou praticar. Por isso, quem não estivesse com a roupagem para as bodas, seria posto para fora e lançado às trevas, onde haveria o choro e o ranger de dentes. A veste nupcial, era simbolizada por Jesus, como a humildade, a fé e a boa-vontade de encontrar a Verdade e a pureza de intenções. O egoísta, o interesseiro, o mercador e o aproveitador ou explorador do próximo, embora convidado a tomar parte no banquete, não poderia ser aceito, por não ter a túnica das virtudes, assim como um convidado a uma cerimônia, que não se traje de acordo com o ato a que vai comparecer.

Certos homens do mundo, preso aos negócios, às diversões, à ganância e ao egoísmo, esquecem-se de seus deveres para com seu Criador, para com seus semelhantes e para consigo mesmo, isto é, dos deveres espirituais a realizar no mundo. Eles então passaram a se constituir nos excluídos das bênçãos dos Céus, porque se recusaram ao banquete espiritual, preferindo os prazeres do mundo.

Os humildes, os simples, os pobres e outros mais, passaram então a participar do banquete e a serem os escolhidos para o Reino dos Céus, por eles serem os deserdados das glórias mundanas, das pompas, dos títulos e dos bens materiais, pois as palavras de Jesus estão desligadas dos preconceitos, das honras e dos prazeres terrenos, e para chegarmos a esse banquete, precisamos estar vestidos com a túnica nupcial, inocentes como uma criança que não têm idéias preconcebidas, nem bens e nem glórias terrenas.

O banquete continua à mesa, cheio de oportunidades para todos, capazes de satisfazer os mais exigentes. Como o Evangelho já se acha disseminado em todos os níveis sociais e em muitas partes do mundo, somente os seres humanos de má vontade, os orgulhosos, os vaidosos, os egoístas, os presunçosos e os de espírito preconcebido, ignoram seus deveres e repudiam a palavra divina, sendo afastados do banquete oferecido por Jesus, e substituídos pelos simples e puros de coração.
A Doutrina dos Espíritos como complemento do Cristianismo, está atualmente oferecendo esse banquete a todas às pessoas; e todas as que constituirão o rebanho
do Supremo Pastor, ouvirão o chamado que lhes está sendo feito em todos os recantos do mundo e aceitarão com alegria, participar do banquete divino. Tal é o convite e a mensagem que aprendemos com a Parábola do Festim das Bodas, proferido por Jesus.

Esta é mais uma alerta a todos os que se encontram na indolência, na insensatez, na falta de princípios espirituais, voltados exclusivamente para as coisas materiais, esquecidos de que um dia, que pode ser hoje mesmo, amanhã e em mais alguns dias, meses e anos; terão que deixar seus afazeres no mundo e responder ao Rei, porque não se prepararam devidamente para comparecerem ao banquete dos Céus. Ai dos que não puderem participar desse banquete, porque serão lançados nas trevas exteriores, onde os sofrimentos serão inenarráveis. . .


Bibliografia:
Livro “Parábolas e Ensinos de Jesus”


Jc.
S.Luis, 18/09/1999

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