domingo, 22 de julho de 2012

CACHOEIRAS DO RIO ITAPECURU

CACHOEIRAS DO ITAPECURU Desejando excursionar uma vez mais, e já tendo conhecido as Cachoeiras de Itaipu (PR), uma beleza tão fabulosa criada por Deus que todo brasileiro deveria conhecer; a cidade de Curitiba com suas atrações turísticas; a cidade de Brasília com seu contorno de avião, seus palácios e prédios imponentes; a cidade de São Paulo com sua miscigenação de povos e seus edifícios sempre cinzas; a cidade do Rio de Janeiro, com seu Cristo Redentor no Corcovado, seu Pão de Açúcar e os bondinhos, o Maracanã, a Quinta da Boa Vista, suas praias, seus edifícios coloridos e seu povo acolhedor, onde moramos 25 anos; Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza com suas praias de águas verdes; Teresina com seus rios e seu calor abrasante; São Luís, com seus prédios seculares de azulejos, suas lendas, suas praias, onde moramos; Belém com seu museu, o zoológico e o tradicional mercado do “Ver o Peso”; Manaus com seu Teatro, o rio Negro e suas indústrias, resolvemos conhecer mais algum ponto turístico do Maranhão, já que conhecemos as Dunas e Lagoas de Barreirinhas, o Rio Una, de Morros, a cidade de Alcântara e seus prédios históricos, a cidade de São José de Ribamar, cujo santo é o padroeiro do Maranhão, e aproveitando o período de férias dos professores, eu e minha esposa resolvemos excursionar até a cidade de Carolina-MA., para conhecer as Cachoeiras do Rio Itapecuru, mostrada em programa de televisão. Saímos de São Luís, as l8 horas do dia 10/07, embarcando na Empresa Açailândia que nos conduziria até o nosso destino. Seguimos pela BR-135 passando pelas cidades de Bacabeira, Santa Rita e Miranda do Norte, de onde prosseguimos pela BR-222 passamos pelas cidades de Vitória do Mearim, Santa Inês e, prosseguindo, ainda, pelas cidades de Santa Luzia, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas e chegamos à cidade de Imperatriz, onde ficamos impressionados com a grandiosidade da nova Rodoviária, construída por Jackson Lago, quando governador do Estado. De lá, seguimos pela BR-010, passando por Ribamar Fiquene, Porto Franco, Estreito, e na estrada para Carolina, observamos grandes plantações de eucaliptos, e depois de 16 horas de viagem, chegamos ao nosso destino. Carolina é uma cidade antiga, distante de São Luís, 857 km, as margens do lago do Rio Tocantins, em virtude da represa de Estreito, com enormes mangueiras seculares que enfeitam as ruas e praças. Ali, entramos em contato com o motorista de praça, Agripino, de 86 anos, que nos levou a conhecer a cidade e até o balneário, que fica no povoado de São João da Cachoeira, no Rio Itapecuru, 33 quilômetros de distância, na BR-230, km 543, que vai para Riachão e Balsas, aonde chegamos e ficamos hospedados. No rio, existem duas cachoeiras que encantam, apesar de não terem as proporções das cachoeiras de Itaipu (Paraná), e do outro lado do rio, aproximadamente 20 metros de largura, existe ainda, em estado de abandono, a primeira usina hidroelétrica da Amazônia, localizada naquele local, cujas turbinas foram trazidas da Alemanha, construída por volta dos anos mil novecentos e quarenta, que abastecia de energia a cidade de Carolina e outras localidades, e, construída a segunda usina 20 anos depois, para ampliar a capacidade de energia, também desprezada anos depois, por ser deficitária e ainda em virtude da construção das hidroelétricas de Boa Esperança e de Estreito. As águas das cachoeiras são bem frias e o banho é gratificante, bem como o passeio nos caiaques que nos levam ao banho embaixo das cachoeiras. Ficamos hospedados por sete dias, e durante esse período, todas as manhãs após o café, e a tarde após o almoço e pequeno descanso, estávamos dentro do rio a banhar e tirar alguns retratos para lembranças. Foi com saudades, que deixamos o balneário, não só pelo bom atendimento como também para voltarmos ao nosso domicílio em São Luís. Foi uma semana de descanso, relax e de renovação das forças para a continuação da nossa existência. Jc. São Luis, 20/07/2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A POLÍTICA E OS ESPÍRITAS

A POLÍTICA E OS ESPÍRITAS Nestes tempos de profundas transformações pela qual a humanidade está passando, é fácil percebermos o grande número de idéias que entram em conflito. Aliás, conflito de opiniões é algo que sempre esteve presente na história da humanidade, justamente por sermos ainda, espíritos com pouca lucidez de consciência e evolução. Os seres humanos buscam muitas vezes sem saber como, uma sociedade mais justa. Para termos uma sociedade mais justa, é preciso acima de tudo, saber administrar as diferenças. O grande problema é que a sociedade é formada por pessoas, e cada uma delas é um universo muito complexo. Então a sociedade só poderá ser justa, quando os seres humanos que participam dela foram também justos nas suas ações. Já dizia Allan Kardec: “A educação é a arte de fazer despertar nas pessoas os sentimentos da virtude e abafar os instintos dos vícios”. Além do ensino ministrado nos Centros Espíritas, muitas pessoas reclamam a falta de espíritas na vida política, por desejarem uma atitude firme na batalha contra as injustiças sociais, a corrupção e a impunidade que lavra atualmente no país. A nossa luta, entretanto, tem dimensões mais amplas; nosso trabalho realiza-se nos alicerces, na própria base da vida política e da justiça social, correspondendo à orientação e a formação do ser humano de bem, que vai retificar o futuro. Não nos interessam os efeitos superficiais. A Doutrina Espírita pretende remodelar o mundo, a partir da reforma do ser humano e de seus procedimentos. Desde Platão, os homens inteligentes já compreendiam que as verdadeiras transformações sociais e humanas, se realizam pela Educação. Na atualidade vemos vários adeptos de religiões envolvidas com a política e suas igrejas transformadas em bases de confábulos sócio-políticos. Por isso, é comum vermos indagações sobre qual a posição da Doutrina Espírita e do espírita, diante da política, frente às eleições que se realizarão no mês de outubro próximo. A resposta lógica só poderia ser com base nas nossas convicções no Evangelho de Jesus e nas obras da Doutrina Espírita, clareando e objetivando-nos o assunto. O primeiro ponto a se basear o espírita, é o próprio Jesus (modelo de conduta para todos nós) que se colocou à margem das preocupações políticas do mundo, certamente por considerá-las incompatíveis com a sua missão eminentemente espiritual e eterna. Jesus não se envolveu com os dominadores, mas também não usou nem uma só palavra, nem uma só atitude que se comprometesse com a política humana. Outro ponto importante foi aquele em que Pilatos, curioso por conhecer suas intenções políticas, inquire: E a resposta veio firme, sincera e objetiva: “O meu reino não é deste mundo”. E para os apóstolos que queriam imaginar o Reino de Deus à semelhança dos reinos da Terra, o Cristo esclareceu: “O Reino de Deus não vem com aparências exteriores”. E aponta-lhes o caminho a seguir: “Não o das armas mas o das almas e o Reino de Deus está dentro de vós”. Com Jesus, ficou comprovado que a sua mensagem jamais se dirigiu a reforma das instituições sociais e políticas, mas à transformação íntima do ser humano, faz surgir o homem novo e poderá modificar as consciências e as estruturas políticas passageiras. O ponto seguinte não aconselha os espíritas a se espalharem pelos partidos políticos, mas resume-se na questão simples e básica da necessidade de levar, cada um deles, através de exemplos e ensinos aos nossos semelhantes, os conhecimentos evangélicos, para que os seres humanos transformem a si mesmos para o bem. Essa solução nos conduzirá à equação de todos os problemas da felicidade humana. Quanto às obrigações para com o processo eleitoral, os espíritas podem colaborar com a política, cumprindo o seu dever como cidadão, porque entendemos sempre, que a nossa missão Evangelizadora é muito mais delicada e muito mais nobre. Relembramos a advertência de André Luiz, por intermédio de Chico Xavier, no livro Conduta Espírita: “O espírita deve cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, seguindo os ditames da própria consciência”. Espero que este artigo possa ter possibilitado ao irmão, saber qual é realmente o nosso compromisso assumido na espiritualidade e a nossa missão nesta existência aqui na Terra. Bibliografia: Revista Cristã de Espiritismo Francisco Júnior ! Fábio Oliveira ! Goiás Espírita Jc. 21/6/2010

sábado, 30 de junho de 2012

A L E I T U R A

A LEITURA A leitura é uma atividade permanente da condição humana; uma habilidade a ser adquirida desde cedo e deve ser treinada em suas várias formas. Lê-se para aprender e entender. Lê-se para conhecer e ficar informado. Lê-se por prazer e curiosidade. Lê-se para questionar e resolver problemas. Lê-se para sonhar e viajar com a imaginação. Sendo a mais geral das habilidades, a leitura acaba determinando o sucesso ou o fracasso na existência das pessoas. O mau domínio da leitura cria dificuldades para a escrita como também na matemática, pois a compreensão do texto é indispensável para entender o enunciado dos problemas. Nem todas as pessoas serão leitoras habituais para sempre. Mas todos deverão estar aptos a ingressar, através da leitura e do conhecimento, no mundo do trabalho e da cidadania. Em meio a tantas formas de comunicação pelas quais somos bombardeados hoje em dia, fica meio complicado entender a importância de um livro que alguém escreveu a fim de ser lido por outras pessoas. Pense em como um romance, um poema são capazes de nos levar para determinados lugares, através do pensamento e pela imaginação, sem termos jamais visitado. Alias, é isso mesmo: ler é fazer uma grande viagem, uma aventura do espírito, algo que nos faz ir além e muito além. E quando vamos para algum lugar levados pela imaginação, não estamos sendo passivos; isto é, não estamos vendo televisão – ao contrário, somos o próprio personagem “mocinho” ou “bandido” na história. Não estamos brigando com a televisão, até porque, por sua própria natureza (a de hipnotizar pelas imagens) ela leva enorme vantagem. O que é preciso conquistar, centímetro a centímetro, é a capacidade de aprender, sabermos ler, traduzir e criticar cada texto proposto, a partir do início da alfabetização. Como sabemos, as crianças pequenas adoram ouvir histórias todos os dias, contadas pelos pais ou avós. É importante não esquecer essa paixão mundial pelas histórias da carochinha, porque esse é o ponto de partida para a grande inquietação humana. E, muito mais do que essa inquietação filosófica, é fundamental lembrar que hoje, no Brasil, onde a economia exibe 72,52% de produtos industrializados contra 27,48% de produtos agrícolas, os trabalhadores do futuro precisarão estar mais capacitados para enfrentar os desafios da modernidade. Mas, acima de tudo, ler significa pensar, refletir, estar a favor ou contra, comentar, trocar opinião, posicionar-se: enfim, exercer, sempre, a cidadania. Para a autora de “Marcelo, Marmelo, Martelo”, Ruth Rocha, “muita gente entra na Universidade sem saber ler. Ela se refere às pessoas que leem por obrigação, sem verdadeiramente saberem ler”. Ela acentua ainda que, em casas onde os pais têm o hábito da leitura, fica bem mais fácil que os filhos leiam com a mesma regularidade. Se você quer ensinar as pessoas a gostarem de ler, comece transformando a leitura numa atividade livre, pois tudo o que fazemos por obrigação tende a ficar chato. É importante evitar livros muito simplificados, bobos e sem conteúdo, porque, se o texto é simples demais, provavelmente também é pobre de linguagem. Em vez de livros simples, adote obras engraçadas, dramáticas, envolvente como os romances espíritas. “Quando a criança ouve histórias, descobre que o mundo dos livros é interessantíssimo. Ela entende muito mais pelo que ouve do que é capaz de ler com os olhos” diz o professor Luiz Percival Leme Britto, da Associação Brasileira de Leitura. Para facilitar a escolha de bons livros, consulte a lista dos Altamente Recomendáveis, divulgada anualmente pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) no seu informativo, Noticias. O Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) foi criado pelo Governo Federal em 1992 com o objetivo de criar uma política nacional de leitura. Desde 1995, o Ministério da Cultura, em parceria com a Associação Nacional de Livrarias, o Banco do Brasil e várias secretarias estaduais e municipais de cultura, faz todo mês de novembro, a campanha “Paixão de Ler”. Apesar da importância da biblioteca, ela não é uma função muito prestigiada entre os professores. “Para a biblioteca vão os readaptados ou os professores que estão em fase de aposentadoria. O professor pode assumir a função, mas não terá o título nem o salário de um bibliotecário, em geral maior que o dele, e nem pode contar o tempo de trabalho na biblioteca para sua aposentadoria”, afirma Wanda Antunes, professora da UNB. Em Curitiba existe uma rede de 45 bibliotecas públicas construídas em forma de farol. São os Faróis do Saber, que começaram a ser erguidos em 1994. Aqui no Maranhão, foram construídos alguns Faróis da Educação nos moldes dos Faróis do Saber de Curitiba, e entre eles, o do bairro do Filipinho, que se acha desativado, e o do Maiobão, no município de Paço do Lumiar, a 25 quilômetros de São Luis, que começou a funcionar em julho de 1997. No Farol do Maiobão, trabalham seis funcionários, que tomam conta de 5000 livros, que permitem pesquisas. No mesmo, são realizadas palestras e leituras de várias histórias e outras atividades feitas em conjunto com as dez escolas estaduais de 1º e 2º grau do bairro. “Isso está fazendo tanto sucesso que já tem criança que foge da escola para ir ao farol”, conta a funcionária Cassia. O saber, além do transmitido adquire-se principalmente pela leitura. Bibliografia: Elizabeth De Fiore Adriana Vera e Silva Camila Guimarães Ana Jover + Acréscimos e modificações. Jc. SLuis, 24/5/2012

domingo, 29 de abril de 2012

DIVALDO FRANCO - OUTRA EXISTÊNCIA

DIVALDO FRANCO – UMA DE SUAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Divaldo, há cerca de 40 anos, foi pela primeira vez a Paris, hospedando-se na residência de um casal amigo que conheceu no Rio de Janeiro, Lígia e Emílio Ribeiro. A primeira noite naquela capital foi-lhe tormentosa, não conseguindo conciliar o sono de modo algum e sendo vítima de atrozes fenômenos psíquicos. Pela manhã, sentindo-se muito estranho, pediu permissão ao casal anfitrião para sair e dirigir-se a algum lugar que ele mesmo não sabia onde seria. O casal ficou perplexo, sem entender como uma pessoa que jamais houvera ido àquela cidade pedia para sair sozinho, para ir onde nem ele mesmo sabia... Ademais, eram 7 horas de uma segunda-feira, onde os monumentos históricos franceses ainda não estavam abertos à visitação pública. Mas Divaldo insistiu, afirmando-lhes que levaria o endereço deles no bolso e dizendo que qualquer coisa os avisaria por telefone ou pegaria um táxi. Eles então concordaram. Ele então saiu a pé, depois pegou o metrô, depois um ônibus que começou a levá-lo para fora da cidade. Algum tempo se passou e o médium dentro do ônibus, se sentindo cada vez noutra personalidade, essa muito endurecida, perecendo detestar tudo e todos à volta... Em determinado instante, o ônibus passou perto de um bosque. Divaldo pediu ao motorista para descer do veículo, e dirigiu-se a uma estrada de pedras, muito bem cuidada, que terminava em frente a um enorme monastério, também revestido de pedras, onde bela torre de igreja ao fundo predominava. Era uma ordem religiosa, de monjas enclausuradas, que datada do século XVII, fundada em 1606, por um frade franciscano. Divaldo, cada vez mais mediunizado pela personalidade estranha, sentia-se aturdido, mas dispôs-se a bater na porta do monastério, onde uma monja porteira, lhe informou que o monastério não estava aberto à visitação pública e que as monjas eram enclausuradas, só lhes sendo permitida, uma única visita masculina – a do confessor da Instituição. Divaldo então insistiu para que ela fosse chamar a monja-mestra e deu-se conta de que estava falando em francês. Era um francês com um acento diferente... Sem saber porquê, a monja aquiesceu, mandou-o entrar até o parlatório onde uma religiosa de cerca de 60 anos, passou a lhe dizer da impossibilidade do intento por ele almejado. Como ele insistisse, veio a abadessa, veneranda senhora belga de cerca de 70 anos, e passaram os dois a dialogar: - Senhora, eu sou o fundador desta Instituição, muito dura para com as jovens que aqui habitam. Quando a institui eu não me dava conta disso, mas hoje venho pedir-lhe para ser mais complacente com as monjas; aja com mais amor, com mais benevolência para com elas! – Ela respondeu: - Meu filho, você é tão jovem! Por que está falando em francês provençal? Meu filho, esta Instituição foi fundada no século XVII, em 1606. Você está aturdido, vou providenciar levá-lo de volta. Onde se hospeda? Vá, na companhia da irmã mestra e outra religiosa... A entidade respondeu: - Não antes que eu possa visitar a cela onde faleci. - “Como você sabe que nosso fundador morreu aqui?” – Irmã, eu sou ele! Eu vivi em orações contínuas, tanto que onde eu me ajoelhava o piso de pedra-pome ficou um pouco mais fundo que o restante. A minha cela possuía uma gravura da Madona, da qual certo dia, após muitas preces, inadvertidamente, queimei um pedaço com uma vela acesa. – “Como o senhor sabe disso?” Essas referências verídicas não constam em nenhuma de nossas publicações!- Irmã, eu sou ele que lhe fala. A irmã diz que não posso visitar minha cela porque teria que passar pelo pátio interno, onde ficam as clausuras proibidas ao sexo masculino... Mas, se formos pelo altar-mor, atrás dele, há uma porta, que dá para uns degraus que vão terminar num corredor, de onde, sem passar pela clausura, sem passar pelo átrio principal, chegaremos à minha cela. Vamos, irmã! - “Já que insiste tanto e para acabarmos logo com isso, venha e mostre-nos o caminho que diz conhecer!” E Divaldo foi à frente, mostrando o caminho, que reconhecia, com a abadessa logo atrás dele, depois a irmã-mestra seguida pela monja porteira. Como nos velhos tempos... O fundador à frente de todas... Depois do desejo da entidade ter sido concretizado e Divaldo ter observado na cela a surrada vestimenta do sacerdote, ter visto o chão realmente afundado, perto do genuflexório, e de não ter visto mais a gravura da Madona, todos, muito emocionados, retornaram pelo mesmo caminho... Chegando ao parlatório de volta, a abadessa pediu para as outras duas se retirarem e lhe perguntou o que seria aquele fenômeno. Divaldo então lhe falou abertamente da reencarnação, da comunicação com os Espíritos, da lei de causa e efeito, e prometeu-lhe “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos” em francês, logo que retornasse a Paris. Já era hora do almoço e Divaldo, convidado, almoçou na Instituição e continuaram a conversar o médium e a abadessa. Ela, muito emocionada, expressava amargura por saber disso tudo “tão tarde”, ao que Divaldo lhe disse que não; que ela estava na plenitude das suas forças e que poderia, com o novo conhecimento, usar o Amor Incondicional do Cristo para com as moças ali recolhidas. Como já eram 16 horas, ele aceitou voltar com as referidas monjas para Paris, onde por certo o casal amigo deveria estar preocupado com tão longa ausência sem notícias. No dia seguinte, refeito e feliz, ele próprio foi a uma livraria para comprar os dois livros de Kardec, que seu anfitrião, gentilmente, entregou no Monastério. Eles passaram a se corresponder e a abadessa Beatriz dois anos depois, foi transferida para a Bélgica, por obrigações administráveis. Na década de 80, Divaldo a visita, ela já nonagenária, lúcida, muito feliz com o reencontro e mostra-lhe os livros que tanto lia e relia, e aí o médium lhe conta da sua vida atual, das conferências, da Mansão do Caminho e demais atividades que lhe diziam respeito, na Terra do Cruzeiro... Essa, foi uma das anteriores encarnações de Divaldo Pereira Franco. Bibliografia: José Antonio V. de Paula Jornal ‘O Imortal” – 01/2012 + acréscimos e modificações. Jc. S.Luis, 19/01/2012

O BRASIL LAICO E RELIGIOSO

O BRASIL, LAICO E RELIGIOSO Na revista “Veja” de 19/10/2011, o jornalista Roberto Pompeu de Toledo faz uma análise sobre o título deste artigo, afirmando: “O preâmbulo da Constituição foi promulgada “sob a proteção de Deus”. É evidência da laicidade impregnada de religião – tão ambígua, tão cordial, tão parcial, tão brasileira... Cada feriado religioso, como o de Nossa Senhora Aparecida, ocorrido na semana passada, põe em xeque o caráter laico do estado brasileiro. Fica claro que não é tão laico assim. Urge matizar o suposto laicismo. Seguem-se quatro alternativas: l- O estado brasileiro é uma entidade laica que tem o catolicismo como religião oficial. 2- O estado brasileiro é uma entidade laica que tem o catolicismo (por enquanto) como religião oficial. 3- O estado brasileiro é uma entidade laica imbuída da missão de prestigiar, sustentar e enriquecer as religiões. 4- O estado brasileiro é uma entidade laica constituída sob a proteção de Deus. Se o leitor/a escolheu uma delas, errou. Todas estão certas, como passaremos a demonstrar. Alternativa 1 – A Constituição assegura a liberdade de consciência e de crença (art. 5, VI) donde decorre que o estado se manterá neutro diante das várias religiões existentes. É a boa doutrina, parte inseparável do triunfo das liberdades e dos direitos humanos sobre o caráter teocrático das antigas monarquias ou de certos estados contemporâneos. No entanto, só a religião católica mantém sobre o calendário do país controle suficiente para impor feriados nacionais. Judeus, muçulmanos, budistas, protestantes, espíritas, umbandistas e outras minorias carecem de tal poder. Os protestantes, e as outras minorias têm de escolher um fim de semana ou pega carona num feriado católico, para realizar suas marchas para Jesus. Outro sintoma da predominância católica é a presença de símbolos dessa religião em recintos públicos, a começar pelos mais importantes deles; os plenários da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, todos eles decorados com crucifixos na mais vistosa das paredes. Alternativa 2 – No entanto, o poder do catolicismo já foi muito maior. Havia mais feriados em reverência a seus santos. E, até as décadas de 50 ou 60, seus representantes eram figuras inevitáveis nas cerimônias públicas. “Estiveram presentes autoridades civis, militares e eclesiásticas”, informava a imprensa, ao noticiar um desfile de 7 de setembro, uma recepção a um visitante estrangeiro, uma posse de presidente, governador ou prefeito. Uma inauguração não estaria completa sem a bênção do recinto por parte do padre ou bispo. Ao recuo católico, nas décadas que se seguiram, corresponde ao avanço dos protestantes e espíritas. Hoje, os primeiros, são namorados por políticos; contam com bancadas no Congresso e nas assembléias e, talvez mais importante do que tudo, dominam como nenhuma outra religião a arte de ocupar os espaços na televisão. Pode não estar longe o dia em que desbancarão o catolicismo, ou se equiparão a ela, como sócios preferenciais do estado “laico”. Alternativa 3 - O artigo 19 da Constituição veda à União, estados e municípios, “estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes a atividade, ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”. O artigo é em geral considerado como indicação maior do desejável distanciamento entre o estado e as religiões. O estado garante-lhes o funcionamento, mas não se envolve com elas. Entretanto, eis que o estado faculta o ensino religioso nas escolas públicas (art. 210), reconhece efeitos civis no casamento religioso (art. 226) e, na contramão da proibição de subvenções, estabelece que recursos públicos podem ser direcionados para escolas confessionais (art. 213) e, sobretudo, concede isenção de impostos a “templos de qualquer culto”, estimulando a proliferação de templos, unicamente para a exploração das pessoas ignorantes ou de boa fé. Alternativa 4 – Afirma o preâmbulo da Constituição, que os “representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte” etc., etc., a promulgam ‘sob a proteção de Deus”. Ponto a favor da neutralidade é que não se especifica se o Deus em questão é o dos cristãos, o dos judeus, ou dos muçulmanos. Primeiro ponto contra é que, se é um só o “Deus” mencionado, ficam de fora as religiões politeístas – das africanas, afro-brasileiras e indígenas ao budismo, ao taoísmo e ao hinduísmo. Segundo ponto contra é a discriminação dos ateus e agnósticos. Mas o principal não é isso. O principal é a evidência, logo de saída, no texto constitucional, da laicidade impregnada de uma religião – tão ambígua, tão cordial, tão parcial, tão brasileira...” Bibliografia: Roberto Pompeu de Toledo + pequenas modificações e acréscimos Jc. S.Luis, 19/04/2012

OS TRÊS PODERES

OS TRÊS PODERES DA REPÚBLICA Charles de Secondat, o Barão de Montesquieu, publicou em 1748, “O Espírito das Leis”, obra célebre em que apresenta a divisão dos poderes do Estado, entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. A Constituição Brasileira adotou esse sistema, considerando os poderes órgãos da soberania nacional. O que é poder? Inicialmente, devemos definir que o poder aqui tratado é o direito de deliberar, agir e mandar. As palavras “autoridade”, “soberania”, “império”, “domínio” e “influência”, todas são sinônimos desse conceito. A teoria da tripartição dos poderes surgiu de Aristóteles, na sua obra “Política”. No século XVII, John Locke reconheceu a importância das três funções distintas no Poder Estatal, no “Segundo Tratado sobre o Governo Civil”. Foi Montesquieu, no entanto, quem consagrou a teoria. Ele escreveu que, “segundo uma experiência eterna, todo ser humano tende a abusar do poder que lhe foi atribuído, só não o fazendo se encontrar limites à sua ação. E, para que ninguém possa abusar do poder, é necessário que, pela disposição das coisas, o poder limite o poder”. Esse sistema de controle entre um poder e outro, também é conhecido como “sistema de freios e contrapesos”. O Artigo 2º de nossa Constituição determina que “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Mas, na prática, como isso funciona? – O Poder Legislativo tem a função de elaborar as normas jurídicas ou as leis Jurídicas que regem o povo. Ele é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados (representantes do povo, com mandato de quatro anos) e do Senado Federal (representantes dos Estados-membros e do Distrito Federal, com mandato de oito anos). Nos Estados e Municípios, os Poderes Legislativos são exercidos pela Assembléia Legislativa (representada pelos deputados estaduais) e pela Câmara dos Vereadores, respectivamente. – O Poder Executivo administra o país de acordo com as leis, fazendo executá-las pelos diversos órgãos da administração e exigindo seu cumprimento por parte de toda a população. É exercido pelo Presidente da República Federativa, auxiliado pelos ministros de Estado. Nos Estados e Municípios é exercido, respectivamente, pelo governador e pelo prefeito, ambos auxiliados por secretários. – O Poder Judiciário tem a função de julgar e decidir, de acordo com as leis, as questões e dissídios entre os indivíduos, as empresas e os indivíduos, ou entre os indivíduos e as autoridades. Fiscalizando a aplicação das leis, é exercido pelos seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal (STF) , Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares, Tribunais e Juízes dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Controle entre os Poderes. Para que possa haver harmonia, cada poder exerce e sofre limitações recíprocas. Na realidade, o que se tem percebido é uma grande interferência de um sobre o outro. Um exemplo disso é a grande quantidade de Medidas Provisórias, editadas pelo Presidente e submetidas ao Congresso Nacional. Em alguns anos elas passaram de 6.300 medidas editadas e reeditadas, e muitas vezes terminam por ficar permanentes. Na teoria o controle entre os três poderes ocorre da seguinte forma: - Poder Legislativo: a)- Controla o Judiciário e participa da escolha dos membros dos tribunais superiores; julgando os ministros do STF nos crimes de responsabilidade e fiscalizando a forma como é gerenciado o dinheiro público pelo Poder Judiciário, no exercício da atividade administrativa; b)- Controla o Executivo julgando o presidente da República, o vice-presidente, os ministros de Estado, nos crimes de responsabilidade; apreciando as contas do presidente da República e dos demais órgãos da Administração Pública; fiscalizando e controlando os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta, podendo convocar ministros de Estado para prestar informações e criar comissões parlamentares de inquérito (CPI), para apuração de fatos relevantes. – Poder Executivo: a)- Controla o Judiciário nomeando os ministros do STF e dos demais tribunais superiores; b)- Controla o Legislativo participando da elaboração das leis, através as sanção ou veto aos projetos de lei aprovados, e participando da escolha dos ministros do Tribunal de Contas da União. – Poder Judiciário: a)- Controla o Legislativo conferindo as leis e atos administrativos, se de acordo com a constitucionalidade: julga os membros do Congresso Nacional nos crimes comuns, e os membros do Tribunal de Contas da União nos crimes comuns e de responsabilidade; b)- Controla o Executivo cuidando da constitucionalidade das leis e atos administrativos, julgando o Presidente da República, o vice-presidente, os ministros de Estado, nos crimes comuns e julgando os ministros de Estado nos crimes de responsabilidade, quando esses não forem conexos com crimes atribuídos ao presidente ou ao vice-presidente. Assessorando os três poderes, no sentido de garantir os direitos dos cidadãos; na aplicação das verbas; na fiscalização e aplicação da justiça, existem ainda as entidades abaixo mencionadas: Ministério Público Federal Controladoria Geral da União Tribunal de Contas da União Conselho Nacional de Justiça Bibliografia: Márcio Zoratto Gastaldo Jornal “Mundo Jovem” – 05/2005 + acréscimos Jc. S.Luis, 19/04/2012

PEIXOTINHO - O MÉDIUM DO AMOR

PEIXOTINHO – O MÉDIUM DO AMOR Peixotinho, como ficou conhecido o famoso médium de efeitos físicos, Francisco Peixoto Lins, nasceu em 1º de fevereiro de 1905, na cidade de Pacatuba, no estado do Ceará, filho de Miguel Peixoto Lins e Joana Alves Peixoto. Muito cedo perdeu sua mãe e foi criado por seus tios. Ele iniciou sua educação em um seminário onde teve as primeiras dúvidas sobre a existência de Deus, pois seu espírito não aceitava as explicações que recebia para justificar as injustiças sociais e o nascimento de ´pessoas com deficiências. Sua índole misericordiosa, não se conformava com os quadros de sofrimento que contemplava. Só mais tarde, a Doutrina dos Espíritos lhe explicaria as causas dos sofrimentos das pessoas que observava. Aos 14 anos foi trabalhar na extração da borracha no Amazonas, enfrentando, além da solidão, os perigos normais da região e a dificuldade de recursos da época. Essa coragem muito colaborou no seu trabalho mediúnico que envolvia grandes riscos. Retornou ao Ceará dois anos depois e aí sua mediunidade começou a surgir sob a forma obsessiva. Espíritos sofredores dele faziam um valentão, apesar do seu físico infantil. Dono de grande força de vontade e, percebendo o que os obsessores podiam fazer através dele, procurou reagir, não saindo de casa. Isso depois de um episódio em que, após travar luta com vários homens, foi transportado para uma praia deserta e distante, fisicamente ileso. Sua resistência, porém, desagradava aos obsessores, lhe sobrevindo um caso de letargia, sendo então, considerado morto, estado do qual despertou após mais de 10 horas de amortalhado. Semelhante episódio viveu também a médium Yvone Pereira. A seguir lhe veio uma paraplegia que o prostrou por mais de seis meses. Como o fato chamou a atenção da Federação Espírita do Ceará, esta enviou alguns confrades a visitá-lo. Com preces e água fluidificada se recuperou e iniciou os estudos da Doutrina dos Espíritos com o confrade e tribuno espírita da época, o Major Viana de Carvalho. A segurança doutrinária que Peixotinho demonstrou durante toda sua existência, deve-se a boa orientação desse grande espírita brasileiro. Em 1926 veio para o Rio e se apresentou para servir ao Exército no forte Santa Cruz. Sua vida militar incluiu varias transferências, e por onde passou serviu com a sua mediunidade, seja no receituário homeopático, no trabalho de desobsessão, no atendimento solidário aos necessitados de consolo ou mesmo trabalhando as possibilidades de materialização unicamente para tratamento e cura. Foi em Macaé que iniciou propriamente sua tarefa, amparado por uma equipe muito fraterna. Fundaram então, o Grupo Espírita Pedro. Ali foram recebidas as primeiras orientações sobre a necessidade de preparação para uma reunião de efeitos físicos. Peixotinho casou-se em 1933 com Benedita (Baby) Vieira Peixoto e tiveram nove filhos, sendo oito mulheres e um homem. A primeira das meninas, Aracy, desencarnou com um ano e quatro meses. Foi ela, espírito de grande evolução nas trilhas cristãs desde o segundo século, sendo o seu grande amparo na tarefa. A vide dele era de muita luta. O casal enfrentava muitas transferências de cidades. E lá se ia á família para Imbituba (SC), Macaé (RJ), Rio (RJ), Santos (SP). Em 1945 de volta ao Rio, encontrou alguns amigos entre eles Antonio Alves Ferreira, de Macaé. Das reuniões semanais na residência deste confrade, nasce o Grupo Espírita André Luiz, cuja sede provisória era na casa de outro valoroso amigo, Jaques, à rua Moncorvo Filho 27, sobrado. Lá ele atuou mediunicamente e há interessantes depoimentos e atas dessas reuniões no livro “Materialização do Amor” de Humberto Vasconcelos. Lamartine Palhano também relata alguns episódios em “Dossiê Peixotinho”. Do Rio seguiu para Santos onde freqüentou o Centro Espírita Ismênia de Jesus, e de lá Foi transferido para Campos em 1940, iniciou seus serviços no Grupo Espírita Joana D’arc. Pouco depois nascia o Grupo Espírita “Aracy”, em homenagem ao carinho da filha que o amparava da Espiritualidade e a esse grupo, dedicou seus últimos anos de existência terrena. Em 1948, deu-se o seu encontro com Chico Xavier, e em Pedro Leopoldo, junto ao aconchego de Chico, várias reuniões de materializações foram feitas. Algumas delas são relatadas por Roniere em seu livro “Materializações Luminosas”. Vieram outros encontros e o afeto e a confiança, existia entre eles e muitas correspondências foram trocadas entre. Apesar de sua eficiência como médium receitista, foi um sofredor, portador de asma. Suas crises eram constantes e raramente lhe davam tréguas, mas, quando em tarefas mediúnicas nada sofria. Compreendia tal sofrimento como provação e, ao fim de cada crise de dispnéia exclamava: “Bendita a asma que me liberta”. Apesar das lutas e dos sofrimentos era sempre alegre e muito brincalhão. Como médium soube viver sem nunca comerciar seus dotes mediúnicos. Viveu pobre e exclusivamente dos seus vencimentos de oficial da reserva, reformado no posto de capitão. Ele manteve sempre grande zelo pelos princípios esposados por Jesus e Kardec e os agrupamentos espíritas por ele fundados mantinham essa fidelidade. Dedicou-se muito ao tratamento de casos graves de obsessão, chegando mesmo, por várias vezes, a levar doentes ao próprio lar, hospedando-os junto de seus familiares. Eram muitos os que ali ficavam, às vezes por meses, especialmente os desenganados da medicina terrena; vários ficaram curados. De sua mediunidade há relatos de transplante de células, tomografias em 1952, (duas décadas antes da chegada ao Brasil do primeiro tomógrafo), curas de pacientes em lugares distantes e até em outro país, materialização de flores, pedras e outros objetos, inclusive medicamentos de outros países, pinturas feitas por espíritos materializados, poemas por escrita direta, escrita direta em japonês e outros tantos fenômenos. Espíritos como Bezerra de Menezes, Aracy, Scheilla, Nina Arueira, José Grosso e outros se materializavam iluminados, aos olhos de todos os presentes. As reuniões de Efeitos Físicos tinham o comando espiritual do severo espírito Garcês, um grande disciplinador do trabalho realizado pelo médium. Foram muitos os fenômenos produzidos por sua mediunidade, mas ele considerava como o maior dos fenômenos a mudança de hábitos, a transformação das pessoas a partir do contato com a realidade espiritual. Tinha grande alegria quando, por sua mediunidade, as criaturas tomavam um destino novo. Muitas pessoas consoladas através de sua mediunidade multiplicaram amor em obras de amparo a outros necessitados. Apesar de seu estado debilitado e já quase sem poder articular palavras, ele deu seu último receituário na noite do dia anterior, a uma mãe pobre que o buscou. Ele desencarnou em 16 de junho de 1966, em sua casa em Campos dos Goytacazes, cercado do afeto de sua companheira e de seus filhos. Eis aí um trabalhador cristão e espírita que dignificou a Doutrina dos Espíritos no Brasil, a quem a Revista Espírita de Campos e nós outros rendemos nossa homenagem de gratidão. Bibliografia: Alcione Peixoto Revista Espírita de Campos – 01-02-03/2010 Jc. S.Luis, 28/04/2012