domingo, 29 de abril de 2012

DIVALDO FRANCO - OUTRA EXISTÊNCIA

DIVALDO FRANCO – UMA DE SUAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES Divaldo, há cerca de 40 anos, foi pela primeira vez a Paris, hospedando-se na residência de um casal amigo que conheceu no Rio de Janeiro, Lígia e Emílio Ribeiro. A primeira noite naquela capital foi-lhe tormentosa, não conseguindo conciliar o sono de modo algum e sendo vítima de atrozes fenômenos psíquicos. Pela manhã, sentindo-se muito estranho, pediu permissão ao casal anfitrião para sair e dirigir-se a algum lugar que ele mesmo não sabia onde seria. O casal ficou perplexo, sem entender como uma pessoa que jamais houvera ido àquela cidade pedia para sair sozinho, para ir onde nem ele mesmo sabia... Ademais, eram 7 horas de uma segunda-feira, onde os monumentos históricos franceses ainda não estavam abertos à visitação pública. Mas Divaldo insistiu, afirmando-lhes que levaria o endereço deles no bolso e dizendo que qualquer coisa os avisaria por telefone ou pegaria um táxi. Eles então concordaram. Ele então saiu a pé, depois pegou o metrô, depois um ônibus que começou a levá-lo para fora da cidade. Algum tempo se passou e o médium dentro do ônibus, se sentindo cada vez noutra personalidade, essa muito endurecida, perecendo detestar tudo e todos à volta... Em determinado instante, o ônibus passou perto de um bosque. Divaldo pediu ao motorista para descer do veículo, e dirigiu-se a uma estrada de pedras, muito bem cuidada, que terminava em frente a um enorme monastério, também revestido de pedras, onde bela torre de igreja ao fundo predominava. Era uma ordem religiosa, de monjas enclausuradas, que datada do século XVII, fundada em 1606, por um frade franciscano. Divaldo, cada vez mais mediunizado pela personalidade estranha, sentia-se aturdido, mas dispôs-se a bater na porta do monastério, onde uma monja porteira, lhe informou que o monastério não estava aberto à visitação pública e que as monjas eram enclausuradas, só lhes sendo permitida, uma única visita masculina – a do confessor da Instituição. Divaldo então insistiu para que ela fosse chamar a monja-mestra e deu-se conta de que estava falando em francês. Era um francês com um acento diferente... Sem saber porquê, a monja aquiesceu, mandou-o entrar até o parlatório onde uma religiosa de cerca de 60 anos, passou a lhe dizer da impossibilidade do intento por ele almejado. Como ele insistisse, veio a abadessa, veneranda senhora belga de cerca de 70 anos, e passaram os dois a dialogar: - Senhora, eu sou o fundador desta Instituição, muito dura para com as jovens que aqui habitam. Quando a institui eu não me dava conta disso, mas hoje venho pedir-lhe para ser mais complacente com as monjas; aja com mais amor, com mais benevolência para com elas! – Ela respondeu: - Meu filho, você é tão jovem! Por que está falando em francês provençal? Meu filho, esta Instituição foi fundada no século XVII, em 1606. Você está aturdido, vou providenciar levá-lo de volta. Onde se hospeda? Vá, na companhia da irmã mestra e outra religiosa... A entidade respondeu: - Não antes que eu possa visitar a cela onde faleci. - “Como você sabe que nosso fundador morreu aqui?” – Irmã, eu sou ele! Eu vivi em orações contínuas, tanto que onde eu me ajoelhava o piso de pedra-pome ficou um pouco mais fundo que o restante. A minha cela possuía uma gravura da Madona, da qual certo dia, após muitas preces, inadvertidamente, queimei um pedaço com uma vela acesa. – “Como o senhor sabe disso?” Essas referências verídicas não constam em nenhuma de nossas publicações!- Irmã, eu sou ele que lhe fala. A irmã diz que não posso visitar minha cela porque teria que passar pelo pátio interno, onde ficam as clausuras proibidas ao sexo masculino... Mas, se formos pelo altar-mor, atrás dele, há uma porta, que dá para uns degraus que vão terminar num corredor, de onde, sem passar pela clausura, sem passar pelo átrio principal, chegaremos à minha cela. Vamos, irmã! - “Já que insiste tanto e para acabarmos logo com isso, venha e mostre-nos o caminho que diz conhecer!” E Divaldo foi à frente, mostrando o caminho, que reconhecia, com a abadessa logo atrás dele, depois a irmã-mestra seguida pela monja porteira. Como nos velhos tempos... O fundador à frente de todas... Depois do desejo da entidade ter sido concretizado e Divaldo ter observado na cela a surrada vestimenta do sacerdote, ter visto o chão realmente afundado, perto do genuflexório, e de não ter visto mais a gravura da Madona, todos, muito emocionados, retornaram pelo mesmo caminho... Chegando ao parlatório de volta, a abadessa pediu para as outras duas se retirarem e lhe perguntou o que seria aquele fenômeno. Divaldo então lhe falou abertamente da reencarnação, da comunicação com os Espíritos, da lei de causa e efeito, e prometeu-lhe “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos” em francês, logo que retornasse a Paris. Já era hora do almoço e Divaldo, convidado, almoçou na Instituição e continuaram a conversar o médium e a abadessa. Ela, muito emocionada, expressava amargura por saber disso tudo “tão tarde”, ao que Divaldo lhe disse que não; que ela estava na plenitude das suas forças e que poderia, com o novo conhecimento, usar o Amor Incondicional do Cristo para com as moças ali recolhidas. Como já eram 16 horas, ele aceitou voltar com as referidas monjas para Paris, onde por certo o casal amigo deveria estar preocupado com tão longa ausência sem notícias. No dia seguinte, refeito e feliz, ele próprio foi a uma livraria para comprar os dois livros de Kardec, que seu anfitrião, gentilmente, entregou no Monastério. Eles passaram a se corresponder e a abadessa Beatriz dois anos depois, foi transferida para a Bélgica, por obrigações administráveis. Na década de 80, Divaldo a visita, ela já nonagenária, lúcida, muito feliz com o reencontro e mostra-lhe os livros que tanto lia e relia, e aí o médium lhe conta da sua vida atual, das conferências, da Mansão do Caminho e demais atividades que lhe diziam respeito, na Terra do Cruzeiro... Essa, foi uma das anteriores encarnações de Divaldo Pereira Franco. Bibliografia: José Antonio V. de Paula Jornal ‘O Imortal” – 01/2012 + acréscimos e modificações. Jc. S.Luis, 19/01/2012

Nenhum comentário: