quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO





 
“Os processos de mudança na comunicação estão passando pela convergência das mídias; plataformas que vão se agregando, inovando e consequentemente ganhando novos formatos e forças.”
O jornal mais antigo de que se tem conhecimento é da cidade de Roma, chamado “Acta Diurna”. Foi ele lançado pelo Imperador Júlio Cesar, que tinha como objetivo deixar os cidadãos das principais cidades, informados a respeito dos acontecimentos sociais e políticos do Império.  Isso ocorreu no ano de 59 A/C. As notícias eram escritas em grandes placas brancas e expostas em lugares públicos e movimentados.
Já no século VIII, na China, os primeiros jornais eram escritos à mão, no formato de boletins. Imaginem o trabalho para fazer um único jornal. Porém, a partir do ano de 1447, começa uma nova fase para a humanidade com a chegada da prensa inventada por Johann Gutemberg, mais conhecida como a grande revolução da escrita impressa. Com essa fabulosa máquina, a circulação da informação, do conhecimento e do intercâmbio de ideias ficou muito mais ágil, possibilitando o acesso à informação por todos. No início do século XVII, as publicações dos jornais passam a ser periódicas, saindo na frente á Europa em países como Alemanha, Inglaterra e França, e a circulação de jornais passa a ser frequente.
No Brasil, o jornal impresso chegou atrasado, com a chegada da Corte Portuguesa em 1808. Nesse mesmo ano dois jornais importantes iniciam suas atividades:  o Correio Brasiliense e a Gazeta do Rio de Janeiro. No segundo reinado, a produção de jornais é intensificada, mudando o formato e passando a ter tamanho maior em função da modernização das máquinas e os principais jornais ganham locais, onde centralizam a captação da notícia e a produção do jornal. Esses primeiros jornais têm vida curta e acabam cedo, mas alguns sobreviveram até hoje, como por exemplo, o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, o Estado de São Paulo, que antigamente se chamava A Província de São Paulo, e o Correio do Povo, de Porto Alegre.
Em 1950, a televisão já tinha chegado ao Brasil e tornou-se o principal meio de comunicação visual de massa. Intensas são
as mudanças no cenário social e político apresentando uma nova sociedade e mais uma vez a imprensa brasileira acompanha essas mudanças e moderniza-se, desaparecendo aos poucos os jornais vespertinos, que passam a ser matutinos, e nas maiores cidades, diminui os jornais e a qualidade fica cada vez melhor. Nas décadas de 1970 e 1980, produzir um noticiário impresso era um processo difícil e poderia levar dias para fechar uma matéria. A apuração era checada e descrita com narrativas ricas em detalhes. Hoje, com as facilidades da tecnologia, atualizar um portal de notícias e praticar a web jornalismo tornou-se mais simples. O pioneiro do jornalismo web foi o Jornal do Brasil na década de 1990.
O jornalismo on-line está inserido no cotidiano das pessoas, oferecendo uma alternativa para quem busca informações rápidas e cativando novos e antigos leitores. A informação e a globalização fazem com que o mundo seja realmente uma grande “aldeia global”, em que a quantidade e a velocidade de transmissão da informação ocorram de forma incrível. Os jornais criaram também o formato digital e a possibilidade de o público interagir com a notícia através de blogs e fóruns de discussão, e com isso, vem aumentando o alcance da informação e a troca de ideias. A web jornalismo ganha mais adeptos a cada dia. São mais de 80 milhões de internautas. Essa é uma das mídias mais consumida no Brasil. Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB), mais de 40% dos entrevistados entre 15 e 55 anos – 51% homens e 49% mulheres, passam pelo menos duas horas por dia navegando na Internet (por blogs e dispositivos digitais).
É difícil prever o futuro desse processo e o que ainda há por vir, mas o mais importante de tudo isso é que as pessoas têm a possibilidade de estar muito mais consciente e com as perspectivas de promover mudanças positivas na sociedade, tudo isso, em grande parte, graças à capacidade e habilidade de transmissão de informações que estão chegando pelos meios de comunicação.
Para que possamos avaliar as dificuldades de ter um jornal, principalmente se ele é do interior, tomemos como exemplo o jornal espírita "O Imortal”, da cidade de Cambé:  Ele circulou pela primeira vez em 25 de dezembro de 1953, o que representa 65 anos que circula ininterruptamente, fundado por Luís Pícinin e Hugo Gonçalves, que durante esse período muitos desafios tiveram que superar para que o jornal se mantivesse vivo. E  para relembrar, vamos acompanhar o que escreveu seu co-fundador  Hugo Gonçalves:  “Foi preciso muita coragem e força de vontade; manter um jornal com uma única máquina impressora e ainda obsoleta, não foi fácil. As dificuldades foram vencidas e o jornal sobreviveu. No início, eram só quatro páginas e praticamente eu sozinho e por alguns anos foi assim, até que outros companheiros se incorporaram na luta. Eu sonhava em melhorar “O Imortal”, a sua apresentação e o  número de páginas”.
Um dia o telefone tocou, fui atender e era o Divaldo Franco lá de Salvador. Ele me disse: “Hugo, estou  telefonando para lhe dar uma boa notícia. O Espírito de Cairbar Schutel lhe manda um recado:   “Fique tranquilo, continue trabalhando  que   seu sonho vai se realizar. Eu não sei o que você está sonhando por aí, mas é o recado que ele manda para você”. Isso foi no início de 1980 e eu não perdi tempo.  Procurei logo Astolfo Olegário, que mantinha uma coluna semanal  sobre Espiritismo no Jornal Folha de Londrina e pedi-lhe ajuda. Ele me disse:  Dê-me um tempo. Passou três anos de espera até que um dia ele me deu a sua esperada resposta e os planos que resultaram na transformação do jornal. Em dezembro de 1983, ano em que o jornal completava 30 anos de existência, passou ele a ser impresso nas oficinas da Folha de Londrina, nos moldes em que circula até hoje, porém, na época, sem cores e menos páginas.”
Em 25 de dezembro de 2018, ano em que completa 65 anos de edição, com muito trabalho, respeito e valorização dos ensinos de Jesus, “O Imortal” dará um importante passo em sua existência, com a mudança completa para o formato digital. A partir de novembro a edição do jornal será lida somente na versão on-line. Sua mudança se dará de forma gradativa durante os meses de agosto, setembro e outubro, período na qual seus assinantes e anunciantes receberão informações de como poderão usufruir deste novo mecanismo.
A continuação da contribuição será muito importante para a manutenção e continuidade dos trabalhos das instituições Centro Espírita Allan Kardec e do Lar Infantil Marília Barbosa, que hoje abriga crianças na forma de Centro de Educação Infantil. O jornal “O Imortal” on-line, continuará no trabalho de divulgação da “Doutrina dos Espíritos”, mantendo os ensinos das obras de Allan Kardec,  e claro, com o apoio de todos vocês, leitores, assinantes e anunciantes...

Fonte:
Jornal “O Imortal” – edição 8/2018
Artigo de Marcel Gonçalves
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 22/8/2018

GIORDANO BRUNO




 
O monge dominicano, filósofo, astrônomo e matemático italiano Giordano Bruno (1548 a 1600) foi acusado pelo Tribunal da Inquisição, de ter sustentado a afirmação da existência de inúmeros mundos e de que a Terra gira em torno do Sol.
Acusaram-no, ainda, de acreditar na reencarnação e não no inferno, e de ter afirmado que até os demônios seriam salvos, um dia, conforme a lei de evolução do Espírito, e de que a magia (entenda-se mediunidade) é lícita e de que os profetas e apóstolos eram magos (entenda-se médiuns).
Giordano Bruno, uma das figuras mais representativas da Renascença, preferiu ser queimado na fogueira, em 8 de fevereiro de 1600, pela Inquisição, a abjurar (leia-se: negar) suas ideias que, hoje vemos, não eram fantasias, mas verdades insofismáveis. Sobre sua atitude, ele afirmou: “Por enquanto ficariam felizes com a minha abjuração, mas viver também significa percorrer um longo caminho que me afastaria de Deus!”  Em Roma, no local de seu martírio, há uma estátua que eterniza o seu amor à verdade.
O amor à verdade é uma das características do ser humano do bem, de tal maneira que, como se lê em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no XVII, item 3, sob o título “Sede Perfeitos”, o ser humano de bem, interroga sua consciência sobre os próprios atos; pergunta se não violou essa lei; se não cometeu o mal; se fez todo o bem que podia; se não deixou escapar uma ocasião de ser útil; se ninguém tem de se queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros fizessem a ele”.
Espíritos assim, já chegam ao mundo preparado. Não é fácil caminhar-se para o cadafalso ou a fogueira tendo-se a certeza de que se poderia escapar dessa morte. “Mentir, abjurar, que importa, quando está em jogo a própria existência?” – diria um Espírito fraco. Os bons Espíritos são amantes da verdade, acima de tudo. Diz ainda O Evangelho que:  “O Espiritismo não veio criar uma nova moral, mas facilitar aos seres humanos a compreensão e a prática da moral ensinada por Jesus, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. A verdade de cada um está conforme a sua evolução espiritual. 
A verdade dos fracos é frágil  e sem consistência, enquanto a verdade dos fortes é firme e límpida. Assim deve ser a palavra do espírita, uma verdade calcada nos ensinos de Jesus, à luz da Doutrina dos Espíritos.
Muito embora não se diga dona da verdade, a Doutrina dos Espíritos, sem dúvida, tem a chave que abre as portas do saber, pois os seus ensinos não se baseiam no pensamento ou interpretação pessoal deste ou daquele homem, desde ou daquele fundador, mas na interpretação clara dos Espíritos Superiores que transmitiram a Allan Kardec que os codificou em cinco importantes livros, a saber:  O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e por último,  A Gênese.
Estudando estas obras, podemos distinguir a Verdade e a mentira, diante da enxurrada de informações falsas que nos são impostas diariamente por um grande número de falsos mestres e falsos profetas. Para eles, a ocasião é propícia, pois os jornais, as rádios, as  televisões, nunca estiveram de portas abertas para eles como atualmente. Mas, se estudarmos as obras dos Espíritos e nos esclarecermos, saberemos separar o joio do trigo ou a mentira da verdade. Instruamo-nos e nos amemos como nos recomenda o Mestre Amado Jesus e conheceremos a Verdade, por quem Giordano Bruno foi sacrificado.

Fonte:
Jornal “O Imortal” – 6/2018
Artigo de Altamirando Carneiro
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 02/07/2018

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

RELATO DE UM BANDIDO DO BRASIL




 
Disse ele: Se eu tenho o que eu quero, na hora que quero, por que trabalhar e ganhar uma miséria de um salário mínimo. A lei brasileira está sempre do meu lado; porque, se eu for preso, ela me dá assistência, e dá para a minha família, uma bolsa superior ao salário de miséria que recebe o pobre trabalhador.
Se roubar um carro e a polícia me persegui, eu destruo  o carro da vítima e não pago nada por isso; se eu mato um pai e deixo a mulher viúva e os filhos órfãos,  vai ser na minha casa que os direitos humanos irão para dar assistência social e psicológica para mim e minha família; se dou porrada em alguém e tomo o celular e os policiais me prenderem e me derem um tapa, no dia seguinte estou solto pela audiência de custódia e os policiais ainda vão responder por terem me agredido; se eu for preso por estelionato e for arbitrada fiança, eu pago com o dinheiro das minhas vítimas e ainda saio sorrindo da justiça e das vítimas; se eu estuprar mulheres ou crianças, logo aparece um monte de PHD de psicologia  dizendo que sou débil mental e fico solto para fazer tudo novamente; se sou de menor idade, posso roubar, estuprar e matar: eu fico por 3 meses a custa do governo, com psicólogo e o que é melhor ainda, quando fizer 18 anos, minha ficha fica limpa.
Pra que trabalhar e me cansar se o tráfico e o crime me dão o que quero e me tornam importante da noite para o dia?  É por isso que nós eleitores, estamos em busca de candidatos que se elejam, para mudar essa situação, porque os políticos que já foram eleitos e se reelegeram, até hoje não fizeram nada e não ser promessas que nunca cumprem, e agora, ainda tem candidato falando em soltar esses bandidos.
Fonte:                                                                         Internet   -  Jc.  -   São Luís, 12/10/2018

domingo, 30 de setembro de 2018

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA




  Allan Kardec apresenta-nos em sua obra a seguinte classificação dos mundos quanto ao grau de evolução:
Mundos Primitivos – em que encarnam pela primeira vez os espíritos imperfeitos que estão  nessa categoria;
Mundos de Expiação e Provas -  Predominância do mal sobre os bons, por serem lugares de exílio  dos espíritos rebeldes à lei de Deus;
Mundos Regeneradores -  nestes mundos não mais existem expiações por serem mundos transitórios;
Mundos Felizes  - Predomínio do bem, não havendo mais provas e expiações e os espíritos trabalham para o bem comum;
Mundos Celestes ou Divinos -  morada dos espíritos que já estão purificados; neles só existe o bem.
Dentre as classificações indicadas por Allan Kardec, a Terra encontra-se no estado de mundo de provas e expiações, ou seja, superou apenas o primeiro estágio que é o de mundo primitivo. Somos ainda muito atrasados no que tange ao progresso moral e espiritual. Neste planeta ainda há o predomínio do mal sobre o bem, até que seja revertido com a evolução dos espíritos nele encarnados. A Terra fornece exílio aos espíritos que necessitam passar por provas e expiações, que são as condições depuradoras, porém dolorosas.
Mas afinal, o que são provas e expiações? – O espírito de Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, no livro “O Consolador” define esses dois conceitos: “A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da educação espiritual. A expiação é a pena imposta ao espírito malfeitor que cometeu um crime.”
As provas são, portanto, oportunidades concedidas por Deus para o progresso do espírito, ao passo que a expiação é imposta e visa ao resgate da falta e a reeducação do espírito faltoso. Devemos ter ciência de que Deus não é algoz, mas apenas aplica esse recurso aos espíritos que ainda são como crianças em pleno desenvolvimento, incapazes de compreender o que seria mais útil para a sua evolução. Esse mecanismo é a prova da misericórdia divina, que oferece a condição de crescimento a todos, através dos próprios méritos.
Em face destes esclarecimentos podemos então compreender porque na Terra existem tantas mazelas como guerras, escravidão, exploração, miséria, crimes, epidemias, pobreza, doenças incuráveis, desastres naturais e diferentes formas de desencarnes coletivos. “As provas e expiações ou qualquer nome que se lhe dê, o resultado deve ser o mesmo: a melhoria do espírito.” (Revista Espírita de setembro/1863)
Como já foi dito, a Terra é um mundo de provas e expiações, com tendência a evoluir para um mundo de regeneração; por isso os Espíritos Superiores têm-nos alertado que para subir para mundo de regeneração, é necessário que seus habitantes também evoluam para que possamos habitar os mundos superiores que aguardam por nós.
Mas, quando essa transição se efetivará? A resposta para essa pergunta não é tão fácil como gostaríamos que fosse, pois não existe um tempo predeterminado para um evento dessa grandiosidade. Podemos considerar que as transformações são graduais e ainda contínuas. Ela tende a ocorrer na mesma velocidade do progresso dos espíritos que habitam o planeta. Para nós, julgamos um tempo considerável, mas para a espiritualidade o que conta é o tempo que levarmos para a transformação moral.
Os Espíritos Superiores nos orientam que em virtude da atual reencarnação de milhares de espíritos evoluídos para essa transição, e outros milhares de espíritos transviados que terão suas últimas oportunidades na Terra, um período muito difícil vai passar a humanidade, com o aumento da criminalidade, da corrupção, da imoralidade, da ganância, em que a ética e a moral estarão comprometidas. Chegaremos ao fundo do poço e só então, após essa fase conturbada e de dores é que a transformação irá de fato ocorrer.
“Antes, porém, de chegar esse momento, a violência, os crimes, a corrupção, a sensualidade, os escândalos e o desamor atingirão níveis jamais imaginados, enquanto as enfermidades degenerativas, as cardiopatias, os transtornos de conduta, os cânceres, os vícios, fruto das paixões das criaturas que lhes sofrerão os efeitos; e após tudo isso, lentamente surgirão os valores da paz, do amor, da harmonia entre as pessoas, da saúde, da alegria, da integração ao espírito cósmico da vida.”
Muitos serão exilados para outros mundos de provas e expiações por causa dos seus atos criminosos, e muitos outros poderão continuar na Terra e desfrutar de um mundo de regeneração, onde não existirá mais o mal. Cabe a cada um de nós iniciarmos essa mudança que queremos ver no mundo. Não é preciso realizar grandes feitos ou fazer mudanças vultosas; basta apenas que sigamos a recomendação de Jesus de fazer o bem e sejamos portadores da paz e do amor. É sempre possível fazer o bem através de gestos simples; seja com um sorriso, com uma palavra amiga, uma ajuda desinteressada, ouvindo a quem necessita desabafar, ou apenas silenciando diante de uma ofensa. Devemos construir um futuro melhor, fazendo boas obras nos dias de hoje, como “um trabalhador da última hora.” É plantando o bem e o amor aos nossos semelhantes que teremos o merecimento para habitar um  dia os mundos felizes, de que nos fala Jesus...

Fonte:
Jornal “O Imortal” –  9/2018
Artigo de André Luiz Alves Jr.                                           + Supressões e modificações.               

Jc.
São Luís, 25/9/2018

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

OS RICOS E OS POBRES





 
Desigualdade das riquezas é um dos problemas que sempre se procurou em vão resolver, considerando-se apenas a existência atual. A primeira questão que se apresenta é esta:  Por que todos os seres humanos não são igualmente ricos? – Não o são por uma razão muito simples:  É que eles não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem moderados e previdentes para conservar. Aliás, se a fortuna fosse igualmente repartida, daria a cada qual uma parte mínima e insuficiente; que, supondo-se essa partilha feita, o equilíbrio estaria rompido em pouco tempo, pela diversidade da capacidade e das aptidões, e supondo-se ainda, cada um tendo apenas do que viver, isso seria o aniquilamento de todos os grandes e necessários empreendimentos e descobertas que concorrem para o progresso e o bem estar da humanidade. Por outro lado, cada pessoa possuindo o mesmo que os outros, não mais se sujeitaria a trabalhar para ninguém e quem iria produzir os alimentos e tudo o mais que todos precisam?
A fortuna é um poderoso meio de ação para o progresso e Deus não quer que ela fique muito tempo improdutiva, razão porque a desloca sempre,  porque cada um deve possuí-la para experimentar o bom uso que dela deve fazer, sendo que cada um a possui a seu turno: quem não a tem hoje, já a teve ou terá numa outra existência, e quem a tem agora, poderá não tê-la mais amanhã. Porém, a verdadeira propriedade ou posse o ser humano só possui, aquilo que deve levar deste mundo. O que ele encontrou ao chegar, e o que deixa ao partir, somente se serve do uso durante a sua permanência na Terra. O que possui ele então? –   tudo aquilo que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais, eis o que traz e o que leva e que não está no poder de ninguém lhe  tirar, e que lhe servirá mais ainda no mundo espiritual.
A riqueza que Deus permitiu ser acumulada deve ser utilizada para permitir a outras pessoas o trabalho nobre, pois quem tem riqueza e não sabe ajudar o próximo é pobre; quem guarda com avareza os dons que recebeu de Deus é pobre; quem não sabe dar uma palavra de conforto ou um sorriso de encorajamento, é pobre, quem só possui bens com egoísmo e ganância também é um pobre.
Não se diga jamais que é pobre, porque as condições de liberdade, de saúde, da visão, da audição, da fala, da locomoção  e outros dons são uma riqueza que temos e que muitos desejariam poder ter. Experimente apenas fechar os olhos e finja ser cego. A pobreza não é a falta de dinheiro: a pobreza verdadeira é a falta de compreensão. Todo aquele que compreende a vida espiritual e a existência material, que sabe dizer uma palavra de conforto, que sabe estender a mão ao que sofre, que ajuda com um copo d’água ou com um pão é rico, muito rico de bondade.
Não deseje o que pertença á outra pessoa e nem queira viver dependendo de outra pessoa; tudo o que é seu, por direito divino, lhe há de chegar às suas mãos, na hora oportuna. Procure trabalhar, confiante no Pai Celestial, e não fique ocioso esperando que as pessoas ou governos tenham a obrigação de sustentá-lo e aos seus familiares. Quem assim procede é um parasita que vive a sugar os recursos do trabalho de outras pessoas e atrasando o progresso da Nação.
A verdade é que muitos que vivem na indolência acham que os governos devem sustentá-los por serem pobres, quando o certo é os que governam, criarem condições para que cada pai ou mãe de família, tenha uma ocupação para garantir-lhes as condições de uma existência normal. Certamente não somos contra a assistência social para amparar aqueles que realmente são necessitados, mas prometer bolsas e mais bolsas sem uma averiguação do verdadeiro estado do cidadão beneficiado, isso é pura e simplesmente demagogia, para não dizer compra de votos e deveria ser proibido.
Estamos em época de eleições e os políticos ficam prometendo aos eleitores, ajudas e bolsas de todos os tipos que imaginam na esperança de receberem os votos que os elejam, e depois as promessas feitas se evaporam, e só vão ser novamente prometidas nas próximas  eleições. Como certos brasileiros gostam de ser enganados pelos políticos “promessinhas”.
Enquanto isso, as poucas verbas destinadas aos estados e municípios que são direcionadas à Saúde e à Educação, para benefício de todos os cidadãos,  não são fiscalizadas rigorosamente a aplicação dos recursos, o que ocasiona serem desviadas para outras finalidades.  

Fonte:
Livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
Livreto “Minutos de Sabedoria”
+ Acréscimos

Jc.
São Luís, 17/9/2018

A SITUAÇÃO DO NORDESTE NO BRASIL




 
No Brasil, atualmente, são idealizados projetos de grandes obras, não com o propósito de trazer benefícios para o país e melhoria para as populações, mas sim, com a finalidade de serem destinadas vultosas verbas, para que elas sejam desviadas dos seus propósitos, com mínimos gastos nas obras, para enganarem e explorarem os que contribuem compulsoriamente com uma carga enorme de impostos, e o restante dos recursos, vão para os partidos ou nos bolsos dos políticos corruptos, juntamente com os contratados para realizarem as obras, que apenas têm início e não são concluídas, mesmo que acrescentadas com alguns aditivos contratuais, e o custo da obra vai subindo, subindo sempre.
Como exemplo, dou a situação da Refinaria Premium, que deveria ser construída no município de Bacabeira-MA,  anunciada  que foi pela Dilma e colocada  a pedra fundamental pelo Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e que nunca saiu do papel. Mas sempre nos anos em que há eleições, para garantir a sua reeleição, o ex-ministro volta ao assunto da Refinaria, garantindo que dessa vez ela vai ser construída. Essa enrolação já vem se perpetuando há vários anos. Outro exemplo negativo é a situação em que se encontra o Canteiro de obras da Transposição do Rio São Francisco, que foi visitado por Lula quando presidente e Dilma, que deveria estar concluído em 2010, levando benefícios a vários estados e a milhões de nordestinos, propiciando a fixação das populações em sua terra natal, mas que, infelizmente, são obrigados a se sujeitarem a essa situação de dependência da mendicância, quando na verdade deveriam estar produzindo, com a água que deveria ter chegado há oito anos em suas localidades. O mesmo está acontecendo com a Ferrovia Transnordestina, que devia sair da cidade de Elizeu Martins-PI, no sentido de Salgueiro-PE, aonde se dividiria em dois braços, um seguindo no sentido do porto de Pecém-CE, e o outro rumo ao porto de Suape-PE., e que traria uma grande economia para esses estados, que deveria estar também pronta em 2010, mas, infelizmente, foi abandonada pelo governo federal, após ter dado prejuízos aos nordestinos, com a destruição de vilas e casas para dar lugar aos trilhos, sem que até hoje os que foram prejudicados tenham recebido a indenização pelos terrenos e casas. Lembramos ainda da Ferrovia Norte/Sul, que deveria fazer a ligação da cidade de Belém-PA, passando pelos estados do Maranhão, Tocantins, Goiás, até a cidade de Panoramas-SP, que vêm se arrastando desde o governo de Sarney, e até hoje também não concluída pelo governo federal, que geraria uma economia de custos de transportes sem precedentes no país. Essa foi á maneira que os governos do PT trabalharam com as classes sofridas do Nordeste, que em vez de lhes dar condições dignas de vida, lhes oferecem uma esmola mensalmente, e transformam as pessoas honestas e trabalhadoras, em parasitas e em eleitores dependentes, para lhes garantir o poder.
Com raras exceções, hoje no Brasil não existem mais pessoas de moral e honestidade, cuja palavra dada, antigamente, era recebida como garantia e um fio do bigode ou barba representava o fiador do compromisso, porque a impunidade a ganância fez com que a corrupção se espalhasse pelo país e se tornou uma prática normal e ás vezes até elogiada com os títulos de “vivo” e “esperto”, principalmente nos meios políticos. Desde o tempo do império essa situação vem se manifestando, o que obrigou Ruy Barbosa a dizer certa vez: “que de tanto ver triunfar a nulidade, o cidadão sente vergonha de ser honesto”. Hoje, vivemos o agravamento dessa situação, pois não existe um dia em que não vemos na televisão, lemos nos jornais e revistas, casos e mais casos de corrupção, furtos de bilhões, em virtude da impunidade reinante no país.
Os poderes constituídos do país estão falidos, corrompidos, desacreditados pelo povo que não mais acredita em justiça, até mesmo no S.T.F., com raríssimas exceções. Parece que não há mais esperança...
Fazendo parte da população deste país, e acreditando na Bondade Divina que tudo preside, tenho certeza que essas gerações corruptas irão desaparecer e outras gerações virão substituir as atuais, com propósitos altruísticos e fraternais, porque para o Brasil, está destinado o papel de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”. Até lá, precisamos analisar o que é bom para nós; se continuamos a aceitar pacificamente essa vergonhosa situação de mendicância e dependência, ou se vamos reagir protestando e afastando esses políticos que prejudicam o país e as populações nordestinas. As eleições estão chegando e convido os irmãos nordestinos a darmos um basta a essa situação, não reelegendo aqueles que não se importam com o país e suas populações, visando apenas a si mesmos, ou baixamos a cabeça e aceitamos a situação humilhante que os governos do PT nos submeteram, durante anos, na condição de párias em vez de cidadãos, em nosso próprio Brasil.   NÃO PRECISAMOS MAIS DE ESMOLAS...  DÊ UM BASTA A ESSA SITUAÇÃO NÃO VOTANDO MAIS NO CONTINUISMO DO GOVERNO. VOCÊ NORDESTINO COMO EU, VAMOS RENOVAR O NOSSO PAÍS, ELEGENDO NOVOS CANDIDATOS QUE REALMENTE DEMONSTRARAM TER CAPACIDADE DE ADMINISTRAÇÃO EM SEUS ESTADOS, E NÃOTROQUE O SEU VOTO POR UMA MÍSERA AJUDA QUE OS COLOCA EM SITUAÇÃO VEXATORIA E SEM DIGNIDADE. DEUS COM CERTEZA VAI LHE DAR OUTRA CONDIÇÃO E AMPARÁ-LO A SOBREVIVER, PARA QUE VOCÊ NÃO NEGOCIE O SEU VOTO E A SUA CONSCIÊNCIA...

Jc
São Luís, 11/08/2014  
Refeito em 15/08/2018


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A POLÍTICA E OS ESPÍRITAS





 
Nestes tempos de profundas transformações pela qual a humanidade está passando, é fácil percebermos o grande número de idéias que entram em conflito. Aliás, conflito de opiniões é algo que sempre esteve presente na história da humanidade, justamente por sermos ainda, espíritos com pouca lucidez de consciência e evolução. Os seres humanos buscam muitas vezes sem saber como, uma sociedade mais justa.  Para termos uma sociedade mais justa, é preciso acima de tudo, saber administrar as diferenças. O grande problema é que a sociedade é formada por pessoas, e cada uma delas é um universo muito complexo. Então a sociedade só poderá ser justa, quando os seres humanos que participam dela também foram justos nas suas ações.

Já dizia Allan Kardec: “A educação é a arte de fazer despertar nas pessoas os sentimentos da virtude e abafar os instintos dos vícios”. Além do ensino ministrado nos Centros Espíritas, muitas pessoas reclamam a falta de espíritas na vida política, por desejarem uma atitude firme na batalha contra as injustiças sociais, a corrupção a impunidade e a ganância que lavra atualmente no país.

A nossa luta, entretanto, tem dimensões mais amplas; nosso trabalho realiza-se nos alicerces, na própria base da vida política e da justiça social, correspondendo à orientação e a formação do ser humano de bem, que vai retificar o futuro. Não nos interessam apenas os efeitos superficiais. A Doutrina Espírita pretende remodelar o mundo, a partir da reforma do ser humano e de seus procedimentos. Desde Platão, os homens inteligentes já compreendiam que as verdadeiras transformações sociais e humanas, sempre se realizam pela Educação, Educação com Amor.

Na atualidade vemos vários adeptos de religiões envolvidas com a política e suas igrejas transformadas em bases de confabulos sócio-políticos, modificando as suas verdadeiras finalidades. É comum termos indagações sobre qual a posição da Doutrina Espírita e do espírita, na política, frente às eleições que se realizarão no mês de outubro próximo. A resposta lógica só poderia ser com base nas nossas convicções no Evangelho de Jesus e nas obras da Doutrina Espírita, clareando e objetivando-nos o assunto.

O primeiro ponto a se basear o espírita, é o próprio Jesus (modelo de conduta para todos nós) que se colocou à margem das preocupações políticas do mundo, certamente por considerá-las incompatíveis com a sua grande missão eminentemente espiritual e eterna. Jesus não se envolveu com os dominadores, mas também não usou nem uma só palavra, nem uma só atitude que se comprometesse com a política humana.

Outro ponto importante foi aquele em que Pilatos, curioso por conhecer suas intenções políticas, inquire: E a resposta veio firme, sincera e objetiva: “O meu reino não é deste mundo”. E para os apóstolos que queriam imaginar o Reino de Deus à semelhança dos reinos da Terra, o Cristo esclareceu:   “O Reino de Deus não vem com aparências exteriores”.  E aponta-lhes o caminho a seguir:  “Não o das armas mas o de esclarecer as almas e o Deus que está dentro de vós”. Com Jesus, ficou comprovado que a sua mensagem jamais se dirigiu a reforma das instituições sociais e políticas, mas à transformação íntima do ser humano  fazendo surgir o homem novo que poderá modificar as consciências e as estruturas políticas passageiras.

O ponto seguinte não é o de aconselhar os espíritas a se espalharem pelos partidos políticos, mas resume-se na questão simples e básica da necessidade de levar, cada um deles, através de exemplos e dos ensinos aos nossos semelhantes, os conhecimentos evangélicos, para que os seres humanos transformem a si mesmos para o bem. Essa solução nos conduzirá à equação de todos os problemas da infelicidade dos seres humanos na Terra.

Quanto às obrigações para com o processo eleitoral, os espíritas podem colaborar com a política, cumprindo o seu dever como cidadão, porque entendemos sempre, que a nossa missão Evangelizadora é muito mais delicada e muito mais nobre. Relembramos a advertência de André Luiz, por intermédio de Chico Xavier, no livro Conduta Espírita: “O espírita deve cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os melhores candidatos aos postos eletivos, seguindo os ditames da sua própria consciência”.

Espero que este artigo possa ter possibilitado ao irmão ou irmã, saber qual é realmente o nosso compromisso assumido na espiritualidade e qual a nossa  missão durante a  existência aqui na Terra. . .



Bibliografia:
Revista Cristã de Espiritismo
Francisco Júnior   
Revista  Goiás Espírita
Fábio Oliveira
+ Pequenas alterações.

Jc.
21/6/2010
Refeito em 21/8/2018