quarta-feira, 31 de outubro de 2018

GIORDANO BRUNO




 
O monge dominicano, filósofo, astrônomo e matemático italiano Giordano Bruno (1548 a 1600) foi acusado pelo Tribunal da Inquisição, de ter sustentado a afirmação da existência de inúmeros mundos e de que a Terra gira em torno do Sol.
Acusaram-no, ainda, de acreditar na reencarnação e não no inferno, e de ter afirmado que até os demônios seriam salvos, um dia, conforme a lei de evolução do Espírito, e de que a magia (entenda-se mediunidade) é lícita e de que os profetas e apóstolos eram magos (entenda-se médiuns).
Giordano Bruno, uma das figuras mais representativas da Renascença, preferiu ser queimado na fogueira, em 8 de fevereiro de 1600, pela Inquisição, a abjurar (leia-se: negar) suas ideias que, hoje vemos, não eram fantasias, mas verdades insofismáveis. Sobre sua atitude, ele afirmou: “Por enquanto ficariam felizes com a minha abjuração, mas viver também significa percorrer um longo caminho que me afastaria de Deus!”  Em Roma, no local de seu martírio, há uma estátua que eterniza o seu amor à verdade.
O amor à verdade é uma das características do ser humano do bem, de tal maneira que, como se lê em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no XVII, item 3, sob o título “Sede Perfeitos”, o ser humano de bem, interroga sua consciência sobre os próprios atos; pergunta se não violou essa lei; se não cometeu o mal; se fez todo o bem que podia; se não deixou escapar uma ocasião de ser útil; se ninguém tem de se queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros fizessem a ele”.
Espíritos assim, já chegam ao mundo preparado. Não é fácil caminhar-se para o cadafalso ou a fogueira tendo-se a certeza de que se poderia escapar dessa morte. “Mentir, abjurar, que importa, quando está em jogo a própria existência?” – diria um Espírito fraco. Os bons Espíritos são amantes da verdade, acima de tudo. Diz ainda O Evangelho que:  “O Espiritismo não veio criar uma nova moral, mas facilitar aos seres humanos a compreensão e a prática da moral ensinada por Jesus, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. A verdade de cada um está conforme a sua evolução espiritual. 
A verdade dos fracos é frágil  e sem consistência, enquanto a verdade dos fortes é firme e límpida. Assim deve ser a palavra do espírita, uma verdade calcada nos ensinos de Jesus, à luz da Doutrina dos Espíritos.
Muito embora não se diga dona da verdade, a Doutrina dos Espíritos, sem dúvida, tem a chave que abre as portas do saber, pois os seus ensinos não se baseiam no pensamento ou interpretação pessoal deste ou daquele homem, desde ou daquele fundador, mas na interpretação clara dos Espíritos Superiores que transmitiram a Allan Kardec que os codificou em cinco importantes livros, a saber:  O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e por último,  A Gênese.
Estudando estas obras, podemos distinguir a Verdade e a mentira, diante da enxurrada de informações falsas que nos são impostas diariamente por um grande número de falsos mestres e falsos profetas. Para eles, a ocasião é propícia, pois os jornais, as rádios, as  televisões, nunca estiveram de portas abertas para eles como atualmente. Mas, se estudarmos as obras dos Espíritos e nos esclarecermos, saberemos separar o joio do trigo ou a mentira da verdade. Instruamo-nos e nos amemos como nos recomenda o Mestre Amado Jesus e conheceremos a Verdade, por quem Giordano Bruno foi sacrificado.

Fonte:
Jornal “O Imortal” – 6/2018
Artigo de Altamirando Carneiro
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 02/07/2018

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