sexta-feira, 30 de junho de 2017

EDUCAÇÃO PARA UM NOVO MUNDO

 


  Segundo dados atuais do IBGE, 1/5 da população brasileira, ou seja, 35 milhões, é constituída de jovens entre 8 e 18 anos de idade. Destes, mais de 40 mil estão cumprindo medidas sócio-educativas, impostas pela Justiça, e outros 20 mil estão recolhidos em instituições, pretensamente destinadas a protegê-los e corrigi-los, educando-os. A quantidade desses jovens que estão envolvidos na marginalidade e nos vícios, sem qualquer perspectiva é incalculável, pois, muitos deles não fazem parte dos dados do IBGE. É certo que muitos desses jovens estão trabalhando, sem preparo e muitas das vezes em condições adversas em atividades informais, irregulares e ilegais, inclusive, aos bandidos, ajudando suas famílias com os minguados recursos que conseguem.

Um contingente bem maior está freqüentando os bancos escolares públicos ou privados. Entretanto, os relatos dos professores e demais profissionais da área de educação não permitem fazer para eles projeções otimistas. E estamos falando apenas dos jovens que estão freqüentando as escolas, futuros condutores do nosso país.

Herculano Pires, no livro “Pedagogia Espírita”, observa que a rebeldia e a indisciplina que vemos nas escolas de hoje, refletem a inquietação da juventude, insatisfeita e insegura com a ordem política, social e cultural em que estão inseridos; todas obsoletas. Pondera ainda o professor, que a tarefa da Educação Espírita é a formação de um homem novo, capaz de contribuir efetivamente para a reconstrução de uma nova ordem sócio cultural em novos modelos. Para essa tarefa impõe-se melhor compreensão do assunto, das pessoas que se dispõem a assumir compromissos na direção, orientação e aplicação da prática espírita no Centro Espírita.

O desenvolvimento do processo educacional da humanidade passou por várias etapas sucessivas e complementares, a saber: A EDUCAÇÃO CLÁSSICA, greco-romana que formou o cidadão, qual seja, o homem vinculado à sua cidade e suas leis; que aprendeu a respeitar e conviver com o próximo numa comunidade urbana. A EDUCAÇÃO MEDIEVAL, que formou o cristão, o homem submisso ao Cristo e sujeito à Igreja, à sua autoridade e aos regulamentos eclesiásticos. A EDUCAÇÃO RENASCENTISTA, que formou o gentil-homem, o homem refinado na forma, na aparência, apegado à cultura mundana, sujeito às etiquetas e às normas sociais. A EDUCAÇÃO MODERNA, que formou o homem esclarecido, amante das ciências e das artes, em transição para o materialismo. A EDUCAÇÃO NOVA, que formou o homem psicológico do nosso tempo, ansioso por se libertar das dúvidas, do medo, das angústias e dos traumas psíquicos do passado, substituindo o confessionário pelo consultório do psicanalista e reduzindo a religião a uma mera convenção social.

Deste processo resultou o homem de hoje, ainda buscando a consciência da própria cidadania, distante da concepção cristã, apegado apenas às convenções, os formalismos, extremamente confuso e angustiado diante das possibilidades libertadoras que, intuitivamente, sente e necessita. O homem enfim, que ainda não sabe qual sua origem e o propósito de estar no mundo. Impossível, portanto, educar as novas gerações segundo os modelos anteriores, todos eles incapazes de satisfazer a inteligência e as necessidades evolutivas do ser humano, para construir um novo mundo.

A educação é o desenvolvimento da personalidade e seu objetivo é a integração da pessoa, estimulando-lhe a capacidade de estar ciente de si mesma, na integral compreensão da existência. Vê-se, pois, que o problema da educação exige que o ser humano se defina pelas idéias morais ou religiosas que professa, seja por sua ação, por seu comportamento, por seu modo de vida. Uma das mais nobres formas de trabalho de educação é a que desempenha o professor ou a professora. Quatro, são as condições requeridas para a nobreza de tão alto encargo: discernimento, desprendimento, boa vontade e amor... Ninguém deveria ser educador, ter permissão para ensinar, se não tivesse provado, por sua existência, ser o amor á qualidade fundamental de sua natureza, porque somente um mestre cheio de amor atrairá os discípulos, tornando-lhes a existência mais agradável.

A Educação deveria ser o primeiro interesse dos pais, porque da falta da educação, decorrem os demais problemas morais.
É preciso, porém, que não se confunda educação com instrução. A educação é tarefa ministrada pelos pais. Descobrir fatos em volta de nós é instrução; realizar valores dentro de nós é educação. A Instrução é ministrada nas escolas, tarefa do Estado. Assim como não confundimos a educação com a instrução, assim também devemos distinguir o aluno do discípulo. Aluno é quem aprende com um professor/a; discípulo é quem segue a trilha antes percorrida por um mestre. Discípulo é aquele que reproduz em suas ações, a “escola”, o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não foi seu discípulo; Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Esta distinção já era feita por Jesus, quando disse:  “Ser seu discípulo era segui-lo e não apenas aprender suas lições.” É nesse contexto que a Educação Espírita terá de se impor. Cabe a ela formar o “ser consciente” do futuro, senhor de si, responsável direto e único pelos seus atos, mas ao mesmo tempo reverente a Deus, no qual reconhece a Inteligência Suprema do Universo, causa primária de todas as coisas.  

Neste propósito, cumpre a nós espíritas ensinar os irmãos a enxergar e entender o real significado e a amplitude da imortalidade do espírito, do intercâmbio entre o mundo físico e o espiritual, da lei da reencarnação e de causa e efeito; da Lei de Justiça de Deus em toda a Criação, e, do imperativo do amor que deve se sobrepor a todas as coisas. Esta tarefa tem de ser sedimentada no ser humano que procura a própria reforma íntima. Por isso a Educação Espírita tem que alcançar, gradativamente, com o conhecimento, o exemplo e a palavra, os jovens e os demais; em casa no trabalho, onde quer que o espírita exerça sua atividade e influência. Os pais são os primeiros e  fundamentais  educadores.  Alan Kardec
 já ensinava dizendo: “Só á educação pode renovar a humanidade”.

É necessário encarar a criança e o jovem como pessoas cheias de informações e não apenas como almas inocentes e puras, pois já tiveram outras existências onde adquiriram conhecimentos.  As lições fundamentais do Evangelho devem ser ministradas às crianças, porque no estágio de infância, o espírito é mais acessível à nossa influência, quando podemos trabalhar seu caráter, dando-lhe as diretrizes do bem.  

A evangelização espírita infantil não pode deixar de existir num Centro Espírita nem ficar em segundo plano, como apenas um complemento, consideração essa irresponsável e de repercussão negativa, tanto na sociedade humana como na espiritualidade, onde as colônias espirituais, conforme narram os desencarnados, mantêm instituições especiais para crianças recém-desencarnadas, onde os ensinos cristãos à luz da reencarnação são trabalhados com amor. Os serviços de educação à criança é a única maneira do Centro Espírita realizar a maior das finalidades da Doutrina dos Espíritos; encaminhar todos os seres para o bem. Lembramos ainda que a educação não se dá apenas à criança, mas também ao adolescente, ao adulto e ao idoso.

Por que a evangelização nem sempre é um trabalho prioritário? – Porque a história do movimento espírita é de mediunidade, de ação social através da caridade material, o chamado serviço assistencial e da assistência espiritual. Por isso, na construção dos Centros Espíritas, em sua grande maioria, não são reservados espaços para as atividades educacionais. Também boa parte dos evangelizadores, são pessoas de boa vontade, mas sem formação específica. Por outro lado, muitos dos dirigentes espíritas não estão conscientes de que a Doutrina dos Espíritos é de educação do ser humano, de aprimoramento de almas.

A educação espírita é a arte de manejar caracteres; é a formação de hábitos, tendo por base os ensinos de Jesus, e essa educação deve fazer a reforma do ser humano, sua autoeducação, através da luta e eliminação das suas imperfeições, trazendo para o mundo um ser humano novo, consciente dos seus deveres. Esse é o campo de influência e atuação dos pais. Tanto o trabalhador humilde como o mais capacitado intelectualmente, cientes dos princípios fundamentais da Doutrina, estão sempre em contato com variadas pessoas, com seus problemas, angústias, aflições e desatinos. A Casa Espírita deve ser-lhe então o local de refazer suas energias, do aprender e de trocar experiências.

Allan Kardec, ao analisar os vários níveis de compreensão e
vivência dos seguidores do Espiritismo, apresenta uma série de consequências para aqueles que, não se limitando apenas a observar os fenômenos, e fazem pelo estudo sério da Doutrina dos Espíritos, um roteiro na presente existência terrena, como um verdadeiro cristão.

A RELIGIOSIDADE – A primeira e mais importante conseqüência, é no sentido de desenvolver um sentimento religioso. À medida que o ser humano entende que é um Espírito imortal; que está em uma existência temporária em um corpo físico, perecível, passa a dar menor valor às questões mundanas, projetando seus interesses e todos os seus esforços para o progresso espiritual e mais se aproxima de Deus, objeto de toda religião.

A RESIGNAÇÃO – Ao compreender que as provações da existência são experiências necessárias e impulsionadoras do progresso, o ser humano passa a se resignar diante das vicissitudes da existência. Ao entender o motivo das dificuldades da existência terrena, o ser humano não se aflige tanto com as tribulações que o acompanham. Daí, mais coragem nas aflições, mais moderação nos desejos.

O ESQUECIMENTO – Quando o ser humano passa a ver o seu semelhante como um companheiro de jornada e não como um concorrente, torna-se menos egoísta, passando a se ocupar mais com a sua e a evolução do seu semelhante. A abnegação em favor do próximo, pelo esquecimento de si mesmo, constitui sinal de grande progresso alcançado.

A INDULGÊNCIA – Todos são iguais perante Deus e têm o mesmo princípio e a mesma destinação, a felicidade. O sofrimento causado pelo erro é um estágio transitório e toda criatura, por mais perversa que possa parecer, na medida dos seus esforços e dos resgates, irás sempre se purificar. Compreendendo assim, fica mais fácil para o ser humano sentir indulgência para com os defeitos e faltas alheias.

AS PERDAS – A crença na vida espiritual o leva a aceitar, sem queixas, nem pesar, a morte inevitável, como uma coisa normal, pela certeza de que sobreviverá como Espírito imortal. A compreensão de que a vida do Espírito não se acaba no túmulo, e que os laços que o unem aos entes queridos, que ficaram na Terra e os que o antecederam no retorno ao mundo espiritual, não se rompem com a morte física, e a possibilidade de estabelecerem relações e se comunicarem com os entes queridos, oferecem aos espíritas, suprema ventura e consolo.

O SUICÍDIO – Quando compreender que a encarnação é o remédio divino para amenizar as dores da alma valorizará mais a existência e, por conseqüência, banirá a idéia de querer abreviar os dias de sua existência, porque a ciência espírita ensina que, pelo suicídio, sempre se perde o que se queria ganhar, agravando a situação. A Doutrina dos Espíritos ao informar a situação dolorosa em que se encontra o Espírito na vida espiritual, vem confirmar que, pelo suicídio, o espírito chega a resultados opostos ao que esperava. Ao tentar fugir de um problema, incorrerá em outro muito maior, mais longo e mais penoso. Se ele esperava encontrar-se com os entes queridos, o suicídio é exatamente o obstáculo que o impedirá de revê-los e de estar com eles. 

É evidente que a adoção dos princípios espíritas não vai livrar o ser humano das experiências necessárias ao seu melhoramento. Conviverá ainda por muito tempo com a semeadura equivocada e com as suas imperfeições, pois vícios e culpas, cultivadas durante muitos séculos, somente serão eliminados com o trabalho no bem, praticado ao longo das existências. Porém, a Doutrina dos Espíritos, sendo o Consolador Prometido por Jesus, torna o ser humano mais consciente, mais fraterno e com a fé racional, percorrerá os caminhos da existência, com mais equilíbrio e com melhor aproveitamento.  É assim que a revelação espírita de natureza progressiva exercerá sua influência em todos os setores da atividade humana, reestruturando a sociedade em novos princípios éticos, morais e espirituais. Evangelizar é mais do que ensinar o Evangelho; é traduzir a Boa Nova do Evangelho para a vivência do ser humano do presente e do Novo Mundo.

Bibliografia:
Livro “Pedagogia Espírita”

Jc.
S.Luis, 13/03/2004
Refeito em 30/3/2017



terça-feira, 9 de maio de 2017

A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL




 A Constituição de 1934, foi a primeira a estabelecer o custeio tríplice da Previdência Social, com a participação do Estado, dos empregadores e empregados.
Art.121 – A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do País.
§ 1º -  A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de outros que colimem melhor as condições do trabalhador:
h) – Assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho e morte do associado.
A Constituição de 1967:
 Art.158 – XVI – Previdência Social, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, para o seguro-desemprego, proteção da maternidade e, nos casos de doença, velhice, invalidez e morte.
§ 1º - Nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício compreendido na previdência social será criada, majorada ou estendida, sem a correspondente fonte de custeio total.
O Decreto-Lei 564 de 1º/5/1969, estendeu a Previdência Social aos trabalhadores rurais, sem a necessária fonte de custeio, em desacordo com a Constituição de 1967.
Na Constituinte de 1988, constatou-se na Constituição Federal que se pode observar a ampliação da rede de custeio, mantido o caráter contributivo da Previdência Social, conforme salienta o Art. 195: Cabe ao Estado, uma junção dúplice, como tomador de serviços e como organizador e distribuidor dos concursos de prognósticos, cabendo também ao empregador e aos empregados das lotéricas, integrar a rede de custeio da Previdência Social.
Quem e como é feito custeio da Previdência Social  (Regime geral),
São: 1º Os empregadores (contribuições sobre a folha de salários);
2º Os trabalhadores/empregados (contribuição sobre os salários);
3º O Governo que deveria entrar com sua parte e nunca comtribuiu e toda a sociedade por meio do (Cofins, da CSLL) pagos pelos empresários e das Loterias Federais. Esses encargos atribuídos à sociedade servem como um dos objetivos fundamentais do Estado brasileiro, qual seja, a erradicação da miséria e da marginalização (Constituição, Art.3º, III) visando a redução das desigualdades sociais que afetam a harmonia social. Em outras palavras: A Previdência Social, no Brasil, não é somente instrumento de seguro social (aposentadorias e pensões), mas também instrumento (inadequado é verdade) de erradicação da miséria.
No recente Decreto nº 8676 de 19/2/2016, que trata da situação e programação financeira do Poder Executivo para 2016, consta a estimativa de um déficit de R$- 130 bilhões para a Previdência Social urbana e rural (arrecadação de R$-366 bilhões e despesa de R$-496 bilhões). No mesmo ato, são estimadas as receitas de R$-222 bilhões para o Cofins  e R$-67 bilhões para a CSLL,  fazendo o total das receitas em R$-655 bilhões, suficientes para cobrir o “déficit” da Previdência Social de R$-496 bilhões, e atender as despesas com a Assistência Social (embutida na despesa da Previdência) e as demais ações na área da Saúde, sem falar nas receitas oriundas das loterias de prognósticos.
Em tais condições, não há nenhuma hipótese de “explosão” nas contas da Previdência Social, o que não afasta a necessidade de redução da despesa com os benefícios previdenciários, e a elevação da receita mediante a eliminação de privilégios. Para isso, as primeiras medidas devem ser a revogação das isenções das entidades que não prestam a Assistência Social. Outra medida já proposta é a separação anunciada em 2008 pelo ministro da Previdência Social, mas não concretizada, entre as contas da previdência urbana, ainda superavitária, da previdência rural, de caráter assistencialista e altamente deficitária, (a Constituição incluiu na Previdência 6 milhões de pseudos-trabalhadores e trabalhadores rurais, que nunca contribuíram para o sistema social).
A questão central quanto ao custeio da Previdência Social é o desconhecimento generalizado e ás vezes proposital de uma norma da Constituição: “A Previdência Social no Brasil não é custeada tão somente pelos empregadores e empregados (exceção do Estado), mas também – este é o ponto de importância fundamental – por toda a sociedade. “Com efeito, o citado artigo 195 da Constituição preceitua que a Seguridade Social (abrangendo a previdência, a assistência social e as ações na área de Saúde) será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios e também das contribuições sociais” e ainda pelo “Cofins, CSLL, e as Loterias Federal exploradas pela C.E.F“. O governo federal deveria também cobrar a dívida de bilhões que as empresas devem, referentes à Previdência e outros tributos.
O Desperdício do Patrimônio da Previdência Social:
Desde a criação da Previdência Social em 1934, os empregadores e empregados passaram a contribuir compulsoriamente, porém o Governo Federal que deveria também contribuir, nunca contribuiu,  se omitiu e se fez o gestor do patrimônio, e como até 1964, apenas havia receita em virtude de não ter aposentadorias a pagar, (exceção de algumas por motivo de invalidez e morte) o depositário do patrimônio (Governos Federais) e se tornou infiel, delapidando o patrimônio que deveria ser guardado para o pagamento das aposentadorias aos empregados, após 30 anos depois,(1964) ou seja quando os empregados começaram a se aposentar.
O dinheiro da Previdência foi gasto com a compra de prédios em muitos estados, cujo valor chegou a vários milhões;  a compra do Porta-aviões S. Paulo, sucateado, que a França ia desativar e que custou12 milhões de dólares + 90 milhões de dólares em reformas, para continuar ancorado na Ilha das Cobras; a construção de Brasília que custou 1,5 bilhão de dólares; a construção da rodovia Belém-Brasília que custou ao país, 1,5 bilhão de dólares; a rodovia Transamazônica, que custou aos cofres públicos 2 bilhões de dólares; a Ponte Rio-Niterói, que custou 400 milhões de dólares; a construção da Usina de Itaipu, que custou 17.5 bilhões de dólares, sem que o Paraguai desse algum vintém; a Ferrovia Norte-Sul, ainda por concluir, que já gastou 5.1 bilhão de reais; a Transposição do Rio São Francisco, que já consumiu 9.6 bilhões de reais e ainda não foi concluída.
Algumas dessas obras eram necessárias, outras, simplesmente foram dinheiro  desperdiçado, como a compra do porta-aviões São Paulo que nunca saiu do porto; a construção da rodovia Transamazônica, até hoje intrafegável, e  a construção da Usina de Itaipu, em parceria com o Paraguai, sem que este país tenha contribuído com qualquer valor para a construção, ficando com parte da energia gerada, para compensar o povo paraguaio por ter sofrido o vexame de ter de andar a pé, enquanto os soldados brasileiros andavam a cavalo, durante a guerra do Paraguai versos Brasil.      (O brasileiro é tão bonzinho...)
Serão os trabalhadores os responsáveis pela atual situação?
O que parece um absurdo é que apenas a Previdência Social (os trabalhadores e seus dependentes  são os “bodes expiatórios”)  é considerada a responsável pelo descalabro das finanças do Governo. Ninguém fala sobre o desperdício de dinheiro nas obras acima mencionadas, e os prejuízos causados pelos altos salários dos funcionários federais e das estratosféricas aposentadorias do Judiciário; dos numerosos membros do governo ganhando fortunas; dos membros dos Legislativos (Senado e Câmara)  com altos rendimentos e muitas mordomias, alguns, ainda com algumas maracutaias, e das suas aposentadorias vitalícias; sem falar dos governadores que ao deixarem o cargo, ainda são contemplados com uma gorda renda vitalícia pelo resto da vida; a Justiça que consome 80 bilhões de reais por ano, com  membros do Judiciário com salários altíssimos que as vezes passam dos R$-100 mil reais por mês, e com aposentadorias estratosféricas, cujos juízes se dizem preocupados com a Justiça Social e não dão conta de que são beneficiados por uma concentração de renda mais espetacular do mundo, enquanto a lei determina que nenhum servidor público deve e pode ganhar mais  do que um Ministro do S.T.F. (Vide o artigo: A Justiça Negada).
Até os criminosos que estão presos gastam e ganham mais do que qualquer um trabalhador honesto, sem falar no salário mínimo de (937 reais) que segundo a Lei, deve servir para garantir a sobrevivência de três pessoas, e que não dá nem para satisfazer as necessidades de apenas uma pessoa.    Isso até parece uma piada!

Fontes:
Internet – Previdência Social e outros assuntos
Revista “Veja” nº 2.505 de 23/11/2016
Artigo do articulista; J.R.Guzzo.
+ Acréscimos e Comentários

Jc.
São Luís, 6/5/2017

COMO VIVER FELIZ




  Todos desejam a felicidade. Muitas pessoas pensam que a felicidade consiste em ter dinheiro, morar em uma mansão, ter um belo carrão e possuir uma conta bancária com muitos valores, e se empenham na conquista desses bens materiais, mas, apesar de todo esse patrimônio, não conseguem ser feliz.  Outras pessoas existem que obtêm êxito profissional e ocupam cargos importantes, mas também não se consideram felizes. O que lhes falta, afinal?
A explicação é fácil. A felicidade não consiste em se obter as coisas materiais, pois, antes de tudo a felicidade é uma questão de estado mental da pessoa. Portanto, é uma insensatez querer e tentá-la por meio da posse dos bens materiais ou de elevada posição social. Se a nossa mente estiver cheia de sentimentos nobres, de pensamentos positivos, de ações de caridade, fraternidade e amor, pode-se encontrar a felicidade. Assim sendo, qualquer pessoa pode ser feliz fazendo e mantenha esses sentimentos e ainda os de gratidão e de alegria de viver. Entretanto, existem pessoas que nunca se sentem gratas, satisfeitas e felizes.  Essas pessoas realmente tornam a própria existência difícil e extremamente infeliz, porque não abrigam sentimentos de fraternidade, mas apenas pensamentos de posses terrenas e situações privilegiadas. As pessoas que abrigam em seu coração sentimentos elevados devem praticar sempre atos beneméritos, para viverem e se sentirem bem.
Tomemos como exemplo um cônjuge que acorda e ao ver o outro ainda dormindo, deve agradecer por existir e fazer-lhe companhia. Deve agradecer por um novo dia e por tudo o que existe ao seu redor: familiares e animais que fazem companhia, assim como tudo o que lhe proporciona benefício, tais como a  água, o alimento, o conforto, o trabalho, a paz reinante e a harmonia no lar.  Lembremo-nos de que existem muitas pessoas no mundo que vivem sem as facilidades e condições, sozinhos, e sem qualquer esperança de melhora.
O sentimento de gratidão pelo bem-estar faz a pessoa merecedora de oportunidades ainda mais gratificantes, e quem vive alegre confirma o velho ditado japonês: “A fortuna e a felicidade bate a porta da casa onde soam risos alegres”. Às vezes, inesperadamente, recebem surpresas agradáveis que lhes possibilitam realizar sonhos. Muitas pessoas pensam que somente devem agradecer quando concretizados seus desejos, mas a realidade é o contrário: Quando o ser humano mantém sempre o sentimento de gratidão, para com Deus, por tudo e por todos, naturalmente lhe chega às facilidades de que sempre necessita.
O ser humano está incessantemente em busca da felicidade  que sempre lhe escapa porque a felicidade plena não existe na Terra. Entretanto, mesmo com as vicissitudes que formam o cortejo inevitável da existência, poderia ao menos gozar de uma felicidade relativa, mas ele a procura nos prazeres materiais, ao invés de procurá-la nos prazeres da alma, que são um antegozo dos prazeres celestiais. Em vez de procurar a paz, única felicidade real deste mundo, ele é ávido de tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo. De muitos tormentos se poupa aquele que sabe se contentar com o que tem, que vê sem inveja o que outros tem, que não procura parecer mais do que na realidade é.
A verdadeira felicidade não consiste no ter mais no sentir, no agradecer  e no amar o próximo, principalmente aquele que está mais próximo (no mesmo lar), em amar a natureza, com todo o seu esplendor, e finalmente amar a Deus sobre todas as coisas, conforme recomenda o Evangelho. Mas, essa felicidade é relativa, pois a verdadeira felicidade não é deste mundo, diz a máxima do Eclesiastes. Nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude, são condições essenciais da felicidade; nem mesmo a reunião dessas três condições tão desejadas, uma vez que no meio das classes privilegiadas, pessoas de todas as idades se lamentam amargamente de sua existência.
Muitos são os motivos para sermos felizes. Ela se encontra nas pequeninas coisas nos pequeninos gestos; no sorriso de uma criança, na conversa com um idoso, na amizade de um amigo, na leitura de um livro, no abraço de um filho, no beijo de um cônjuge, na lembrança de um momento feliz da existência, na oração de agradecimento,  no admirar a lua em noite estrelada, no gorjeio dos pássaros, na beleza do por do sol, na natureza e na obra grandiosa e infinita de Deus... 
Aquilo em que muitos acreditam consistir a felicidade na Terra, na busca das quais gerações por séculos se lançaram sucessivamente sem poder jamais alcançá-la, é uma coisa tão efêmera, para aquele que não age sabiamente que, por uma semana, um mês, um ano de completa satisfação, todo o resto se escoa numa sequência de decepções, amarguras e sofrimentos; e aqui falamos dos que são considerados felizes da Terra; daqueles que são invejados pelas multidões. Consequentemente, se a Terra está destinada a provas e expiações, é preciso admitir que existem moradas em outros lugares, mais favoráveis, onde o espírito do ser humano possa usufruir os prazeres da felicidade. Por isso, Deus semeou no Universo, muitas e belas moradas superiores, onde o nosso esforço e a nossa evolução nos fará um dia habitar, conforme nos afirmou Jesus ao dizer “Há muitas moradas na casa do meu Pai” e completou dizendo: “Meu reino não é deste mundo”, onde a Paz, o Amor e a Felicidade reinam plenamente.
Para sermos felizes o mais importante e manter a nossa consciência em paz, que é o nosso juiz íntimo, trabalhar ajudando os irmãos e evitar situações de sofrimentos, para termos o coração cheio de amor e de felicidade.

Bibliografia:
Livro “Evangelho Segundo o Espiritismo”
+ Pequenos acréscimos

Jc
S. Luís, 23/5/2013
Refeito em 3/3/2017

segunda-feira, 1 de maio de 2017

I R M Ã O S




 “Acaso sou responsável por meu irmão?”, foi á resposta de Caim a Jeová disfarçando a própria culpa, porquanto o havia assassinado, cometendo o primeiro fratricídio da História, segundo a Bíblia, em Gênese, cap.4: 9.

Diariamente, o Deus Pai, de infinito amor e misericórdia revelado por Jesus, nos faz a mesma pergunta, na intimidade de nossa consciência, a respeito de todos aqueles que cruzam o nosso caminho, em casa, na rua, no serviço, na cidade em que residimos; todos eles nossos irmãos em Humanidade.

Certamente não teremos como Caim, cometido um fratricídio, mas dificilmente alguém deixará de ser culpado num fraternicídio; que é o assassinato da fraternidade, ante as carências de nossos irmãos em humanidade, cujo procedimento de indiferença, ocasiona o questionamento. Somos sim, responsáveis por nossos irmãos, em virtude da lei de solidariedade que rege a vida universal, e será inteligente de nossa parte, se assumirmos nossos compromissos para com o próximo, considerando alguns efeitos.

1º Efeito: Borboleta – Trata-se de uma teoria desenvolvida por Eduard Norton Lorenz, cientista, nos anos setenta do século passado, para explicar a dificuldade de uma previsão meteorológica, em face da insuficiência dos meios de observação, para detectar fenômenos isolados que podem produzir grandes efeitos atmosféricos.  Como exemplo ele apresentou a idéia simbólica de que o bater de asas de uma borboleta no Brasil, poderia produzir um furacão ou tornado nos Estados Unidos.

Aplicando o efeito borboleta à vida social, vamos considerar uma criança que nasce em miserável favela, com pai desconhecido ou mãe alcoólatra. Cresce ela sem orientação moral, sem estudo, sem assistência espiritual. Aos sete anos é um menino de rua, pedindo esmolas. Aos dez, torna-se  “laranja”, termo usado pelos traficantes para crianças que eles usam para a entrega das drogas. Aos treze anos aprende a usar armas de fogo; aos dezoito anos já matou alguma pessoa em assaltos. Aos vinte anos talvez mate um chefe de traficantes e assuma seu lugar. Depois, elimina os concorrentes, amplia a área de sua atuação; torna-se notório e perigoso inimigo público, produzindo devastação no meio social.

É a culminância do cruel efeito borboleta que começou no choro desalentado de uma criança desamparada. Porém, se essa pequena criança houvesse recebido amparo, orientação e amor; se a sociedade houvesse se mobilizado para atender aquele favelado, dando escola e ajuda aos pequeninos; se as pessoas soubessem que o menino mirrado que bateu à sua porta, pedindo comida, era a borboleta que poderia gerar o perigoso criminoso, a levar sua segurança, sua tranqüilidade, seus bens, e, talvez até a sua existência ou a existência de um familiar... com certeza, não deixaria de fazer todo o possível para ajudar, e ainda, mobilizar a sociedade em favor das crianças carentes de sua cidade. Se fosse concedida àquela criança a oportunidade de uma existência decente, com lar, carinho e orientação, em favor de seu crescimento moral e espiritual, ela seria bem diferente. Poderia ela converter-se em alguém de projeção social, no campo profissional, político ou religioso, a contribuir em favor do progresso e do bem-estar da sociedade.

Dependendo de como é tratado, o efeito borboleta pode produzir terra arrasada ou campos verdejantes. Temos a seguir, um interessante exemplo de um garoto que quase morreu afogado na piscina de sua rica residência. Foi ele salvo pelo filho do jardineiro da propriedade. Salvo o filho, o dono da casa quis recompensá-lo, no que o jardineiro respondeu ao patrão dizendo que não se preocupasse, pois seu filho apenas cumprira seu dever. Entretanto, devido à insistência de querer ajudá-lo, o jardineiro informou ao patrão que o sonho do seu filho, desde criança, era ser médico. Imediatamente o patrão tomou as devidas providências para oferecer as condições para que ele se matriculasse para seguir a carreira da medicina. O filho do jardineiro chamava-se Alexandre Fleming.

O agitar abençoado das asas da gratidão favoreceu a Alexandre que foi o descobridor da penicilina, o antibiótico que tem salvado milhões de pessoas. A história não terminou ainda. Um desdobramento do efeito borboleta ocorreu com o próprio menino salvo, cujo nome era Winston Churchill – o grande estadista inglês, batalhador da liberdade, na luta contra Hitler e seu desejo de domínio do mundo.

Durante o transcorrer da 2ª guerra mundial, a Inglaterra tremeu quando Churchill ficou gravemente enfermo, acometido de uma pneumonia. Foi chamado um médico de grande prestígio, cujo nome era Alexandre Fleming, que o curou com a aplicação de penicilina.  Após a recuperação, o inglês comentou bem-humorado: “Não é sempre que alguém tem a oportunidade de agradecer, ao mesmo homem por haver lhe salvo a existência por duas vezes...”
O efeito borboleta tem essa característica de expandir-se sempre, tanto para o bem quanto para o mal, dependendo de como se originou.

Essa história lembra a parábola de Jesus, contida em Mateus, cap.13 vrs. 31/32: “O Reino dos Céus, é semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a menor semente de todas as sementes, ela quando germina é maior do que as hortaliças e se transforma em árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham em seus ramos”. – Pequenas sementes de boa vontade e fraternidade, no empenho de servir, produzem benefícios para muita gente. Porém, sementes mal cuidadas geram maldade, maledicência, desonestidade, vícios, que resultam em transtornos e prejuízos para a existência humana.

2º Efeito: Bumerangue – Determinado objeto  atirado  retorna  depois  ao lugar de onde ele partiu. Os nossos estados de ânimo são sempre decorrentes da natureza de nossas ações. Se más, resultam em mal-estar. Se boas, resultam em bem-estar. Assim sendo, nossa infelicidade será sempre o reflexo da infelicidade alheia, tanto quanto, a felicidade nossa é fruto abençoado do esforço por minorar o sofrimento de nossos irmãos. De que nos tem servido saber corretamente a conjugação do verbo amar, se não temos sabido amar o nosso próximo? Para que nos tem servido aprender a operação de dividir, se não temos aprendido a dividir com os necessitados, um pouco sequer de nossa felicidade? Sabemos conjugar o verbo amar e efetuar a operação de dividir; mas, praticamente, só temos sabido ignorar, subtrair e odiar. Compreendemos que a divisão, segundo as leis da matemática, é uma subtração sucessiva, mas o que ainda não compreendemos é que...  a divisão com os outros, segundo as leis do amor, é uma autêntica multiplicação de bênçãos.

Portanto, na matemática da felicidade, quanto mais multiplicamos boas ações, mais felizes seremos. Não é por mera coincidência que as pessoas mais felizes da Terra, são aquelas que elegem o esforço do bem por objetivo de existência. A prática do bem é o amor em ação. Sejamos bons primeiro, depois seremos felizes. Não pretendamos o salário antes do trabalho. Jesus recomendou que devemos amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; o que significa que essas duas manifestações amorosas só podem ser exercitadas em consonância. Quando colocamos o amar a nós mesmo entre esses dois amores, quebra-se a magia, perde-se a capacidade de amar a Deus e ao próximo, colhendo como conseqüência a infelicidade.

3º Efeito: Lastro – Nos balões de ar quente tradicionais, o lastro é o conjunto de sacos de areia que lhes dão estabilidade, e que devem ser dispensados, quando se pretenda reduzir o peso para que suba. Na jornada humana, há lastros que, em princípio, nos garantem relativo equilíbrio, quais sejam: - a família, os bens materiais, a profissão, o emprego, etc...  Mas é fundamental que não os coloquemos em demasia no balão da nossa existência, se desejamos superar o imediatismo terrestre, cultivando os valores morais e espirituais, o conhecimento superior, as virtudes cristãs, o empenho de servir e a oportunidade de nos elevar... Se ao longo da existência terrena acumulamos lastros de imediatismo e apego aos bens materiais transitórios, seremos prisioneiros atormentados e desajustados. Se o lastro for excessivo, estaremos presos na insatisfação e na intranqüilidade, sem poder alcançar a elevação e a evolução espiritual.

4º Efeito: Evangelho – A vinda de Jesus ao plano físico do planeta visou especialmente complementar, com os valores morais e espirituais de seu Evangelho, o sentido mais importante da vida.  Esse é gerado a partir de nosso empenho em seguir as lições de Jesus, e colocá-las em prática. As realidades do ser humano só se caracterizam como progresso verdadeiro quando acompanhadas da evolução dos valores éticos e morais. O ser humano na Terra tem-se preocupado especialmente com as atividades exteriores, aplicando sua inteligência, seu potencial de trabalho na busca de melhores condições de vida, o que tem conseguido; porém, para produzirmos bons efeitos borboleta, bumerangue e lastro, devemos reconhecer que nosso empenho maior deve ser a edificação do Reino de Deus em nós, a fim de superarmos as  nossas inquietações humanas.

Diz Jesus, em o Sermão da Montanha, que se praticarmos os dois mandamentos de amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, tudo o mais de que precisamos nos será dado por acréscimo... Todos somos irmãos pelos laços da consangüinidade, constituídos pela família, como também somos irmãos pela Criação Divina, devendo, portanto, em função dessas condições, auxiliarmo-nos mutuamente por sermos membros da família universal.

Assim, somos responsáveis, não só pelas nossas ações, mas também pelo que nossas ações possam causar aos nossos irmãos e todas as suas conseqüências. Se hoje estamos em melhor condição, ajudemos o nosso irmão, pois amanhã talvez estejamos a necessitar o auxílio desse mesmo irmão quando a situação se inverter, pois durante a existência estamos quase sempre subindo e descendo.

E todos aqueles que cumprem a Lei de Deus, são irmãos estimados de Jesus e dignos de assistência... Façamos, portanto, por merecer essa condição amparando e amando os nossos irmãos, não só os que se encontram em jornada terrena, mas também os que já estão na espiritualidade, esperando a nossa lembrança e uma oração em seu benefício.

Jesus afirmou: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?  E estendendo a mão para os apóstolos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer um que fizer a vontade de meu Pai Celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”.

Que o Senhor nosso Pai Celestial, nos ampare para que possamos também amparar os nossos irmãos mais necessitados do que nós, hoje, amanhã e sempre. . .


Bibliografia:
A Bíblia
Norton Lorenz
Evangelho de Jesus

Jc.
15/04/2007
Refeito em 24/04/2017


   

ROMEU DO AMARAL CAMARGO




  Romeu Camargo nasceu na cidade de Rio Claro, estado de São Paulo, no dia 2 de fevereiro de 1882. Ele foi um grande vulto espírita, não só no estado de São Paulo, como em todo o Brasil. Autor de vários livros e em perfeita sintonia com o Evangelho,  afirmou-se um dos mais proeminentes lideres do Espiritismo Cristão, cuja palavra autorizada era recebida e acatada pelos espíritas.
Ele fez o curso primário com professores particulares. Formado pela antiga Escola Complementar, anexa a Escola Normal da capital de São Paulo, ingressou no magistério público em 1903, tendo exercido vários cargos de carreira, entre outros, foi inspetor de ensino em Limeira, professor da Escola Normal do Brás e diretor do Grupo Escolar Campos Sales, com mais de 3 mil alunos, na capital. Bacharelou-se no ano de 1915, em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito de São Paulo, exercendo a advocacia de 1917 a 1929.
Jornalista e escritor, colaborou com diversos órgãos da imprensa diária, tanto da capital como do interior. Católico de nascimento converteu-se ao Protestantismo em 1901. Membro professo desde 1902 foi eleito e ordenado diácono em 1913, pela 1ª Igreja Presbiteriana Independente da capital de São Paulo, cuja assembleia era constituída de mais de 800 membros e sob o pastorado de Revmo. Eduardo Pereira. Oficial da Igreja desde julho de 1909 ocupou o púlpito de quase todas as igrejas protestantes da capital paulista e de outras cidades do interior. Em seu benéfico trabalho dentro do Protestantismo escreveu um folheto de leitura edificante intitulado “Historia da Conversão de Um Criminoso” distribuído nos presídios.
Estudando sempre a Bíblia e obras teológicas, eis que os seus 22 anos de vivência religiosa no meio protestante, não lhe apagaram as dúvidas acerca do fundamento cristão dos dogmas da “predestinação divina” e da “eternidade das penas”. Em 1923, foi-lhe dado conhecer novas luzes nas páginas do Evangelho: as obras de Allan Kardec esclareceram-lhe lógica e racionalmente aqueles pontos obscuros. Dissiparam-se as suas dúvidas e as dificuldades que ofuscavam o sentido claro das palavras de Jesus!
Definitivamente, atraído para a Doutrina dos Espíritos, Romeu
Camargo se ausentou da sua igreja, o que fez com que alguns pastores o fossem visitar e procurassem  afastá-lo da Doutrina Espírita. Tudo em vão, porém. Em 21 de fevereiro de 1925, ele foi convidado a comparecer a uma reunião da Igreja Presbiteriana Independente.  Feita a “acusação” pelo secretário teve a palavra o “acusado”, que durante duas horas  produziu  a sua defesa,  firmada no Evangelho de Jesus. No dia 1º de junho de 1925, Romeu Camargo publicava em o “Reformador”  a sua confissão pública de adesão ao Espiritismo. Ele o fez com o artigo – Aos Pés do Mestre – em resposta a um artigo do pastor protestante Isaac Gonçalves do Vale, publicado no “Estandarte”, órgão da Igreja Presbiteriana Independente.
Convicto das verdades contidas nas obras fundamentais da Doutrina dos Espíritos, o professor Romeu Camargo tornou-se um pregador do seu  aspecto moral-evangélico, tendo tomado parte, de modo intensivo, em várias Instituições, e escrito quatro obras notáveis, que enriqueceram as bibliotecas espíritas: “Protestantismo e Espiritismo à Luz do Evangelho”, “De Cá e de Lá”, “Salvação pela Fé ou Pelas Obras?” e “Um Só Senhor”.  Todas elas constituindo vibrante defesa e a refutarem as objeções levantadas contra a doutrina, pelo bispo de Pouso Alegre e o psiquiatra Pacheco e Silva.
Romeu Camargo escreveu para os mais importantes jornais da imprensa espírita brasileira, principalmente no “Reformador”, órgão da Federação Espírita Brasileira, pois ele tinha grande saber das Escrituras Sagradas e vastos conhecimentos sobre Filosofia e Religião. Ele foi presidente da União Federativa Espírita Paulista, na época a principal sociedade espírita bandeirante. Em 1936, tornou-se o 1º Secretário da recém-fundada Federação Espírita do Estado de São Paulo. Contribuiu para a fundação da Rádio Piratininga, a primeira estação espírita, em 30 de março de 1940, sendo ele diretor-tesoureiro. Durante vários anos foi o redator–secretário da revista “Verdade e Luz”, fundada pelo confrade Batuíra.
Em 1937, escreveu-lhe o Espírito Emmanuel através de Francisco Cândido Xavier: “Continue na sua bela missão de levar a luz espiritual do Evangelho pelos caminhos da Terra”. Romeu continuou seu trabalho até o fim de sua jornada terrena e disse em 1943: “Educado na Igreja Protestante Presbiteriana, onde realizei  minha formação espiritual, o que me interessa é por em prática o Evangelho de Jesus, que é “Luz para mim”.
Ele desencarnou  na cidade de  São Paulo, em 10 de dezembro de 1948, quando datilografava  uma carta ao presidente da Federação Espírita Brasileira, com o qual sempre mantinha correspondência.

Fonte:
Federação Espírita Brasileira
Jornal “O Imortal” 12/2016

Jc.
São Luís, 12/2/2017

domingo, 16 de abril de 2017

A PROFECIA DE CHICO XAVIER






 A Profecia de Chico Xavier para 2019 – Para ler, reler, refletir e meditar!
Em razão da gra­vi­dade do as­sunto, tra­zemos aos lei­tores da “Folha Es­pí­rita” a re­ve­lação feita pelo mais im­por­tante mé­dium da his­tória hu­mana, Fran­cisco Cân­dido Xa­vier, a Ge­raldo Lemos Neto, fun­dador da Casa de Chico Xa­vier, de Pedro Le­o­poldo (MG), e da Editora Vinha de Luz, de Belo Ho­ri­zonte (MG), em 1986, sobre o fu­turo que está re­ser­vado ao pla­neta Terra e a todos os seus ha­bi­tantes nos pró­ximos anos.  
Estou aqui na con­dição de um car­teiro,  me­lhor di­zendo, de um men­sa­geiro a quem fosse con­fiada a ta­refa de en­tregar de­ter­mi­nada no­ti­fi­cação por ordem de uma au­to­ri­dade su­pe­rior. Cons­ci­ente da im­por­tância do que me foi con­fiado às mãos, en­trego-o hoje em sua com­ple­tude aos nossos ir­mãos em hu­ma­ni­dade, na cer­teza de que estou cum­prindo um dever e nada mais. O seu con­teúdo não foi la­vrado por mim e sim pelo maior mé­dium que a hu­ma­ni­dade co­nheceu desde os tempos do Cristo, que foi Chico Xa­vier.
O tema da trans­for­mação da Terra de mundo de ex­pi­ação e provas, para mundo de re­ge­ne­ração, le­van­tado pelo pró­prio co­di­fi­cador da Dou­trina Es­pí­rita, Allan Kardec, sempre in­te­ressou e in­trigou Ge­raldo Lemos Neto, fun­dador da Casa de Chico Xa­vier, de Pedro Le­o­poldo (MG).
Geraldo, com 19 anos de idade, já tendo lido e es­tu­dado toda a obra de Kardec, co­nheceu o mé­dium Chico Xa­vier, amigo da fa­mília desde os tempos de sua me­ni­nice em Pedro Le­o­poldo. “Na­quela época, como já havia ou­vido inú­meros casos re­la­tivos à sua me­diu­ni­dade e ca­ri­dade para com o pró­ximo, tinha muita von­tade de co­nhecê-lo e ouvi-lo pes­so­al­mente, o que de fato ocorreu em ou­tubro de 1981, em São Paulo”, lembra Geraldo Neto. A partir da­quele pri­meiro en­contro, uma grande afi­ni­dade os ligou, con­forme narra, o que fez com que ele o vi­si­tasse re­gu­lar­mente em Ube­raba, acom­pa­nhado de fa­mi­li­ares.
A partir de então, passou a des­frutar de uma in­ti­mi­dade maior com Chico, vi­si­tando-o com mais frequência e hos­pe­dando-se em sua re­si­dência. “Posso dizer que essa época foi para meu co­ração um ver­da­deiro te­souro dos céus”. Re­cordo-me até hoje da­queles anos de con­vi­vência amo­rosa e ins­tru­tiva na com­pa­nhia do sábio mé­dium e amigo com pro­funda gra­tidão a Deus, que me per­mitiu se­me­lhante con­cessão por acrés­cimo de Sua Mi­se­ri­córdia In­fi­nita.  
Um dos temas abordado, como lembra Geraldo Neto, foi em re­lação ao Apo­ca­lipse, do Novo Tes­ta­mento. Sempre me as­som­brei com o tema, re­la­tando a Chico Xa­vier, minha di­fi­cul­dade de en­tender o livro sa­grado es­crito pela me­diu­ni­dade de João Evan­ge­lista. Desde então, em nossos co­ló­quios, Chico Xa­vier tinha sempre uma ou outra pa­lavra es­cla­re­ce­dora sobre o as­sunto, pon­tu­ando esse ou aquele ver­sí­culo e fa­zendo-me com­pre­ender, aos poucos, o mo­mento de tran­sição pelo qual passa o nosso orbe pla­ne­tário, a ca­minho da re­ge­ne­ração. Foi em uma dessas con­versas ha­bi­tuais, lem­brando o livro de sua psi­co­grafia, “Brasil, Co­ração do Mundo, Pá­tria do Evan­gelho”, ditado pelo es­pí­rito de  Hum­berto de Campos, que Geraldo Neto ex­ternou ao mé­dium sua dú­vida quanto ao tí­tulo do livro, uma vez que ainda na­quela oca­sião, em me­ados da dé­cada de 1980, o Brasil vivia às voltas com a hi­pe­rin­flação, a mi­séria, a fome, as dis­pa­ri­dades so­ciais, o des­con­trole po­lí­tico e econô­mico, nos es­cân­dalos de cor­rupção e no atraso cul­tural.
Lembro-me, como hoje, a ex­pressão de sur­presa do Chico me res­pon­dendo: “Ora, Ge­ral­dinho, você está que­rendo pri­vi­lé­gios para a Pá­tria do Evan­gelho, quando o fun­dador do Evan­gelho, que é Jesus Cristo, viveu na po­breza, cer­cado de do­entes e ne­ces­si­tados de toda ordem, ex­pe­ri­mentou toda a sorte de vi­cis­si­tudes e per­se­gui­ções para ser su­pli­ciado, aban­do­nado pelos seus amigos mais pró­ximos e a morrer cru­ci­fi­cado entre dois la­drões? Não nos es­que­çamos de que o fun­dador do Evan­gelho atra­vessou toda sorte de pro­va­ções, pa­deceu o mar­tírio da cruz, mas de­pois ele res­sus­citou para a Vida Imortal! Isso deve servir de ro­teiro para a Pá­tria do Evan­gelho. Um dia ha­ve­remos de res­sus­citar das cinzas de nosso pró­prio sa­cri­fício para de­mons­trar ao mundo in­teiro a imor­ta­li­dade glo­riosa!”, es­cla­receu-me.
Na sequência da nossa con­versa, per­guntei ao Chico o que ele queria exa­ta­mente dizer a res­peito do sa­cri­fício do Brasil. Es­taria ele a prever o fu­turo de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se es­ti­vesse vis­lum­brando cenas dis­tantes e, de­pois de algum tempo, re­tornou para dizer-me: “Você deve se lembra Ge­ral­dinho, do livro de Em­ma­nuel, “A Ca­minho da Luz”, que nas pá­ginas fi­nais da nar­ra­tiva de nosso ben­feitor, no ca­pí­tulo XXIV, cujo tí­tulo é: “O Es­pi­ri­tismo e as Grandes Tran­si­ções?”.  Nele, Em­ma­nuel afir­mava que os es­pí­ritos ab­ne­gados e es­cla­re­cidos fa­lavam de uma nova reu­nião da co­mu­ni­dade das po­tên­cias an­gé­licas do Sis­tema Solar, da qual é Jesus um dos mem­bros di­vinos; e que a so­ci­e­dade ce­leste se reu­niria pela ter­ceira vez na at­mos­fera ter­restre, desde que o Cristo re­cebeu a sa­grada missão de re­dimir a nossa hu­ma­ni­dade, para, enfim, de­cidir no­va­mente sobre os des­tinos do nosso mundo.”
Pois então, Em­ma­nuel es­creveu isso nos idos de 1938 e estou in­for­mado que essa reu­nião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem fi­nal­mente in­gressou na co­mu­ni­dade pla­ne­tária, dei­xando o solo do mundo ter­restre para pisar pela pri­meira vez o solo lunar. O homem, por seu pró­prio es­forço, con­quistou o di­reito e a pos­si­bi­li­dade de vi­ajar até a Lua, fato que se ma­te­ri­a­lizou em 20 de julho de 1969. Na­quela oca­sião, o Go­ver­nador Es­pi­ri­tual da Terra, que é Jesus Cristo, ou­vindo o apelo de ou­tros seres an­ge­li­cais de nosso Sis­tema Solar, con­vo­cara uma reu­nião des­ti­nada a de­li­berar sobre o fu­turo de nosso pla­neta. O que posso lhe dizer Ge­ral­dinho, é que de­pois de muitos diá­logos e de­bates entre eles, foi dado di­versas su­ges­tões e, ao final do ce­leste con­clave, a bon­dade de Jesus de­cidiu con­ceder uma úl­tima chance à co­mu­ni­dade ter­rá­quea, uma úl­tima mo­ra­tória para a atual ci­vi­li­zação no pla­neta Terra. Todas as in­jun­ções cár­micas pre­vistas para acon­te­cerem ao final do sé­culo XX foram então sus­pensas, pela Mi­se­ri­córdia dos Céus, para que o nosso mundo ti­vesse uma úl­tima chance de pro­gresso moral. O curioso é que nós vamos re­co­nhecer nos Evan­ge­lhos e no Apo­ca­lipse, exa­ta­mente este pe­ríodo atual, “em que es­tamos vi­vendo, como a un­dé­cima hora ou a hora der­ra­deira, ou mesmo a cha­mada úl­tima hora.”
Extremamente cu­rioso com o de­sen­rolar do re­lato de Chico Xa­vier, per­guntei-lhe sobre qual foram então ás de­li­be­ra­ções de Jesus, e ele me res­pondeu: “Nosso Se­nhor de­li­berou con­ceder uma mo­ra­tória de 50 anos à so­ci­e­dade ter­rena, a ini­ciar-se em 20 de julho de 1969, e, por­tanto, a findar-se em julho de 2019. Or­denou Jesus, então, que seus emis­sá­rios ce­lestes se em­pe­nhassem mais di­re­ta­mente na ma­nu­tenção da paz entre os povos e as na­ções ter­res­tres, com a fi­na­li­dade de co­la­borar para que nós in­gres­sás­semos mais ra­pi­da­mente na co­mu­ni­dade pla­ne­tária do Sis­tema Solar, como um mundo mais re­ge­ne­rado, ao final desse pe­ríodo. Al­gumas po­tên­cias an­gé­licas de ou­tros orbes de nosso Sis­tema Solar re­ce­aram a di­lação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sa­be­doria, re­solveu es­ta­be­lecer uma con­dição para os ho­mens e as nações ter­restres. Segundo o Cristo, as na­ções mais de­sen­vol­vidas e res­pon­sá­veis da Terra de­ve­riam aprender a se su­por­tarem umas às ou­tras, res­pei­tando as di­fe­renças entre si, abs­tendo-se de se lan­çarem a uma guerra de ex­ter­mínio nu­clear. A face da Terra de­veria evitar a todo custo á cha­mada III Guerra Mun­dial. Se­gundo a de­li­be­ração do Cristo, se so­mente as na­ções ter­renas, du­rante este pe­ríodo de 50 anos, apren­dessem a arte do bom con­vívio e da fra­ter­ni­dade, evi­tando uma guerra de des­truição nu­clear, o mundo ter­restre es­taria enfim ad­mi­tido na co­mu­ni­dade pla­ne­tária do Sis­tema Solar como um mundo em re­ge­ne­ração. Ne­nhum de nós pode prever Ge­ral­dinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se as nações desenvolvidas e cultas sou­berem de­fender a paz”.     
Per­guntei, então, ao Chico a que avanços ele se re­feria e ele me res­pondeu:  “Lá pelos anos de 2030, nós deveremos al­can­ça­r a so­lução para todos os pro­blemas de ordem so­cial, como a so­lução para a po­breza e a fome que es­tarão ex­tintas; te­remos a des­co­berta da cura de todas as do­enças do corpo fí­sico pela ma­ni­pu­lação ge­né­tica nos avanços da Me­di­cina; o homem ter­restre terá amplo e total acesso à in­for­mação e à cul­tura, que se fará mais ge­ne­ra­li­zada; também os nossos ir­mãos de ou­tros pla­netas mais evo­luídos terão a per­missão ex­pressa de Jesus para se nos apre­sen­tarem aber­ta­mente, co­la­bo­rando co­nosco e ofe­re­cendo-nos tec­no­lo­gias novas, até então ini­ma­gi­ná­veis ao nosso atual es­tágio de de­sen­vol­vi­mento ci­en­tí­fico; ha­ve­remos de fa­bricar apa­re­lhos que nos fa­ci­li­tarão o con­tato com as es­feras de­sen­car­nadas, pos­si­bi­li­tando a nossa sau­dosa con­versa com os entes que­ridos que já par­tiram para o além-tú­mulo; enfim es­ta­remos di­ante de um mundo novo, uma nova Terra, uma glo­riosa fase de es­pi­ri­tu­a­li­zação e be­leza para os des­tinos de nosso pla­neta.”
Foi então que, fa­zendo ás vezes de ad­vo­gado do diabo, per­guntei a ele: “Chico, até agora você tem me fa­lado apenas da me­lhor hi­pó­tese, que é esta em que a hu­ma­ni­dade ter­restre deveria per­ma­ne­cer em paz até o fim desse pe­ríodo. Mas, e se acon­tecer o caso das na­ções ter­res­tres se lan­çarem a uma guerra nu­clear?” Chico respondeu:  “Ah! Ge­ral­dinho, caso a hu­ma­ni­dade en­car­nada de­cida se­guir o in­feliz ca­minho da III Guerra mun­dial, uma guerra nu­clear de con­sequên­cias im­pre­vi­sí­veis e de­sas­trosas, aí então a pró­pria mãe Terra, sob os aus­pí­cios da Vida Maior, re­a­girá com vi­o­lência im­pre­vista pelos nossos ho­mens de ci­ência. O homem co­me­çaria a III Guerra, mas quem iria ter­miná-la se­riam as forças  da Na­tu­reza, da pró­pria Terra, can­sada dos des­mandos hu­manos, e se­ríamos de­fron­tados então com ter­re­motos gi­gan­tescos; ma­re­motos e ondas (tsu­namis) con­se­quentes; ve­ríamos a ex­plosão de vul­cões há muito ex­tintos; en­fren­ta­ríamos de­gelos ar­ra­sa­dores que avas­sa­la­riam os polos do globo com trá­gicos re­sul­tados para as zonas cos­teiras, de­vido à ele­vação dos mares; e, neste caso, as cinzas vul­câ­nicas as­so­ci­adas às ir­ra­di­a­ções nu­cle­ares ne­fastas aca­ba­riam por tornar to­tal­mente ina­bi­tável todo o He­mis­fério norte de nosso globo terrestre.” 
O que aconteceria especificamente com o Brasil?   Chico Xa­vier respondeu:  “Em todas as duas si­tu­a­ções, o Brasil cum­prirá o seu papel no grande pro­cesso de es­pi­ri­tu­a­li­zação pla­ne­tária. Na me­lhor das hi­pó­teses, nossa nação cres­cerá em im­por­tância so­ci­o­cul­tural, po­lí­tica e econô­mica pe­rante a co­mu­ni­dade das na­ções. Não só se­remos o ce­leiro ali­men­tício e de ma­té­rias-primas para o mundo, e também a grande fonte ener­gé­tica com o des­co­bri­mento de enormes re­servas pe­tro­lí­feras.”
E pros­se­guiu Chico:  “O Brasil cres­cerá a passos largos e ocu­pará im­por­tante papel no ce­nário global, isso terá como con­sequência a ele­vação da cul­tura bra­si­leira ao ce­nário in­ter­na­ci­onal e ainda a re­boque, os li­vros da “Doutrina dos Espíritos” que aqui ti­veram solo fértil no seu de­sen­vol­vi­mento, atin­girão o in­te­resse das ou­tras na­ções também. Agora, caso ocorra a pior hi­pó­tese, lá pelos idos de 2057,  com o He­mis­fério Norte do pla­neta tor­nando-se ina­bi­tável, grandes fluxos mi­gra­tó­rios se mudariam então para o He­mis­fério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria cha­mado mais di­re­ta­mente a de­sem­pe­nhar o seu papel de Pá­tria do Evan­gelho, exem­pli­fi­cando o amor e a re­núncia, o perdão e a com­pre­ensão es­pi­ri­tual pe­rante os povos mi­grantes”.
“A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais principais”. Entretanto, esses fluxos migratórios não seriam infelizmente pacíficos. Chico então me revelou, que a ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se o Brasil e o restante da América do Sul, assim como a Austrália e o Sul da África, a fim de que essas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte.  Nós, brasileiros, seríamos exigidos a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores,  não deixassem de estar sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e das hecatombes, portanto, mesmo  assim, devendo ser considerados nossos irmãos em humanidade, necessitados de apoio, amparo, compreensão e amor”.
Neste ponto da conversa, Chico Xavier fez uma pausa na narrativa e completou: “Nosso Brasil, como o conhecemos hoje, será então desfigurado e dividido em quatro nações. Só um quarto do nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste, Goiás e o Distrito Federal. Os europeus virão ocupar os Estados da região Sul; os Estados do Nordeste serão ocupados pelos russos e povos eslavos; os Estados da região Norte serão ocupados pelos norte-americanos, canadenses e mexicanos;  os Estados do Centro-oeste, serão ocupados pelos asiáticos, chineses, japoneses e coreanos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores”.
Vejamos, por exemplo: “Os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho; os europeus poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à cultura; os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, à religiosidade e suas tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofereceremos a eles, nossos irmãos, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples, humilde e religiosa, esses Espíritos que reencarnaram na nação brasileira para dar aos desígnios de Deus, o cumprimento e demonstrar a todos os povos do planeta, a fé na Vida Superior dando testemunho da continuidade da vida além-túmulo, e o exercício nobre da mediunidade com Jesus”.
O Brasil, embora sofrendo o impacto de uma ocupação  estrangeira, estaria imune aos efeitos das catástrofes terrena? - Pergunta Geraldo Lemos. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, principalmente nas zonas costeiras, porém o impacto no Brasil será menor se comparado com o que irá acontecer no  Hemisfério Norte. Ele ainda perguntou a Chico se a reunião da comunidade celestial teria decidido algo mais para a Terra, e Chico respondeu que sim. Outra decisão tomada foi a que os benfeitores espirituais determinaram que, após o ano 2000 da Era Cristã, os Espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na Terra. Eles serão encaminhados para mundos atrasados ou mundos primitivos, vivenciando o estágio de homens das cavernas, para purgarem os seus desmandos, as práticas maldosas e a insubmissão aos desígnios superiores.
Não há mais tempo para o materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas. Ou seguiremos com a luz que efetivamente buscamos, ou nos afundamos na nossa própria ignorância. A resposta está em nosso livre-arbítrio, seja individual ou coletivo. É a nossa escolha de hoje que vai gerar o nosso destino. O próprio espírito de Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma pergunta, nos diz que as profecias são reveladas aos seres humanos para não serem  cumpridas, mas, na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho de sofrimentos, e se assim não for feito pela humanidade, elas serão cumpridas. Aproxima-se a fase final desta transição que haverá de elevar a Terra à condição de mundo de regeneração, para a qual se destina, e esse período final será no futuro ano de 2057...
“A cada um será dado segundo as suas obras”, disse Jesus.

Fonte:
Chamada de capa do jornal “Folha Espírita” nº 439
Edição de maio de 2011 – Verdade Mundial.
+ Supressões e modificações.

Jc.
São Luís, 9/4/2017




O SUICÍDIO




  Não faz muito tempo, o país foi abalado pelo pedido formulado por um casal de idosos, num anúncio de jornal, em que afirmavam “estamos cansados de sentir solidão” e procuravam um médico que lhes aplicassem uma injeção letal. O drama comoveu muitas pessoas. Segundo eles, nos últimos cinco anos, não haviam recebido nenhuma visita de seus dois filhos ou dos seus amigos de outrora.

O problema do casal foi resolvido, não como eles pediam, mas de uma maneira muito mais fraterna e de acordo com a Lei Divina. Pessoas se mobilizaram e eles foram viver em um local bonito, em meio a muito verde, flores e com outros idosos com quem passaram a compartilhar horas, carinhos e experiências.

Infelizmente, não são somente pessoas idosas que, por solidão, abandono e problemas, desejam fugir da existência terrena. Em todo o país, o número dos que tentam se matar é incalculável. E nos últimos quinze anos, o fantasma do suicídio tem pesado mais para os adolescentes. Os motivos alegados são: separação dos pais, contaminação pelo vírus HIV, ou o uso de drogas. São ainda fatores de riscos apontados, a perda de dinheiro, de parentes, a depressão, mudança de condições econômicas, de saúde, intoxicação por álcool, abandono, desesperança,  falta de religiosidade e fé na bondade de Deus.

As cifras dizem que, para cada suicídio consumado, existem dez tentativas frustradas. Por quê?  Se as causas são conhecidas, ainda assim não se resolve o problema. É necessário oferecer o remédio eficaz, e este reside na fé, no conhecimento dos objetivos da existência. Quando o ser humano se conscientizar de que a vida não é somente a  existência terrena; que morto o corpo físico, a vida prossegue na Espiritualidade, verificará que não lhe adiantará nada destruir o seu corpo. Ele como Espírito, continuará a existir e os problemas que lhe levaram a tal gesto,  serão, agravado pela infração à Lei Divina.

Quando o ser humano tomar conhecimento de que ele é produto exclusivo do amor de Deus, Pai de Amor, de Bondade e Misericórdia,  que na Terra vive uma etapa curta que objetiva lhe fornecer condições de crescer em moral, inteligência, conhecimento e amor; quando se der conta de que é chamado todos os dias a cooperar na grande obra da criação, então não mais tentará fugir da existência terrena, porque a nossa vida não acaba jamais; a imortalidade é a nossa dádiva maior.

De todas as mortes a pior é a morte pelo suicídio. Nesta não existe a suave quietação da morte comum nas pessoas normais. Sócrates, já ensinava a um discípulo:  “Será para ti motivo de estranheza verificar que há para todos necessidade de viver, mesmo para os que têm a esperar mais da morte do que da vida. E notarás que não lhe é permitido procurar a morte por suas próprias mãos, sendo obrigado a esperar outro libertador”.

Pensando que se destrói, o suicida vai ao encontro de situações e sofrimentos horríveis. Quando recupera a consciência, surpreende-se de estar vivo, porém sem possibilidade de movimentar o seu cadáver. Cercam-no horrendas entidades vampirizadoras desejosas de sugando-lhe as energias vitais soltas pelas células em decomposição, e adversários ou simples zombeteiros o atormentam com ofensas, deboches e recriminações. E como se não bastasse, revive a cena suicida quase que constantemente com a sensação das dores sofridas pelo corpo. Acompanhando a lenta decomposição do corpo, procura desvencilhar-se, mas não consegue; o seu perispírito fica preso por longo tempo nos seus restos mortais.

Quando o ser humano estabelecer objetivos para sua existência, que não sejam apenas ao pequeno período na carne, descobrirá os tesouros dos dias e se enriquecerá de paz. Quando a pessoa acreditar que é um fluído divino, isto é, um Espírito com enorme potencial de superação dos problemas, não mais fugirá, dando atestado de covardia, porque muitos aflitos afirmam: “Não tenho coragem de me matar”. Por isso o suicídio não é um ato de coragem; é de covardia. Covardia essa que motiva a criatura a fugir dos problemas, antes de buscar resolvê-los. Covardia que faz com que o suicida procure se omitir, deixando as dificuldades para os que ficam saudosos feridos e abandonados. É ainda um ato egoísta porque o suicida só vê a si mesmo, o seu problema, a sua dor, sem se importar com os sofrimentos que causa aos outros. Em nenhum momento pensou no sofrimento que causará nos pais aflitos, na companheira ou companheiro abandonado, nos filhos jogados às mãos dos outros, nos parentes e amigos que se empenharam para que sua reencarnação fosse de progresso e evolução.

Ato de coragem mesmo é existir, é viver. Enfrentar todos os dias as mesmas dificuldades e superá-las. Ato de coragem é trabalhar todos os dias construindo o mundo novo que começa dentro de cada um. Se você está pensando em desertar da existência, pare e pense. Em que a sua morte melhorará a situação, visto que os problemas que o afligem, seguirão com você para além do túmulo? – Retire os óculos escuros do pessimismo que lhe fazem ver tudo negro e coloque lentes claras da esperança. A solução para sua dificuldade pode vir amanhã. Quem sabe haja uma saída que você ainda não tentou? Deite com o problema e acorde com a solução. Dê uma chance a você mesmo, creia em Deus, faça uma oração com fé e peça a Sua proteção e tudo passará.

O que pode levar o ser humano a cometer esse gesto de extremo desespero, eis á pergunta inquietante. Em tese, apontamos algumas das principais motivações que leva a pessoa a cometer esse ato desesperador, sabendo que existem outras causas que podem também conduzir a essa situação: 1- Falta de fé; 2-orgulho exacerbado; 3-desespero e tédio; 4- desequilíbrio nervoso; 5- desânimo por moléstias consideradas incuráveis; 6- sugestões de encarnados e desencarnados.

A falta de fé,  é sem dúvida a maior responsável pela totalidade dos suicídios. É pela fé que nos propomos a fazer a parte que nos cabe executar, e confiantes em Deus e seus desígnios,  que não depende de nossa vontade.
O orgulho exacerbado,  que é a ausência da humildade, tem sido causa de desastres e dores que castigam familiares e levam seus executores (os suicidas) a séculos de desequilíbrios e sofrimentos.
O desespero e o tédio,  que atingem grande parte dos seres humanos, os levam a se acharem sem quaisquer perspectivas de melhora, e julgam como solução para seus problemas, acabar com a existência. São muitas as mensagens de desesperados suicidas, com referência ao “desencanto com a existência”, lamentando não terem procurado buscar ajuda e sem esperanças de dias melhores.
O desequilíbrio nervoso,  que poderia ter sido combatido e evitado no início, se a pessoa tivesse procurado os recursos da medicina convencional e da medicina espiritual, certamente o equilíbrio emocional voltaria ao normal e não teria chegado a tal procedimento.
O desânimo com moléstias consideradas incuráveris . Os portadores dessas moléstias não vêem mais motivos para continuarem vivos, sem perceberem que para Deus tudo é perfeitamente possível, e que muitas das enfermidades, hoje, são controladas pela medicina moderna. Esclarecem os Espíritos Superiores que o desânimo é sem dúvida, na maioria dos casos, o início de tudo; muitas vezes da Espiritualidade vem á cura quando a Medicina já desistiu, por ter chegado ao limite dos seus conhecimentos.
Sugestões de encarnados e desencarnados. Muito desses atos extremos foi estimulado por entidades infelizes, inimigos do passado, que induzem o infeliz ao suicídio como vingança. Por outro lado, pessoas há que só sabem conversar sobre assuntos negativos, desanimadores, influenciando o fraco de espírito ao desespero e à desdita.

Muitos suicidas se deixaram envolver pelas sugestões de pessoas desequilibradas dos dois mundos e se já acalentavam motivos pessoais para cometer esse ato lastimável, encontram poderoso estímulo para seu cometimento. Muitas obras especializadas de origem mediúnica, falam-nos de vales sinistros, onde se congregam em infelizes e trevosas sociedades, onde os quadros são terríveis, de desespero, angústia, lamentações, solidão, trevas e pesadelos horrendos. O suicida que teve a ilusão de ver seus problemas resolvidos com a extinção do corpo físico, que pensava cessarem seus problemas e dores, depara-se com uma situação agravada pelo seu ato, com os mesmos sofrimentos e mergulhado na tortura.

Emmanuel, tratando da questão no livro “O Consolador”, informa: “A primeira decepção que aguarda o suicida, é a realidade da vida que não se extinguiu com a destruição do corpo físico. Suicidas há que continuam experimentando os sofrimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo perispiritual. Anos após anos, sentem as impressões terríveis do que lhes aniquilou as energias. Comumente, a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo de decomposição do corpo abandonado na Terra”.

De todos os desvios da existência humana, o suicídio é o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, sem a devida misericórdia.

Em outra obra intitulada “Pronto Socorro”, Emmanuel fala aos que pensam em desertar da existência pela morte provocada: “Quando a idéias de suicídio te assome à cabeça, reflete, antes de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que te instalou na residência planetária; em seguida ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Providência Divina. Se a idéia continuar a torturar-te, refugia-te no trabalho edificante, sendo útil aos que te cercam. Visita um hospital, para avaliar quantos irmãos portadores de situações piores, ás vezes com moléstias irreversíveis, lutando para viver, enquanto queres desistir dela por nada. Entrega-te ao serviço do bem ao próximo e faze empenho em esquecer-te, porque a voluntária deserção e destruição de tuas possibilidades físicas representarão um ato de desconsideração para com Deus, e as bênçãos que te possibilitaram a existência”.

Um espírito evoluído já nos recomendava: “Aceitem as dores, a cegueira, as deformações, a desgraça, a miséria e tudo que de injusto possam ter na Terra, que ainda são coisas pequenas em comparação ao que espera o suicida na sua atitude de se despedir da existência”.

Jesus, no Sermão da Montanha, nos acalma dizendo: “Bem-aventurados os que sofrem e choram, porque serão consolados”. A calma e a resignação na existência terrena, acompanhada da fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. A existência na Terra é uma viagem corretiva e de evolução. Começa na meninice, avança pelos caminhos da plenitude física e altera-se na velhice, para renovar-se além da morte.

Não devemos nos escravizar aos bens materiais, mas usando o estritamente necessário. Há muitos viajantes que sucumbem na caminhada sob pesados cofres de ouro, a que se agarram desvairados. Não prossigamos viagem guardando ressentimento, para que não aconteça ficarmos presos ao labirinto do ódio. Vamos recordar que iniciamos a jornada terrena, sem qualquer patrimônio material e encontramos carinhosos braços maternos que nos embalaram e nos ampararam em nome do Eterno Pai.

Prazer e dor, simplicidade e complexidade, escassez e abastança, beleza de forma ou deformidade do corpo, são simples lições para a ascensão. Não menosprezemos o tempo que é empréstimo divino, que recebemos para a edificante peregrinação, e o nosso corpo é o veículo santo colocado pelo Pai Celestial, a nosso serviço. Não devemos nunca jogar fora a existência que nos foi concedida porque muitos e muitos Espíritos ficam a espera de uma oportunidade para retornar à Escola Terrena.

Oremos em favor dos suicidas e daqueles que pensam em tal atitude como solução para seus problemas, certos de que nossa oração produzirá efeitos altamente benéficos, pois quem precisa de auxílio, somente através da oração e da fé em Deus, encontrará a resignação e a paz para completar a sua existência.

A existência é para ser vivida, e não para ser sacrificada... Que Jesus na sua infinita bondade, nos ilumine a fim de podermos afastar esse pensamento suicida.

Bibliografia:
Maria Helena Marcon
Milton Luz / Emmanuel
Evangelho de Jesus
+ acréscimos e alterações.

Jc.
S. Luís, 2001
Refeito em 2/4/2017