Todos desejam a felicidade. Muitas pessoas pensam que a felicidade consiste em ter dinheiro, morar em uma mansão, ter um belo carrão e possuir uma conta bancária com muitos valores, e se empenham na conquista desses bens materiais, mas, apesar de todo esse patrimônio, não conseguem ser feliz. Outras pessoas existem que obtêm êxito profissional e ocupam cargos importantes, mas também não se consideram felizes. O que lhes falta, afinal?
A
explicação é fácil. A felicidade não consiste em se obter as coisas materiais,
pois, antes de tudo a felicidade é uma questão de estado mental da pessoa.
Portanto, é uma insensatez querer e tentá-la por meio da posse dos bens
materiais ou de elevada posição social. Se a nossa mente estiver cheia de
sentimentos nobres, de pensamentos positivos, de ações de caridade,
fraternidade e amor, pode-se encontrar a felicidade. Assim sendo, qualquer
pessoa pode ser feliz fazendo e mantenha esses sentimentos e ainda os de
gratidão e de alegria de viver. Entretanto, existem pessoas que nunca se sentem
gratas, satisfeitas e felizes. Essas
pessoas realmente tornam a própria existência difícil e extremamente infeliz,
porque não abrigam sentimentos de fraternidade, mas apenas pensamentos de
posses terrenas e situações privilegiadas. As pessoas que abrigam em seu
coração sentimentos elevados devem praticar sempre atos beneméritos, para
viverem e se sentirem bem.
Tomemos
como exemplo um cônjuge que acorda e ao ver o outro ainda dormindo, deve
agradecer por existir e fazer-lhe companhia. Deve agradecer por um novo dia e
por tudo o que existe ao seu redor: familiares e animais que fazem companhia,
assim como tudo o que lhe proporciona benefício, tais como a água, o alimento, o conforto, o trabalho, a
paz reinante e a harmonia no lar.
Lembremo-nos de que existem muitas pessoas no mundo que vivem sem as facilidades
e condições, sozinhos, e sem qualquer esperança de melhora.
O
sentimento de gratidão pelo bem-estar faz a pessoa merecedora de oportunidades
ainda mais gratificantes, e quem vive alegre confirma o velho ditado japonês:
“A fortuna e a felicidade bate a porta da casa onde soam risos alegres”. Às
vezes, inesperadamente, recebem surpresas agradáveis que lhes possibilitam
realizar sonhos. Muitas pessoas pensam que somente devem agradecer quando
concretizados seus desejos, mas a realidade é o contrário: Quando o ser humano
mantém sempre o sentimento de gratidão, para com Deus, por tudo e por todos,
naturalmente lhe chega às facilidades de que sempre necessita.
O
ser humano está incessantemente em busca da felicidade que sempre lhe escapa porque a felicidade
plena não existe na Terra. Entretanto, mesmo com as vicissitudes que formam o
cortejo inevitável da existência, poderia ao menos gozar de uma felicidade
relativa, mas ele a procura nos prazeres materiais, ao invés de procurá-la nos
prazeres da alma, que são um antegozo dos prazeres celestiais. Em vez de procurar
a paz, única felicidade real deste mundo, ele é ávido de tudo aquilo que pode
agitá-lo e perturbá-lo. De muitos tormentos se poupa aquele que sabe se
contentar com o que tem, que vê sem inveja o que outros tem, que não procura
parecer mais do que na realidade é.
A
verdadeira felicidade não consiste no ter mais no sentir, no agradecer e no amar o próximo, principalmente aquele que
está mais próximo (no mesmo lar), em amar a natureza, com todo o seu esplendor,
e finalmente amar a Deus sobre todas as coisas, conforme recomenda o Evangelho.
Mas, essa felicidade é relativa, pois a verdadeira felicidade não é deste
mundo, diz a máxima do Eclesiastes. Nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a
juventude, são condições essenciais da felicidade; nem mesmo a reunião dessas
três condições tão desejadas, uma vez que no meio das classes privilegiadas,
pessoas de todas as idades se lamentam amargamente de sua existência.
Muitos
são os motivos para sermos felizes. Ela se encontra nas pequeninas coisas nos
pequeninos gestos; no sorriso de uma criança, na conversa com um idoso, na
amizade de um amigo, na leitura de um livro, no abraço de um filho, no beijo de
um cônjuge, na lembrança de um momento feliz da existência, na oração de
agradecimento, no admirar a lua em noite
estrelada, no gorjeio dos pássaros, na beleza do por do sol, na natureza e na
obra grandiosa e infinita de Deus...
Aquilo
em que muitos acreditam consistir a felicidade na Terra, na busca das quais
gerações por séculos se lançaram sucessivamente sem poder jamais alcançá-la, é
uma coisa tão efêmera, para aquele que não age sabiamente que, por uma semana,
um mês, um ano de completa satisfação, todo o resto se escoa numa sequência de
decepções, amarguras e sofrimentos; e aqui falamos dos que são considerados
felizes da Terra; daqueles que são invejados pelas multidões. Consequentemente,
se a Terra está destinada a provas e expiações, é preciso admitir que existem
moradas em outros lugares, mais favoráveis, onde o espírito do ser humano possa
usufruir os prazeres da felicidade. Por isso, Deus semeou no Universo, muitas e
belas moradas superiores, onde o nosso esforço e a nossa evolução nos fará um
dia habitar, conforme nos afirmou Jesus ao dizer “Há muitas moradas na casa do
meu Pai” e completou dizendo: “Meu reino não é deste mundo”, onde a Paz, o Amor
e a Felicidade reinam plenamente.
Para
sermos felizes o mais importante e manter a nossa consciência em paz, que é o
nosso juiz íntimo, trabalhar ajudando os irmãos e evitar situações de
sofrimentos, para termos o coração cheio de amor e de felicidade.
Bibliografia:
Livro “Evangelho Segundo o
Espiritismo”
+ Pequenos acréscimos
Jc
S. Luís, 23/5/2013
Refeito em 3/3/2017
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