terça-feira, 9 de maio de 2017

COMO VIVER FELIZ




  Todos desejam a felicidade. Muitas pessoas pensam que a felicidade consiste em ter dinheiro, morar em uma mansão, ter um belo carrão e possuir uma conta bancária com muitos valores, e se empenham na conquista desses bens materiais, mas, apesar de todo esse patrimônio, não conseguem ser feliz.  Outras pessoas existem que obtêm êxito profissional e ocupam cargos importantes, mas também não se consideram felizes. O que lhes falta, afinal?
A explicação é fácil. A felicidade não consiste em se obter as coisas materiais, pois, antes de tudo a felicidade é uma questão de estado mental da pessoa. Portanto, é uma insensatez querer e tentá-la por meio da posse dos bens materiais ou de elevada posição social. Se a nossa mente estiver cheia de sentimentos nobres, de pensamentos positivos, de ações de caridade, fraternidade e amor, pode-se encontrar a felicidade. Assim sendo, qualquer pessoa pode ser feliz fazendo e mantenha esses sentimentos e ainda os de gratidão e de alegria de viver. Entretanto, existem pessoas que nunca se sentem gratas, satisfeitas e felizes.  Essas pessoas realmente tornam a própria existência difícil e extremamente infeliz, porque não abrigam sentimentos de fraternidade, mas apenas pensamentos de posses terrenas e situações privilegiadas. As pessoas que abrigam em seu coração sentimentos elevados devem praticar sempre atos beneméritos, para viverem e se sentirem bem.
Tomemos como exemplo um cônjuge que acorda e ao ver o outro ainda dormindo, deve agradecer por existir e fazer-lhe companhia. Deve agradecer por um novo dia e por tudo o que existe ao seu redor: familiares e animais que fazem companhia, assim como tudo o que lhe proporciona benefício, tais como a  água, o alimento, o conforto, o trabalho, a paz reinante e a harmonia no lar.  Lembremo-nos de que existem muitas pessoas no mundo que vivem sem as facilidades e condições, sozinhos, e sem qualquer esperança de melhora.
O sentimento de gratidão pelo bem-estar faz a pessoa merecedora de oportunidades ainda mais gratificantes, e quem vive alegre confirma o velho ditado japonês: “A fortuna e a felicidade bate a porta da casa onde soam risos alegres”. Às vezes, inesperadamente, recebem surpresas agradáveis que lhes possibilitam realizar sonhos. Muitas pessoas pensam que somente devem agradecer quando concretizados seus desejos, mas a realidade é o contrário: Quando o ser humano mantém sempre o sentimento de gratidão, para com Deus, por tudo e por todos, naturalmente lhe chega às facilidades de que sempre necessita.
O ser humano está incessantemente em busca da felicidade  que sempre lhe escapa porque a felicidade plena não existe na Terra. Entretanto, mesmo com as vicissitudes que formam o cortejo inevitável da existência, poderia ao menos gozar de uma felicidade relativa, mas ele a procura nos prazeres materiais, ao invés de procurá-la nos prazeres da alma, que são um antegozo dos prazeres celestiais. Em vez de procurar a paz, única felicidade real deste mundo, ele é ávido de tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo. De muitos tormentos se poupa aquele que sabe se contentar com o que tem, que vê sem inveja o que outros tem, que não procura parecer mais do que na realidade é.
A verdadeira felicidade não consiste no ter mais no sentir, no agradecer  e no amar o próximo, principalmente aquele que está mais próximo (no mesmo lar), em amar a natureza, com todo o seu esplendor, e finalmente amar a Deus sobre todas as coisas, conforme recomenda o Evangelho. Mas, essa felicidade é relativa, pois a verdadeira felicidade não é deste mundo, diz a máxima do Eclesiastes. Nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude, são condições essenciais da felicidade; nem mesmo a reunião dessas três condições tão desejadas, uma vez que no meio das classes privilegiadas, pessoas de todas as idades se lamentam amargamente de sua existência.
Muitos são os motivos para sermos felizes. Ela se encontra nas pequeninas coisas nos pequeninos gestos; no sorriso de uma criança, na conversa com um idoso, na amizade de um amigo, na leitura de um livro, no abraço de um filho, no beijo de um cônjuge, na lembrança de um momento feliz da existência, na oração de agradecimento,  no admirar a lua em noite estrelada, no gorjeio dos pássaros, na beleza do por do sol, na natureza e na obra grandiosa e infinita de Deus... 
Aquilo em que muitos acreditam consistir a felicidade na Terra, na busca das quais gerações por séculos se lançaram sucessivamente sem poder jamais alcançá-la, é uma coisa tão efêmera, para aquele que não age sabiamente que, por uma semana, um mês, um ano de completa satisfação, todo o resto se escoa numa sequência de decepções, amarguras e sofrimentos; e aqui falamos dos que são considerados felizes da Terra; daqueles que são invejados pelas multidões. Consequentemente, se a Terra está destinada a provas e expiações, é preciso admitir que existem moradas em outros lugares, mais favoráveis, onde o espírito do ser humano possa usufruir os prazeres da felicidade. Por isso, Deus semeou no Universo, muitas e belas moradas superiores, onde o nosso esforço e a nossa evolução nos fará um dia habitar, conforme nos afirmou Jesus ao dizer “Há muitas moradas na casa do meu Pai” e completou dizendo: “Meu reino não é deste mundo”, onde a Paz, o Amor e a Felicidade reinam plenamente.
Para sermos felizes o mais importante e manter a nossa consciência em paz, que é o nosso juiz íntimo, trabalhar ajudando os irmãos e evitar situações de sofrimentos, para termos o coração cheio de amor e de felicidade.

Bibliografia:
Livro “Evangelho Segundo o Espiritismo”
+ Pequenos acréscimos

Jc
S. Luís, 23/5/2013
Refeito em 3/3/2017

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