domingo, 2 de outubro de 2016

TEMOS QUE REINVENTAR A INSTRUÇÃO





  Dados recentes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indicam que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) avançou no Brasil. Porém, entre os três itens analisados – longevidade, renda e instrução – o que menos cresceu foi o último. Ainda é um grande desafio qualificar o ensino público e garantir que os alunos aprendam, após anos de escola. Em outubro, quando comemoramos o dia dos professores(as), acreditamos ser uma oportunidade de refletir sobre as mudanças necessárias à instrução e sobre a importância de valorizar os professores(as). E para isso, fizemos alguns questionamentos ao professor  Pedro Demo, da Universidade de Brasília.
a- Como está a instrução no Brasil, comparada a de outros países?
R- Infelizmente, na comparação internacional nós temos uma imagem muito deficitária. Nossos dados nos aproximam de certa forma mais da África. No IDH estamos no 85º lugar, sendo um dos mais baixos da América Latina. Temos tido muita dificuldade de melhorar, porque a nossa escola pública, que abriga 95% dos alunos no Ensino Fundamental, é assim como uma coisa de pobre para pobre. O Brasil não está cuidando do professor. Aqui, o professor  é uma das piores profissões que a sociedade oferece. O piso salarial é completamente inaceitável. Todas as grandes mudanças que se fizeram, por exemplo, nos países asiáticos – Japão, Coréia e Singapura – que disputam o melhor lugar no mundo em termos de desempenho, começaram pelo professor. Eles montaram uma bela carreira, atrativa, que pega as melhores cabeças da sociedade. Podemos ver, na cara deles, que valeu a pena, enquanto aqui, nós não conseguimos avançar.
b- Mas tivemos avanços, sobretudo na questão da avaliação.
R- Sim, criamos alguns sistemas de avaliação, mas que mostram que nós estamos indo muito devagar. Nós temos um sistema  de ensino que não consegue progredir. Ele é feito para dar aula e não é feito para o aluno aprender. Nós temos muitas aulas; aulas de tudo que é jeito, mas não é voltada e nem satisfaz a aprendizagem do aluno, em virtude da grande maioria de matérias.
c-  Existe uma movimentação da sociedade por mais investimentos na instrução. Isso pode resolver?
R-  Isso também é angustiante porque todo mundo quer que seja
destinado mais dinheiro para a instrução, mas muitas vezes, ele é   jogado fora. Não adianta investir na escola que temos hoje, porque é uma escola onde não se aprende. Precisamos recomeçar como os Tigres Asiáticos, reinventando o professor e reinventando a escola. Aí sim, vale a pena pedir 10% do orçamento e será um grande investimento. O que favorece o desenvolvimento de um país é uma população bem qualificada, que nós não temos. Para  termos uma ideia, o movimento “Tudo pela Instrução”, apresentou um dado de que, chegando ao fim do Ensino Médio, só 10% sabiam Matemática. Isto significa 12 anos de estudo para 10% de uma matéria essencial. É um país que não se desenvolve e quer fazer parte do Primeiro Mundo.
d-  As diversidades regionais do nosso país não são um agravante para os nossos problemas?
R-  Isso complica sim, porque é um país muito diverso e precisa de muitos esforços diversificados, além de consumir também muitos recursos.  Isso não é um problema de outro mundo, porque outros países grandes superaram essa dificuldade. O problema maior é nosso sistema de ensino. Existem dados que mostram que quando se aumentam as aulas e as matérias, os alunos, em geral, aprendem menos. O aluno não vai para a escola para escutar.  Ele vai para escrever, para produzir, para fazer o seu conhecimento. Ele não quer ficar como um ouvinte a copiar as coisas. Todos sabem que isso está errado, mas continuam insistindo nisso.
e-  Que modelos existem no mundo que deveríamos seguir?
R-  Penso que todo país, de certa maneira, precisa inventar a sua proposta. Nós não podemos ficar apenas copiando. Por exemplo:  Singapura teve muito êxito. Á 30 anos atrás, ela não era nada e agora tem um dos melhores desempenhos do mundo. O que se pode aprender é que Singapura fez uma proposta própria. Foi valorizado o professor e optaram por uma escola onde o aluno realmente aprende. Eles abandonaram a ideia do ensino e só ficaram com a aprendizagem. O que temos aqui de sobra na escola são aulas, e o que tem de menos é a aprendizagem.
f-  O que significa ensino e o que significa aprendizagem?
R-  O ensino tem muito de adestramento. Nem a cidadania aparece. A aprendizagem é uma ação mais centrada no aluno. Sabemos que o aluno aprende bem quando o professor aprendeu bem e motiva bem. Na verdade, é um movimento que o professor(a)  motiva  fora, 
mas precisa acontecer dentro, na cabeça do aluno e da sociedade. Essa virada é muito importante, pois teria que mudar muito a formação original. O bom professor(a) é aquele que ganha bem, sabe pesquisar, sabe produzir, tem bom texto próprio e é um protagonista da sociedade do conhecimento.
g-  E o currículo?
R-  O currículo é uma organização oficial dos conteúdos que imaginamos necessário para cada ano. Há uma tendência atual para reduzir a carga curricular. Por exemplo, no Japão, para o estudo da Matemática é adotado dez tópicos, mas fazem bem os dez. Eles fazem gincana e muita competição sobre a Matemática, enquanto o  Brasil  adota 40 ou 50 tópicos.  Entopem os alunos e no final eles pouco aprendem. A Matemática no Brasil ainda é um horror e querem entrar para o Primeiro Mundo, sem Matemática?
h-  Mas nós estamos seguindo alguns modelos?
R-  O nosso modelo é: Na escola se faz treinamento, mas não aprendizado, não formação, porque o aluno fica escutando aula, tomando nota e fazendo provinha, e isso servia para o século passado, mas não para o século futuro. Estamos muito distante das novas tecnologias, e há uma grande resistência da pedagogia e do governo, insistindo que os cursos têm que ser presenciais. A nova tecnologia está aí e todo mundo precisa se familiarizar com o computador e Internet, sobretudo as crianças que vão viver nesse mundo. Nós erramos, achando que colocar o computador na escola resolve. A primeira inclusão tem que ser do professor(a), porque ele é que tem de decidir o que fazer e evitar os riscos que o mesmo possa trazer para a criança. Toda mudança na escola com alguma profundidade tem que passar pelo professor(a).
I-  Fala-se em autoria. O que significa isso?
R-  A questão da autoria está em moda no mundo porque recebeu um empurrão das novas tecnologias e está baseada na produção de conteúdo próprio. O importante é aprender a fazer texto próprio, é construir suas coisas e não ficar escutando aula, copiando, repassando. Não adianta estar numa escola onde o aluno não é convidado a fazer a sua produção, onde participa apenas para escutar e fazer provinha. Nós estamos na contramão  da história e ficando para trás, e a dificuldade que temos hoje de crescimento da economia já é um reflexo dessa situação.
O que diz o governo sobre a reforma do Ensino Médio.
1-  Propõe modificações estruturais, como a reforma da carga horária, redução  do número de disciplinas e mudança nos currículos. O governo alega que as mudanças tiveram como base as metas de qualidade do ensino médio, que estão abaixo do ideal e também como uma forma de combater a evasão escolar.
2-    Ampliar a carga horária de aulas que hoje é de 800 horas, para 1.400 horas;
3-    Que a partir da metade do segundo ano do ensino médio, o aluno terá a possibilidade de escolher quais as matérias quer estudar, conforme seu interesse e visando seu objetivo profissional;
4-    O governo chegou ainda a divulgar que excluiria  do currículo obrigatório, disciplinas como Artes, Sociologia, Filosofia e Educação Física, mas depois afirmou em nota, que o texto da Medida Provisória estava errado.
5-    Do que a Base Nacional definir, todas elas serão obrigatórias na parte da Base Nacional Comum: Artes, Educação Física, Português, Matemática, Física e Química. Ela será obrigatória a todos. A diferença é que quando for feita as ênfases, pode ser colocado somente os alunos que tenham interesse em seguir naquela área. Vamos inclusive, privilegiar professores e alunos com a opção do aprofundamento.
6-    Segundo o governo não é obrigatório iniciar as mudanças em 2017 e nem há um prazo definido, e as redes estaduais é que vão definir de que forma e quando vão incorporar o novo modelo proposto. Ainda de acordo com o Ministro, até o fim de 2018, será investido R$- 1,5 bilhão no ensino para dobrar o número de alunos em escolas de tempo integral, para chegar a 500 mil novos estudantes.
Comentários:
O senador Cristovam Buarque, concorda com as alterações no currículo, (vide negrito), entretanto, faz um alerta de que não adianta mudar os currículos; deve haver uma reestruturação e modernização das escolas, como por exemplo: Investimentos em tecnologias e acesso à Internet no dia a dia do estudante.
Para a senadora Fátima Bezerra, vice-presidente da Comissão de Educação, é “totalmente inoportuno tratar de um tema desse porte, via Medida Provisória. Isso é um desrespeito aos professores, aos estudantes e a sociedade, porque nós precisamos enfrentar as estruturas no campo da educação pública, no ensino médio, através do debate com a sociedade, que envolva os estudantes, suas famílias, os professores(as) e os especialistas.”
A presidente do “Movimento Todos pela Educação”, Priscila Cruz, disse na Câmara dos Deputados, que um dos maiores erros históricos do Brasil, foi não ter colocado a educação (instrução) como prioridade e parte integrante do desenvolvimento do país...
Meu comentário: Observei que o governo ao tratar das mudanças  no ensino, comentou as aulas, os currículos, a carga horária, redução no número das disciplinas e mudanças nos currículos, ampliação da carga horária, e diz que vai privilegiar os professores(as) e os alunos com a opção do aprofundamento, mas esqueceu de tratar de outros itens, como:
a-  Como ficariam os professores das matérias que foram extintas;
b-  Por que os governos ao exigir  tanto dos professores e culpá-los pelas deficiências e o fracasso do ensino, esquecem de criar meios para a melhoria do ensino tornando viável as escolas e mantendo os materiais didáticos e tecnológicos atualizados, para o melhor desempenho do ensino aos alunos;
c-  Por que a maioria das escolas estão em péssimas condições; algumas com as instalações completamente destruídas, outras sem as mínimas condições de funcionamento, muitas escolas sem professores, e outras escolas onde os professores sofrem agressões verbais e físicas, fatores esses que vem ocasionando o desestímulo da profissão e a evasão dos alunos;
d-  A profissão de professor(a) é tão desprestigiada e desvalorizada  que está ocasiona a falta dos profissionais nas escolas, principalmente por ser considerado o “bode expiatório” do ensino, e ainda pelo baixo salário oferecido que; somente atrai quem está procurando o primeiro emprego, é que se candidata a exercer essa profissão.
e-  Por que o setor educacional não cria um projeto pedagógico  que venha sempre capacitando os professores(as) através da formação continuada e dando-lhes a estabilidade financeira,   para que eles possam dedicar-se ainda mais ao seu trabalho, de esclarecer e iluminar  as mentes dos seus alunos, para melhorar o IDH do país.
f-  O aluno atualmente é obrigado a carregar um grande peso de livros e outros objetos, para promover o seu estudo, ficando as vezes completamente aturdido com tantas matérias que não consegue absorvê-las, e em grande parte, fica desestimulado a continuar os estudos.
g-  A minha esposa é formada em Pedagogia, em nível superior, com mais de 35 anos de atividades na área do ensino, e seu salário atual é de R$-1.637,50 mensal, com mais uns adicionais. Em virtude disso, ela faz jornada extra de trabalho, em outra escola, para melhorar o seu rendimento. A minha cunhada que é formada em Letras, com nível superior, também está na mesma situação, tendo que fazer dobrada para melhorar seu salário. Assim como elas, existem milhares de outros professores que fazem da mesma maneira, para melhorar o salário que todos sabem é irrisório para os profissionais do ensino, assim como para os enfermeiros(as), duas classes trabalhadoras que são essenciais para o país.

Fontes:
Revista “Mundo Jovem” – nº 441
Comentários
Página do Governo, na Internet
Meu comentário
Diversas modificações.


Jc.
São Luís, 26/9/2016

domingo, 25 de setembro de 2016

A PALESTRA DE MICHEL TEMER NA O.N.;U.





  Quando da abertura dos trabalhos na reunião dos países na ONU, o presidente Michel Temer começou o seu discurso, algumas delegações de países se retiraram do recinto, em protesto contra a pessoa dele. Alguns representantes desses países foram os que se beneficiaram dos empréstimos generosos concedidos pelo BNDS nos governos do PT, e também para premiar algumas empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobrás, conforme se vê abaixo:
Angola -       Hidroelétrica Cambambe, no valor de 464,4 milhões de   dólares;
Argentina –  Gasoduto da TGS e TGN, no valor de 636,9 milhões de dólares;
Cuba -           Porto de Mariel , no valor de 682 milhões de dólares;
Equador -   Projeto de Irrigação Daule-Vincas, no valor de 137   milhões de dólares;
Guatemala – Rodovia Centro-Americana , valor de 280 milhões de dólares;
Moçambique -  Barragem  Moamba-Major, valor de 320 milhões de dólares;
República Dominicana -  Termoelétrica  de Punta Calina, no valor de 656 milhões de dólares;
Venezuela -  Usina Siderúrgica Nacional, no valor de 865,4 milhões de dólares.
TOTAL desses investimentos:   3.176,3 bilhões de dólares.
Os governos do PT gastaram mais do que podiam e deviam, com gestão equivocada, gastos faraônicos em empreendimentos diversos e depois abandonados por falta de planejamento, a compra Superfaturada da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e ainda,   Lula e Dilma foram pródigos em autorizar esses empréstimos e o  BNDS muito bonzinho para com as obras no exterior, e nós brasileiros, é que pagamos “o pato” através dos impostos; mas para atender as necessidades de infraestruturas para o desenvolvimento do Brasil, como as obras abaixo mencionadas,  não existe dinheiro (ou ele foi desviado), o caixa do governo está vazio, o dinheiro acabou, entrou no ralo da incompetência, da  falta de responsabilidade, no caixa dois das empreiteiras para financiar o PT nas eleições. É preciso haver punição para tantos desmandos.
1- Conclusão da Ferrovia Norte-Sul, que seria de enorme economia para o país, barateando o custo dos fretes e substituindo algumas das rodovias;
2- A transposição de águas do Rio São Francisco, para alguns estados do nordeste que sofrem há anos com a falta de chuvas;
3- Aparelhamento dos portos que foram abandonados, (apesar de ser o frete mais barato), a fim de incentivar as empresas de navegação. 
Eis porque os representantes de alguns países se retiraram. Foram contrariados nos seus propósitos porque a mamata que vinha beneficiando-os acabou e seus governos não gostaram disso...

Jurandy Castro +
Artigo de Lya Luft.
Revista Veja 10/6/2014

São Luís, 20/09/2016

A FORÇA DAS IDEIAS = 2ª Parte




 DOENTES  MENTAIS  1ª Pergunta.  Não seria o alienado mental um Espírito em estágio primário de evolução?
Resposta.  A alienação mental é decorrente do mau uso da inteligência, a partir do momento em que o Espírito tem noção do bem e do mal, Por esse motivo não podemos enquadrar o alienado como um primitivo.
2ª Pergunta.  A alienação envolve problemas cerebrais?
Resposta. Grande parte dos doentes, nos hospitais psiquiátricos não apresentam nenhuma disfunção no cérebro. O problema é espiritual, envolvendo a influência de Espíritos obsessores e desajustes de comportamento relacionados com a existência atual ou pretéritas do alienado.
3ª Pergunta.  As alucinações do doente mental seriam decorrentes de visões do mundo espiritual, marcadas pela pressão de Espíritos obsessores?
Resposta.  Positivo, mas também decorre de  conflitos íntimos e de uma sobreposição de vivências anteriores às experiências do presente, na tela mental.
4ª Pergunta.  É possível uma criança ser perseguida por um Espírito a ponto de comprometer seu desenvolvimento mental?
Resposta.  Isso ocorre ás vezes. Depende da intensidade dessa influência. Convulsões disparadas por agressões espirituais, nos domínios da subjugação, dificultam o desenvolvimento mental da criança.
5ª Pergunta.  Não é injusto alguém ter sua existência comprometida, desde a infância, em virtude de uma agressão dessa natureza?
Resposta.  Qualquer tipo de influência espiritual subjugante, em qualquer idade, sempre nos parecerá injusta, por não sabermos que obsessor e obsidiado são adversários engalfinhados em furiosos combates espirituais. As posições vítima/verdugo, se alteram sob a inspiração do ódio.
6ª Pergunta.  Os mentores espirituais não têm condições para afastar compulsoriamente o obsessor?
Resposta.  É possível, mas não é recomendável. Há uma ligação muito forte entre os dois. Desfazê-la por um ato de força poderá criar embaraços maiores ao obsidiado. André Luís, em psicografia de Chico Xavier, diz que esses laços devem ser “desatados”, nunca “cortados”; é preciso o concurso do tempo e do perdão de ambos.
7ª Pergunta.  O que pode a família fazer em benefício do doente mental?
Resposta.  O primeiro passo é aceitá-lo com o seu problema, considerando que é alguém que precisa de muita dedicação e carinho, maior do que se seu mal fosse físico. Quanto ao mais, um ambiente ajustado, o Culto do Evangelho no Lar, as orações, o passe, tudo ajuda.
8ª Pergunta.  É aconselhável internar o doente mental em hospital especializado?
Resposta.  Há uma tendência atual, na psiquiatria, para o tratamento ambulatorial e também é importante que o doente não perca o contato com a família que pode ajudá-lo, a não ser quando  o doente apresente comportamento perigoso.
LOUCURA E CRIMINALIDADE  1ª Pergunta.  Pode a loucura levar um indivíduo a cometer assassinato?
Resposta.  O crime, sob qualquer motivação, é sempre uma espécie de loucura, quando, renunciando à razão, damos livre curso às tendências inferiores. O alienado mental pode mergulhar fundo nesse fosso de instintos bestiais, tornando-se um “serial killer”, como dizem os americanos.
2ª Pergunta.  E os Espíritos (alienados mentais) que não cometem violências?
Resposta.  Não obstante o problema mental eles são Espíritos que superaram a agressividade.
3ª Pergunta.  Alguns criminosos afirmam agir sob a inspiração de vozes. Seriam obsidiados?
Resposta.  É possível. Espíritos interessados em semear a confusão se aproveitam de pessoas desajustadas, dotadas de sensibilidade, induzindo-as a prática de crime contra aqueles a quem odeiam.
4ª Pergunta.   E como fica a responsabilidade do criminoso que age
sob essa influência?
Resposta.  Se uma pessoa me recomenda que dê um tiro em alguém não estou obrigado a fazê-lo; porém se atendo à sugestão assumirei a responsabilidade pelo ato praticado, perante a lei.
5ª Pergunta.  Como fica o alienado que mata? Assume a responsabilidade?
Resposta.  A justiça humana considera o alienado mental inimputável, isto é, não responde por seus atos, ainda que criminoso. À Justiça Divina competirá julgar o Espírito, para definir se sabia o que estava fazendo, ainda que prisioneiro de um cérebro insano.
6ª Pergunta.  Qual a origem dos problemas de alienação mental?
Resposta.  Eles surgem a partir de quando nos desajustamos e deixamos de aceitar e respeitar os ensinos que Deus nos propiciou.
TERAPIA DE VIDAS PASSADAS  1ª Pergunta.  Nota-se certa resistência à Terapia de Vidas Passadas no meio espírita. Por quê?
Resposta.  Enfatiza-se que a TVP é um recurso terapêutico a ser aplicado por profissionais habilitados – médicos e psicólogos -, e não um exercício de ajuda espiritual no Centro Espírita.
2ª Pergunta.  Será prudente essa incursão pelo passado das pessoas, considerando, como explica a Doutrina Espírita, que o esquecimento é uma bênção?
Resposta.  Aprendemos com a Doutrina Espírita que a dor, em suas várias manifestações, é uma bênção. Nem por isso a Doutrina  considera imprudente o empenho da medicina em aliviá-la.
3ª Pergunta.  Circula em vários periódicos espíritas uma manifestação de Emmanuel, em psicografia de Chico Xavier, condenando a regressão. O que dizer disso?
Resposta.  Com a sabedoria que o caracteriza, Emmanuel pondera a inconveniência da regressão inspirada em mera curiosidade. A TVP não se enquadra nessa condição. Apenas procura identificar circunstâncias traumatizantes que originaram determinados estados patológicos, favorecendo a recuperação do paciente.
4ª Pergunta.  Mas isso não seria indébita interferência no carma?
Resposta.  Todas as disciplinas terapêuticas da medicina, inclusive a TVP, são recursos facultados pela misericórdia divina, atenuando os efeitos de nossas faltas no pretérito. As causas geradoras estão em nossas imperfeições e atitudes.
5ª Pergunta.  E quanto ao fato da TVP envolver riscos?
Resposta.  Viver já é um risco. Há pessoas que sofrem choques  anafiláticos ingerindo uma aspirina. No entanto ela tem beneficiado a milhões de pessoas. Justamente pelos riscos que causa, a TVP deve ser praticada por profissionais habilitados.
6ª Pergunta. Poderíamos situar a TVP na área da ciência espírita?
Resposta.  Não devemos situá-la em área nenhuma da Doutrina, muito menos na área do Centro Espírita, a envolver confrades despreparados. Não obstante, a TVP trabalha em favor da Doutrina Espírita, na medida em que familiariza o profissional com a reencarnação. Ele fatalmente entrará em contato com vidas anteriores do paciente e acabará por admiti-la.
O ESPÍRITA E A POLÍTICA  1ª Pergunta. Deve o espírita entrar nas lides políticas?
Resposta.  Como espíritas podemos entrar em qualquer lugar. O importante é como saber permanecer sem comprometimento com o mal e compromissados com o Bem.
2ª Pergunta.  Por que muitos espíritas consideram um “pecado” envolver-se com essa atividade?
Resposta.  A política está desgastada. Vemo-la associada á corrupção, desonestidade, mentiras, tráfico de influência, suborno. Daí a resistência dos espíritas não quererem participar desse ambiente negativo que pode lhes trazer problemas morais.
3ª Pergunta.  Mas não é isso mesmo?
Resposta.  Semelhante ideia exprime um equívoco. A ação política que trata da organização e do governo do Estado é fundamental a estabilidade social. Porém, não pode ser rotulada negativamente em virtude de maus políticos, da mesma forma que não podemos denegrir a medicina pelos maus médicos. Veneráveis vultos espíritas como Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel e outros, exerceram cargos públicos.
4ª Pergunta.  O político está sujeito a muitas pressões e, geralmente, para conseguir seus objetivos, até mesmo quando justos, é obrigado a fazer concessões que não são éticas. Será razoável entrar nesse covil de lobos?
Resposta.  Na questão 932 de “O Livro dos Espíritos”, Kardec pergunta: “Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?” Responde o mentor: “Por fraqueza dos bons: “Os maus são intrigantes e audaciosos, enquanto os bons são tímidos; quando estes o quiserem, preponderarão.”  Justo, portanto que o espírita se disponha ao desafio de moralizar a atividade política de que porventura venha a participar.
5ª Pergunta.  Vários movimentos religiosos têm representantes nas câmaras municipais, estaduais e federal. Raramente vemos espíritas nessas câmaras. Por quê?
Resposta.  Porque os espíritas não se interessam em participar da política. Poderíamos ter um ou dois deputados para cada Estado, contribuindo para que os ideais espíritas no campo social estivessem presentes, defendendo a moralidade.
6ª Pergunta.  O empenho por eleger determinado candidato espírita não desvirtuará a Doutrina Espírita?
Resposta.  Não  devemos transformar a tribuna espírita em veículo de propaganda eleitoral, nem a Casa espírita em reduto partidário. Além do mais, nossos ideais são maios importantes do que essa política, porquanto a Doutrina  tenta melhorar o  ser humano,  que por sua vez melhorará a sociedade.
7ª Pergunta.  Não poderá ocorrer de se eleger um espírita que mereça nossa confiança e se revelar incompetente no exercício de seu mandato?
Resposta.  Corremos esse risco em relação a qualquer candidato. Nesse caso, usamos o bom senso e não o elegeremos mais.
EUTANÁSIA   1ª Pergunta.  Cresce no mundo a ideia de que pacientes terminais devem ser beneficiados com a chamada morte branda. Não é razoável abreviar o sofrimento do paciente?
Resposta.  Somente Deus pode tirar a existência de um Espírito. A  Doutrina Espírita informa que ninguém tem o direito de eliminar a existência de uma pessoa, ainda que nos últimos momentos.
2ª Pergunta.  E quando a decisão é do próprio interessado?
Resposta. Ele estará cometendo um suicídio, igualmente contrário às leis divinas.
3ª Pergunta. A eutanásia gera algum prejuízo para o Espírito que  desencarna?
Resposta. Sim, na medida em que o impede de cumprir integralmente a existência expiatória. Além disso, a utilização de substâncias em doses letais provoca desajustes perispirituais, dificultando  a adaptação do mesmo no plano da vida espiritual.
4ª Pergunta. E quando o paciente é mantido vivo com o concurso de aparelhos, situando-se inconsciente, em existência vegetativa?
Resposta.  Não há ponto de vista doutrinário a respeito, na Codificação da Doutrina, pois não se cogitava de semelhante possibilidade. Por alguns motivos os parentes desejam manter essa situação aflitiva para o paciente, por motivos particulares, mas, após algum tempo, deve ser desligados os aparelhos, deixando a Natureza seguir seu curso, de acordo com as determinações divinas. 
5ª Pergunta. Se desligarmos os aparelhos não estaremos abreviando a existência do paciente?
Resposta.  Entendemos que estaremos apenas evitando que se prolongue, inutilmente e indefinidamente,  com sofrimentos para o paciente e os familiares.
6ª Pergunta. Mantendo-o vivo não haverá a possibilidade de vir a ser beneficiado por recursos da Medicina, capazes de recuperá-lo?
Resposta.  Estamos nos referindo a pacientes terminais em estado irreversível, sustentados artificialmente, por motivos obscuros. 
7ª Pergunta. Como situaríamos  um paciente com rins paralisados, mantido vivo com aparelhos de hemodiálise?
Resposta.           Não é um paciente terminal, mas apenas alguém  com disfunção renal, perfeitamente consciente e que pode prolongar sua existência, recorrendo à purificação do seu sangue, até uma possível operação de rim, que lhe restituirá a sua normalidade.
 8ª Pergunta. Se a eutanásia for legalizada, qual será a responsabilidade daqueles que se envolvem com ela, considerando que estarão cumprindo a lei?
Resposta.  Há leis humanas e leis divinas. Quando elas são incompatíveis, o bom senso indica que devemos ficam com as leis divinas.
CRIMES HEDIONDOS  1ª Pergunta. Nos Estados Unidos um homem matou dezenove pessoas, e no Brasil um rapaz matou quatorze meninos. Podemos debitar tais horrores à loucura ou à obsessão?
Resposta.  Provavelmente Espíritos primitivos transferidos da taba para a civilidade.
2ª Pergunta.  Por que ocorre essa transferência perturbadora?
Resposta.  Na medida em que a civilização expandiu-se, massacrou  milhões de indígenas em variadas regiões e países, apropriando-se de suas terras. Sem seu habitat natural esses Espíritos, em estágios primários de evolução, reencarnam em nosso meio. Assim, funciona a Lei de Causa e Efeito. Somos chamados a acolher aqueles que prejudicamos.
3ª Pergunta.  Mas o indígena aculturado, em contato com a civilização, não é normalmente pacífico?
Resposta.  Pode ser, mas quando agressivo resvala facilmente para a violência, agindo entre nós como se estivesse na selva, sem respeito pela existência humana.
4ª Pergunta.  É o preço do desrespeito por nossos irmãos?
Resposta.  Pagamos muito mais o preço por nossa omissão. Não é com o propósito de cobrar débitos ou impor-nos tragédias, que esses Espíritos reencarnam em nosso meio. Eles vêm para ser esclarecidos, orientados e educados.
5ª Pergunta. Reencarnam sempre em faixas humildes da população?
Resposta.  Não há discriminação na  experiência  reencarnatória.
Quando nascem em classes pobres é preciso que os ajudemos, a fim de não optarem pela violência na solução de seus problemas.
6ª Pergunta.  Crimes como os citados poderiam ser evitados?
Resposta.  Evidente, pois não existe fatalidade no mal. Fomos cria-dos para o Bem. Nesses casos há o primitivismo, a agressividade, mas há, sobretudo, a ausência de um lar bem constituído, de carinho, de amizade, de compreensão de amor para a existência. Se o campo é bem cuidado dificilmente crescerão ervas daninhas.
7ª Pergunta.  Não seria justificável a pena de morte em casos dessa natureza
 Resposta.  A pena de morte apenas o retira da existência, dando oportunidade para exercer como Espírito, maiores tormentos e gerando novas violências aos encarnados. Jesus ensinava que “o doente precisa de médico e não do carrasco”.
BALAS PERDIDAS  1ª Pergunta.  Algumas pessoas morrem vitimadas por balas perdidas, em tiroteios entre bandidos e policiais. Podemos aplicar o maktub da tradição oriental? Estava escrito?
Resposta.  Está escrito que vamos desencarnar um dia. O mesmo não se dá com certas circunstâncias. Ninguém nasce predestinado a ser assassinado e muito menos a envolver-se em tiroteios, para que alguém cumpra semelhante sina.
2ª Pergunta.  Pessoas que morrem dessa maneira não estão expiando crimes de vidas passadas?
Resposta.  A Terra é um mundo de provas e expiações. O fato de aqui vivermos significa que somos Espíritos comprometidos com débitos que justificam qualquer tipo de sofrimento ou morte que venhamos a sofrer, como contingência evolutiva, sem que tenha um planejamento celeste nesse particular.
3ª Pergunta.   Não é a “mão de Deus” que guia essas balas para que pessoas resgatem seus débitos?
Resposta.  Não imagino Deus a executar suas criaturas, como se a morte em tais circunstâncias fosse irrecorrível castigo divino. Além disso, aceitar essa ideia seria isentar de culpa aqueles que saem por aí a dar tiros sem a preocupação de matar pessoas inocentes.
4ª Pergunta.  Então essas mortes acontecem por acaso?
Resposta.  Em qualquer sorteio alguém é premiado. Apenas o cumprimento da lei das possibilidades, segundo a qual todos terão uma chance. Da mesma forma, milhões de tiros são disparados todo dia no mundo, que atingem pessoas que não tinham nenhum envolvimento com o tiroteio, pela lei das probabilidades.
5ª Pergunta.  É curioso imaginar que se possam dar fatos graves conosco, que não façam parte de nosso destino e independente de nossa vontade?
Resposta.  Nosso destino é a perfeição e estamos longe dela e, no atual estágio, sujeitos às contingências do mundo em que vivemos, onde o livre-arbítrio de certas pessoas podem interferir  na vivência de seus semelhantes.
6ª Pergunta.  Poderia citar alguns exemplos?
Resposta.  São incontáveis. A mulher assassinada pelo marido ciumento; a população dizimada numa cidade bombardeada; a vítima de um assaltante que não lhe poupa a vida;  o pai milionário que é envenenado pelo filho que pretende a sua fortuna; outras pessoas que morrem pela violência alheia, não tinham que morrer assim.
7ª Pergunta.  Haverá um meio de nos preservarmos de semelhantes ocorrências, geradas pela maldade humana?
Resposta.  Se nos preocuparmos demais com isso, acabaremos por paralisar nossas iniciativas. O essencial é que nos disponhamos à prudência e a prática do Bem, agindo com discernimento nas situações. Assim estaremos habilitados a mais ampla proteção dos benfeitores espirituais, que preservarão nossa integridade, mesmo que nos vejamos expostos a um tiroteio.
8ª Pergunta.  E se mesmo com a proteção espiritual viermos a morrer numa situação dessa natureza?
Resposta.  Ainda que isso ocorra, por probabilidade, destino ou por indébita interferência alheia, não há nenhum problema, a não ser aqueles gerados com nossos temores. Afinal, acreditamos ou não que a morte é a nossa libertação, facilitando-nos o retorno à pátria espiritual?

RELIGIÃO  1ª Pergunta.  O que é religião?
Resposta. Do latim religare (ligar ou religar) é, segundo a concepção universal, o caminho para Deus.
2ª Pergunta. Qual a função da religião na sociedade?
Resposta.  A Doutrina Espírita nos ensina que iniciamos  a jornada para Deus, quando nos dispomos  a ajudar o próximo. Assim, a função social da religião seria estabelecer as bases de uma nova sociedade solidária e participativa onde, segundo a expressão evangélica, “o maior será o que mais estiver disposto a servir,”
3ª Pergunta.  Como seria uma sociedade sem religião?
Resposta.  O que aconteceria com um veículo trafegando sem freios?
4ª Pergunta.  Não compete aos governos estabelecer leis que disciplinem nosso comportamento?
Resposta.  Somente por imposição da nossa própria consciência, o ser humano respeitará essas leis. Aí entra a religião.
5ª Pergunta.  O que a religião representa para a Humanidade?
Resposta. Pouca coisa. Há um assustador clima de indiferença pelos valores espirituais. É  que as religiões não acompanharam o desenvolvimento  intelectual do ser humano, atando-se a dogmas e exterioridades que não atendem aos seus anseios de religiosidade.
6ª Pergunta. Por que a Humanidade dividiu-se, criando as religiões?
Resposta. Dizia Terêncio:  “Tantos são os homens, tantas serão as opiniões”.  Considerando que cada pessoa está num estágio de evolução,  é natural que as ideias religiosas  variem ao infinito. A divergência dinamiza o pensamento religioso, desdobrando novas possibilidades na procura da verdade.
7ª Pergunta.  A Doutrina Espírita não corre também esse risco?
Resposta.  Sem dúvida, mas será difícil enquanto os espíritas observarem o caráter racional da Doutrina, atendendo à proclamação de Allan Kardec: “Fé verdadeira é aquela  que pode encarar a razão face a face em todas as épocas” e ainda a norma: “Fora da caridade não há salvação.”
8ª Pergunta.  Qual  seria o ponto de divergência a Doutrina Espírita e as demais religiões cristãs?
Resposta.  É importante frisar que O Espiritismo é também cristão. A Doutrina Espírita começa exatamente onde as demais religiões cristãs pararam: a demonstração da imortalidade. Enquanto elas se limitam a meras especulações, A Doutrina “vai lá”, mostrando a realidade da imortalidade da alma (Espírito), diante das ingênuas e fantasiosas especulações dos teólogos medievais.
TENTAÇÃO   1ª Pergunta.  A tentação é um teste?
Resposta.  Num restaurante o freguês deixou o pagamento da conta na mesa. Várias pessoas passaram por ali, indiferentes. Uma pessoa aproxima-se, discreto, e pega o dinheiro. Somente o larápio foi tentado. A tentação equivale à revelação de nossa tendência ainda moralmente inferior.
2ª Pergunta.  Que dizer do ditado “a ocasião faz o ladrão?”
Resposta.  Ficaria melhor considerar que somente o ladrão se aproveita da ocasião.
3ª Pergunta.  As más tendências exprimem uma condição moral ou uma subordinação a fatores culturais?
 Resposta.  São problemas morais que podem ser agravados ou minimizados pela influência cultural e pela falta de religiosidade.
4ª Pergunta.  Qual o significado das palavras de Jesus, na oração dominical: “Não nos deixes cair em tentação?”
Resposta.  Jesus demonstra que devemos estar atentos às nossas fraquezas, buscando sempre a proteção divina, a fim de evitarmos o envolvimento com o mal.
5ª Pergunta.  Por que tantas pessoas cedem às tentações?
Resposta.  Diz Paulo, na Epístola aos Romanos: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o que não quero, esse eu faço.”  O apóstolo deixa bem claro que ainda estamos comprometidos com fragilidades que nos conduzem a fazer o mal.
6ª Pergunta.  Isso não indica que somos maus?
Resposta.  Nossa vocação suprema é o Bem. Somos filhos de Deus. O mal é simples excrescência nascida de nossas fragilidades. Ainda que eventualmente nos ofereça alguma satisfação, como vingar-se, dar vazão a impulsos passionais, deixa sempre o amargo sabor de intranquilidade e o comprometimento  de nossa consciência, que cobra severamente nossos desvios.
7ª Pergunta.  Como evitar a tentação?
Resposta.  “Orai e vigiai” – recomenda Jesus. Vigiar nossos impulsos, nossos desejos, nossos sentimentos, utilizando um inconfundível elemento de avaliação:  Deus aprovaria o que faço?
EM TORNO DA MORTE  1ª Pergunta.  O que você pensa da morte?
Resposta.  O axioma “Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” de Lavoisier, pode ser aplicado à morte. O que chamamos morte é apenas a mudança da existência terrena para a vida do lado espiritual. Jesus provou que não existe morte com o seu retorno, comprovando a Imortalidade.
2ª Pergunta.  A Doutrina Espírita ajuda a entender essa mudança?
Resposta.  A Doutrina Espírita “mata” a morte, no que ela tem de ameaçador, ao anunciar e comprovar a continuidade da nossa vida, além-túmulo, oferecendo-nos o testemunho dos que, tendo ido para lá, retornam para nos contar de suas experiências.
3ª Pergunta.  Qual o problema maior para quem fica?
Resposta.  O egoísmo, pois pensamos muito em nós mesmos, na enorme perda, sem levar em consideração que aquele que partiu está livre das amarras do corpo e pode estar ao nosso lado a qualquer tempo que queira. Comportamo-nos à maneira de presidiário que não se conforma com a libertação do companheiro.
4ª Pergunta. E para quem partiu?
Resposta.  Depende da sua evolução espiritual. Se, de boa moral e princípios, leva com ele a saudade dos entes queridos que ficaram na Terra. Outros, sem qualquer noção da vida espiritual, a sua   ignorância é tão grande que o Espírito não consegue sequer identificar sua nova condição. Vive tão alienado da realidade espiritual quanto viveu na existência terrena.
5ª Pergunta. As pessoas apegam-se à religião quando se sentem ameaçadas pela morte?
Resposta.  Certamente, e com poucas exceções. A proximidade da morte, nas doenças de longo curso, impõe sérias reflexões, ajudando a pessoa a superar as ilusões do mundo e buscar consolo na religião e em Deus.
6ª Pergunta.  Ser religiosos ajuda a enfrentar a grande transição?
Resposta.  Todas as religiões admitem a sobrevivência. É natural que a aceitação de um princípio religioso nos ajude no retorno à vida espiritual, superando a ideia de aniquilamento pela morte.
7ª Pergunta.  Que sentimentos os pacientes terminais apresentam com maior frequência?
Resposta.  Depende da existência que levaram. Há medo, no delinquente; pavor, no materialista; esperança no sofredor; serenidade, no que praticou o amor aos semelhantes. Há até alegria, naqueles que cumpriram fielmente seus deveres.
8ª Pergunta.  É frequente o doente grave aceitar a morte?
Resposta.  Sim; após mobilizar recursos materiais e espirituais em favor de sua recuperação, sem resultado, os pacientes terminais acabam por aceitá-la, como uma benção que põe fim aos seus padecimentos.
MORTE E SOBREVIVÊNCIA  1ª Pergunta.  Por que, às vezes, as pessoas temem a morte?
Resposta.  Talvez porque lhes pese a consciência e o julgamento que terão, ou por julgarem que tudo termina com a morte.
2ª Pergunta.  O apego à existência é característica comum entre os povos da Terra?
Resposta.  Sim. Trata-se da mera manifestação do instinto de conservação. O problema é que muitos exageram, achando que vão permanecer para sempre na existência terrena.
3ª Pergunta.  A vida espiritual só é boa para os Espíritos mais evoluídos e esclarecidos? Quando se é mau, sofre-se mais lá do que aqui?
Resposta. Assim informam aqueles que nos precederam e os mentores espirituais. Embora não exista inflação, recessão, estômago para alimentar ou corpo a abrigar, a permanência na  espiritualidade pode ser tormentosa para aqueles que aqui, na existência, agiram mal para com o próximo.
4ª Pergunta.  A Ciência já está mais sensível ao espiritualismo ou a aceitação ainda vai demorar?
Resposta.  A Ciência ainda pretende capturar o Espírito em laboratório, para certificar-se de sua existência, o que é pouco provável.
5ª Pergunta.   Já existem provas científicas da vida após a morte?
Resposta.  Alguém já disse que, para aquele que crê nenhuma prova é necessária; para aquele que não crê nenhuma prova é suficiente, e mesmo que lhe fosse provado, não aceitaria.
6ª Pergunta.  É salutar a busca por mensagens psicografadas, em vista das romarias aos médiuns buscando notícia de seus mortos?
Resposta.  Sim e não, dependendo do médium. Melhor fariam cultivando os valores espirituais e fazendo orações em favor dos seus “mortos”. Estariam habilitadas a um contato mais direto e gratificante com seus entes queridos.
7ª Pergunta.  Que fazer para que o momento da passagem para a espiritualidade seja menos traumática, tanto para quem vai, quanto para quem fica?
Resposta. Há duas providências:  A primeira é conversar e ter conhecimento a respeito do assunto, nos habituando a encarar como natural o nosso desencarne, ou de um familiar, para sabermos que a sinistra figura (morte) não tem existência real. A segunda seria viver cada dia como se fosse o último, fazendo o melhor. “Quando nasceste todos sorriram, só tu choravas.  Vivas de tal forma que, quando morreres, todos chorem, só tu estais a sorrir.”
ANO NOVO  1ª Pergunta. Exalta-se a felicidade nos cumprimentos tradicionais, no final dos anos. As pessoas desejam umas às outras, um ano novo muito feliz. Raramente isso acontece; é culpa do destino?
Resposta.  A culpa é das pessoas, porque o problema é que condicionamos a felicidade à satisfação de nossos desejos diante da existência, quando ela está muito mais subordinada ao desejo de entendermos o que a vida espera de nós.
2ª Pergunta.  O que é necessário para esse entendimento?
Resposta.  Um pouco de reflexão; muitos nem sabem por que vivem, de onde vieram e para onde irão.
3ª Pergunta.  “Batem” na roda da vida, dominados pela rotina...
Resposta.  Exatamente;  comem , dormem,  trabalham,  procriam, divertem-se,  descansam,  sem nenhuma preocupação em saber  por que estão na Terra. Quem não sabe por onde anda tem poucas chances de encontrar os caminhos da felicidade.
4ª Pergunta.  A situação atual do Brasil está complicada demais, com problemas que nos roubam a serenidade necessária ao cultivo da reflexão.
Resposta.  Sim, mas apenas porque nos envolvemos demais com eles. Diógenes, filósofo grego, dizia que para sermos felizes devemos nos livrar dos supérfluos, dos modismos, buscando o essencial.
5ª Pergunta.  Há ainda, um episódio curioso envolvendo Diógenes e Alexandre...
Resposta.  Alexandre, o Grande, quis conhecê-lo e pôr a prova seu desprendimento dos bens terrenos, Foi encontrá-lo em fria manhã de inverno, aquecendo-se ao sol. Conversaram e então o imperador o convidou a escolher o bem mais precioso, que seria logo  atendido. Diógenes sorriu e respondeu:  “Quero apenas que não me  tires o que não me podes dar. Estás diante do sol que me aquece. Afasta-te, pois.”
6ª Pergunta.  Desapego, reflexão, perdão... Qual outro tema, deveríamos fazer como meta para o Ano Novo?
Resposta.  O mais importante é o Amor. Estamos distanciados dessa realização sublime. Tão distantes que nos deslumbramos quando deparamos com alguém que exercita plenamente a capacidade de amar, como  Francisco de Assis ou um Eurípedes Barsanulfo. O empenho de servir, ainda que modestamente, é a maneira que podemos fazer, com valores de perseverança e boa vontade, até que possamos oferecer ao próximo esse Maná do Céu que se chama Amor.
Fonte:
Livro “A Força das Ideias”
Richard Simonetti
+ Pequenas modificações.
Jc.
São Luís, 30/6/2016

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

UMA PERIGOSA RETALIAÇÃO






 Acuado pela Operação Lava Jato, o presidente do  Senado, Renan Calheiros, resolve fazer o que não deveria: Trabalhar para impedir as investigações, em que ele está incluído. Flagrado nas gravações de Sérgio Machado, ele age para atrapalhar a Lava Jato.
Há pouco mais de um mês, vieram a público as gravações que o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado fez com próceres do PMDB. Entre eles, estava o presidente do Senado, Renan Calheiros. Nas conversas, Renan indicava sua preocupação em articular ministros do Supremo Tribunal Federal e parlamentares para “passar uma borracha” no país. Em tradução livre, Renan queria, com a borracha, apagar as investigações da Operação Lava Jato, que transformam o Brasil e o sitiam. Com base nessas gravações, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, pedia a prisão de Renan – além da prisão do senador Romero Jucá e do ex-presidente da República José Sarney.
Não havia fundamentos suficientes para os pedidos de prisão. Assim como não há razão para o contra-ataque de Renan, na semana passada. O presidente do Senado desengavetou um projeto de lei de 2009 que prevê punições para agentes da administração pública e membros do Judiciário e do Ministério Público que cometam crimes de abuso de autoridade. Novamente, traduzindo,  Renan trabalha para proteger colegas parlamentares e a si próprio das ações da Polícia Federal e da Lava Jato.
A iniciativa pode parecer travestida de intenções republicanas, como a ideia de garantira ampla defesa ao acusado e a de proteger parlamentares que, no passado, foram perseguidos pela ditadura militar – ali sim privados do direito de se defender. Mas essas motivações soam inverossímeis para um acuado Renan que tem em mãos um pedido de impeachment contra Rodrigo Janot e um Congresso apavorado com os desdobramentos da Lava Jato.
O texto do projeto prevê penas de até quatro anos de prisão e multa para delegados, promotores, juízes, desembargadores, e ministros de Tribunais Superiores que incidam em situações consideradas abuso de autoridade. Entre elas, está o cumprimento de mandatos de busca e apreensão de “forma vexatória”.
Em outro ponto, o texto prevê prisão para quem cumprir diligência policial em “desacordo com as formalidades legais”. O projeto prevê ainda pena a quem negar, sem justa causa, acesso da defesa à investigação. São temas das reclamações diárias dos advogados e parlamentares alvos da Lava Jato. Renan as ouve, identifica-se com elas e, agora, conta com os colegas para aprová-la. Começando por Romero Jucá, um dos afetados pelas investigações: o projeto vai passar pela Comissão de Regulamentação da Constituição, presidida por ele.
A campanha dos procuradores da República prevê ações para coibir delitos que envolvam desvio de verbas públicas e atos de improbidade administrativa. Em vez de discutir ações que possam manietar a Lava Jato, os senadores deveriam debater medidas para que o Brasil avance no combate à corrupção. Poderiam, os senadores, começar pelas dez medidas propostas pelo Ministério Público Federal, contra a corrupção e a impunidade, a seguir:
1ª  Prevenção à corrupção, transparência e proteção a fonte de informação;
2ª  Criminalização dos enriquecimentos ilícito dos agentes públicos;
3ª  Aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores;
4ª Aumento da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal;
5ª  Celeridade nas ações de improbidade administrativas;
6ª  Reforma no sistema de prescrição  penal;
7ª  Ajustes nas nulidades penais;
8ª  Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2;
9ª  Prisão preventiva para evitar a dissipação ou ocultação do dinheiro desviado;
10ª  Recuperação do lucro (dinheiro) derivado do crime.

Além dessas medidas, eis mais duas opiniões:
“Quando a política penetra no recinto dos Tribunais, a Justiça se retira por alguma porta.”             François Pierre Guillaume  Guizot

“Países cujas Constituições permitem que os políticos tenham foro privilegiados, e que os próprios políticos nomeiem os juízes dessa mesma Corte, são pocilgas, hospícios legalizados em forma de nações.”                                     José Márcio Castro Alves

Opinião da Revista Época + Internet
Edição de 4/7/2016

Jc.
São Luís, 11/8/2016

domingo, 18 de setembro de 2016

O GOLPE AO IMPEACHMET




  Você e o presidente Michel Temer achavam que o seriado do impeachment de Dilma Vana Roussef terminaria na semana passada, com o julgamento no senado presidido pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski. Mas o PMDB de Renan Calheiros, com a ajuda decisiva de um juiz do Supremo, deu um jeito de prorrogar  a série. Levandowski não teve medo das arquibancadas, mas apitou o que os políticos –Lula e Renan – haviam combinado com outros, antes. Ele fez uma leitura do Artigo 52 da Constituição, que   diz textualmente: “Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente, o do STF, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis”. Contrariando a Lei, Levandowski autorizou a separação de uma da outra, algo inédito, objeto de crítica dos seus colegas do Supremo, Gilmar Mendes e Celso de Melo.
A decisão de cassar Dilma da Presidência e ao mesmo tempo manter seus direitos políticos de ocupar função pública ou política, foi uma violação  ao Artigo 52 da Constituição de 1988 e não tem nada a ver com misericórdias ou pena da ré.  A decisão pode ter mais a ver com o desejo de blindar bandidos do Congresso envolvidos na Lava Jato. Erguendo a Constituição, um excitado Renan Calheiros clamou: “Além da queda, o coice, eu não concordo”. E logo depois, disse: “Não vamos ser mau ou desumano”.  Muito bonzinho, logo ele que protagonizou cenas deprimentes com a senadora Gleisi Hoffmann, ao dizer que tinha livrado a cara dela e do marido Paulo Bernardes, no STF.
Com a perda de foro privilegiado, Dilma estaria sujeita a ser julgada por Sérgio Moro pela suspeita de obstrução da Justiça. Ela não foi salva, no entanto, por comiseração. Os senadores olham  o futuro e o benefício próprio. Como alvos da Lava Jato, muitos deles podem ser beneficiados pelo mesmo estratagema. Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá  e o PT se empenharam na construção dessa possibilidade. Renan, o afilhado e herdeiro de Sarney exibia para as câmeras um sorriso canastrão. O acordo  já era conhecido havia dias por muitas mais pessoas do que o leitor possa imaginar.
Dilma não se deixou abrandar pela cortesia, e “declarou guerra ao
governo golpista”. E disse que voltará. O primeiro partido a se insurgir contra o mérito do impeachment foi o PT, que anunciou a ida ao STF, logo seguido pelos partidos PSDB, DEM, PPS, e até o PMDB de Temer (não o de Renan para não comprometer sua reputação) que recorreram ao TSF contra o fatiamento.
Ninguém achava que o Brasil sairia pacificado do doloroso afastamento de uma presidente que abusou da prerrogativa de errar, a ponto de perder o apoio do povo do congresso, do próprio PT e ainda dos empresários. Longe disso. Tudo pode ser contestado no Supremo, e a novela continuar. O PT tem o direito de achar que Dilma não poderia ser impedida porque, ao manter seus direitos políticos, não seria criminosa. A base aliada ao Temer tem o direito de exigir o respeito a Constituição. Os dois lados reclamam, e agora, STF?
Gostoso ou não, a última cena da quarta-feira não foi tão inesperada, pois foi combinada anteriormente. Na nova temporada, um número ainda indefinido de episódios poderá conduzir o país ao desfecho final.

Fonte:
Revista “Época” – 5/9/2016
Autora: Ruth de Aquino
+ Pequenas modificações e Acréscimos.

Jc.
São Luís, 11/9/2016

ALGUMAS MODIFICAÇÕES NECESSÁRIAS





 São várias as modificações que os senhores representantes do povo (deputados federais) e dos Estados (senadores), deviam estudar e aprovar para melhorar a situação do país, das instituições e das pessoas. Entre elas, podemos citar: As leis eleitorais, as leis penais, as leis de trabalho, as leis de assistência social, as leis de trânsito, as leis de segurança, etc...
As leis eleitorais deveriam exigir dos candidatos, ao menos, o curso ginasial, atestado de bons antecedentes e declaração de renda ou patrimônio. A eleição para se tornar menos onerosa ao povo que paga os impostos, deveria ser de 4 em 4 ou de 5 em 5 anos, conjuntamente para vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador, vice-presidente e presidente da República. O sistema eleitoral deveria ser o distrital, onde seria mais fácil o eleitor saber em quem votou, porque seriam poucos candidatos por cada distrito, evitando a dispersão de votos dos candidatos, por todo o município ou estado, situação essa que não trás responsabilidade do candidato eleito para com os seus eleitores. O sistema atual de eleição, em que um candidato minoritário é eleito, enquanto outro com mais votos é preterido, deixa a nós eleitores uma sensação de frustração e decepção, o mesmo acontecendo com o candidato que por ter mais votos que o necessário para a sua eleição, ainda leva a reboque, vários outros candidatos inexpressivos em votos, prejudicando outros que mereciam ser eleitos. A Justiça Eleitoral não deveria permitir que parentes de candidato, pudessem fazer parte de chapa como suplentes, a exemplo do que aconteceu com o Senador Lobão cujo suplente é o filho. O pai foi nomeado para ministro das Minas e Energia e o filho ficou como senador.  A quantidade de partidos é tão grande que ninguém é capaz de saber nem a sigla e qual é a finalidade desse amontoado de partidos a não ser, servir de manobra para apoio a outro partido, se corrompendo para se beneficiar de cargos e funções importantes. Deveria ser limitado.  Os postos de vice-prefeito e vereadores de municípios com menos de 50 mil eleitores, deveriam ser exercidos sem renumeração; apenas uma ajuda de um salário mínimo, para não prejudicar os municípios pequenos. Também os prefeitos deveriam ser renumerados pelo sistema do salário mínimo, digamos 5 salários por mês. No Congresso já existe um projeto para redução dos deputados federais e senadores. Não sabemos se esse assunto será levado avante ou se é apenas para iludir a população e depois o assunto morre no esquecimento. Sobre o assunto já escrevi para vários presidentes, sugerindo a redução do número dos mesmos.
As leis penais brasileiras são as mães dos infratores e criminosos que se servem de alguns quesitos, para se livrar e ainda se beneficiar quando se encontram presos, e penalizam as vítimas que são relegadas ao esquecimento, sem nenhum amparo ou assistência, por parte das leis que deveriam ampará-las. Essas leis precisam mudar... Muitos indivíduos que são presos, já foram julgados e condenados e, não sabemos como se encontram livres para continuarem suas ações criminosas. Penitenciárias que estão próximas às cidades permitem que os presos recebam armas, celulares, tóxicos e outras coisas, que servem para entrar em contato e autorizar seus comparsas a praticarem os crimes. Elas deveriam ser construídas em locais de difícil acesso, onde os presos poderiam trabalhar na construção ou conservação de estradas e ainda na plantação de alimentos para o sustento deles próprios.
As leis trabalhistas, inclusive a das domésticas, tentando beneficiar os trabalhadores, impõem condições que impossibilita, em muitos casos, a contratação de mão de obra, em virtude de tantos direitos, que inviabilizam as contratações, e, ainda, não permitem que seja feita a livre negociação entre as partes interessadas.
Quanto às leis de Assistência Social, em parte elas são ideais, porém o problema é que desejam muito no quesito da assistência, onde se vê pessoas morrendo nos hospitais, estes sem as mínimas condições de atender a população, em virtude da falta de material, e em muitos casos, por falta de médicos. Isso precisa  ser melhorado. Existem hospitais que somente possuem o nome, pois na verdade o que se vê nesses locais é um amontoado de pessoas, que consideramos como sendo apenas um depósito de doentes.
As leis de trânsito deveriam ser mais rigorosas com aqueles motoristas irresponsáveis que não se importam com a vida das pessoas. Após a constatação de que estava alcoolizado ao volante, deve ele sofrer, não só multa, de valor superior a mil reais, a apreensão da carteira de motorista, e ainda a prisão por um período de 6 meses, mas se houver vítima, as mesmas penalidades e ainda ser obrigado a pagar as despesas médicas e hospitalares. No caso de acidente com morte, as mesmas penalidades e ainda deve  indenizar a família da vítima durante determinado período, de acordo com a legislação a ser criada.
Nós, cidadãos, cumpridores dos nossos deveres, vemos com indignação os policiais prenderem os marginais e bandidos, inclusive os menores, e estes ainda debocharem dos agentes da lei, porque, logo algum advogado sem escrúpulo ou uma lei muito arcaica da justiça, serve para a soltura do infrator da mesma lei. Diariamente tomamos conhecimentos através dos órgãos de comunicação, de que determinada pessoa foi presa em ato criminoso e ao levantar a ficha do mesmo, ele já foi condenado anteriormente, porém se encontra solto para novos atos criminosos. Enquanto isso, nós cidadãos de bem vivemos presos dentro dos lares, alguns cercados de vários tipos de segurança, porque as leis brasileiras são sempre a favor dos criminosos e contra a população ordeira e trabalhadora. É preciso que seja modificado muita coisa para que a população venha a confiar nos políticos, nas autoridades e se sentir com mais segurança, nesta nossa pátria querida...

Jc.
São Luís, 30/7/2016