sexta-feira, 20 de julho de 2018

JAMAIS ESCONDER O TALENTO RECEBIDO





 
“Senhor sei que és um homem de rija condição; segas onde não semeou, e recolhes onde não espalhaste; e temendo, escondi o talento que me deste na terra; eis aqui o que é teu...” O senhor lhe respondeu: “Servo mau e preguiçoso... Lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá o choro e ranger de dente.”                                                             
                                                                     (Jesus, Mateus XXV)

Na parábola dos Talentos, Jesus deixa bem claro que a omissão e o descaso não servem de desculpa para o servo preguiçoso que não ousou utilizar o talento que lhe foi confiado. Preferindo cruzar os braços ante a oportunidade de trabalho que recebeu, perdendo a grande oportunidade de exercitar suas potencialidades a caminho da prosperidade.

Quantas pessoas no meio social em que vivem, diariamente representam o servo mau e preguiçoso da parábola em referência. Recebem da Providência Divina o talento da oportunidade de progredir espiritualmente, rumo à perfeição, e o esquece num canto qualquer de sua existência e ela passando como um bólido, o conduzirá ao juízo de sua consciência que, culpada pela omissão, chorará o remorso e o arrependimento da acomodação. E são tantos os talentos que estão à nossa disposição, em todo o tempo, que em momento algum temos o direito de apresentar alguma reclamação. Antes é imprescindível saber utilizá-los para extrair deles, sempre os benefícios que podem produzir.

Com o talento da Paciência poderemos aprender a conviver com as pessoas em situações adversas, ensaiando a capacidade de renunciar e compreender virtudes que remetem à serenidade.

Com o talento do Trabalho conseguiremos realizar as maiores proezas, impulsionando o progresso físico e moral, objetivando a construção de um mundo de paz e esperanças que todos desejamos.

Com, o talento da Perseverança teremos a chance de continuar em busca da realização dos nossos sonhos e metas traçadas, tendo  em  vista deixar  a  inferioridade em que  estamos  para
sublimar os nossos sentimentos.

Com o  talento da Coragem  avançaremos  destemidos  pelos
longos e às vezes pesados caminhos da existência, superando obstáculos, vencendo barreiras e chegando ao porto do nosso destino.

Com o talento do Companheirismo poderemos ser no reduto familiar ou no meio social em que estivermos um notável elemento de concórdia, de pacificação, unindo corações e reatando laços afetivos rompidos.

Com o talento do Otimismo demonstraremos aos que nos observam um comportamento de equilíbrio, ânimo e firmeza ante qualquer situação que a existência nos apresente, criando um ambiente adequado para as vitórias que nos aguardam.

Com o talento da Fé teremos a absoluta e insofismável certeza de que Deus, nosso Pai de eterna bondade, tudo está fazendo para que tenhamos à disposição todos os mecanismos possíveis e capazes que nos assegurarão a paz que queremos.

Com o talento do Amor conseguiremos ser, onde estivermos e por onde passarmos, um digno representante da mensagem divina, servindo incansavelmente como elo entre as criaturas e o nosso Pai Celestial.

Portanto, não vale esconder o talento agindo como o servo preguiçoso da Parábola dos Talentos que enterrou o talento que recebera, desagradando profundamente o seu Senhor,  mas cuidemos de imitar os outros dois servos que receberam  dois e cinco talentos e em seguida multiplicaram o dinheiro recebido. Se rico ou pobre, façamos bom uso dos talentos recebidos como empréstimos de Deus. Se assim agirmos seremos recebidos na Espiritualidade com louvores que nos possibilitarão voos cada vez mais altos do nosso Espírito, na sua caminhada de evolução.

A verdadeira propriedade do ser humano é somente aquela que ele pode levar deste mundo. Tudo o que encontra ao chegar a Terra, e usufrui durante a sua existência, fica na Terra quando partir. Portanto, é uma infantilidade muito grande a do homem
ganancioso que amealha fortuna ilicitamente, que quer sempre mais e mais e que vive de se esnobar pelo que possui. Por outro lado, infantil também é aquele que, por ser pobre ou não ter muitas posses, não se conforma com a sua situação e até lança mão de meios escusos para conseguir bens materiais.
Todos nós que hoje somos pobres, em outra existência já fomos ricos de bens materiais ou seremos na próxima existência, e todo aquele que hoje é usufrutuário de bens materiais, já foi pobre ou na próxima existência poderá vir na condição de pobre, essa é a Lei Universal de Deus...

Fonte: Jornal “O Imortal” – edição de 4/2018
Editor: Waldenir A. Cuin
+ Acréscimos e pequenas modificações

Jc.
São Luís, 18/4/2018

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