Somos
espíritas.
E
tudo o que formos dizer aqui será dito à luz da Doutrina Espírita. Assim sendo,
vamos explicar sem rodeios e para que a nossa explicação não seja eivada de
fanatismo e paixão, é necessário, antes de tudo, que expressemos um conceito
tão simples quanto profundo do que seja a Doutrina dos Espíritos. Registramos aqui a definição que lhe deram os
Espíritos Superiores que o revelaram a Allan Kardec: É a Terceira Revelação de
Deus à Humanidade.
A
primeira Revelação veio através da mediunidade de Moisés, representada pelo
Decálogo (Dez Mandamentos), quando o legislador dos hebreus se encontrava
meditando no monte Horeb. A segunda Revelação veio por intermédio de Jesus, o
Cristo de Deus, em nosso planeta, constante de seu Evangelho registrado pelos
evangelistas: Mateus (Levi) e João, que conviveram com o Mestre, e Marcos e
Lucas, numa fase em que a civilização da Humanidade se iniciava na sua madureza
moral e havia sido prevista por Moisés e pelos profetas, e enfatizada em certos
detalhes pelos profetas Isaías e Malaquias. Jesus percebeu pela sua
mediunidade, que os seus ensinos seriam modificados, truncados, mistificados e
falsificados, em favor dos interesses egoísticos dos seres humanos: eles os
transformariam em religião particular, da qual muitos tirariam proveito,
honrarias, títulos pomposos, poderes materiais e enriquecimento, corrompendo-os. Ciente disso,
Jesus então prometeu outro Consolador que viria ratificar todas as verdades
constantes nos seus ensinos e retificar tudo quanto fora modificado pela má fé
dos homens.
O
Consolador, Paracleto, Espírito de Verdade ou Doutrina dos Espíritos, como a
terceira revelação, que se constitui de Filosofia, Ciência e Religião, se apresentou
ao mundo quando a Humanidade começou a ser vacinada contra o vírus do materialismo,
do fanatismo religioso e o planeta está se aproximando de uma fase nova, regeneradora
da moral e dos costumes. Esta fase está prevista para ser neste 3º milênio da era
cristã, também cognominada pelo Plano Espiritual como Era Nova do Espírito, que
não está vindo com exclusividade para os Espíritas, mas para todos os seres
humanos que, por humildade, evolução e amor ao próximo estiverem em condições de
permanecerem no planeta, continuando nele, renascendo e que serão os herdeiros
do Reino dos Céus, conforme Jesus declarou no Sermão da Montanha.
É
do nosso dever afirmar que essas três grandes revelações não vieram para a
Terra com exclusividade nem para judeus ou para cristãos, mas para toda esta
Humanidade. Existe uma particularidade na Ciência Espírita, que se faz também
necessário esclarecer, que é a lei da
reencarnação, que as outras religiões ditas cristãs ignoram e trocam pelo dogmatismo,
tendo em vista interesses, apesar de ser explícita no Velho e Novo Testamento,
sendo que alguns a repudiam e outros a desconhecem, enquanto muitos libertos
das amarras impostas pelo fanatismo a aceitam como uma verdade divina.
O
que é Ciência Política? Qual a melhor
definição? H. Heller, na Encyclopedia of
the social sciences de (Macmillan, New York, 19345 página 209) assim se
expressa: “A ciência política dá ênfase às relações desses fenômenos
(soberania, independência política, liberdade, governo) com as situações reais
determinadas pelas classes sociais, á geografia, a religião e os tipos de
controle econômico, político ou psicológico que entram em jogo”. A partir daí,
talvez seja possível formar um juízo das ações, mormente quando se queira
referir a um sistema político favorável ao Brasil, e demonstrar que a grande
dificuldade deste país, repousa no fato de não existir, na maioria dos seus
políticos, nenhum senso lógico dessa ciência, nem em sua administração
governamental nem em seus poderes legislativo ou judiciário.
Na
área judicial, infelizmente, se verifica um poder muito mais influenciador
negativo que técnico jurídico de correção e cumprimento das leis, visto também
no executivo e no poder legislativo. É impossível ser um bom político, sem que ele
seja ciente dos verdadeiros objetivos de uma ciência política.
Vejamos
o que se passou na história política dos Estados Unidos da América, quando
Thomas Woodrow Wilson ao ser convidado por estudantes, para se candidatar ao
governo dos Estados Unidos, alegou não possuir recursos financeiros para
custear a campanha. Ciente do assunto, um senador procurou o senhor Thomas,
interessado em usufruir prestígio junto ao futuro presidente, e ajudou- o, e o
candidato foi eleito. Tão logo Wilson foi empossado, o senador esperto apresentou-se a ele para fazer a cobrança do seu direito pelos favores
prestados. O presidente indignado com isso chamou seu ajudante de ordem
e mandou que retirassem o impertinente
político de sua frente.
A
ciência política, dentre as ciências sociais, é a mais importante de todas por
representar como objeto de ação principal de um país, o bem-estar de seus habitantes,
como povo feliz e consciente de seu papel, na escolha de seus representantes.
Este conceito é válido para qualquer país que seja organizado e independente. O
poder judiciário, deve se constituir de juízes probos, eleitos para assessorar
o poder executivo nos projetos de lei nascidos no parlamento, que devem ser
analisados e julgados, à luz do direito, antes de serem levados ao presidente
para a sanção ou devolução. No parlamento (Câmara e Senado) o político não pode
nem deve ser um leigo em Ciência Política, nem a função de vereador, deputado,
senador, prefeito e presidente deve ser uma profissão, como vem acontecendo no
Brasil. Qualquer país que for dirigido ou assistido por falsos políticos
constitui uma nação ameaçada e destinada ao fracasso.
Para
termos um Brasil livre e feliz, procuremos primeiro a inspiração em Deus, nosso
Criador, e em seguida, em alguns iluminados vultos da história do
desenvolvimento moral de toda a Humanidade. Na fé, temos uma fonte inesgotável
através do Evangelho de Jesus, e por vontade de Deus, nomeado o governador
deste belo e sacrificado planeta pela ignorância e ganância dos homens. Dos
vultos, iniciamos com o filósofo Aristóteles, no século IV A.C, o primeiro a
falar em Ciência Política sem ser politico, porém foi na política e na ética
que ele mais atuou, legando ao mundo de todos os tempos um Tratado da Política e uma Ética, que poderiam ser á base da
formação político-social de qualquer nação neste planeta.
O
grande filósofo Aristóteles colocava a honra e a virtude acima de todos os
demais bens da vida, e falou que a honestidade
e a justiça são os objetos da política e da ética, e como educador fazia-se tão
convincente que Alexandre Magno, em suas guerras de conquista jamais permitiu
qualquer desrespeito ou violência contra os velhos, as mulheres e as crianças,
nas cidades por ele conquistadas, por seu conselho. É assim, com o
pensamento na memória de Aristóteles e
refletindo sobre os ensinos de Jesus, que vamos tratar aqui, de algumas
sugestões para serem aplicadas na renovação política do Brasil, com vistas ao
bem estar de sua sociedade.
Precisamos
adotar uma atitude correta na política e o primeiro passo é ensinar o povo a
votar e aprender que política é algo muito sério. Política é a ciência do
bem-estar dos cidadãos. Desse modo, um povo politizado não vota em partido, mas
em homens íntegros e que demonstrem possuir virtude, honradez e honestidade,
embora ultimamente estejam muito raro essas virtudes em grande parte dos
políticos. Quando se candidata a um cargo eletivo deve sempre ter o propósito
de servir à pátria e representar bem o eleitor, e eleito, não deve fazer trampolim
para ficar rico facilmente. O político precisa ter uma profissão que lhe dê
garantia de vida honesta e honrada, quando deixar o cargo público. O cargo
político não deve oferecer salários astronômicos como observamos na atualidade,
mas subsídios justos com que se possa manter durante a missão política. Um exemplo
que deve ser imitado foi o do médico espírita, Adolfo Bezerra de Menezes que
exerceu no Rio de Janeiro a função de Deputado Geral, e ao final do mandato
estava na mesma condição financeira de quando assumiu o cargo.
O
que se vem observando no Brasil desde o império até os nossos dias, na vida
política do país, é um famigerado jogo de interesses escusos, em função do qual
o povo sempre sofre. Os políticos da atualidade nem tomam conhecimento disso,
salvo nos momentos de procura dos eleitores para pedir o voto. Outro exemplo
está no nordeste, uma grande área torturada pela fome em face da seca. No
período de 1930 a 1932, um político do nordeste que na época era Ministro da
Viação e Obras Públicas – José Américo de Almeida - teve um sonho feliz: mudar o curso do rio São
Francisco para fertilizar a região do Nordeste que faria desaparecer o flagela das secas. O projeto foi
abortado porque os políticos da época alegaram que a serra de Ibiapaba era
intransponível. Mentira! A razão era o fim da indústria das secas que geravam
fortunas todos os anos aos políticos desonestos. Recentemente o caso da transposição do Rio
São Francisco voltou á baila (prometida a conclusão por Lula para 2010, por
Dilma 2012 e 2015) e até hoje não foi concluída por causa dos políticos
inimigos do Brasil.
É
preciso exigir dos políticos o fim da multiplicidade dos partidos. Não é
concebível que tenhamos 40 partidos. Qualquer “sabichão” que se imagine líder
de um grupo inventa um partido e logo o registra, para poder abocanhar alguma
coisa.
Ninguém
pode evitar tal farra de partidos? Alguém pode, sim. Quem? Um povo instruído,
politizado e consciente! É muito simples: nunca mais votar em partidos
recém-criados e nem se filiar a eles. Que existam quanto muito, três partidos –
um que diga “não”, outro que diga “sim” e um terceiro que faça prevalecer o
equilíbrio no processo. A lei exige que votemos? Vamos cumprira lei, porém Jesus o Mestre
Amado nos ensina que não devemos nos aviltar.
Imunidades
parlamentares (Art.53 § 7º da Constituição da República. Por que imunidades se o cidadão no exercício
do mandato é detentor de boa conduta? Pois, não deve ser ele um elemento de mau
caráter, um criminoso vulgar, senão não poderia ser registrado e nem receber o
voto do eleitorado. Por que, então, tanta preocupação com imunidades?
Aposentadorias
para funções eletivas. Por que um vereador, um deputado, um senador, ou quem
mais detenha uma função eletiva, deve cogitar de aposentadoria? Ele não é empregado do governo; exerce apenas um
mandato eletivo. Isto é uma vergonha, no dizer de Boris Casoy Enquanto esses
trambiqueiros vão levando o dinheiro, o governo vai aumentando os combustíveis,
o gás e os impostos, sem nenhum melhoramento na Educação, na Saúde, na
segurança e nas estradas, culpando os sonegadores, e ainda querendo retirar os
benefícios dos aposentados. Quem sonega?
Não deve ser o trabalhador, o servidor público nem o militar. Estes não tem
como sonegar nada, pois já vem descontado no salário, no contracheque e no
soldo. Por que o governo permite a sonegação? E quanto aos que fraudam, por que
não têm eles os seus bens confiscados? E os corruptos e corruptores por que não
são presos?
Quem
estiver ainda mais interessado no assunto, procure adquirir o livro “Por Amor
ao Brasil” (autor: Inaldo Lacerda Lima)
ou leia o evangelista Mateus, capítulo XXV, vrs. 31 a 46.
Fonte:
Livro “Por Amor ao
Brasil”
“Doutrina dos
Espíritos”
+ Modificações e
acréscimos
Jc.
São Luís, 06/11/2017
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