quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O QUE ESPERAR DO NOVO ANO




  Mais um ano se findou deixando para muitos, alegria de conquistas e realizações. Para outros, as lições das provações enfrentadas. Mas, mesmo com todas as dificuldades, devemos agradecer ao Pai Celestial a nova oportunidade que nos é concedida, na certeza de que dias melhores virão para nós.
De todos os rincões da Terra, elevam-se à Espiritualidade, pedidos de mais paz e felicidade; felicidade essa, para alguns, representada pelo ganho fácil, pelos bens amoedados, pela fartura de recursos, pelos bens adquiridos e pela posição de destaque... Felicidade essa, passageira e ilusória, pois na verdade não somos donos de nada, visto que nada trouxemos quando chegamos ao mundo e dele nada levaremos, a não ser o mérito ou o demérito das nossas ações praticadas durante a existência.
De diversas partes do mundo, elevam-se também os gemidos das almas desanimadas, famintas, sofredoras e descrentes. Foi-se mais um ano de infelicidade, flagelos, doenças, violências, crueldades, assassinatos, fruto da indiferença e da ignorância de muitas pessoas que se fecham em si mesmas, isolando-se da luz, da fraternidade e do amor, em opção deliberada pela negação, pelo pessimismo, pela insensatez e pelo egoísmo.
Entretanto, novas esperanças e novos projetos, novas expectativas de um mundo melhor, animam muitas outras pessoas que ainda possuem fé, praticam a fraternidade e acreditam na Providência Divina, que rege todos os fatos. Novo ano, um tempo ainda não passado; talvez símbolo de novas realizações construtivas. Tempo de história ainda não escrita, que só a nós, caberá determinar, se um tempo de harmonia ou de discórdia, de conquistas passageiras ou de reais aquisições; tempo de lutas ou de paz.
Reflitamos neste início de novo ano, o que faremos do tesouro das horas, dias e meses que nos será confiado. Fechemos o livro de páginas tristes, de lutas inglórias e dos tormentos mentais, e fitemos com esperança, as páginas brancas de um novo tempo, onde poderemos escrever uma história de paz verdadeira, de amor fraterno, de real felicidade, que nos dignifique a existência, enobrecendo o nosso próprio viver e a nossa consciência.
Para isso, eliminemos do nosso pensamento e coração, quimeras e sonhos voltados exclusivamente para as conquistas de bens terrenos, no imediatismo do hoje de ter e agora. Lancemos o nosso olhar para o alto, nos dispondo à conquista paciente, nas lutas de cada dia, na Paz por tesouro inalienável, trabalhando com amor e fraternidade, sem esmorecimento, para que a Luz do Mestre Amado nos alcance e transforme o nosso tempo de labor, na direção do Reino de Deus, nosso Pai de Infinita Bondade.
Ansiamos grandes mudanças em nossas existências e, ao final de cada ano, novas esperanças são renovadas. A expectativa é que o novo ano seja sempre melhor do que o último que se foi e, para garantir as transformações, recorremos às nossas tradicionais superstições. São tantas simpatias para a virada do ano que poderíamos escrever um livro inteiro para enumerá-las.
Sempre estamos tendo a sensação de que o ano passa tão depressa que quando percebemos, o Natal bate à nossa porta. Percebemos, então, que não colocamos nenhum daqueles antigos projetos em prática e que tudo em nossa volta permanece como antes, sem mudanças. Isso acontece com a maioria das pessoas; talvez em virtude da existência atribulada que levamos, ou simplesmente por comodismo. Mesmo não conseguindo sair do marasmo que nos envolve, em 31 de dezembro, tornamos a realizar as mesmas simpatias, de realizações positivas, com a esperança de que a nossa existência se modifique pela Vontade Divina.
Ora, sejamos racionais!  Nada e ninguém poderão mudar o curso do destino a não sermos nós mesmos. O progresso é resultado de nossas escolhas e, sobretudo de nossas ações. De nada adiante vestir certas cores, pular ondas, brindar o novo ano, se no coração permanecemos a mesma pessoa, presa aos velhos e negativos hábitos. Albert Einstein dizia que: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar os resultados diferentes”. Certamente, se plantarmos macieiras não poderemos colher outra fruta que não seja maçã. E assim também é a nossa existência.
Nossa jornada é muito longa, mas para concluir a trajetória é preciso progredir lentamente, dando um passo de cada vez. Se não tivermos a iniciativa de caminhar para progredir, permanecemos estagnados. Portanto, um ano proveitoso só será construído dia após dia, aproveitando a oportunidade bendita de renovação que Deus nos concede a cada amanhecer. Se você deseja saúde, cuide do corpo e da mente; se quer progredir moralmente, pratique a caridade; se sonha com um novo amor, procure amar o próximo; se almeja o perdão, reconcilie-se com seu irmão; trabalhe para o bem, vigie seus pensamentos e ações e perdoe para que Deus o assista.
Saibamos também compreender que até mesmos as nossas quedas e os nossos sofrimentos são importantes para o aperfeiçoamento do nosso Espírito. Aquilo que julgamos ser uma derrota pode representar um grande salto na nossa caminhada de progresso. O pensamento escolhe; a ação realiza. O ser humano conduz o barco com os remos do desejo e a existência conduz o ser humano ao porto a que ele aspira chegar. Eis por que, segundo as Leis que nos regem, “a cada um será dado segundo suas próprias obras”.  (Jesus)
Todo final de ano é quase sempre igual, na esperança de dias melhores que virão; uma mudança no tempo, ao toque da meia-noite tudo parece mudar para melhor; explodem os fogos, abraços são dados, num toque mágico, tudo mudou de um dia para o outro. Mas o que mudou? Situações extremas nos circundam. Riqueza de um lado, miséria do outro. Opulência e pobreza, obesidade e desnutrição, alegria e tristeza, guerra e paz.
Sonhamos com o oposto da miséria, da pobreza, da violência e da guerra, Desejamos o respeito, a paz, a fraternidade, com as pessoas entrelaçadas pela tolerância e o amor. Isso, no entanto, como é natural, não se faz a um toque de relógio, nem em um dia.  É um processo trabalhoso e vagaroso, no tempo, um processo que se alcança com a maturidade. Para esse mundo que sonhamos externamente, é necessário que o interior das pessoas se transforme. É necessário que usemos o mais puro mármore que é o sentimento. É preciso buscar sempre o conhecimento que se puder e trabalhar o sentimento. É para os ensinos de Jesus que devemos nos voltar para a modificação de sentimentos que precisamos para nos tornarmos mais afáveis, dóceis e fraternos.
O novo ano chega, como sempre. Será apenas mais um modificar de ponteiros do tempo, ou o modificador de nossos sentimentos nesse tempo? Meditemos. Para um mundo melhor é preciso sermos melhores. Não é fácil esse processo, mas Jesus bem o disse, quando asseverou que, com a boa vontade tudo é possível.
Somos donos do nosso próprio destino e através do livre-arbítrio construímos o nosso futuro. Nossas conquistas e dissabores são sempre o resultado de nossas ações. Aproveitemos, então, os dias  deste novo ano, para realizarmos uma auto avaliação. Sócrates, antes da chegada de Jesus, já nos recomendava: “Conhece-te a ti mesmo”, pois é desta maneira que seremos capazes de nos transformar para melhor. Vamos aproveitar então o tempo, pois vemos que ele sempre passa e a nossa encarnação é breve. Façamos o melhor ao nosso alcance, edificando o reino de Deus em nossos corações.
Se lhe conforta, faça simpatias, orações, mas esteja disposto a mudar seus hábitos para que os resultados sejam diferentes. Do contrário o próximo ano será, para você, apenas mais um registro no calendário do tempo. . .

Fonte:
André Luiz Alves Jr.
Jornal “O Imortal” – 01/2015
+ Acréscimos e modificações.

Jc.
São Luís, 21/12/2016

domingo, 18 de dezembro de 2016

QUANDO CHEGAR A HORA





  “Felizes são aqueles que levam consigo uma parte das suas dores no mundo. Durante a longa jornada, eles saberão mais coisas sobre a felicidade do que aqueles que a evitam.”
Todo e qualquer ser humano passa por duas grandes fases na existência, quais sejam o nascimento e a morte física  (encarnação e desencarnação). Entre estes dois períodos, cada espécie possui a sua própria trajetória terrena, onde tudo ocorre no seu devido tempo. Um camundongo, por exemplo, vive em média mais de quatro anos; um gorila por sua vez pode ultrapassar os 40 anos de idade, enquanto o ser humano pode chegar até 120 anos, e a existência é dividida em quatro situações: Infância, adolescência, fase de adulto e velhice.
A infância é o período que vai desde o nascimento até os sete anos. É um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança. Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo as graduais mudanças no seu comportamento e na aquisição das bases de sua personalidade. Neste estágio, especialmente nos primeiros anos, a criança é totalmente dependente dos cuidados de terceiros (geralmente os pais), para quaisquer coisas, como alimentação, higiene e locomoção. Neste período, a criança aprende a sentar-se, a engatinhar e andar, enfim, é o estágio da existência em que ela cresce rapidamente.
Essa fase é caracterizada na criança pelo egocentrismo, pois  ela não compreende que faz parte de uma sociedade, e o mundo para ela gira em torno de si mesma. Apesar de termos tido as mesmas experiências da inocência infantil, da ignorância de tantas coisas, ao nos tornarmos adulto, é como se esquecêssemos do que fizemos, do que éramos. Quando foi que deixamos de ser criança ou quando foi que assumimos o papel de adulto e ás vezes zangado com a situação no mundo? Quando foi que deixamos de apreciar alguma coisa simples, mas que nos dava imenso prazer?
A dor nos faz mais leve, quando extraímos dela a sabedoria. De que adianta sofrermos e continuarmos com os mesmos defeitos e os mesmos vícios? O sofrimento quase sempre é compreendido como injusto e apenas, com o passar do tempo é quando a visão madura de nós mesmos sobrepõe-se ao nosso pensamento e persiste na alma. Todos os dias a Natureza nos brinda com o esplendor do sol, nos acaricia o vento, sentimos  o perfume das flores, tanto quanto a chuva, o frio e a neve.
Allan Kardec, em o Livro dos Espíritos, diz que a civilização tem os seus graus, como todas as coisas. Uma civilização incompleta é um estado de transição que engendra males especiais, mas nem por isso deixa de se constituir em progresso natural, necessário, que leva consigo mesmo o remédio para aqueles males. À medida que a civilização se aperfeiçoa, vai fazendo cessar alguns dos males que engendrou, e esses males desaparecerão com o progresso moral. De dois povos que tenham chegado ao ápice da escala social, só poderá dizer-se o mais civilizado, aquele em que se encontre menos egoísmo, orgulho e vaidade; em que os costumes sejam mais intelectuais e morais do que materiais; em que a inteligência possa desenvolver-se com mais liberdade; em que exista mais bondade, boa fé, benevolência e generosidade recíprocas; em que os preconceitos de casta e de nascimento sejam menos enraizados, isto porque essas atitudes  são incompatíveis com o verdadeiro amor ao próximo.
Nenhum de nós terá dons ou virtudes ofertadas como presentes injustificáveis da bondade divina. O que Deus nos oferece é a oportunidade de desenvolver dons e virtudes que ainda adormecem em nossa alma, esperando o esforço de cada um de nós. A nossa existência é, pois, a oportunidade de desenvolver virtudes morais e dons intelectuais, e é por isso que ela nos oferece embates, dores, dificuldades que serão sempre as oportunidades de progresso e evolução. Pensemos em quanto de nós, após um progresso doloroso e difícil em determinado momento da existência, saímos dele mais fortalecidos e maduros.
Se não nos apressarmos e deixar o tempo correr, quando chegar a hora da nossa partida, e nos dermos conta, será tarde; talvez não haja mais tempo para nos reabilitar. Quem sabe, não haverá outra chance de apreciar o que há de mais belo no mundo, que é a vida. A água que hoje passa debaixo da ponte, não será a mesma amanhã; a chuva de verão, talvez não faça brilhar as mesmas cores do arco-íris que aparecerá no dia seguinte. Deixemos nossas mazelas de lado e plantemos fraternidade, compaixão e amor, para que, ao chegar o “ponto exato”, possamos colher a paz, o carinho, a paciência e a sabedoria, porque será com elas que manteremos nosso foco no progresso moral, intelectual e principalmente espiritual.
Deus escolheu com esmerado cuidado a melhor família para nosso aprendizado, a melhor cidade para nosso progresso e as melhores condições de existência para as lições de que precisamos. Ele apenas espera que possamos cada um de nós, bem aproveitar essas oportunidades que a existência nos oferece, para fazermos a nossa evolução espiritual.

Fonte:
Revista “O Imortal” – 10/2016
Autor:  Marcel Bataglia
+ Algumas modificações.

Jc.
São Luís, 19/10/2016

sábado, 10 de dezembro de 2016

AGRADECIMENTO AOS INTERNAUTAS, AMIGOS E IRMÃOS





  “Se você não desejar ser esquecido quando partir para a Espiritualidade, escreva coisas que vale a pena ler, ou faça coisas que vale a pena escrever”.
                                                        Benjamim Franklin

Ao completar na data de hoje, 7 anos do surgimento do meu blog   ( http://ortsac13.blogspot.com ), venho agradecer a todos os que acessaram a minha página na Internet, e que  chegou a 438 artigos, inicialmente sobre assuntos religiosos, temas morais e biografias, e depois, outros assuntos que foram sendo agregados,  no decorrer do tempo, que possibilitou, até o presente, chegar a 90 mil acessos, por 101 países pelo mundo.
Que os internautas, amigos e irmãos se sintam tão estimados quanto às pessoas que amo. Que eu não os desaponte, pois sei que apenas uma palavra basta para acabar uma amizade. Amigos, nós os conquistamos mostrando o que somos. Pessoas amigas e queridas vêm e se vão de nossa companhia, entram e saem do nosso viver. Tenho visto muitos irmãos e amigos irem-se deste mundo, de repente, sem ao menos um “adeus”, sem terem o prazer de se tornarem idosos, como eu.
Os nossos olhos piscam juntos, movem-se juntos, choram juntos, veem as coisas juntos e dormem juntos. Ainda que nunca possam ver-se um ao outro... A amizade deve ser assim. Agradeço pelos amigos e irmãos, desencarnados e encarnados pois eles foram e são presentes em minha existência, e que eu possa ser um simples ponto de luz na existência deles. A fraternidade e a amizade, a solidariedade e o amor ao próximo, não sairão de moda; basta apenas que queiramos...
Humilde e honrado com a aceitação do meu blog pelos amigos e irmãos de diversas partes do mundo, desejo expressar meus agradecimentos a todos os que conheceram o meu blog, e que dado o grande número de acessos, devem ter também informado aos seus amigos para acessá-lo, “pois valeu a pena escrever” no dizer de Benjamin Franklin.
Os principais assuntos consultados foram os que seguem abaixo:
  1-  Biografia  de  Cáritas. . . . . . . . . . . . . . . . .  7.784  acessos
  2-  As Doenças e as Dores. . . . . . . . . . . . . . .  5.991       “
  3-  Ananda – Além do Amor. . . . . . . . . . . . . .  3.547       “
  4-  Eutanásia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . 3.287       “
  5-  Augusto Elias da Silva . . . . . . . . . . . . . . .  3.130       “
  6-  Maranhão e Seus Encantos. . . . . . . . . . .  3.111       “
  7-  Camilo Rodrigues Chaves . . . . . . . . . . . .  2.308       “
  8-  Aparecida Conceição Ferreira. . . . . . . . .  1.816       “
  9-  Parábola do Festim das Bodas. . . . . . . .  1.169       “
10-  Luís Olímpio Telles de Menezes . . . . .  .  1.121       “
11-  Jésus Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   1.061       “
12-  A Impaciência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      993       “
13-  Doenças Sexualmente Transmissíveis     939       “
14-  Brilhe a Vossa Luz. . . . . . . . . . . . . . . . . .      822      “
15-  Hanseníase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     701      “
16-  Meimei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       698      “
17-  Eurípedes Barsanulfo . . . . . . . . . . . . . .        664      “
18-  Cilício – Sofrimento Voluntário . . . . . .        637      “
19-  Laços Simpáticos. . . . . . . . . . . . . . . . . .        629      “
20-  Joaquim Carlos Travassos . . . . . . . . .         621      “
21-  Os Espíritas e a Alteridade . . . . . . . . .         609      “
22-  Diabetes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       555      “
23-  Aura Celeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       504      “
24-  Biografia dos Espíritas do Maranhão .       504      “
25-  Maria Máximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        493      “
26-  O Egoísmo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        459      “
27-  As Imperfeições . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        457      “
28-  O Aleijadinho e a Arte Barroca. . . . . . .        436      “
29-  O Poder da Palavra. . . . . . . . . . . . . . . . .        408      “
30-  A Vida de Cairbar Schutel. . . . . . . . . . .         397      “

Os países que mais acessaram o meu blog, seguem abaixo:
01-  E. U. do Brasil=  52.640           02- E. U. da América=  15.265
 03- Alemanha=  12.403                  04-  Rússia=  1.421
05-  Portugal=  1.000                       06-  Ucrânia=  734
07-  Angola=  583                             08-  França=  532
09-  Moçambique=  319                  10-  índia=  283
11-  Itália=  189                                 12-  Lituânia=  140
Ao me despedir dos amigos e irmãos do Brasil e dos países dos outros continentes, quero renovar meus agradecimentos, desejando a todos que tenham um Feliz Natal e o Ano Novo com muita Paz, Harmonia e Saúde, extensivos aos seus entes queridos, e que o nosso Pai Celestial os abençoe, hoje e sempre. . .  

Início do Blog:   10/12/2009
São Luís - MA.   10/12/2016 =  7 anos.
Jc.  =  Jurandy Castro.

domingo, 4 de dezembro de 2016

FREI LUIZ, O LIRIO DO VALE




 Uma das grandes responsabilidades no mundo é a missão de ajudar ao próximo por meio da irradiação de pensamentos positivos e fraternos. Com a irradiação e a transmissão desses pensamentos, auxiliamos a cura das almas.
A alegria indiscutível manifestada em Frei Luís se fez das mais variadas formas; e uma delas: A Lei do Amor. Paulo já nos dizia  que “a Lei perfeita é o Amor porque o Amor não faz mal a ninguém”. Frei Luís foi á dedicação viva, reluzente e atraia para si, todos aqueles que tinham a necessidade de amor, porque ele foi á perfeição da nossa consciência, da nossa moral. Foi essa fonte luminosa e alimentadora que este irmão teve dentro de si; foi o modelo do Bem, a abnegação absoluta para a sabedoria na incessante busca do Templo Maior. . .
Frei Luís veio ao mundo em 27 de junho de 1872, em uma aldeia  situada em Westfália, na antiga Prússia, com o nome de Teodoro Henrique Reinke, filho de Hermann Reinke e de Maria Reinke, de cuja união nasceu, primeiro, Gertrude, de temperamento terrível  que infligia ao seu irmão, pesados castigos corporais para manter a disciplina. Teodoro, por sua vez, apesar de ser alto não possuía muita musculatura. Ele tinha uma fronte alta e pensadora e uma cicatriz na altura do nariz em consequência de um acidente. Seus cabelos eram louros e os olhos lembravam as águas do mar, e seu rosto tinha lábios finos.
Ele terminou seu curso primário com quatorze anos e aos quinze anos, passou a trabalhar num armazém como caixa. Aos dezoito anos ingressou no Colégio Seráfico de Harrefeld, Holanda, e em 1894 recebeu a indumentária de franciscano, iniciando o noviciado e surge então Frei Luiz. Em1895 embarca para o Brasil em um vapor alemão, acompanhado de cinquenta  e um franciscanos. Chega ele à Bahia, rumando para o Convento de São Francisco, onde passou a maior parte da sua juventude. Em1896 ele contraiu a febre amarela e depois o beribéri e, após, tuberculose, ficando extremamente fraco.
Nesse interim, surge ao lado do seu catre, um Espírito amigo que lhe ofertando um frasco, contendo um líquido de cor esbranquiçada, disse-lhe: “Tome seu conteúdo de uma vez que ficará curado”. E assim, foi feito. Em 1899, embarca para o Rio de Janeiro e se dirige para Petrópolis, vindo a celebrar, em 1990, sua primeira missa na Igreja do Sagrado  Coração de Jesus. Sob o pseudônimo de “Lírio do Vale”, traduz o romance “Josefina”, do alemão Franz V. Seeburg. Foi um entusiasta da flora brasileira, onde se servia para curar os pobres. Em 1914, sofreu um acidente automobilístico, passando a ter severas hemorragias pelo nariz e boca.
Seus olhos verdes mostravam sempre um sorriso de confiança e era por todos considerado o apóstolo da ternura e do amor; e por onde passava, transmitia paz, compreensão e bondade. Frei Luís previa o futuro, seus pensamentos viajavam a uma terra muito longe, onde tinha exercido a sua missão espiritual, ou seja, a de espalhar a semente do Senhor. Num certo momento de sua existência, ao não poder atender ao pedido de uma senhora carente, lhe disse:  “Neste dia estou morto”.
Como um luminar, Frei Luís lutou persistentemente contra o “baixo espiritualismo”, a magia negra e os trabalhos de bruxaria, e veio a falecer em 1937. Hoje, ergue-se na Estrada da Boiúna, 1367, na Taquara, Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o Educandário Social de Frei Luiz, cujo objetivo é a assistência médica e odontológica, como também obras sociais, tudo gratuitamente. Que a paz e o amor do Pai esteja sempre com você, Frei Luiz, e que o suave perfume do Lírio do Vale o envolva...

Fonte:
“Brasília Espírita” – 9-10/2016
Autor: José Antônio Leite de Morais
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 23/9/2016

domingo, 27 de novembro de 2016

OS ROUBOS, OS ASSALTOS, A VIOLÊNCIA E O CRIME





  Quais as causas que levam muitas pessoas a esses crimes, que se multiplicam atualmente na sociedade? São vários os motivos que servem para explicar essa situação que vivemos na atualidade:  a- O exemplo de corrupção que vem de cima;  b- Desagregação familiar;  c- Lei de “Gerson”;  d- Consumismo;  e- Situação Econômica; f- Falta de religiosidade; entre outras causas.
A anarquia que se generalizou e se agravou nos governos do PT, com os furtos, as roubalheiras, a corrupção, a lavagem de dinheiro, o enriquecimento ilícito e também a impunidade, proporcionaram a situação em que vivemos atualmente, de descredito das principais autoridades que deveriam zelar pelo patrimônio do Brasil, que pertence aos que sempre contribuíram para o engrandecimento desta pátria, o povo. Antigamente, havia um dito que dizia:  “Ou o Brasil acaba com as saúvas, ou as saúvas acabam com o Brasil”. Hoje o que se sabe é que; “Ou o Brasil acaba com os “ratos”, ou os “ratos” acabam com o Brasil”. Precisamos, urgentemente, de um  “Salvador da Pátria” para reorganizar e arrumar a Nossa Casa.
De alguns anos para cá, muitos casamentos foram sendo desfeitos por vários motivos, trazendo a intranquilidade para os filhos do casal. Essa desagregação da família passou a influenciar na vivência dos filhos ao verem o mundo desabar sobre suas cabeças. Muitos destes filhos passaram a achar que o mundo lhes devia o que eles não podiam conseguir por meio do trabalho digno. Assim, a Lei de “Gerson” passou a ser aplicada por muitos que, de qualquer maneira, desejavam o que não podiam possuir por seus esforços; ou seja, levar vantagem de qualquer maneira e conseguir aquilo que era fruto dos seus desejos.
Aí entrou a propaganda do governo Lula dizendo que quem ganhava um salário mínimo era da classe média, e recomendava o consumismo desenfreado, do compre sua casa, compre seu carro, compre seu televisor, seu refrigerador, seu computador, seu celular, e tudo o mais que lhe fosse vontade de possuir; para o que muito contribuiu a TV, para isso. Muitos queriam atender a esse consumismo mais não tinham condições e então passaram a tomar, através dos roubos, assaltos, da violência e até do crime, aquilo que pertencia aos outros e que lhes causavam a inveja e o desejo. A situação econômica do país, virou um caos e  piorou com os descalabros, os escândalos dos governos e os furtos praticados pelos que estavam e estão ainda por algum tempo na classe alta, que influenciam a classe de indivíduos, já propensos a conseguir o que querem de qualquer modo,  sem o trabalho dignificante, agravando muito a situação, no país.
A falta de religiosidade, da educação e os bons exemplos para orientar as pessoas, contribuiram para torná-las sem rumo e sem valores morais, e por isso, passaram a achar mais fácil conseguir o que queriam, sem levar em consideração o esforço e o trabalho que suas vítimas tiveram para conseguir aquilo que era desejo de suas ambições. Esses indivíduos passaram então a furtar, roubar, assaltar, violentar e recorrer até ao crime para satisfação dos seus desejos. Eis aí, as principais razões em que se encontram as pessoas de bem, sujeitas a essas situações humilhantes, difíceis e criminosas, com a perda dos seus bens patrimoniais, e, ás vezes, até a própria existência terrena.
Apesar da Espiritualidade Maior declarar que o Brasil “Será o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho”, estamos vivendo, atualmente, a falta de “Ordem e Progresso” fixada em nossa Bandeira Nacional.  A situação está tão difícil de se enfrentar, porém não devemos deixar de ter a esperança, a confiança e a certeza de que, depois dessa tempestade, virá a concretização do que é proclamado pela Espiritualidade. Para isso, estão nascendo      Espíritos Superiores que serão os dirigentes dessa transformação que vai se processar. Sejamos, portanto, firmes no nosso pensar e agir, certos de que a Providência Divina estará sempre presente e não nos desamparará, e o país sairá dessa lamentável situação. Vamos apenas dar tempo ao tempo para isso se concretizar...
                                                                  

 Jurandy Castro


São Luís, 23/11/2016

domingo, 20 de novembro de 2016

AS CRIANÇAS




  Recordemos duas sentenças acerca das crianças, proferidas pelo Mestre Amado Jesus:  “Deixai vir a mim os pequeninos; não os impeçais, porque deles é o reino dos céus”.   “Em verdade vos digo, que, se não vos fizerdes como as crianças, não entrareis no reino dos céus”.
A primeira destas duas assertivas não exprime somente uma expressão carinhosa, um gesto afetuoso, muito próprio do caráter e da personalidade do Divino Mestre; encerra também sabedoria das condições em que as crianças se encontram ao entrarem no seio da Humanidade, e, ao mesmo tempo, recorda e põe em destaque os compromissos daqueles que as recebem, notadamente os pais e preceptores. A criança não é uma entidade recém-criada: é, apenas, recém-nascida, fenômeno este que se consuma em cada uma das vezes em que o Espírito imortal se serve da indumentária carnal, quando está no plano terreno por tempo incerto, que pode ser mais ou menos dilatado.
Portanto, encaminhar as crianças a Jesus, importa em educá-las segundo os seus preceitos. Ora, o que é educar, no legítimo sentido da expressão, senão orientar o Espírito na aquisição parcial, porém progressiva dos valores morais e da verdade? Após o – deixai vir a mim os pequeninos – ele acrescentou: Não as impeçais. Deixar de proporcionar à infância essa oportunidade é contribuir para o seu extravio, quando está em nossas possibilidades conduzi-la ao progresso e àquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Prosseguindo, consideremos a terceira parte da sentença: -- porque delas (crianças) é o reino dos céus. A velha crença ensina que o reino dos céus lhes pertence porque elas são inocentes, e, assim, desencarnando nessa condição, vão diretamente para o reino dos céus. Semelhante interpretação, porém, não procede e não resiste mesmo ao mais ligeiro sopro de raciocínio. Senão vejamos:  Onde o mérito da criança para obter o céu? Que fez ela digna de tamanha recompensa, considerando, sobretudo, o conceito desta outra frase que foi proclamada por Jesus?!: -- “A cada um será dado segundo as suas obras”.
Se não é lícito imputar culpa às crianças, também, de igual modo, não lhes podemos conceder merecimentos. A prevalecer aquele postulado, que a criança desencarnada vai para o céu; a melhor ventura que poderia lhe  suceder  seria, por certo, a morte.  Em tal hipótese, deveriam desaparecer a Puericultura e a Pediatria como ciências heréticas, e levantar-se um monumento a Herodes I, o tetrarca da Galileia, porque tendo decretado a degola de milhares de crianças nascidas em Belém e suas cercanias, enviou ao reino dos céus, grande número de almas sem pecado. Tampouco teria fundamento os protestos de nossa imprensa chamando a atenção das autoridades para o grande número de crianças que morrem em nossa sociedade; antes, fariam jus, essas autoridades, a louvores, por estarem proporcionando a essas levas sucessivas de inocentes o caminho dos céus eternos.
Semelhante erronia procede do desconhecimento da verdade a respeito da criança e das leis que regem e regulam a marcha evolutiva dos seres humanos. Sendo a criança que nasce um Espírito que reencarna, a sua inocência resulta da ignorância do mal no decurso dos primeiros sete anos de cada existência. E mais ainda, porque o novo corpo, em desenvolvimento, obscurece a mente, constrangendo o Espírito nos limites acanhados do corpo, determinando um recomeço. A criança nessa fase ignora os preconceitos de raça, nacionalidade, classe, credos e posição social. Elas são propensas a se confraternizarem, e se por vezes, se hostilizam, não guardam ressentimentos, pois jamais o sol se põe sem que elas se hajam reconciliado. Às contendas da manhã, sucedem as fraternas reconciliações da tarde. Conforme verificamos, elas não guardam animosidade, como também ao modo como encaram as utilidades da existência, as crianças dão lições de harmonia aos adultos, justificando estes dizeres do Divino Educador: “Se não vos fizerdes como as crianças não entrareis no reino de Deus”.
Assim, é preciso, pois, mediante essas reiniciações verificadas através das sucessivas e necessárias existências, é que a alma imortal vai adquirindo evolução. Cada nova existência na Terra é uma oportunidade, sendo que os sete anos iniciais são os mais adequados e propícios ao lançamento das bases educativas. É após esse período que o Espírito integra o seu aprisionamento ao corpo, sendo, portanto, a fase anterior mais adequada às iniciativas renovadoras.
Cada nova existência importa, pois, no retorno da alma ao ciclo de aprendizagem e de experiências renovadoras. Desprezar tais oportunidades, deixando de orientar, esclarecer e conduzir as crianças, é um crime de lesa-humanidade cometido pelos pais ou responsáveis. A melhoria da Humanidade está na razão direta da nova orientação que as mães de hoje possam dar aos seus filhos. E toda mulher é sempre mãe, seja qual for a sua idade e o seu estado civil. É das mulheres que nascem as auroras de novos dias de esperança e fé. . .
Pensemos, portanto, no problema da Educação, dando escola às nossas crianças, pois do contrário estaremos falhando lamentavelmente ao cumprimento do mais imperioso dever que nos cabe e desprezando estas luminosas sentenças de Jesus: “A quem muito foi dado, muito será cobrado” e “Se não vos fizerdes como as crianças não entrareis no reino de Deus”.

Fonte:
Livro “O Mestre na Educação”
Autor:  Pedro Camargo (Vinicius)
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 6/9/2016

domingo, 13 de novembro de 2016

A CORRUPÇÃO CULTURAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA




  O país vive um momento histórico, assolado pela corrupção  que nos atinge e nos coloca no pódio de uma crise sem precedentes nunca antes vista, e com rumos incertos onde vivenciamos dificuldades a cada dia. Nessa expectativa de “sairmos dessa”, nos resta a esperança de que ainda podemos sonhar com uma saída heroica, baseada na superação do brasileiro em escapar das dificuldades sem maiores lesões. É dito á tempos que “a ocasião faz o ladrão”, e é inegável a verdade desse ditado, mas seria, no caso brasileiro, só a ocasião para a pessoa política, a razão da corrupção? Para responder a essa pergunta, temos primeiramente que definir o que é corrupção.
Corrupção do latim  (: Corruptus – “despedaçado” ou em outra acepção, “pútrido”, é o ato de se corromper, ou seja, obter vantagem indevida, seja pelo abuso, por ação ou omissão, observando-se  a satisfação do benefício próprio, a despeito do bem comum. A corrupção não é só política, e nem sempre só envolve dinheiro. Existem três formas de se corromper:  1ª Pelo abuso; 2ª Pela omissão; e 3ª Pelo desvio.
O abuso, que é tido como normal pela sociedade brasileira hierarquizada pode ser representado pela frase: “Você sabe com quem está falando?”. Trata-se de um traço autoritário da sociedade brasileira. Ela funciona para demarcar diferenças e posições hierárquicas. O seu uso pode ser traduzido como: “respeite-me, pois não sou do seu nível”, ou ainda “nós não somos iguais”. A partir da famosa frase de Maquiavel: “Favori agli amici, nemici dela legge (aos amigos favores, aos inimigos a lei) representa bem esse abuso de um poder que deveria servir para  manter o bem comum, e é usado, na verdade, como pressuposto de superioridade daquele que o detém.
A omissão,  é, talvez, a forma de corrupção mais vista na nossa sociedade. Omitir-se é deixar de fazer ou dizer algo que deveria ser dito, deixando como certo, o errado prosseguir ininterrupto. Todo brasileiro se omite. Deixamos de denunciar tudo o que vemos de errado; deixamos de ajudar aqueles que necessitam de nossa ajuda; deixamos de devolver aquilo que sabemos que não é nosso, entre outras omissões comuns. Não só não denunciamos, mas até continuamos votando naqueles que se corrompem escrachadamente.
O desvio é relacionado ao abuso em partes. É quando devida função ou recurso, seja ele público ou privado, é desviado por aqueles que o administram para se beneficiarem. É como o administrador que desvia para si o patrimônio daquilo que administra, ou o político que dá cargos de confiança para parentes. É o uso do patrimônio alheio que administra para si.
Podemos relacionar as três modalidades de ação aos costumes tupiniquins modernos, que desobedecem todos os seus deveres, a favor de beneficiar-se; mas que sempre requer seus direitos  baseando-se no ordenamento jurídico. É como uma relação de dualidade entre o Legal e o Ilegal, ou do jovem delinquente que reclama dos abusos da polícia e também do criminoso que anseia pelos seus direitos humanos, e que é negado às suas vítimas.
Provavelmente ninguém parou para pensar quanto afeta na sociedade essa mentalidade anêmica, essa carência de preceitos morais e éticos, sempre em busca da vantagem própria. É a “Lei de Gérson” aplicada, talvez, uma frase infeliz do ex-jogador para o momento, mas que reflete em totalidade como funciona a política no Brasil, até porque fazer política não é exclusividade parlamentar, mas um dever de todo cidadão, segundo disposto no parágrafo único do Artigo 1º da Constituição Federal. “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Aqueles que nos representam no Palácio do Planalto, nos Ministérios,  no Congresso e nas Autarquias, vieram de nós, por nós e para nós, e representam não apenas como pessoas políticas que nos governam, mas como membros do POVO BRASILEIRO, como nós, aos quais confiamos os nossos direitos, nossas garantias e nosso patrimônio; ou seja, se elas são corruptas, são frutos da nossa sociedade, infelizmente, ainda corrupta e “malandra”.
Fonte:                                                                                                      
Jornal “São Luís” – edição de agosto/2016
Autor: Felipe Pires Morandini
+ Pequenas modificações

Jc.
São Luís, 15/10/2016