segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

MEDITAÇÃO E AUTOCONHECIMENTO




 
Na questão 919 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec pergunta aos Espíritos, qual o meio mais eficaz que o ser humano tem de se melhorar nesta existência e de resistir à atração do mal. E os Espíritos Superiores respondem: “Um sábio da antiguidade vos disse: “Conhece-te a ti mesmo.”
Com certeza conhecemos toda a sabedoria dessa máxima, mas a dificuldade está precisamente em cada um ser se conhecer a si mesmo. Como podemos conseguir isso? O processo do autoconhecimento requer disciplina, rigor de autoanálise, eliminação da alto indulgência e ainda do amor-próprio. Requer o reconhecimento dos próprios vícios e defeitos do caráter e o dever de combatê-los, pois são os entraves à evolução do ser humano. Eles são o fundamento das doenças físicas e psíquicas, razão da infelicidade humana. Daí o imperativo de vencermos tudo isso. O quadro abaixo a seguir, nos auxilia a identificar algumas ações e comportamentos que produzem tais vícios. São as imperfeições morais manifestadas nas nossas ações egoísticas:
Abuso – De autoridade, poder, ou dominação de qualquer espécie;
Ambição – Querer acumular apenas, não agregando valor ao coletivo e a comunidade; a ambição desmedida leva a loucura;
Ansiedade – Não seja ansioso; a ansiedade é um fator de atrair doenças; faça afirmações positivas e mantenha-se calmo;
Arrogância – Crer-se superior para encobrir os próprios defeitos de caráter; orgulhoso;
Avareza -  Mesquinhez,  q          uerer só pra si, acumular sem uso;
Calúnia -  Não deixe que a calúnia o perturbe! Não se nivele ao caluniador  para não ficar igual a ele; caminhe para a frente;
Ciúme – Desconfiança e insegurança, é só meu, me pertence, dominação; sinal de desequilíbrio e perturbações;
Condenar – Não condene os outros porque você não conhece os fatos; talvez fizesse pior, se estivesse na posição deles;
Desonestidade -  Defeito e falta de caráter,  pessoa desonesta;
Egoísmo – Pessoa que querer tudo para sí, que não sabe doar a ninguém;
Falsidade -  Ser falso aos outros, dar a impresso de ter bom caráter, enganado as pessoas;
Ganância -  Desejar para si tudo, sempre mais sem ter limites;
Impaciência -  Querer tudo agora, não ter paciência para esperar; tudo nos chegará na hora exata e mais oportuna;
Indiferença -  Não é comigo, vire-se; pra mim tanto faz como fez; não estou nem aí;
Ingratidão - Não reconhecer o bem que outras pessoas fizeram; negar até a bondade de Deus;
Inimizade -  Não crie e nem alimente inimigos; ela produz o mal e perturba a paz; aproveite a oportunidade e faça amizades;
Intolerância -  Minha raça / cor / religião é superior; egoísmo;
Inveja – Desfaço porque não posso ter, por não poder fazer igual; fiscal impiedosa, a inveja é inferioridade;
Leviandade – Falta de caráter, de seriedade, leviano;
Maledicência – Difamação, falo mal porque não posso ser, ter, ou fazer igual;
Maltratar -  Não maltrate os irmãos que também são filhos de Deus; os animais também precisam de nossa ajuda ecarinho;
Melindre – Uso para justificar deserção, sente-se desprezado ou traído; melindrar-se é remoer insatisfação;
Mentira – Fala para se livrar de algo que não suporta; querer se dar bem, falseando;
Ódio – Quem alimenta o ódio atira fogo ao coração; se foi odiado ou ofendido não o imite repetindo os mesmos erros;
Orgulho – Arrogância,  crer-se superior, melhor que os outros;
Preguiça – Só quer se dar bem, parasita que não quer lutar;
Prepotência – Arrogância, orgulho, achar-se superior.
Vingança -   Não acumule desejos de vingança; você é a única pessoa a lucrar com o perdão; liberte-se do peso do ódio:
Na mesma questão 919 do “Livro dos Espíritos”, Agostinho propõe o seguinte exercício verificador da consciência, que podemos fazer ao fim de cada dia:  O que fiz hoje? Faltei com algum dever? Há algo que não cumpri? Alguém tem algo para se queixar de mim?
Ele mesmo afirma: “Foi assim que cheguei a me conhecer e fiquei sabendo que eu precisava de reforma”.  Passei então a recordar todas as ações que praticara durante o dia, e passei a orar ao meu espírito protetor e a Deus. E ele afirma ao final: “O conhecimento de si mesmo é a chave do progresso individual”.
Fonte:
Boletim “Meditando” – maio/2017
+ Acréscimos e pequenas modificações

Jc.
São Luís, 5/11/2018

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