“Bem-aventurados os
mansos, porque eles herdarão a Terra”, disse Jesus.
Há muito para ser
mudado, se quisermos construir um mundo melhor; códigos, instituições,
relacionamentos, educação, ciência, política, religião, e só um fator nos fará
entrar no mundo novo, cujo território existe em nossas consciências, sendo o
mundo lá fora, apenas o reflexo. Esse fator se chama “Respeito à Vida”.
Não há uma única
miséria, violência, desonestidade, injustiça individual ou coletiva, neste
planeta, que não resulte da ausência, em qualquer grau, desse valor essencial:
O respeito à vida. Foi-nos ensinado desde que nascemos que a Vida é sagrada e
divina para todos os seres. Por causa da nossa indiferença ao divino que habita
em todas as formas de vida, ficamos sempre alheios, convivendo com a existência
de crianças famintas, perambulando pelas ruas, idosos desamparados; admitimos a
miséria e a desigualdade, a destruição da Natureza e dos animais menores, sem
protesto. Assistimos inertes ao desrespeito à Vida. Inúteis serão as religiões
enquanto não ensinarem à humanidade, o respeito à Vida de todas as formas.
Por trás de coisas
tão diversas como, um plantador que envenena a flora com pesticidas; indústrias
jogando metais pesados na água que vamos beber; motoristas que ignoram um idoso
num ponto de ônibus; traficante com drogas à porta de uma escola; carroceiro
que espanca seu animal que lhe garante o sustento; jovens que matam seus pais e
pais que matam os filhos; políticos corruptos desviando verbas sociais para o
amparo de crianças e idosos; a mutilação e matanças de jovens nas guerras e de
animais nos matadouros comprovam que os seres humanos não respeitam a Vida. Ela
ainda é para nós um valor supremo, apenas nos textos, nas leis. Por quê? –
Perguntamos. Porque não respeitamos a Vida de modo incondicional. Permanecemos
na ilusão de termos Paz e segurança num mundo, enquanto admitimos a crueldade e
a destruição de vidas inocentes. A única esperança de um Mundo Melhor será a
consolidação nas consciências das pessoas desse princípio: A Vida é Sagrada.
São tão vastas e
necessárias as mudanças de atitudes, comportamentos e hábitos, que há uma
perplexidade: O que pode fazer um único ser humano, na vida, para melhorar-se e
ao mundo em que vive? – Há uma sugestão bem simples, acessível e concreta,
porém de alcance difícil de realizar: Pare de matar... Não contribua para que outros o façam por
você. Confira, por favor, no seu prato de cada dia. Se há seres animais sendo
mortos para se transformar em sua refeição (o que é nocivo à saúde). Certamente
o respeito à Vida não se faz presente. Não existem vidas maiores ou menores;
existe a Vida. E onde existir a dor e o sofrimento, causá-los é incorrer no
pior de todos os erros: O da crueldade.
Podemos ensinar a
nossos filhos, o respeito a todas as formas de vida; a respeitar os pássaros,
gatos, cachorros, baleias, tartarugas, golfinhos, micos-leões... Não podemos é desmentir isso quando nos
sentamos à mesa para comer. Não podemos amar e respeitar, matando e destruindo
ao mesmo tempo. Hipócrates, o pai da Medicina, ensinou: “Faz de teu alimento o
teu remédio, a tua saúde”. Sempre que
pensamos que a carne que comemos (cadáver) exige de nós o sacrifício dos
animais, a resposta é: “não podemos viver sem comer carne”. Então, tentar
esquecer o que acontece é a única forma de calar a nossa consciência.
O planeta Terra
abriga atualmente mais de 6 bilhões de criaturas humanas; destas 800 milhões vivem
com fome crônica. Isso é devido á falta de alimentos? – Não; falta é
consciência. Senão vejamos: Numa área de terra qualquer, se for cultivado pasto
para alimentar o gado, este irá alimentar 1.000 pessoas; mas, se nessa mesma
área plantarmos grãos, os cereais
alimentarão 14.000 pessoas. A proporção é essa mesmo, não se
espantem: apenas 1.000 pessoas alimentadas pelo gado e 14.000 pessoas
alimentadas pelos grãos. Multipliquemos então isso por milhares de áreas, e
saberemos para onde vai á comida que deveria alimentar os famintos da Terra.
Isso levou um diretor da O.N.U. á declarar: “As áreas onde os grãos que
deveriam alimentar as classes pobres,
estão sendo usadas para alimentar e criar o gado dos ricos.” Agora
vejamos: O rebanho bovino do Brasil, na época, era de cerca de 180 milhões,
igual a população das pessoas. Com certeza cada boi está recebendo a
alimentação de grãos que deveria ser destinada aos nossos irmãos famintos.
A soja que é uma
fonte magnífica e barata de proteínas, em substituição do gado, está presente
no Brasil, que é o maior exportador de soja do mundo. Por esta razão o país não
deveria ter famintos, desnutridos, mas o que acontece com a soja? – Em vez de
alimentar o povo, é exportada para alimentar o gado do Primeiro Mundo, em troca
dos dólares. Consumir carne de vaca nos faz a contragosto, coniventes e
responsáveis pela fome, pela destruição das formas de vida, pela especulação e
pelo lucro daqueles que ganham com essa situação lamentável. O Rio Grande do
Sul, onde o churrasco é a comida preferida, existe o lema: “Sem carne, para mim
não é comida”; esse Estado é também o
campeão nas estatísticas de câncer no Brasil.
Se compararmos a
máquina humana com os dois modelos básicos existentes – carnívoros e
herbívoros, é fácil não perceber que o nosso modelo não é o carnívoro. Os
carnívoros têm dentes caninos frontais, afiados para rasgar a carne das
vítimas, e não possuem os dentes molares
(dê uma olhada nos dentes de gatos e cachorros). Já os herbívoros e o
ser humano não têm dentes caninos e frontais; possuem dentes pré-molares e
molares que são adaptados a moer os grãos e sementes. Outra informação: Os
carnívoros não possuem na saliva a substância “ptialina” que promove a pré-digestão
na boca dos herbívoros e do ser humano. Por outro lado a digestão dos
carnívoros é realizada no estômago, que possui um suco gástrico poderoso, vinte
vezes mais ácido, para digerir carne e ossos.
Ainda tem mais: A
carne demora alguns dias para chegar dos abatedouros até os postos de venda
(açougues) e, por isso, assume uma coloração acinzentada e escura que afastaria
os consumidores. Para evitar esse
problema os abatedouros acrescentam uma
bela coloração avermelhada, que são os Nitratos, substâncias cancerígenas. Este
detalhe ninguém comenta e é desconhecido pela grande maioria dos
consumidores... Benzopireno é outra substância química que é adicionada a carne
que causa câncer e leucemia. Acreditem: Em pouco mais de um quilo de carne, há
mais dessa substância, que na fumaça de 600 cigarros. Há ainda o
metilcolantreno, outro agente cancerígeno, e ainda, os animais doentes que são
abatidos nos matadouros clandestinos e que causam muitas doenças. No ser humano, quando a doença se manifesta,
procura-se a cura, se possível; e nos animais, que não podem dizer o que
sentem? Será que cada galinha, porco ou boi, passa por um check-up antes do seu
abate? Você crê nisso? Acredita que assim é feito?
Todos nós, pessoas
sensíveis, somos incapazes de maltratar um animal ou assistir e participar da
matança de uma ave, porco ou boi. Entretanto, é a necessidade de carne, por
parte dos materialistas e também de muitos espiritualistas, que provoca e
sustenta essas matanças diárias que cobrem o planeta de rios de sangue
inocentes. Todos os carnívoros são os incentivadores da indústria da tortura,
dos sofrimentos e das mortes desses animais. Certamente, se as pessoas tivessem
que matar, com suas próprias mãos, o animal que fossem comer, com certeza se
reduziria drasticamente o carnivoríssimo. Não o fazendo, precisam que outros o
façam por si. A responsabilidade tanto é do executor como também dos que se
servem dele.
Se os irmãos estão
achando que estamos exagerando, vejamos então uma cena vivida por André Luiz,
junto com o seu mentor Alexandre, e por ele descrita, no livro “Missionários da
Luz”: “Diante do local da matança dos
bovinos, André percebeu um quadro estarrecedor; grande número de desencarnados
(espíritos inferiores), em lastimáveis condições, atiravam-se sobre o sangue
vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora. Alexandre então
esclareceu-me com serenidade: “Estes infelizes irmãos estão sugando as forças
do plasma sanguíneo dos animais que lhes oferece elementos vitais; esses são os famintos que merecem nossa
piedade.”
Se, achamos essa cena
descrita chocante, digo-lhes que é mesmo. O vampirismo desses irmãos do Além é
apenas uma consequência. Triste mesmo é o quadro de nosso planeta Azul,
diariamente encharcado de sangue dos infelizes animais abatidos e transportados
para os açougues, onde os seres chamados humanos disputam suas porções de carne
morta, para sepultarem nos estômagos ambulantes iguais a cemitérios terrestres.
Como podemos melhorar o planeta, se estamos diariamente matando e alimentando
incessantemente o astral inferior com o combustível detestável do sangue de
inocentes, contribuindo para a manutenção do domínio das Sombras? - Não há como atenuar o peso dessa
contradição: aqueles que se dizem adeptos da Lei Cósmica da Fraternidade, se
sentarem à mesa e devorarem os restos mortais sangrentos de nossos irmãos
menores em nome do “prazer”, porque da saúde e da sobrevivência é que não é.
Você irmão ou irmã quer continuar participando da matança e ainda se envenenando?
No Livro dos
Espíritos, cap. XI, é bem explicada a nossa irmandade com os menores
irracionais: “Há nos animais um princípio independente da matéria, que
sobrevive ao corpo; é também uma alma. Estão sujeitos, com o ser humano, a uma
lei progressiva. Emana de um único princípio a inteligência do homem e dos
animais; no homem passou por uma elaboração, em várias existências que
precederam o período a que chamais de Humanidade.” - A justiça Divina não seria tão injusta,
permitindo que o ser humano seja feliz enquanto ferir e matar o irmão menor,
indefeso e serviçal, que também sente e sofre. Quantas tragédias, angústias e
sofrimentos, que há séculos afligem a humanidade, e que são resgates cármicos, provenientes
da culpa do derramamento do sangue dos irmãos menores, a serviço do Vampirismo
da Terra.
Comecemos a renovação
de nossos costumes pelo prato de cada dia, diminuindo gradativamente o desejo
de comer carne de animais... Em volta da Terra, grandes multidões de espíritos
inferiores, levados pelas paixões e vícios, famintos de vitalidade e aflitos
para obterem o “tônus vital” que existe no sangue (a mercadoria mais cobiçada
pelos espíritos inferiores do Além), procuram aqueles que consomem carne, que
lhes podem saciar os seus desejos. Só um deus dotado do mesmo egoísmo e
insensibilidade do ser humano, poderia nos recompensar com a “Paz na Terra”
ensanguentada pela tortura e morte de seus filhos menores, tão sagrados e
divinos, pelos chamados “civilizados” que os matam!
Se você meu irmão ou
irmã, é uma pessoa com anseios espirituais ou médium, tenha certeza de que o
astral do animal consumido torna a pessoa menos receptiva e mais obscura, com
as janelas vibratórias abertas para o astral inferior. Se a pessoa trabalha com
passes ou cura espiritual, tem por dever manter sua energia etérea tão pura
quanto possível. Afinal, essa pessoa vai doá-la a outras pessoas que necessitam
dela.
Após todos estes
esclarecimentos, chegamos a uma interrogação: - Como proceder para melhorar
nossa condição espiritual? – Primeiramente devemos ir cortando aos poucos o
nosso consumo de carne bovina, podendo usar os produtos oriundos do mesmo, como
o leite, a manteiga, o queijo e outros derivados. Os hindus, os muçulmanos e
muitos outros povos não se alimentam da carne bovina. Em seguida, devemos ir
eliminando o consumo de aves (galinha) e nos servirmos dos ovos. Depois, vamos
eliminar se possível, do nosso cardápio, a carne de porco, que muitos povos não
comem, por considerá-la impura e portadora de muitas doenças. Para substituir
essas carnes, vamos consumir mais peixes, camarão e outros produtos do mar. . .
A declaração de uma
nutricionista serve bem ao caso que estamos tratando. Disse ela: “O prato comum
do brasileiro, de feijão com arroz, já é uma refeição quase perfeita, com os
nutrientes básicos necessários. É só acrescentar mais algum legume, verdura ou
fruta, e aí está a refeição ideal. Saibam que, 100 gramas de feijão, contém
mais proteínas que 100 gramas de carne.” - Temos ainda para nos alimentar, o
pão, o macarrão, o fubá de milho, a pizza, o café, o leite, os ovos, a farinha,
a batata, a abóbora, e muitas frutas, legumes e verduras, e está mais que
completa a nossa refeição, sem as carnes de animais que podem nos trazer
problemas psíquicos e a obesidade, tão comuns nos dias atuais.
A água é essencial
para a nossa existência e devemos evitar o desperdício e a sua poluição, em
virtude da escassez. E por entrar nesta questão, ao examinarmos quanto é gasta
para produzir os alimentos. Veja quanta água potável é gasta para produzir
alguns itens do nosso dia-a-dia: (1 litro de leite = 560 a 860 litros); (1 quilo de trigo = 1.150
a 2.000 litros); (1 quilo de arroz = 1.400 a 3.600 litros); (1 quilo de frango
= 2.800 a 4.500 litros); (1 quilo de carne de porco = 4.600 a 5.900 litros); (1
quilo de carne de boi = 13.500 a 20.700 litros). Por isso é tão
importante proteger as matas à beira de mananciais e evitar o desperdício e a
poluição.
Faz apenas trezentos
anos que, neste país, autoridades religiosas garantiam que os escravos, os
negros e os índios não possuíam alma, portanto, nada impedia que fossem
torturados e mortos. As mulheres, também para certas religiões do Oriente
Médio, não eram dotadas desse princípio inteligente invisível. A vítima não
possuindo alma podia sofrer à vontade. E os animais? – Não há um só
reencarnacionista, seja ele hindu, budista, umbandista, espírita, teosofista,
esotérico, etc., que possa alegar desconhecimento da Lei de Evolução. Foi assim
que fomos, nos primitivos tempos, aprendendo a ser humano. O animal de hoje,
será o humano de amanhã, assim como o homem de hoje esteve no nível de animal
no passado.
André Luiz, no livro,
“Missionários da Luz” diz: “Devemos prosseguir no trabalho educativo,
convocando os companheiros encarnados, mais experientes e esclarecidos, para a
nova era em que os seres humanos cultivarão o solo da terra com amor, e
utilizar-se-ão dos animais com espírito de respeito. Semelhante realização é de
importância essencial porque, sem amor para com nossos irmãos inferiores... não
podemos esperar a proteção dos irmãos superiores.”
Se você, prezado
irmão ou irmã iniciar essa modificação de hábitos alimentares e recair, não se
desespere: Recomece e prossiga em frente.
Para concluir esta
exposição, apresento alguns depoimentos de vultos da Humanidade: (Pitágoras- filósofo) “A carne é o alimento
de alguns animais. Os elefantes, os bois, os cavalos, as girafas e outros
animais se alimentam de ervas. Só os que têm índole feroz, como os leões, os
tigres, as hienas, os leopardos, as panteras, e no nosso ambiente os cachorros e os gatos alimentam-se de
carne. Que horror é alimentar um corpo devorando outro corpo morto; viver da
morte de outros seres vivos.” (Gautama
Buda- líder espiritual)) “O ser humano
implora a misericórdia de Deus, mas não tem piedade dos animais, para os quais
o homem é um deus. Eles depositam confiança nas mãos criminosas que os matam. Ninguém
purifica seu espírito com sangue.” (
Leonardo da Vinci – inventor e pintor)
“Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime, tanto
quanto o assassinato de um ser humano.”
(Francisco de Assis – monge) Os chamava de nossos irmãos inferiores;
porém inferiores na verdade somos nós, humanos, quando não os estimamos e os
matamos.” (Jesus – O Messias) “O que
quiserdes para vós, fazei-o também aos outros seres da criação”.
Um dia, no futuro, estaremos
libertos desse condicionamento milenar; libertos da escravidão do hábito de
matar, livres do peso da crueldade. Um dia em que vamos olhar o céu, as nuvens,
as árvores, os animais, ouvir as cigarras e os pássaros, sentindo na pele o sol
da vida; vamos observar ao nosso redor, milhares de pequeninas vidas que se
abrigam na grande mãe Natureza; vamos sorrir sabendo que somos irmãos de todos
eles... Todos, filhos do mesmo Deus. Pai de Amor e Misericórdia, de Bondade e
de Justiça...
Bibliografia:
“Paz e Amor Bicho” de
Mariléa de Castro,
“Evangelho de Jesus”,
“Livro dos Espíritos”,
“Missionários da
Luz”,+ reduções modificações
e acréscimos de
textos.
Jc.
S.Luis, 5/7/2009
Revisado em 7/8/2017
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