quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

MUITOS CONQUISTADORES VIERAM AO MUNDO




  Desde as eras da selvageria primitiva, muitos foram os conquistadores que apareceram no mundo. Muitos deles, postados em soberbos carros de triunfo, exibiram troféus sangrentos e foram recebidos com aplausos ruidosos. Sorridentes e felizes aceitaram as ovações do povo e foram exaltados pelas vitórias,  deixando um rastro de misérias, lágrimas e mortes nos campos de batalhas.  Ainda hoje, os conquistadores, magnânimos com os amigos e cruéis para com os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, são julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores.
Dario, rei dos persas, impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo depois, a amargura e a derrota, à frente dos gregos. Alexandro Magno, admirado na história do mundo, em plena mocidade, infligiu grandes padecimentos aos lares gregos, egípcios e persas; entretanto, apesar das glórias bélicas, rendeu-se à doença que lhe imobilizou o corpo em Babilônia. Aníbal, o grande guerreiro, espalhou o terror entre os romanos; contudo, foi vencido por Cipião e transformou-se num foragido, tendo se suicidado num terrível complexo de vaidade e loucura. Júlio César, o general romano, submeteu a Gália, e, governando Roma como magnífico triunfador, foi vítima do punhal de Brutus, seu protegido, assassinando-o em pleno Senado. Napoleão Bonaparte sagrou-se imperador da França, vencedor de grandes batalhas, e afinal, deposto, morre numa ilha apagada, na vastidão do mar. Adolfo Hitler, após ordenar a tortura e a morte de milhões de pessoas, em virtude de sua megalomania de poder mundial e raça pura, é morto em seu bunker em Berlim.
Todos eles, dominadores e tiranos, passaram no mundo, entre as púrpuras do poder, a caminho dos desencantos da morte. Em verdade, deixaram algum bem utilizado pela civilização, entretanto, os lares desertos, as lágrimas das mães, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror das mortes, acompanha-os por toda parte, destacando-os como execráveis conquistadores. . .  
Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos os outros, pela singularidade de sua missão entre as criaturas. Desde o seu nascimento, conquistou com o seu infinito amor ás pessoas, e desde esse dia Jesus, o conquistador diferente, começou o serviço sublime da edificação espiritual, em bases de fraternidade, justiça e amor, acima da sombria animalidade, da maldade, do egoísmo e da aparente morte.
Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos, nem tronos ou mantos de gala. Nunca expediu ordens a soldados, nem deu ordens de dominação.  Jamais humilhou ou feriu alguém. Cercou-se de cooperadores aos quais Ele chamava de irmãos. Dignificou a existência, abençoou as crianças, libertou os oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou os cegos, leprosos e paralíticos. E, por fim, aceitou com humildade e resignação, acusações, para que ninguém as sofresse; submeteu-se à prisão, conheceu o abandono dos que amava, recebeu sem revolta, insultos, ironias e bofetadas, foi coroado com espinhos, e obrigado a carregar a cruz em que foi imolado, como se fosse um ladrão.
Estamos revivendo hoje, embora simbolicamente, esse nascimento, ouvindo as vozes angelicais: “Glória a Deus nas Alturas, Paz na Terra e Boa Vontade para com os homens!” Ele veio e nunca mais se apartou de nós. Nas nossas comemorações, não devemos imitar os pagãos, voltadas somente para comes e bebes, se realmente nos consideramos cristãos. Façamos do Natal uma festa de sentimento, da alma, do espírito, de união, nos confraternizando com os familiares, sem esquecer as preces a Jesus e a Deus, pedindo que nos ajude na presente existência e nas nossas imperfeições.
Recordando que Jesus em sua missão elegeu por primeiros amigos, aqueles que nada possuíam, devemos imitá-lo repartindo com nosso irmão necessitado, a nossa alegria, nossa esperança, nossa amizade e um pouco do nosso pão de cada dia. Com essas atitudes, aprendemos que o Espírito do Natal, deve estar conosco, em todos os dias de nossa existência.
Devemos fazer do período do Natal, um momento de paz, de fraternidade com as pessoas para as quais Ele veio ao mundo. Hoje, quando novamente a violência e o crime se dão as mãos, a dor e o desespero explodem em todo lugar, devemos relembrar Jesus, trazendo-O de volta aos que ainda não O conhecem. Que o Natal possa ser para você, meu irmão e para todos os seus entes queridos, de muita Paz, Harmonia e Saúde. . .
Quando Deus abriu a janela do Céu e me viu, perguntou: - “Qual o teu desejo, filho?”  Eu respondi: “Senhor, por favor, cuide bem da pessoa que está lendo esta mensagem, pois ela é minha irmã e meu irmão e também parte da Sua  criação...”

Bibliografia:
Irmão X
Revista “Resenha Espírita” Nº 4/2012
Alguns acréscimos e modificações.

Jc.
S. Luís,  20/12/2017


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