domingo, 5 de fevereiro de 2017

A SAÚDE É VITAL PARA O SER HUMANO




  O GRAFENO será o material do futuro. Composto derivado do grafite promete revolucionar as tecnologias médicas e em outras frentes. O grafeno é 200 vezes mais resistente que o aço e 1 milhão de vezes mais fino que um fio de cabelo.
Zilhões de Utilidade  A nova camisinha, ou seja, um preservativo de grafeno seria mais fino que os atuais e conduziria melhor o calor que o látex – ponto para o prazer.
A volta da visão  Alemães querem recuperar a vista de algumas pessoas por meio de um implante de retina feito de grafeno.
RegeneraçãoTotal Cientistas trabalham sobre as próteses ortopédicas mais leves e duráveis, além de pele e músculos artificiais.
Doença Isolada  Em experimento com animais, uma película de grafeno pôde isolar um tumor cerebral e matá-lo de fome.
Mais duro que o aço, mais leve que uma pluma e mais fino que um fio de cabelo, esses são alguns predicados do “grafeno”, matéria prima à base de carbono que vem sendo usada com versatilidade pela indústria da eletrônica, que já testa dispositivos flexíveis e inquebrantáveis, à de artigos esportivos – as raquetes do tenista sérvio Novak Djocovic, um dos melhores do mundo, são de grafeno.
“A quantidade de aplicações é extraordinária e só é limitada pela criatividade dos cientistas”, brinca o físico Antônio Hélio de Castro Neves, diretor do Centro de Pesquisa em Grafeno, da Universidade Nacional de Cingapura. Agora chegou a vez da indústria médica tirar proveito. Imaginem, por exemplo, detectar um câncer de mama seis meses antes de um nódulo brotar no seio? Pois é o que pode fazer um microchip de grafeno. “Ele consegue localizar vestígios de HER2, uma proteína presente em 30% dos casos da doença”, explica a química Cecília de Carvalho Castro e Silva, do Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, realizadas no  Nanomateriais e Nanotecnologias do MackGraphe, em São Paulo.
O biossensor ainda não foi avaliado em seres humanos, mas se espera que, com os devidos ajustes, identifique sinais muito iniciais desse e de outros tumores. Além disso, o grafeno pretende aperfeiçoar próteses, pêlo e músculos artificiais e o tratamento de uma porção de outras enfermidades.
Medicina – por André Bernardo
ASPIRINA CONTRAS O CÂNCER
Com mais de cem anos de história, o popular comprimido que afina o sangue reduziria o risco de tumores.
Que proeza é essa? Os especialistas não decifraram totalmente o mecanismo de ação da aspirina na prevenção dos tumores que atingem o intestino grosso e o reto. “Ela diminuiria a ocorrência de pólipos, pequenas formações que podem anteceder uma lesão maligna”, informa Maria Del Pilar. Ainda é incerto se o medicamento teria o mesmo efeito em outros tipos de câncer.
Esperança frente a tumores cerebral. Em experimentos na Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, cientistas aplicaram uma versão líquida do ácido acetilsalicílico junto com outras duas drogas em células de glioblastoma, um dos cânceres de cérebro mais comuns e devastadores. E a nova formulação foi dez vezes mais efetiva do que qualquer combinação de quimioterápicos disponíveis atualmente. "Nós não esperávamos resultados tão surpreendentes e estamos conduzindo novos estudos para comprovar os achados iniciais”, conta o oncologista Geoffrey Pilkington, líder da investigação, “velhos remédios novíssimos usos”.
Já consagrado na proteção contra doenças cardiovasculares, o uso diário do ácido acetilsalicílico está ganhando uma nova indicação. Agora, ele também pode ser receitado como uma medida extra de prevenção do câncer de intestino. “O.U.S. Preventive Services Task Force”, entidade que faz recomendações de políticas de saúde pública para o governo americano, atualizou suas diretrizes sobre o assunto e passou a sugerir a prescrição do fármaco para todas as pessoas com 50 a 59 anos de idade, com uma expectativa de vida superior a uma década e que não apresentam alto risco de sofrer hemorragias – quem não se encaixa no perfil não se beneficiaria.
“Tomar esse remédio regularmente baixa em quase 25% o risco de desenvolver esse tipo de tumor no longo prazo”, relata a oncologista Maria Del Pilar, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Porém, antes de correr para a drogaria e comprar um estoque dos comprimidos, é importante buscar a orientação do médico e não deixar de realizar os exames de rastreamento; no caso a colonoscopia.
Medicina – por  André Biernath


EXERCÍCIOS  NA RECEITA  MÉDICA
Não é mera força de expressão: a atividade física vem sendo prescrita em meio a outros tratamentos para enfrentar doenças sérias. Entenda por que os profissionais apostam tanto em seus efeitos preventivos e terapêuticos.
Desde 1952, quando cientistas ingleses descobriram que motoristas de ônibus eram mais propensos a sofrer  um piripaque no coração do que os cobradores – na época, estes andavam pelo veículo para coletar as passagens --, a Medicina moderna abriu os olhos para o poder preventiva da movimentação. Ainda na conclusão desse estudo, o epidemiologista Jeremy Morris já antecipava: “Quando surge, a doença cardíaca é menos severa em pessoas ativas”. Apesar da deixa, o uso terapêutico do esforço físico só ganhou espaço recentemente. “Se no passado um infartado ficava na cama por meses, hoje programamos exercícios nos dias seguintes para reabilitá-los quanto antes”, compara Marcelo Leitão, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.
Essa quebra de paradigma vai além da cardiologia. Do diabete à esclerose múltipla. Relacionamos 16 males que são combatidos com o suor da camisa. Eles foram tirados de levantamentos publicados no periódico The Lancet, sobre as principais causas de mortes no mundo. Essas análises revelam que 1,6 milhão de pessoas morreram no ano passado devido ao sedentarismo, um aumento de 19%, em relação ao ano anterior, diz o educador físico  Pedro Hallal, professor da Universidade Federal de Pelotas - RS.
1º-  AIDS -  1,2 milhão de mortes causadas em 2015.                    Há uma possibilidade, ainda em debate, de os esportes ajudarem o sistema imune de sujeitos com HIV.  “Mas já  está  certo que eles elevam a autoestima, além de afastar problemas cardiovasculares, que são mais comuns em virtude do coquetel ”antirretroviral”, ressalta Luís Fernando Deresz, educador físico da Universidade Federal de Juiz de Fora - MG.
Tratamento: Combine treinos aeróbicos, bons para o peito, como os que não deixam os músculos definharem. Fique de olho na carga viral e pegue leve para não deprimir a imunidade.
2º-  ALZHEIMER -  1,9 milhão de mortes causadas em 2015. Não é que caminhadas ou braçadas debaixo d’água farão alguém recuperar as memórias perdidas para essa ou outras demências. “Só que elas podem retardar a progressão do estrago”, afirma a neurologista Sonia Brucki, da USP. Em experimentos, dela e seus colegas, exames mostraram incrementos no funcionamento cerebral dos enfermos que andaram na esteira.
Prevenção  Busque consolidar um dia a dia ativo ao longo da vida inteira, com passeios no parque, andanças até a padaria...
Tratamento  Invista nas práticas aeróbicas, as mais consolidadas no mundo científico. Concentre-se nos gestos executados.
3º- ARTRITE 30 mil mortes causadas em 2015.                        Estamos falando da artrite reumatoide, mal autoimune que acomete as juntas. O exercício reduz a dor, preserva a capacidade funcional e inclusive protege contra panes cardíacas, mais frequentes na população. Um trabalho sueco evidenciou que mulheres ativas possuem um risco de 35%  menor de manifestar a doença. É sinal de que práticas corporais chegariam a preveni-la.
Prevenção  Ainda não há resoluções definitivas. O conselho é fortificar os músculos que cercam as articulações.
Tratamento  Individualize o treino segundo as limitações. Se está difícil abrir um frasco, foque nas mãos e no antebraço, por exemplo.
4º-  CÂNCER  8,8 milhões de mortes causadas em 2015.             Um artigo do final de 2015 provocou rebuliço entre os profissionais de saúde que combatem essa doença. Sustentado em 71 trabalhos, ele revelou que indivíduos que se exercitam em intensidade moderada, -- cerca de três horas por semana – depois do diagnóstico de um tumor exibiram uma possiblidade de 35% menor de morrer dessa causa. “Também estão aparecendo estudos que ligam a atividade física a uma menor incidência de desenvolver um segundo câncer e aparentemente viverem mais; os pacientes que não abandonam a sala de ginástica vivem melhor”. “Certos medicamentos contra tumores ocasionam cansaço, um sintoma que temos dificuldades para solucionar; felizmente, os exercícios são um ótimo recurso para espantá-lo”, informa a oncologista Laura Testa, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Atualmente é recomendado sair do marasmo durante a fase aguda do tratamento. “Mas esse não é o momento de traçar metas ousadas porque qualquer prática já ajuda e deve ser supervisionada por um especialista”, comenta Laura.
Prevenção  Diretrizes internacionais pedem 75 minutos de atividade vigorosa ou 150 de moderada por semana.
Tratamento  Nunca se exercite sem orientação. Procure malhar quando as reações adversas das drogas estejam mais leves.
5º-  CIRROSE  1,3 milhão de mortes causadas em 2015.           Esse problema no fígado que compromete seu funcionamento pode ser resultado de diversos fatores, entre eles o acúmulo de gordura ligado à obesidade – a isso se dá o nome de esteatose hepática não alcoólica. Logo é óbvio imaginar que ao queimar mais calorias e emagrecer, um sujeito espantaria esse perrengue. Mas os estudos começam a indicar que a movimentação deflagra essa proteção mesmo quando não se perde peso.
Prevenção  Experimente modalidades que torram gordura aos montes como a corrida.
Tratamento  Combine práticas aeróbicas com a musculação e sempre fique de olho na balança.
6º-COLESTEROL  88 milhões;  limitações físicas e morte em 2015 As taxas de colesterol até caem com pedaladas e afins. No entanto, a grande vantagem de sair do sofá  melhora o perfil das partículas de gordura que trafegam pelo organismo – elas se tornam menos densas e, assim,  pouco afeitas a se fixar nas veias e artérias. Embora não dê pra notar tão bem esse benefício nos exames, ele diminui o risco de entupimentos.
Prevenção  A maior redução nas frações de colesterol parece vir de práticas intensas. Se possível, aumente o ritmo.
Tratamento Como em outros contratempos que agridem o coração é importante consultar um médico antes de apertar o passo.
7º-  DIABETES  143,1 milhões; limitações física ou morte em 2015. É o excesso de glicose na circulação que define o problema. Mexer o corpo não só ajuda a usar as sobras de açúcar vagando pelo sangue como também favorece a ação da insulina, hormônio que abre as portas das células para a molécula entrar e virar energia. “Curiosamente, a atividade física reduz a glicemia por vias paralelas às dos remédios”, conta Bruno Rodrigues, diretor do Departamento de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, ou seja, as táticas se complementam e isso minimiza o risco de danos aos olhos, aos rins e ao coração.
Prevenção  As práticas aeróbicas (caminhadas, bike...) seriam as mais eficazes para manter a glicemia no controle.
Tratamento  Sincronize a dose e o horário dos remédios com os treinos. Leve um sachê de açúcar e o use em caso de hipoglicemia.
8º- DOENÇAS RESPIRATÓRIAS  3,8 milhões de mortes em 2015.  Dentro desse grupo de moléstias, destacam-se a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que acumula 3,2 milhões de mortes, e a asma com mais 600 mil. A primeira é uma espécie de inflamação crônica dos pulmões proveniente do tabagismo ou da inalação contínua de poluentes que culmina em tosse e muita falta de ar.   “Por outro lado, eles passam, em média, 90% do tempo que estão acordados na posição sentada. Isso porque, entre outras razões, têm medo de exacerbar a condição”, descreve o educador físico e também fisioterapeuta Celso Fernandes de Carvalho, da USP. “O processo inflamatório contribui para a fraqueza muscular. Ao contra-atacar isso, as atividades físicas conferem fôlego e qualidade de vida”, destaca Oliver Nascimento, pneumologista da Universidade Federal de São Paulo. Na asma, os benefícios também são enormes, em especial para escapar de seus sintomas desgastantes. Não se esqueça da bombinha – ela salva a pátria quando uma crise surge no meio do treino.
Prevenção  Na DPOC, se a situação for grave, vá de exercícios intervalados – dois minutos de caminhada e um minuto de descanso, por exemplo.  Na Asma, tenha cuidado ao treinar em um ambiente muito quente ou frio, empoeirado ou com cheiro forte.
9º-  EPILEPSIA  124 mil mortes durante o ano de 2015.                 A Liga Internacional Contra a Epilepsia lançou um relatório sobre a realização de esportes entre as vítimas desse transtorno, marcado por emissões elétricas anormais entre os neurônios que geram as convulsões. “Epiléticos costumam ser orientados a não se exercitarem, em geral por medo, superproteção ou ignorância. Mas evidências sugerem que o hábito de se exercitar favorece o controle das crises e incrementa aspectos psicossociais”.  “Mexer-se regula as descargas entre as células nervosas. A redução da quantidade de convulsões chega a 50%”,
Tratamento  Não se envolva com práticas radicais, como escalada, ou práticas extremas, sem o aval de profissionais. É recomendável a natação, porém com a supervisão de um professor. Dar sempre prioridade aos exercícios aeróbicos.
10º-  ESCLEROSE 180 mil foram mortos durante o ano de 2015.  A esclerose múltipla leva à destruição gradual de alguns grupos de neurônios, abalando a locomoção, a vista e a autonomia... “Cerca de 40% dos portadores reclamam da fadiga, porém, os exercícios combatem esse sintoma”, afirma o neurologista Douglas Sato, do Instituto do Cérebro (RS) Sair do sedentarismo também garante força muscular e independência.
Tratamento  Aposte na hidroginástica e outras variantes aquáticas. A piscina facilita movimentação. Busque orientação. A reabilitação ajuda muito a preservar a musculatura e a capacidade de se  locomover.
11º- HIPERTENSÃO  211 milhões com limitação física ou morte. De acordo com uma das pesquisas divulgadas no The Loncet, essa é a condição que mais tira anos saudáveis da população, seja por ocasionar mortes, seja por desencadear limitações que são bem significativas. Agora considere que seis meses de malhação acarretam uma queda de 5 a 7 milímetros de mercúrio na pressão sistólica, e que um hipertenso leve, apresenta esse valor na casa dos 150 quando deveria estar no máximo, em 130. Ora, não parece ser uma redução tão expressiva, certo? – Errado. “Com 4 milímetros de mercúrio a menos, já se vê o risco de um acidente vascular cerebral cair em 15% e o de infarto, em 10%, revela Rodrigues. Motivos para essa bem-vinda baixa de pressão não faltam. Doses frequentes de agito instigam a produção interna de óxido nítrico – gás que relaxa a parede das artérias – e fomentam a criação de novos vasos que facilitam a circulação, sincronizam os neurônios para que eles comandam a dilatação dos tubos sanguíneos sem atravancas... “Os exercícios ainda atenuam outros fatores de risco, como obesidade, diabete e colesterol alto, que se juntam com a hipertensão para acelerar o aparecimento dos problemas  cardio-vasculares”, informa Leitão.
Prevenção  Busque seguir a recomendação de treinar pelo menos 150 minutos na semana. Evite ficar longos períodos sentado. Levante-se de hora em hora; busque um café dê um passeio...
Tratamento  Aposto nas modalidades que dão fôlego. Não prenda o ar durante um exercício para evitar picos de pressão – isso ocorre em sessões intensas de musculação.
12º-  MALES RENAIS  1,2 milhões de mortes causadas em 2015. O diabete e a hipertensão patrocinam a falência dos rins. Em outras palavras, o simples fato de  baixar a pressão e regular a glicemia blinda a dupla dos órgãos filtradores. “Acontece que os exercícios também reduzem  a degeneração das fibras musculares algo comum entre os pacientes”, informa Henrique Mansur, educador físico do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais.
Prevenção  Como o foco é afugentar a diabete e a hipertensão, dê espaço para o ciclismo, caminhada, corrida, futebol...
Tratamento  Reserve tempo para o levantamento de peso. Se estiver fazendo diálise, mexa pouco o braço com o acesso.
13º- OBESIDADE  120 milhões de anos perdidos por limitação física e morte.  Colocar-se em movimento emagrece e evita o efeito sanfona. “Um obeso ativo tem menor risco de sofrer males cardiovasculares do que magros sedentários”. Informa Cintia Cercato, endocrinologista  e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Prevenção  Progrida nos treinos para assegurar um bom gasto energético. Não consuma comida calórica ao sair da academia.
Tratamento  Comece os exercícios devagar e evolua aos poucos. Maneire nas atividades de impacto para não machucar as articulações.
14º-  OSTEOPOROSE  361 mil mortes por baixa densidade óssea em 2015.  A fraqueza dos ossos costuma aparecer a partir dos 50 anos de idade. Contudo, é na infância e na juventude que a rebatemos com maior efetividade. “Nas duas primeiras décadas, acumulamos muita  massa óssea para o resto da existência, e as atividades de impacto são fundamentai nesse sentido”, informa o reumatologista Fábio Jennings, coordenador da comissão de Reabilitação e Exercícios Físicos da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Os saltos e as passadas repetitivas – assim como a musculação – geram um estímulo que incita o depósito de cálcio na ossatura e reduz o ritmo de células que a degradam. Daí porque devemos estimular a garotada a brincar ao ar livre ou jogar bola. Os adultos também aplacam o processo de perda óssea ao vencerem o sedentarismo. Aí estão várias das fraturas proporcionadas pela osteoporose quando a pessoa toma um tombo qualquer. “Fortalecer a musculatura para que ela sustente bem o corpo e fazer esportes que trabalham a coordenação são ótimas coisas”, aconselha Fábio. A Universidade de Cambridge informa que fazer exercícios baixa o risco de quebrar o quadril em 45% nos homens e 38% nas mulheres.
Prevenção  Use o impacto como aliado. Natação e ciclismo não estimulam muito os ossos.
Tratamento  Invista na musculação e converse com um expert.
15º-  PARKINSON  117 mil mortes, causadas em 2015.         “Assim que o paciente chega, avisamos que o tremor não é algo que conseguimos conter tão efetivamente com exercícios”, informa a fisioterapêutica Erika Okamoto, da Associação Brasil Parkinson. Porém, eles contribuem  demais frente à lentidão dos movimentos, à rigidez muscular e à instabilidade postural”, destaca ela. Baseados nisso, ela e outros especialistas lançaram um manual com atividades motoras simples que visam contra-atacar os efeitos dessa condição. Umas, são voltadas para a respiração, outras para conservar o equilíbrio e a marcha, algumas para que o momento de tomar banho ou se vestir seja o mais natural possível...
Eis que, logo nas primeiras páginas do documento, surge uma dica importante: executar todos os gestos com a amplitude máxima, ou seja, fazendo-os até o fim. "Essa tática, que deve ser incorporada na caminhada, na academia ou onde for, ajuda a evitar aquela rigidez muscular”, ensina Erika. Isso explica o motivo pelo qual as  sessões de alongamento merecem espaço cativo na agenda dos portadores de Parkinson. Um último recado envolve as medicações. O ideal é suar a camisa enquanto elas estão agindo. Sem a ação dos remédios, pode ser complicado executar certos movimentos com velocidade e precisão.
Tratamento  Quando possível exercite-se próximo a um local onde dê para se apoiar, ou tenha alguém ao lado. Trabalhe o corpo todo para manter uma boa postura. Experimente caminhar segurando bastões para estimular os braços.
16º- USO DE DROGAS  3 milhões de mortes causadas em 2015. Enquanto a prevalência de tabagistas caiu mais de 25% de 1990 a 2015, a de usuários de drogas (sem contar os alcoolistas) subiu na mesma proporção. E, apesar de termos muito a aprender quanto a questões específicas – como qual exercício é mais positivo para cada dependente químico – desde 2012 as diretrizes do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, incluem a atividade física como parte do tratamento. “Temos bons indicativos de que ela ameniza a fissura e estende o período de abstinência”, ilustra Angélica Adamoli, educadora física do Hospital Clínicas de Porto Alegre. Para colher os benefícios, o correto é largar a preguiça  pelo menos três vezes por semana.  Angélica destaca que vários pacientes relatam uma menor vontade de recorrer a um entorpecente na hora que calçam um tênis e começam a correr. “Ainda precisamos estudar isso a fundo, mas uma sessão pontual talvez já contribua contra a ansiedade e as recaídas”, conclui ela.
Prevenção  Teste diferentes modalidades. Ao encontrar prazer em uma, o risco de apelar para as drogas diminui.
Tratamento  Fale com um expert para driblar limitações impostas pelo vício. Mantenha adesão ao treino, pois isso reduz o risco de recaída.

Fonte:
Revista “Saúde é Vital” – novembro 2016
Por: Theo Ruprecht
+ Pequenas modificações

Jc.
São Luís, 30/11/2016

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