sábado, 22 de maio de 2010

O REINO E O AMOR DE DEUS

O REINO DE DEUS

Ao estudarmos os ensinamentos de Jesus, dois textos importantes que se harmonizam, constituem uma séria e oportuna advertência, a nós espíritas brasileiros:
“A Luz ainda está convosco por um pouco tempo; andai
enquanto tendes a Luz, para que as trevas não vos apanhem,
pois quem anda nas trevas, não sabe para onde vai. Portanto,
eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado, e será dado
a uma outra nação que dê os seus frutos”
João cap.12 v.35- Mateus cap.21 v.43
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Na antiguidade, a nação Israelita foi contemplada com o esplendor da Luz do Reino de Deus, por ser o único povo de convicção monoteísta, isto é, acreditar em um único Deus. Entre estes, surgiu Moisés que recebeu no monte Sinai, as tábuas da Lei, ou seja, Os Dez Mandamentos. O que fez esse povo considerado eleito por Deus ? – Passado pequeno período, crises e o domínio romano degenerou o monoteísmo hebraico.

O Pai resolveu então enviar o Messias para restaurar toda a Lei e dar-lhe cumprimento, pelos ensinamentos novos e exemplos de vida. O povo, entretanto, muito orgulhoso, que esperava um Messias, todo poderoso que lhe desse a glória terrena e o poder sobre as outras nações, não aceitou aquele humilde carpinteiro que ensinava a Bondade e o Amor, até mesmo para os inimigos. Condenou-o à morte e o crucificou com dois ladrões. Nessa hora fatídica, para o destino desse povo, a Luz do Cordeiro se apagou e o Reino de Deus, lhe foi arrebatado das mãos e dado a uma outra nação, ficando o povo ingrato, numa noite tenebrosa de provações seculares.

Passado algum tempo, A Luz sublime do Mestre e o Reino de Deus, voltaram a se manifestar, desta vez, na Grécia, que se transformou no país das filosofias espiritualistas, das ciências avançadas e das artes nobres. Ali, haviam surgido vultos proeminentes como Sócrates, Platão, Pitágoras, Demóstenes, Sólon, Péricles, Aristóteles e tantos outros vultos que marcaram uma época de grandes conhecimentos. Os gregos, porém, a exemplo dos judeus, não souberam conservar tão elevadas aquisições concedidas por infinita bondade de Deus; tornaram-se orgulhosos, considerando-se superiores aos demais povos da Terra. O resultado de semelhante inconseqüência, foi que a Luz Divina se apagou e a graça do Reino de Deus, lhe foi tirada e dada à outra nação, passando a Grécia a enfrentar um longo período de decadência.

Passados mais alguns séculos, os mensageiros espirituais voltaram a acender a Luz do Amor de Jesus e o Reino de Deus, desta vez na França, que havia então se insurgido contra a prepotência da monarquia dominante, e, através da revolução, havia destruído a bastilha, símbolo da tirania, adotando a legenda da “Fraternidade, Liberdade e Igualdade”, o que a tornava digna de ser a escolhida. A França tornou-se então, o ponto convergente de todas as atenções do mundo. Ali, reencarnaram espíritos elevados como, Voltaire, Vitor Hugo, Joana D’arc, Allan Kardec, Camille Flamarion, Léon Denis, Ernesto Bozzano e tantos outros vultos da história. Apesar das primeiras manifestações espíritas terem sido efetuadas na América do Norte, foi, no entanto, no seio acolhedor da França, que a Doutrina dos Espíritos encontrou ambiente propício para ser codificada e apresentada no seu tríplice aspecto: Filosófico, Científico e Religioso. Mas a França que recebeu tão elevado patrimônio, não propagou a terceira revelação, o Consolador Prometido, trazido pelos “Espíritos de Verdade”, passando a considerá-la, apenas como filosofia espiritualista. As conseqüências de tal irresponsabilidade foi que a Luz Divina se apagou novamente, e o Reino de Deus lhe foi tirado e transferido para outra nação, mais capacitada a produzir seus frutos abençoados, enquanto a França passava a enfrentar uma fase de grandes dificuldades e provações.

E agora meus irmãos e irmãs, em que país da Terra, se encontram a Luz de Jesus e o Reino de Deus ?

Coube ao eminente espírito do nosso conterrâneo Humberto de Campos, numa revelação feliz e oportuna, nos trazer a resposta certa e autorizada, através do livro maravilhoso, psicografado por Francisco Candido Xavier, intitulado: “Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”.

Meus caríssimos irmãos e irmãs é aqui que está colocado atualmente, o farol imenso da Luz Divina, irradiando os seus clarões fulgurantes, para todas as partes do mundo aflito e conturbado. No Brasil, localiza-se presentemente, toda a influência astral superior do Reino de Deus, com a cascata divina de dádivas e graças misericordiosas e infinitas. A nós brasileiros e ao Brasil, por suas características excepcionais, está confiada a sagrada e gloriosa missão de ser, no decorrer do terceiro milênio, o berço da Nova Recristianização do Mundo, sob a bandeira de Paz, Harmonia e Amor.

Muitos missionários de Jesus, já encarnaram nesta terra e aqui deixaram a sua contribuição; entre tantos, podemos citar, Antonio Alves Martins, Ariston Telles, Átila Nunes, Atlas de Castro, Aura Celeste, Aparecida Conceição Ferreira, Bezerra de Menezes, Carlos A. Baccelli, Carlos Imbassay, Cairbar Schutel, Clóvis Tavares, Djalma Argolo, Divaldo Pereira Franco, Edgard Armond, Euripedes Barsanulfo, Francisco Candido Xavier, Frederico Figner, Geraldo de Aquino, Geraldo Guimarães, Guillon Ribeiro, Hugo Gonçalves, Humberto de Campos, Humberto Ferreira, Irmã de Castro (meimei), Jerônimo Mendonça, Jorge Rizzini, Juvanir Borges de Souza, Leopoldo Machado, Luis Olimpio Teles de Menezes, Nestor João Masotti, Neto Guterres, Oli de Castro, Raul Teixeira, Richard Simonetti, Sérgio Lourenço, Suely Caldas Schubert, Viana de Carvalho, Yvone do Amaral Pereira, e muitos outros irmãos abnegados e anônimos da seara do Mestre.

Para complementar a preparação extraordinária da Nova Era, do Novo Tempo, existem também entidades superiores espirituais, a nos proporcionar, com sua assistência amorosa e constante, a orientação precisa e oportuna; dentre elas citamos com carinho, André Luiz, Emmanuel, Ismael, Joana de Angelis, Neio Lúcio, e tantas outras. Em parte alguma do mundo, se está realizando um intercâmbio espiritual tão eficiente e confortador, e se tem recebido tantas e tão maravilhosas mensagens e obras espirituais, como no Brasil. Mensagens e obras essas que são traduzidas para outros idiomas e remetidas para muitas nações.

Como se tantos e tão valiosos testemunhos já não bastassem para comprovar de modo positivo, a cascata de Luz Divina e da ação misericordiosa do Reino de Deus, sobre este Brasil privilegiado, basta considerar os seguintes tópicos:

1º- O Brasil, é o único país do mundo, onde se professam com dignidade e
respeito, todas as religiões da Terra;
2º- O Brasil é o único país onde vivem em Paz e Harmonia, os filhos de todas as
nações; muito embora eles briguem lá fora;
3º- O Brasil é o único país onde se fala livremente todas as línguas estrangeiras;
4º- O Brasil é o único país onde existem todos os climas da Terra;
5º- O Brasil é o único país que tem a flora mais rica e exuberante, variada e
medicinal da Terra;
6º- O Brasil é o único país onde não existem as calamidades dos fenômenos,
geológicos como: Ciclones, maremotos, furações, terremotos, vulcões, etc;
7º- O Brasil é o único país onde existe o maior volume de água doce;
8º- O Brasil é o único país com a maior floresta, que é o “pulmão do mundo”; 9º- O Brasil é o único pais que possui o maior número de obras assistências, de
iniciativa privada, sendo grande parte delas de origem espíritas;
10º- E, finalmente, abreviando, o Brasil é o único país onde a sublime
Doutrina Cristã-Espírita, encontrou corações abertos para aceitá-la e
professá-la no seu tríplice aspecto: Filosófico, Científico e Religioso, o que
evidência de modo categórico, o esplendor irradiante da Luz do Cristo,
envolvendo a tudo e a todos, e as graças do Reino de Deus, que se fazem
presente em todos os seus recantos, ainda que sejam os mais longínquos.

Que os brasileiros, principalmente os espíritas, não se esqueçam de que a Luz do Divino Mestre, ainda está conosco; andemos, pois, enquanto temos a Luz, para que as trevas não nos apanhem, pois quem anda nas trevas, não sabe para onde vai... Quão aflitiva e tormentosa será, no entanto, a situação do povo brasileiro, se incorrer nos mesmos erros graves cometidos no passado, pelos povos das outras nações.

A Luz Divina que banha o Brasil se apagará e o conforto espiritual do Reino de Deus, que se faz sentir em nossos corações, nos será tirado e dado a uma outra nação mais responsável, pois está escrito nos Evangelhos, quando diz: “Aquele que tem (merecimento) mais se dará, mas aquele que não tem, até aquilo que tenha, lhe será tirado”. Mateus cap. 13 v.12 - Foi isso exatamente o que aconteceu às outras nações credenciadas anteriormente.

E por que tantas nações fracassaram no desempenho de tão sublime missão ? É o próprio Jesus quem responde, ao dizer: “A Luz veio ao mundo e as pessoas amaram mais as trevas, do que a Luz, porque suas obras eram más”. João cap. 3 v.19. – “O Reino de Deus não vem com aparato exterior; não se pode dizer: Ei-lo aqui ou acolá! O Reino de Deus está dentro de vós”. Lucas cap.17 v.20

É por essas e outras razões que nós espíritas não nos cansaremos de alertar e repetir, tantas vezes quantas sejam necessárias, as sábias e oportunas advertências do Divino Mestre, contidas nos dois textos evangélicos, para todos os que têm “olhos de ver, ouvidos de ouvir”, inteligência de compreender, coração de sentir e liberdade para praticar.

“A Luz ainda está convosco por pouco tempo; andai enquanto tendes a Luz, para que as trevas não vos apanhem, pois quem anda nas trevas, não sabe para onde vai”.

A nossa responsabilidade como brasileiro e espírita é muito grande e a seara está aguardando os trabalhadores de boa-vontade para agirem no sentido de manter a luz em nosso país. “Bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos porque ouvem; em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis e não ouviram”, Mateus cap. 13 vs. 16 e 17.

Que a Paz do Senhor e o Reino de Deus continuem a beneficiar o nosso país que é “O Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho”.

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O AMOR DE DEUS

O primeiro registro obtido no Monte Sinai, foi aquele em que devemos Amar a Deus, sobre todas as coisas. Esse mandamento, por muito tempo, ficou fazendo parte da cultura humana, nos diversos aspectos religiosos, embora mal compreendido no seu conteúdo.

No início, o Todo Poderoso era visto com muito temor, fato que levou muitos a se colocarem numa posição de estranha subalternidade e temeridade. Na era Cristã, por graças dos ensinamentos de Jesus, Deus passou a ser um Pai Bondoso e Misericordioso, não obstante ficasse ainda incompreendido, em razão da imaturidade dos povos daquela e de outras épocas. Somente com o advento da Doutrina dos Espíritos, é que foi apresentada uma nova filosofia sobre Suas Leis, porque, até então, o amor a Deus, era resumido numa mistificação e num deslumbramento, sem qualquer sentido racional ou espiritual. Hoje, somos levados a entender esse Amor, sob uma nova dimensão; não mais pelo aspecto da idolatria ou fantasia, mas tendo a certeza de que todos os Seus atos, são justos e bondosos, com misericórdia e amor.

Se antes, a revolta nos abatia porque carregávamos um defeito físico ou uma moléstia grave, entendemos agora que somente pelo resgate, são refeitas as células do perispírito, anteriormente prejudicadas. Se ontem reclamávamos do filho, que se nos apresenta como um atropelo na existência, agora compreendemos que, pela Lei Maior, o inimigo do passado foi colocado no nosso caminho, para nos proporcionar a reconciliação e a nossa reabilitação. Se antes nos irritávamos do próprio Deus, por nós dar uma existência conflituosa e sofrida, a razão hoje nos leva a crer que, se abusamos e esbanjamos em existências anteriores, somos agora levados a praticar, moderação e respeito pelas pessoas e coisas.

Não basta o arrependimento – ensinam os espíritos – é preciso reparar o mal pelo bem. Se Deus é modelo de perfeição e bondade, igualmente suas leis são rigorosas e imperdoáveis dentro do contexto de “causa e efeito”. Assim, toda vez que contrariamos essa Lei, forçosamente seremos chamados para a devida reparação, e se por isso reclamamos, é porque ainda não a compreendemos na sua infinita misericórdia. No Universo tudo se harmoniza, e se ainda não conseguimos nos harmonizar com nossos semelhantes e a própria Natureza, é devido ao nosso atraso espiritual. Se contribuirmos para a desordem, que nos é peculiar, sem dúvida estaremos indo de encontro a essa Lei. Não é a Lei Divina que é má; somos nós, com nossos erros e ignorância, os verdadeiros predadores da Casa Divina, que nos acolhe tão dadivosamente...

Pelo amor de Deus, a pequenina semente colocada sob a terra, germina e lutando contra a mesma terra que lhe nutre e sepulta, emerge para a vida, transformando-se em árvore, a fim de possibilitar ao ser humano, o sua quota de colaboração; pela utilidade de sua sombra que refresca a terra, pelo oxigênio que produz com a colaboração do sol, pelos frutos que proporciona o alimento, pelas folhas secas que adubam a terra, pela madeira que serve para muitas utilidades. Finda a sua fase de amor e caridade, ainda continua a servir, através do seu fruto que vai gerar outra árvore, e assim por diante.

É maravilhosa a maneira como Jesus nos faz ver a Providência Divina cuidando da Criação. Desde a pequenina erva do campo, passando pelas aves e animais, até chegar ao ser humano, tudo é cuidado com amor pelo nosso Pai Celestial. Ninguém é órfão, ninguém está abandonado ou desamparado. Deus sabe do que é melhor para nós e todas as facilidades nos são concedidas para vivermos em existência melhor. Assim entendemos o Determinismo Divino, no qual estamos sujeito, porém, dada a nossa evolução atual, somos possuidores do “livre-arbítrio”, melhor dizendo, o direito de escolha de como proceder. Viver e evoluir. Colheremos o que plantamos. De acordo com nossos pensamentos, palavras e ações, podemos alcançar planos superiores, se agirmos com fraternidade, caridade e amor, evitando sofrimentos e reencarnações desnecessárias.

Os seres humanos são livres, assim Deus nos fez. Embora respeitando o pensar e proceder alheio, devemos agir guiados pelos nossos sentimentos, caminhar com nossos próprios pés, pensar com nossas próprias cabeças. Compete a nós saber como usar a liberdade que nos foi concedida; se imitamos um aluno que fica repetindo a mesma série, ou se desejamos por meio dos nossos atos fraternos e caridosos, passar para outra etapa, em nossa escalada evolutiva. Saibamos que a grande verdade é que ninguém se eleva aos planos superiores, sem plena quitação com a Terra. Portanto, quando prejudicamos o nosso próximo, sem dúvida seremos chamados, cedo ou tarde, sem às vezes saber, para a reparação do mal, pois nada fica sem quitação. Nesse sentido é bom repetir que somos nós os errados, com as nossas inclinações para o mal, e não a Lei Divina que se apresenta no momento certo, para a correção necessária.

O Amor de Deus está nas Suas Leis sábias e justas que regem o Universo e que devemos aceitá-las, porque nelas encontraremos o progresso espiritual que nos isenta de uma existência de sofrimentos, a não ser que queiramos permanecer por muito tempo estacionados, sem progresso espiritual. Quem não vai pelo amor será obrigado a seguir por meio da dor. A prova maior que podemos dar de amor a Deus, está na aceitação de todas as situações que surgirem, não no sentido de conformismo, porque devemos todos dar as mãos em ajuda recíproca, mas afastando a revolta do nosso coração e tentando resolver os problemas.

Contudo, se não conseguimos ainda alcançar a Paz almejada, por conta da nossa sujeira espiritual, e entendendo ser a Lei de Deus a que deve prevalecer, somos então forçados a buscar no sofrimento a necessária experiência que nos possibilitará a evolução e o reconhecimento do amor de nosso Pai Celestial. Na qualidade de Seus filhos, Ele nos ama infinitamente e devemos amá-lo também, vivendo intensamente às ordenações que dizem: “Ama a Deus sobre todas as coisas, e ao teu próximo como a ti mesmo”.



Obrigado, Senhor, nosso Criador, nosso Deus e nosso Pai, pelo Vosso Reino e pelo Vosso Amor...




Bibliografia:
Evangelho de Jesus
José Mariano Junior
Oli de Castro


Jc.
S.Luis, 18/03/1996
“ 05/05/1997

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