domingo, 16 de abril de 2017

A PROFECIA DE CHICO XAVIER






 A Profecia de Chico Xavier para 2019 – Para ler, reler, refletir e meditar!
Em razão da gra­vi­dade do as­sunto, tra­zemos aos lei­tores da “Folha Es­pí­rita” a re­ve­lação feita pelo mais im­por­tante mé­dium da his­tória hu­mana, Fran­cisco Cân­dido Xa­vier, a Ge­raldo Lemos Neto, fun­dador da Casa de Chico Xa­vier, de Pedro Le­o­poldo (MG), e da Editora Vinha de Luz, de Belo Ho­ri­zonte (MG), em 1986, sobre o fu­turo que está re­ser­vado ao pla­neta Terra e a todos os seus ha­bi­tantes nos pró­ximos anos.  
Estou aqui na con­dição de um car­teiro,  me­lhor di­zendo, de um men­sa­geiro a quem fosse con­fiada a ta­refa de en­tregar de­ter­mi­nada no­ti­fi­cação por ordem de uma au­to­ri­dade su­pe­rior. Cons­ci­ente da im­por­tância do que me foi con­fiado às mãos, en­trego-o hoje em sua com­ple­tude aos nossos ir­mãos em hu­ma­ni­dade, na cer­teza de que estou cum­prindo um dever e nada mais. O seu con­teúdo não foi la­vrado por mim e sim pelo maior mé­dium que a hu­ma­ni­dade co­nheceu desde os tempos do Cristo, que foi Chico Xa­vier.
O tema da trans­for­mação da Terra de mundo de ex­pi­ação e provas, para mundo de re­ge­ne­ração, le­van­tado pelo pró­prio co­di­fi­cador da Dou­trina Es­pí­rita, Allan Kardec, sempre in­te­ressou e in­trigou Ge­raldo Lemos Neto, fun­dador da Casa de Chico Xa­vier, de Pedro Le­o­poldo (MG).
Geraldo, com 19 anos de idade, já tendo lido e es­tu­dado toda a obra de Kardec, co­nheceu o mé­dium Chico Xa­vier, amigo da fa­mília desde os tempos de sua me­ni­nice em Pedro Le­o­poldo. “Na­quela época, como já havia ou­vido inú­meros casos re­la­tivos à sua me­diu­ni­dade e ca­ri­dade para com o pró­ximo, tinha muita von­tade de co­nhecê-lo e ouvi-lo pes­so­al­mente, o que de fato ocorreu em ou­tubro de 1981, em São Paulo”, lembra Geraldo Neto. A partir da­quele pri­meiro en­contro, uma grande afi­ni­dade os ligou, con­forme narra, o que fez com que ele o vi­si­tasse re­gu­lar­mente em Ube­raba, acom­pa­nhado de fa­mi­li­ares.
A partir de então, passou a des­frutar de uma in­ti­mi­dade maior com Chico, vi­si­tando-o com mais frequência e hos­pe­dando-se em sua re­si­dência. “Posso dizer que essa época foi para meu co­ração um ver­da­deiro te­souro dos céus”. Re­cordo-me até hoje da­queles anos de con­vi­vência amo­rosa e ins­tru­tiva na com­pa­nhia do sábio mé­dium e amigo com pro­funda gra­tidão a Deus, que me per­mitiu se­me­lhante con­cessão por acrés­cimo de Sua Mi­se­ri­córdia In­fi­nita.  
Um dos temas abordado, como lembra Geraldo Neto, foi em re­lação ao Apo­ca­lipse, do Novo Tes­ta­mento. Sempre me as­som­brei com o tema, re­la­tando a Chico Xa­vier, minha di­fi­cul­dade de en­tender o livro sa­grado es­crito pela me­diu­ni­dade de João Evan­ge­lista. Desde então, em nossos co­ló­quios, Chico Xa­vier tinha sempre uma ou outra pa­lavra es­cla­re­ce­dora sobre o as­sunto, pon­tu­ando esse ou aquele ver­sí­culo e fa­zendo-me com­pre­ender, aos poucos, o mo­mento de tran­sição pelo qual passa o nosso orbe pla­ne­tário, a ca­minho da re­ge­ne­ração. Foi em uma dessas con­versas ha­bi­tuais, lem­brando o livro de sua psi­co­grafia, “Brasil, Co­ração do Mundo, Pá­tria do Evan­gelho”, ditado pelo es­pí­rito de  Hum­berto de Campos, que Geraldo Neto ex­ternou ao mé­dium sua dú­vida quanto ao tí­tulo do livro, uma vez que ainda na­quela oca­sião, em me­ados da dé­cada de 1980, o Brasil vivia às voltas com a hi­pe­rin­flação, a mi­séria, a fome, as dis­pa­ri­dades so­ciais, o des­con­trole po­lí­tico e econô­mico, nos es­cân­dalos de cor­rupção e no atraso cul­tural.
Lembro-me, como hoje, a ex­pressão de sur­presa do Chico me res­pon­dendo: “Ora, Ge­ral­dinho, você está que­rendo pri­vi­lé­gios para a Pá­tria do Evan­gelho, quando o fun­dador do Evan­gelho, que é Jesus Cristo, viveu na po­breza, cer­cado de do­entes e ne­ces­si­tados de toda ordem, ex­pe­ri­mentou toda a sorte de vi­cis­si­tudes e per­se­gui­ções para ser su­pli­ciado, aban­do­nado pelos seus amigos mais pró­ximos e a morrer cru­ci­fi­cado entre dois la­drões? Não nos es­que­çamos de que o fun­dador do Evan­gelho atra­vessou toda sorte de pro­va­ções, pa­deceu o mar­tírio da cruz, mas de­pois ele res­sus­citou para a Vida Imortal! Isso deve servir de ro­teiro para a Pá­tria do Evan­gelho. Um dia ha­ve­remos de res­sus­citar das cinzas de nosso pró­prio sa­cri­fício para de­mons­trar ao mundo in­teiro a imor­ta­li­dade glo­riosa!”, es­cla­receu-me.
Na sequência da nossa con­versa, per­guntei ao Chico o que ele queria exa­ta­mente dizer a res­peito do sa­cri­fício do Brasil. Es­taria ele a prever o fu­turo de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se es­ti­vesse vis­lum­brando cenas dis­tantes e, de­pois de algum tempo, re­tornou para dizer-me: “Você deve se lembra Ge­ral­dinho, do livro de Em­ma­nuel, “A Ca­minho da Luz”, que nas pá­ginas fi­nais da nar­ra­tiva de nosso ben­feitor, no ca­pí­tulo XXIV, cujo tí­tulo é: “O Es­pi­ri­tismo e as Grandes Tran­si­ções?”.  Nele, Em­ma­nuel afir­mava que os es­pí­ritos ab­ne­gados e es­cla­re­cidos fa­lavam de uma nova reu­nião da co­mu­ni­dade das po­tên­cias an­gé­licas do Sis­tema Solar, da qual é Jesus um dos mem­bros di­vinos; e que a so­ci­e­dade ce­leste se reu­niria pela ter­ceira vez na at­mos­fera ter­restre, desde que o Cristo re­cebeu a sa­grada missão de re­dimir a nossa hu­ma­ni­dade, para, enfim, de­cidir no­va­mente sobre os des­tinos do nosso mundo.”
Pois então, Em­ma­nuel es­creveu isso nos idos de 1938 e estou in­for­mado que essa reu­nião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem fi­nal­mente in­gressou na co­mu­ni­dade pla­ne­tária, dei­xando o solo do mundo ter­restre para pisar pela pri­meira vez o solo lunar. O homem, por seu pró­prio es­forço, con­quistou o di­reito e a pos­si­bi­li­dade de vi­ajar até a Lua, fato que se ma­te­ri­a­lizou em 20 de julho de 1969. Na­quela oca­sião, o Go­ver­nador Es­pi­ri­tual da Terra, que é Jesus Cristo, ou­vindo o apelo de ou­tros seres an­ge­li­cais de nosso Sis­tema Solar, con­vo­cara uma reu­nião des­ti­nada a de­li­berar sobre o fu­turo de nosso pla­neta. O que posso lhe dizer Ge­ral­dinho, é que de­pois de muitos diá­logos e de­bates entre eles, foi dado di­versas su­ges­tões e, ao final do ce­leste con­clave, a bon­dade de Jesus de­cidiu con­ceder uma úl­tima chance à co­mu­ni­dade ter­rá­quea, uma úl­tima mo­ra­tória para a atual ci­vi­li­zação no pla­neta Terra. Todas as in­jun­ções cár­micas pre­vistas para acon­te­cerem ao final do sé­culo XX foram então sus­pensas, pela Mi­se­ri­córdia dos Céus, para que o nosso mundo ti­vesse uma úl­tima chance de pro­gresso moral. O curioso é que nós vamos re­co­nhecer nos Evan­ge­lhos e no Apo­ca­lipse, exa­ta­mente este pe­ríodo atual, “em que es­tamos vi­vendo, como a un­dé­cima hora ou a hora der­ra­deira, ou mesmo a cha­mada úl­tima hora.”
Extremamente cu­rioso com o de­sen­rolar do re­lato de Chico Xa­vier, per­guntei-lhe sobre qual foram então ás de­li­be­ra­ções de Jesus, e ele me res­pondeu: “Nosso Se­nhor de­li­berou con­ceder uma mo­ra­tória de 50 anos à so­ci­e­dade ter­rena, a ini­ciar-se em 20 de julho de 1969, e, por­tanto, a findar-se em julho de 2019. Or­denou Jesus, então, que seus emis­sá­rios ce­lestes se em­pe­nhassem mais di­re­ta­mente na ma­nu­tenção da paz entre os povos e as na­ções ter­res­tres, com a fi­na­li­dade de co­la­borar para que nós in­gres­sás­semos mais ra­pi­da­mente na co­mu­ni­dade pla­ne­tária do Sis­tema Solar, como um mundo mais re­ge­ne­rado, ao final desse pe­ríodo. Al­gumas po­tên­cias an­gé­licas de ou­tros orbes de nosso Sis­tema Solar re­ce­aram a di­lação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sa­be­doria, re­solveu es­ta­be­lecer uma con­dição para os ho­mens e as nações ter­restres. Segundo o Cristo, as na­ções mais de­sen­vol­vidas e res­pon­sá­veis da Terra de­ve­riam aprender a se su­por­tarem umas às ou­tras, res­pei­tando as di­fe­renças entre si, abs­tendo-se de se lan­çarem a uma guerra de ex­ter­mínio nu­clear. A face da Terra de­veria evitar a todo custo á cha­mada III Guerra Mun­dial. Se­gundo a de­li­be­ração do Cristo, se so­mente as na­ções ter­renas, du­rante este pe­ríodo de 50 anos, apren­dessem a arte do bom con­vívio e da fra­ter­ni­dade, evi­tando uma guerra de des­truição nu­clear, o mundo ter­restre es­taria enfim ad­mi­tido na co­mu­ni­dade pla­ne­tária do Sis­tema Solar como um mundo em re­ge­ne­ração. Ne­nhum de nós pode prever Ge­ral­dinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se as nações desenvolvidas e cultas sou­berem de­fender a paz”.     
Per­guntei, então, ao Chico a que avanços ele se re­feria e ele me res­pondeu:  “Lá pelos anos de 2030, nós deveremos al­can­ça­r a so­lução para todos os pro­blemas de ordem so­cial, como a so­lução para a po­breza e a fome que es­tarão ex­tintas; te­remos a des­co­berta da cura de todas as do­enças do corpo fí­sico pela ma­ni­pu­lação ge­né­tica nos avanços da Me­di­cina; o homem ter­restre terá amplo e total acesso à in­for­mação e à cul­tura, que se fará mais ge­ne­ra­li­zada; também os nossos ir­mãos de ou­tros pla­netas mais evo­luídos terão a per­missão ex­pressa de Jesus para se nos apre­sen­tarem aber­ta­mente, co­la­bo­rando co­nosco e ofe­re­cendo-nos tec­no­lo­gias novas, até então ini­ma­gi­ná­veis ao nosso atual es­tágio de de­sen­vol­vi­mento ci­en­tí­fico; ha­ve­remos de fa­bricar apa­re­lhos que nos fa­ci­li­tarão o con­tato com as es­feras de­sen­car­nadas, pos­si­bi­li­tando a nossa sau­dosa con­versa com os entes que­ridos que já par­tiram para o além-tú­mulo; enfim es­ta­remos di­ante de um mundo novo, uma nova Terra, uma glo­riosa fase de es­pi­ri­tu­a­li­zação e be­leza para os des­tinos de nosso pla­neta.”
Foi então que, fa­zendo ás vezes de ad­vo­gado do diabo, per­guntei a ele: “Chico, até agora você tem me fa­lado apenas da me­lhor hi­pó­tese, que é esta em que a hu­ma­ni­dade ter­restre deveria per­ma­ne­cer em paz até o fim desse pe­ríodo. Mas, e se acon­tecer o caso das na­ções ter­res­tres se lan­çarem a uma guerra nu­clear?” Chico respondeu:  “Ah! Ge­ral­dinho, caso a hu­ma­ni­dade en­car­nada de­cida se­guir o in­feliz ca­minho da III Guerra mun­dial, uma guerra nu­clear de con­sequên­cias im­pre­vi­sí­veis e de­sas­trosas, aí então a pró­pria mãe Terra, sob os aus­pí­cios da Vida Maior, re­a­girá com vi­o­lência im­pre­vista pelos nossos ho­mens de ci­ência. O homem co­me­çaria a III Guerra, mas quem iria ter­miná-la se­riam as forças  da Na­tu­reza, da pró­pria Terra, can­sada dos des­mandos hu­manos, e se­ríamos de­fron­tados então com ter­re­motos gi­gan­tescos; ma­re­motos e ondas (tsu­namis) con­se­quentes; ve­ríamos a ex­plosão de vul­cões há muito ex­tintos; en­fren­ta­ríamos de­gelos ar­ra­sa­dores que avas­sa­la­riam os polos do globo com trá­gicos re­sul­tados para as zonas cos­teiras, de­vido à ele­vação dos mares; e, neste caso, as cinzas vul­câ­nicas as­so­ci­adas às ir­ra­di­a­ções nu­cle­ares ne­fastas aca­ba­riam por tornar to­tal­mente ina­bi­tável todo o He­mis­fério norte de nosso globo terrestre.” 
O que aconteceria especificamente com o Brasil?   Chico Xa­vier respondeu:  “Em todas as duas si­tu­a­ções, o Brasil cum­prirá o seu papel no grande pro­cesso de es­pi­ri­tu­a­li­zação pla­ne­tária. Na me­lhor das hi­pó­teses, nossa nação cres­cerá em im­por­tância so­ci­o­cul­tural, po­lí­tica e econô­mica pe­rante a co­mu­ni­dade das na­ções. Não só se­remos o ce­leiro ali­men­tício e de ma­té­rias-primas para o mundo, e também a grande fonte ener­gé­tica com o des­co­bri­mento de enormes re­servas pe­tro­lí­feras.”
E pros­se­guiu Chico:  “O Brasil cres­cerá a passos largos e ocu­pará im­por­tante papel no ce­nário global, isso terá como con­sequência a ele­vação da cul­tura bra­si­leira ao ce­nário in­ter­na­ci­onal e ainda a re­boque, os li­vros da “Doutrina dos Espíritos” que aqui ti­veram solo fértil no seu de­sen­vol­vi­mento, atin­girão o in­te­resse das ou­tras na­ções também. Agora, caso ocorra a pior hi­pó­tese, lá pelos idos de 2057,  com o He­mis­fério Norte do pla­neta tor­nando-se ina­bi­tável, grandes fluxos mi­gra­tó­rios se mudariam então para o He­mis­fério Sul, onde se situa o Brasil, que então seria cha­mado mais di­re­ta­mente a de­sem­pe­nhar o seu papel de Pá­tria do Evan­gelho, exem­pli­fi­cando o amor e a re­núncia, o perdão e a com­pre­ensão es­pi­ri­tual pe­rante os povos mi­grantes”.
“A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais principais”. Entretanto, esses fluxos migratórios não seriam infelizmente pacíficos. Chico então me revelou, que a ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se o Brasil e o restante da América do Sul, assim como a Austrália e o Sul da África, a fim de que essas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte.  Nós, brasileiros, seríamos exigidos a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores,  não deixassem de estar sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e das hecatombes, portanto, mesmo  assim, devendo ser considerados nossos irmãos em humanidade, necessitados de apoio, amparo, compreensão e amor”.
Neste ponto da conversa, Chico Xavier fez uma pausa na narrativa e completou: “Nosso Brasil, como o conhecemos hoje, será então desfigurado e dividido em quatro nações. Só um quarto do nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste, Goiás e o Distrito Federal. Os europeus virão ocupar os Estados da região Sul; os Estados do Nordeste serão ocupados pelos russos e povos eslavos; os Estados da região Norte serão ocupados pelos norte-americanos, canadenses e mexicanos;  os Estados do Centro-oeste, serão ocupados pelos asiáticos, chineses, japoneses e coreanos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores”.
Vejamos, por exemplo: “Os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho; os europeus poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à cultura; os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, à religiosidade e suas tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofereceremos a eles, nossos irmãos, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples, humilde e religiosa, esses Espíritos que reencarnaram na nação brasileira para dar aos desígnios de Deus, o cumprimento e demonstrar a todos os povos do planeta, a fé na Vida Superior dando testemunho da continuidade da vida além-túmulo, e o exercício nobre da mediunidade com Jesus”.
O Brasil, embora sofrendo o impacto de uma ocupação  estrangeira, estaria imune aos efeitos das catástrofes terrena? - Pergunta Geraldo Lemos. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, principalmente nas zonas costeiras, porém o impacto no Brasil será menor se comparado com o que irá acontecer no  Hemisfério Norte. Ele ainda perguntou a Chico se a reunião da comunidade celestial teria decidido algo mais para a Terra, e Chico respondeu que sim. Outra decisão tomada foi a que os benfeitores espirituais determinaram que, após o ano 2000 da Era Cristã, os Espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na Terra. Eles serão encaminhados para mundos atrasados ou mundos primitivos, vivenciando o estágio de homens das cavernas, para purgarem os seus desmandos, as práticas maldosas e a insubmissão aos desígnios superiores.
Não há mais tempo para o materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas. Ou seguiremos com a luz que efetivamente buscamos, ou nos afundamos na nossa própria ignorância. A resposta está em nosso livre-arbítrio, seja individual ou coletivo. É a nossa escolha de hoje que vai gerar o nosso destino. O próprio espírito de Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma pergunta, nos diz que as profecias são reveladas aos seres humanos para não serem  cumpridas, mas, na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho de sofrimentos, e se assim não for feito pela humanidade, elas serão cumpridas. Aproxima-se a fase final desta transição que haverá de elevar a Terra à condição de mundo de regeneração, para a qual se destina, e esse período final será no futuro ano de 2057...
“A cada um será dado segundo as suas obras”, disse Jesus.

Fonte:
Chamada de capa do jornal “Folha Espírita” nº 439
Edição de maio de 2011 – Verdade Mundial.
+ Supressões e modificações.

Jc.
São Luís, 9/4/2017




O SUICÍDIO




  Não faz muito tempo, o país foi abalado pelo pedido formulado por um casal de idosos, num anúncio de jornal, em que afirmavam “estamos cansados de sentir solidão” e procuravam um médico que lhes aplicassem uma injeção letal. O drama comoveu muitas pessoas. Segundo eles, nos últimos cinco anos, não haviam recebido nenhuma visita de seus dois filhos ou dos seus amigos de outrora.

O problema do casal foi resolvido, não como eles pediam, mas de uma maneira muito mais fraterna e de acordo com a Lei Divina. Pessoas se mobilizaram e eles foram viver em um local bonito, em meio a muito verde, flores e com outros idosos com quem passaram a compartilhar horas, carinhos e experiências.

Infelizmente, não são somente pessoas idosas que, por solidão, abandono e problemas, desejam fugir da existência terrena. Em todo o país, o número dos que tentam se matar é incalculável. E nos últimos quinze anos, o fantasma do suicídio tem pesado mais para os adolescentes. Os motivos alegados são: separação dos pais, contaminação pelo vírus HIV, ou o uso de drogas. São ainda fatores de riscos apontados, a perda de dinheiro, de parentes, a depressão, mudança de condições econômicas, de saúde, intoxicação por álcool, abandono, desesperança,  falta de religiosidade e fé na bondade de Deus.

As cifras dizem que, para cada suicídio consumado, existem dez tentativas frustradas. Por quê?  Se as causas são conhecidas, ainda assim não se resolve o problema. É necessário oferecer o remédio eficaz, e este reside na fé, no conhecimento dos objetivos da existência. Quando o ser humano se conscientizar de que a vida não é somente a  existência terrena; que morto o corpo físico, a vida prossegue na Espiritualidade, verificará que não lhe adiantará nada destruir o seu corpo. Ele como Espírito, continuará a existir e os problemas que lhe levaram a tal gesto,  serão, agravado pela infração à Lei Divina.

Quando o ser humano tomar conhecimento de que ele é produto exclusivo do amor de Deus, Pai de Amor, de Bondade e Misericórdia,  que na Terra vive uma etapa curta que objetiva lhe fornecer condições de crescer em moral, inteligência, conhecimento e amor; quando se der conta de que é chamado todos os dias a cooperar na grande obra da criação, então não mais tentará fugir da existência terrena, porque a nossa vida não acaba jamais; a imortalidade é a nossa dádiva maior.

De todas as mortes a pior é a morte pelo suicídio. Nesta não existe a suave quietação da morte comum nas pessoas normais. Sócrates, já ensinava a um discípulo:  “Será para ti motivo de estranheza verificar que há para todos necessidade de viver, mesmo para os que têm a esperar mais da morte do que da vida. E notarás que não lhe é permitido procurar a morte por suas próprias mãos, sendo obrigado a esperar outro libertador”.

Pensando que se destrói, o suicida vai ao encontro de situações e sofrimentos horríveis. Quando recupera a consciência, surpreende-se de estar vivo, porém sem possibilidade de movimentar o seu cadáver. Cercam-no horrendas entidades vampirizadoras desejosas de sugando-lhe as energias vitais soltas pelas células em decomposição, e adversários ou simples zombeteiros o atormentam com ofensas, deboches e recriminações. E como se não bastasse, revive a cena suicida quase que constantemente com a sensação das dores sofridas pelo corpo. Acompanhando a lenta decomposição do corpo, procura desvencilhar-se, mas não consegue; o seu perispírito fica preso por longo tempo nos seus restos mortais.

Quando o ser humano estabelecer objetivos para sua existência, que não sejam apenas ao pequeno período na carne, descobrirá os tesouros dos dias e se enriquecerá de paz. Quando a pessoa acreditar que é um fluído divino, isto é, um Espírito com enorme potencial de superação dos problemas, não mais fugirá, dando atestado de covardia, porque muitos aflitos afirmam: “Não tenho coragem de me matar”. Por isso o suicídio não é um ato de coragem; é de covardia. Covardia essa que motiva a criatura a fugir dos problemas, antes de buscar resolvê-los. Covardia que faz com que o suicida procure se omitir, deixando as dificuldades para os que ficam saudosos feridos e abandonados. É ainda um ato egoísta porque o suicida só vê a si mesmo, o seu problema, a sua dor, sem se importar com os sofrimentos que causa aos outros. Em nenhum momento pensou no sofrimento que causará nos pais aflitos, na companheira ou companheiro abandonado, nos filhos jogados às mãos dos outros, nos parentes e amigos que se empenharam para que sua reencarnação fosse de progresso e evolução.

Ato de coragem mesmo é existir, é viver. Enfrentar todos os dias as mesmas dificuldades e superá-las. Ato de coragem é trabalhar todos os dias construindo o mundo novo que começa dentro de cada um. Se você está pensando em desertar da existência, pare e pense. Em que a sua morte melhorará a situação, visto que os problemas que o afligem, seguirão com você para além do túmulo? – Retire os óculos escuros do pessimismo que lhe fazem ver tudo negro e coloque lentes claras da esperança. A solução para sua dificuldade pode vir amanhã. Quem sabe haja uma saída que você ainda não tentou? Deite com o problema e acorde com a solução. Dê uma chance a você mesmo, creia em Deus, faça uma oração com fé e peça a Sua proteção e tudo passará.

O que pode levar o ser humano a cometer esse gesto de extremo desespero, eis á pergunta inquietante. Em tese, apontamos algumas das principais motivações que leva a pessoa a cometer esse ato desesperador, sabendo que existem outras causas que podem também conduzir a essa situação: 1- Falta de fé; 2-orgulho exacerbado; 3-desespero e tédio; 4- desequilíbrio nervoso; 5- desânimo por moléstias consideradas incuráveis; 6- sugestões de encarnados e desencarnados.

A falta de fé,  é sem dúvida a maior responsável pela totalidade dos suicídios. É pela fé que nos propomos a fazer a parte que nos cabe executar, e confiantes em Deus e seus desígnios,  que não depende de nossa vontade.
O orgulho exacerbado,  que é a ausência da humildade, tem sido causa de desastres e dores que castigam familiares e levam seus executores (os suicidas) a séculos de desequilíbrios e sofrimentos.
O desespero e o tédio,  que atingem grande parte dos seres humanos, os levam a se acharem sem quaisquer perspectivas de melhora, e julgam como solução para seus problemas, acabar com a existência. São muitas as mensagens de desesperados suicidas, com referência ao “desencanto com a existência”, lamentando não terem procurado buscar ajuda e sem esperanças de dias melhores.
O desequilíbrio nervoso,  que poderia ter sido combatido e evitado no início, se a pessoa tivesse procurado os recursos da medicina convencional e da medicina espiritual, certamente o equilíbrio emocional voltaria ao normal e não teria chegado a tal procedimento.
O desânimo com moléstias consideradas incuráveris . Os portadores dessas moléstias não vêem mais motivos para continuarem vivos, sem perceberem que para Deus tudo é perfeitamente possível, e que muitas das enfermidades, hoje, são controladas pela medicina moderna. Esclarecem os Espíritos Superiores que o desânimo é sem dúvida, na maioria dos casos, o início de tudo; muitas vezes da Espiritualidade vem á cura quando a Medicina já desistiu, por ter chegado ao limite dos seus conhecimentos.
Sugestões de encarnados e desencarnados. Muito desses atos extremos foi estimulado por entidades infelizes, inimigos do passado, que induzem o infeliz ao suicídio como vingança. Por outro lado, pessoas há que só sabem conversar sobre assuntos negativos, desanimadores, influenciando o fraco de espírito ao desespero e à desdita.

Muitos suicidas se deixaram envolver pelas sugestões de pessoas desequilibradas dos dois mundos e se já acalentavam motivos pessoais para cometer esse ato lastimável, encontram poderoso estímulo para seu cometimento. Muitas obras especializadas de origem mediúnica, falam-nos de vales sinistros, onde se congregam em infelizes e trevosas sociedades, onde os quadros são terríveis, de desespero, angústia, lamentações, solidão, trevas e pesadelos horrendos. O suicida que teve a ilusão de ver seus problemas resolvidos com a extinção do corpo físico, que pensava cessarem seus problemas e dores, depara-se com uma situação agravada pelo seu ato, com os mesmos sofrimentos e mergulhado na tortura.

Emmanuel, tratando da questão no livro “O Consolador”, informa: “A primeira decepção que aguarda o suicida, é a realidade da vida que não se extinguiu com a destruição do corpo físico. Suicidas há que continuam experimentando os sofrimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo perispiritual. Anos após anos, sentem as impressões terríveis do que lhes aniquilou as energias. Comumente, a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo de decomposição do corpo abandonado na Terra”.

De todos os desvios da existência humana, o suicídio é o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, sem a devida misericórdia.

Em outra obra intitulada “Pronto Socorro”, Emmanuel fala aos que pensam em desertar da existência pela morte provocada: “Quando a idéias de suicídio te assome à cabeça, reflete, antes de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que te instalou na residência planetária; em seguida ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Providência Divina. Se a idéia continuar a torturar-te, refugia-te no trabalho edificante, sendo útil aos que te cercam. Visita um hospital, para avaliar quantos irmãos portadores de situações piores, ás vezes com moléstias irreversíveis, lutando para viver, enquanto queres desistir dela por nada. Entrega-te ao serviço do bem ao próximo e faze empenho em esquecer-te, porque a voluntária deserção e destruição de tuas possibilidades físicas representarão um ato de desconsideração para com Deus, e as bênçãos que te possibilitaram a existência”.

Um espírito evoluído já nos recomendava: “Aceitem as dores, a cegueira, as deformações, a desgraça, a miséria e tudo que de injusto possam ter na Terra, que ainda são coisas pequenas em comparação ao que espera o suicida na sua atitude de se despedir da existência”.

Jesus, no Sermão da Montanha, nos acalma dizendo: “Bem-aventurados os que sofrem e choram, porque serão consolados”. A calma e a resignação na existência terrena, acompanhada da fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. A existência na Terra é uma viagem corretiva e de evolução. Começa na meninice, avança pelos caminhos da plenitude física e altera-se na velhice, para renovar-se além da morte.

Não devemos nos escravizar aos bens materiais, mas usando o estritamente necessário. Há muitos viajantes que sucumbem na caminhada sob pesados cofres de ouro, a que se agarram desvairados. Não prossigamos viagem guardando ressentimento, para que não aconteça ficarmos presos ao labirinto do ódio. Vamos recordar que iniciamos a jornada terrena, sem qualquer patrimônio material e encontramos carinhosos braços maternos que nos embalaram e nos ampararam em nome do Eterno Pai.

Prazer e dor, simplicidade e complexidade, escassez e abastança, beleza de forma ou deformidade do corpo, são simples lições para a ascensão. Não menosprezemos o tempo que é empréstimo divino, que recebemos para a edificante peregrinação, e o nosso corpo é o veículo santo colocado pelo Pai Celestial, a nosso serviço. Não devemos nunca jogar fora a existência que nos foi concedida porque muitos e muitos Espíritos ficam a espera de uma oportunidade para retornar à Escola Terrena.

Oremos em favor dos suicidas e daqueles que pensam em tal atitude como solução para seus problemas, certos de que nossa oração produzirá efeitos altamente benéficos, pois quem precisa de auxílio, somente através da oração e da fé em Deus, encontrará a resignação e a paz para completar a sua existência.

A existência é para ser vivida, e não para ser sacrificada... Que Jesus na sua infinita bondade, nos ilumine a fim de podermos afastar esse pensamento suicida.

Bibliografia:
Maria Helena Marcon
Milton Luz / Emmanuel
Evangelho de Jesus
+ acréscimos e alterações.

Jc.
S. Luís, 2001
Refeito em 2/4/2017


quinta-feira, 13 de abril de 2017

A PÁSCOA E A RESSURREIÇÃO DE JESUS




 Embora a grande maioria dos cristãos desconheça a páscoa não é uma comemoração do Cristianismo. Ela é uma festa muito anterior a Jesus, instituída pelos hebreus (hoje israelenses), lembrando a saída dos judeus da escravidão do Egito, conduzidos por Moisés. Com a construção do Templo de Salomão, a festa da páscoa passou a ser realizada em Jerusalém e durava sete dias, quando era comido o pão sem fermento (pão ázmo), em memória da fuga dos hebreus da servidão, sem pausa para a levedura do pão.

Seguindo a tradição dos antigos, diz o Evangelho de Lucas, que Jesus veio a Jerusalém com seus apóstolos, e estando eles reunidos e chegando a hora da Ceia; e sabendo Jesus que se aproximava a hora da separação. Sentou-se Ele à mesa com seus apóstolos. Disse-lhes Ele: “Tenho desejado comer convosco esta páscoa”. E munindo-se de uma bacia e de uma toalha, passou a lavar os pés de todos, em sinal de humildade e pureza d’alma. Em seguida retornou à mesa, e, tomando o pão e tendo dado graças partiu-o e, deu aos seus apóstolos, pão que simbolizava toda a Sua Doutrina; e tomando o vinho, rendeu graças a deu-lhes, como essência da Vida do Espírito que haveria de vivificar a Sua Doutrina.

Começando Ele o Sermão do Cenáculo, disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Nisto, todos conhecerão que sois meus discípulos. Crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai, há muitas moradas (mundos habitados); se assim não fosse, eu já vos teria dito e eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, O Espírito de Verdade, que o mundo não vê nem o conhece; vós o conhecereis, porque ele estará em vós; mas o Consolador, o Espírito de Verdade, (Como é considerada a Doutrina dos Espíritos) a quem o Pai enviará em meu nome; esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que tenho ensinado”.

Após Jesus ter lhes falado estas coisas e muitas coisas mais, retirou-se Ele com seus apóstolos, para o Monte das Oliveira, onde começaria o seu martírio, narrado por João, nos Cap. 13 a 17.

Grande parte da humanidade, ainda em atraso espiritual, gosta de ficar revivendo esses tristes e lamentáveis acontecimentos, transformando-os em encenações que se repetem todos os anos, atestando a inferioridade de muitas pessoas e, como se quiséssemos vê-lo eternamente crucificado e morto fruto da vaidade, do orgulho de quem se presta a esses papeis. Tempo virá em que somente as lições de humildade, paz, amor e fraternidade, é que serão lembradas sempre quando lembrarmos de Jesus. Nesse tempo a humanidade já terá evoluído e o sofrimento e a morte não serão mais peças programas, encenadas e ainda comercializadas pelas pessoas da Terra, assim como todas as demais formas de mortes praticadas pelos humanos.

Nós, espíritas, não nos atemos a essas comemorações de “Semana Santa”, instituída pela Igreja Romana, por ser apenas uma recordação do povo judeu, onde é mostrado apenas o que de pior aconteceu com Jesus. Para nós espíritas todas as semanas são santificadas porque foram criações de Deus.

Nesta festividade, ficamos alegres por conta da Ressurreição de Jesus, no domingo, ao aparecer a Maria Madalena, fazendo-a portadora da nova revelação aos apóstolos – A IMORTALIDADE. Ressurreição quer dizer: “manifestação, aparição, reencarnação”, palavras que traduzidas em fatos são relatados nos Evangelhos. O que seria o Cristianismo sem as aparições de Jesus?- Seria possível que a Doutrina por Ele ensinada tivesse por finalidade a morte, o nada?- Ele mesmo não falou da continuidade da vida, quando disse a Nicodemos, que ele deveria nascer de novo!  Foi essa prova da Imortalidade que Jesus deu que despertou nos apóstolos a fé verdadeira, vencendo a timidez, dando-lhes a coragem e a determinação para saírem a enfrentar todas as dificuldades, e anunciar a todas a todos os povos, a palavra do Filho Vivo de Deus, e os esplendores da Vida Eterna. . .

A páscoa representa para os judeus, a libertação do cativeiro do Egito; o domingo da ressurreição, é para os cristãos, a libertação da ignorância, comprovando a existência da Vida Espiritual, após a alma se libertar da existência terrena, desencarnar, ou morrer.

Portanto, neste domingo devemos celebrar a Ressurreição de Jesus, lembrando o Mestre Amado, não como um morto, mas como a verdadeira Vida; não como uma sombra, mas como um extraordinário facho de Luz; não em agonia, mas em Harmonia e Paz; não com tristeza, mas com imensa alegria; pois Ele mesmo afirmou: “Eu sou o Pão da Vida” – “Eu sou a Luz do mundo” – “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida, e ninguém vai ao Pai senão por mim”. Se quisermos segui-lo, devemos amar a Deus, amar a nós mesmos e amar ao nosso próximo, essa é a grande Lei... 

Fontes:
Velho e Novo Testamento
Novo Testamento

Jc.
S.Luís, 17/4/2014
Refeito em 12/4/2017













domingo, 9 de abril de 2017

A JUSTIÇA NEGADA




 Uma juíza vendeu sentença a um traficante. Outra juíza manteve presa ilegalmente, uma menina de 15 anos, que foi brutalmente torturada pelos demais presos. Que punição elas receberam? Leia este artigo e apavore-se. Quando se fala de casos como os das juízas, a reação imediata dos defensores é:  “Mas por que falar disso agora? A quem interessa? O que está por trás?”
O CASO DA JUÍZA Olga Regina de Souza Santiago, do Tribunal de Justiça da Bahia, é de dar medo em qualquer brasileiro que imagina estar sob a proteção da lei. A juíza e a personagem central de uma história de negação absoluta de justiça – não se trata de injustiça, exatamente, mas de recusa do Estado em submeter um de seus agentes às leis  que valem  para o resto da população, prática que costuma ser encontrada apenas nos países mais totalitários do mundo. O que houve? Houve que a doutora Olga, em pleno exercício de sua função, recebeu dinheiro de um traficante de drogas colombiano como pagamento de propina para deixá-lo fora da cadeia – ela não foi, nem será punida por isso.
A juíza já vinha sendo investigada desde o distante 2007; agora, após quase dez anos de “processo disciplinar” e com todas as provas possíveis, de gravações de conversas a comprovantes de transferência bancária, o Conselho Nacional de Justiça declarou, enfim, que ela é culpada de corrupção passiva e outros crimes – e como única punição para isso deve se aposentar, com vencimentos integrais. O mais apavorante é que não houve nenhum favor especial para a doutora Olga, longe disso; apenas se aplicou o que a Justiça brasileira, desde 2005, considera ser a lei. É ou não para assustar?
Vamos falar as coisas como elas são: uma criança de 7 anos, ao ouvir uma história como essa, sabe que o final está errado. Como a Justiça pode decidir que alguém cometeu um crime e, exatamente ao mesmo tempo, não mandar para a cadeia quem praticou o crime?  Por mais respeito que se tenha pelos argumentos que tentam explicar tecnicamente a situação, quando apresentados pelos maiores cérebros jurídicos do país, está acima da moral comum,  entender que possa estar correto na recusa de aplicar as leis criminais a um cidadão pelo simples fato de que ele é um juiz de direito. Pois foi precisamente isso que aconteceu.
Qualquer outra pessoa, tendo feito o que a juíza Olga fez, seria condenada a até doze anos de prisão, pena agravada de um terço, pelo Artigo 317 do Código Penal Brasileiro; mas o máximo de castigo que se aplica a ela é que, deixe de ser juíza ao mesmo tempo. E mais: continuará recebendo o salário inteiro, pelo resto da existência (no seu caso, não se sabe  exatamente  qual  será  o  custo  disso para  o  contribuinte, que não cometeu crime algum, mas pouco não vai ser; já podem ir contando com uns 40 mil reais por mês,  pelo menos).
O pior de tudo é que não se trata de uma exceção; essa é a regra, e, se a regra é essa, está claro que o aparelho da Justiça Brasileira parou de funcionar como um sistema lógico. Não pode existir lógica quando o CNJ, o órgão de controle mais elevado do Poder Judiciário, aceita tomar decisões dementes. O resto, para 99%  dos seres humanos normais, brasileiros, é pura tapeação – de novo, com todo respeito. Quantos magistrados brasileiros estariam dispostos a admitir que existe alguma coisa insuportavelmente errada num sistema em que acontecem fatos como esse? O que temos aqui é uma tragédia permanente.
O CASO DA JUÍZA Clarice. Quase um mês antes da decisão sobre a juíza Olga Santiago, o mesmo CNJ resolveu que outra juíza, Clarice Maria de Andrade, do Pará, deve ficar dois anos afastada das funções, por ter se recusado a atender, também em 2007, a um pedido para retirar de uma cela do interior do estado, onde estava presa ilegalmente, uma adolescente com 15 anos de idade. Durante mais de vinte dias, a menina foi brutalmente torturada pelos demais presos, até, enfim, ser retirada dali – e, por causa disso, a juíza Clarice recebeu a aposentadoria compulsória em 2010. Achou que era uma injustiça. Recorreu da decisão, foi desculpada pelo Supremo Tribunal Federal  e agora recebe do CNJ a determinação de ficar afastada por dois anos – ou seja, nem aposentada ela acabou sendo. Mas ainda assim não está bom: a juíza Clarice vai recorrer da decisão, pois não aceita nem mesmo esse curto afastamento do cargo.
A Associação dos Magistrados Brasileiros manifestou-se a seu favor, publicamente.  Essa é a realidade. Simplesmente não há,  para os juízes, sentença contrária, pois mesmo quando são condenados, a decisão, na prática, é a favor – e ainda assim eles recorrem. O balanço final é um horror. De 2005 para cá, o CNJ examinou 100 casos de magistrados e todo tipo de acusação: corrupção, principalmente, sob a forma de venda de sentenças, mas também homicídio qualificado, extorsão, peculato, abuso sexual, e por aí afora.  Cerca de 30% dos casos acabaram em absolvição; nos restantes, a punição mais grave foi a aposentadoria compulsória ou, então, a aplicação de penas como “disponibilidade do cargo, censura ou advertência”. Há um ou outro caso, raríssimo, de prisão, é quando o processo corre fora do nível administrativo – e isso é tudo. O contribuinte banca dezenas de milhões com essas aposentadorias. Não há um cálculo exato de quanto, mas é caro, pois em nenhum estado brasileiro a média salarial dos magistrados é inferior a 30 mil reais por mês e em outros estados pagam mais, ela passa dos 50 mil.
É aí, nos ganhos dos juízes – além de procuradores e promotores de justiça --, que está outra aberração em estado integral. A Justiça brasileira gasta cerca de 80 bilhões de reais por ano, 90% dos quais vão direto para a folha de pagamento, que, pelas últimas contas oficiais, sustenta mais de 450.000 funcionários. A qualidade do serviço que presta é bem conhecida por todos. O gasto, porém, é um dos maiores do planeta. Cada um dos 17.500 juízes brasileiros custa em média 46 mil reais por mês, ou mais de meio milhão por ano. Em que outra atividade o custo médio do trabalho chega a alturas parecidas? Para os desembargadores à frente de tribunais de Justiça, essa média passa dos 60 mil reais por mês, e ainda assim estamos longe do pior.
É comum nas Justiças estaduais e na federal, salários mensais de 100 mil reais ou mais. O senador Renan Calheiros, que quer examinar melhor o assunto, cita muito o valor de 170 mil reais, e há casos comprovados de 200 mil reais ou mais. Como pode estar justo uma coisa dessas? Nossos juízes, que se dizem cada vez mais preocupados com a justiça social, parecem não perceber que estão sendo beneficiados por uma das situações de concentração de renda mais espetacular do mundo, resultado da distribuição simples e direta do dinheiro público a uma categoria de funcionários do Estado. Faz sentido, numa sociedade como a do Brasil? Não faz, mas é proibido tocar no assunto. Quando nos lembramos de casos como os das juízas Olga e Clarice, a reação imediata dos defensores do sistema é perguntar: “Mas por que tocar nessas histórias justo agora? O que há por trás disso? A quem interessa o assunto?”. Da mesma maneira, criticar as “dez medidas anticorrupção” tornou-se uma blasfêmia. Espalha-se a ideia de que ações  como a do senador Renan em relação aos salários, e as de outras políticas que pensam numa lei de responsabilidades com sanções mais severas para o abuso da autoridade, não valem nada, porque são feitas com más intenções; o que eles propõem pode até ser correto, mas seus objetivos finais são suspeitos. É tudo uma conspiração para “abafar a Lava Jato”. Não é essa a realidade que os militantes do Judiciário intocável aceitam; querem tudo exatamente como está. O resultado é, e continuará sendo a situação aqui descrita.
Eu, Jc, respondo a pergunta acima, dizendo que o assunto interessa a todos nós que bancamos do nosso bolso (como diz Heródoto Barbeiro) essas anormalidades financeiras, e, no meu entender, pergunto: “Por que não é cumprida no Judiciário e no Legislativo, a lei que determina que ninguém pode ganhar mais do que o salário de um Ministro do STF?”. Esse é o Brasil em que vivemos, cheio de corrupção, impunidade, mordomias e privilégios para algumas milhares de pessoas, enquanto milhões de outras pessoas trabalham, suam as roupas, sofrem e passam dificuldades, para sustentar essa casta de sanguessugas.

Fonte:
Revista “Veja” nº 2.505 – 23/11/2016
Artigo de J. R. Guzzo.
+ resposta a pergunta, questionamento,
e a situação em que vivemos.

Jc.   ( ortsac1331@gmail.com )

São Luís, 30/01/2017

COMO PRESERVAR A NATUREZA




  O Brasil possui uma das biodiversidades mais rica do mundo, onde existem as maiores reserva de água doce do planeta, uma em cada 10 espécies de plantas ou animais existentes, e um terço das florestas tropicais que ainda restam.
A preservação e a conservação da natureza é um dos principais assuntos da atualidade, sendo discutidas por governos, empresas, organizações não governamentais e ainda pela sociedade civil organizada, onde está representada a população brasileira. As florestas fornecem tantos benefícios para nós, diretos e indiretos, que os especialistas costumam dividi-los em quatro tipos, chamados de serviços ambientais ou ecossistêmicos, a saber:
Reguladores: As florestas realizam processos vitais e raramente recebem qualquer reconhecimento, como a proteção dos rios, a regularização do clima e das chuvas, o fornecimento do oxigênio e a retirada do carbono da atmosfera.
Provisão: Elas fornecem bens diretos – frutos, óleos, madeira e fibras que resultam em alimentos e matéria-prima para produtos e indústrias, como a farmacêutica, de cosméticos e da construção.
De suporte: Elas fornecem também benefícios indiretos para os seres humanos, como a formação dos solos, e o crescimento das plantas e promovem o equilíbrio dos ecossistemas.
Culturais: Representados no turismo, nos esportes, no lazer e nos bens  – recreativos estéticos e até espirituais – que são fornecidos pelas florestas, em função de nossa ligação com elas.
Para que as florestas e matas continuem garantindo esses essenciais serviços e não virem apenas madeira e carvão, os especialistas recomendam preservar a Natureza. A forma como ela é tratada vai determinar a extensão dos serviços ambientais e como eles serão transformados em benefícios econômicos e sociais. Boa parte do trabalho de manejar e preservar esses recursos recai sobre poucos indivíduos, enquanto os benefícios que traz são públicos e amplos para a sociedade. Seja você um defensor da Natureza.
Algumas décadas atrás, a Amazônia era uma paisagem plena de exuberante beleza natural. Entretanto, aos poucos, ela foi sendo invadida e agredida por gananciosos que a estão transformando. Estão desmatando a floresta para implantarem a exploração da madeira, dos recursos naturais, trazendo a reboque a criação de gado, a plantação de soja, o trabalho escravo e a invasão das terras indígenas e dos seus habitantes.
O ser humano destrói a natureza por ignorância, pois, não sabe os riscos que corre com a sua destruição, e também por interesses. Pensam apenas em se darem bem de qualquer jeito, esquecendo-se das consequências disso para o futuro, achando que nada acontecerá com ele e seus familiares, porque quaisquer que sejamos os resultados negativos, só acontecerão num futuro longínquo e seus descendentes não sofrerão as consequências. Vemos também o descaso e a falta de interesse das autoridades, que não se importam com o que acontece com o meio ambiente, achando que não é de sua responsabilidade. Observamos, então, em contrapartida, que a natureza está dando a resposta a tantos abusos e agressões que ela vem sofrendo durante séculos.
Praias sujas e poluídas é problema de quem vai tomar banho ou mora próximo; manguezal destruído não lhes faz falta; que lhes importa se amanhã não houver peixes e crustáceos. Poderão comprar filé para satisfazê-los. Os pobres que catem no lixo o que eles rejeitam. Proteção para as encostas, limpeza das galerias, canais e rios para evitar enchentes, para quê? Se cada um deles se encontra na sua mansão protegidos com suas famílias.
Por tudo isso, para preservarmos a natureza, é fundamental que a educação ambiental comece na família e na escola, e que cumpram as autoridades, o seu papel de proteção à natureza. A cada dia a natureza produz o suficiente para a nossa carência. Se cada ser humano tomasse apenas o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza e ninguém morreria de fome.
Atualmente, muito se tem falado sobre a reciclagem, o desperdício de água e luz e com a qualidade do ar. Entretanto, muitas pessoas pensam que o cuidado com a natureza é obrigação apenas dos governos, e não fazem nada para ajudar. Pois saiba que você com medidas simples faz a diferença. Veja as ações para colaborar com a natureza, evitando o desperdício e ainda pode economizar:
Água: Você sabia que...
- lavar a louça com a torneira aberta, vai gastar 100 litros de água;
- escovar os dentes e a torneira aberta, gasta cerca de 80 litros;                                                                                                
- lavar o carro  por 30 minutos, o consumo é de 560 litros de  água;
-lavar a calçada com mangueira, por 10 minutos, 280 litros de água;

Outras dicas:
-juntar as roupas a lavar e passar economiza agua, luz e tempo;
-durante o dia não deixe as luzes acessas, utilizando a luz natural;
-não coloque alimentos quentes dentro da geladeira e sempre que necessário, pois assim estará economizando energia;
-prefira pratos e copos de louça, o plástico descartável é um dos maiores poluidores e demora a se decompor.

Para que não sejamos prejudicados pelas nossas próprias ações, devemos cuidar das nossas atitudes para com o meio ambiente e procurar preservar a natureza para nosso próprio bem. Nas cidades onde existem rios e praias, é aconselhável mantê-las limpas para podermos utilizá-las, sem prejudicar a nossa saúde a do nosso cônjuge e dos nossos filhos e netos. Se assim não fizermos estamos sujeitos a contrair doenças com o nosso proceder.
Você já parou para pensar sobre o que acontece com o lixo que jogamos nos rios, nas praias e no mar?  Isso pode resultar na matança dos peixes e aves e ainda resultar em centenas de anos de poluição para o meio ambiente, prejudicando todos os que se servem dos rios e das praias para o lazer e o banho.  Lembre-se de que, ao recolher o seu próprio lixo e dar-lhe a destinação certa, você estará garantindo a sua saúde e dos seus entes queridos.  Quando você for a uma piscina, um rio ou à praia, em lazer com a sua família, tenha o cuidado de levar sempre uma sacola plástica para recolher o seu lixo e evitar a contaminação dos locais.
Assim fazendo você estará demonstrando que se preocupa com a natureza e evitando que ela se contamine e continue sempre limpa. Para que você tenha uma noção da poluição proporcionada por alguns produtos, veja a duração que eles levam para se decompor:
Ponta de cigarro =  5 anos.   Camisinha =  300 anos.     Chiclete =  5 anos.    Copo plástico =  50 anos.    Fralda descartável = 1 ano. Garrafa plástica =   400 anos.  Isopor =  8 anos.    Jornal = 6 meses. Latinha =  20 anos..   Linha de nylon = 50 anos   Papel =  6 meses. Palitinho = 6 meses.  Pano = 9 meses  Pedaço de madeira = 10 anos.   Prancha de isopor = 80 anos.  Pneus = 600 anos.  Saco plástico =  100 anos.   Tampinha =  150 anos.  Vidro =  4 mil anos.
Se você é fumante e ainda não conseguiu se livrar desse vício tão prejudicial à saúde que polui a atmosfera, não fume dentro de casa para não transferir esse problema para os seus familiares. O vício do fumo começa geralmente na adolescência, como um motivo de afirmação junto ao grupo. Essa experiência, nessa fase, poderá se transformar em um vício que às vezes leva até a morte prematura.
Quando eu me casei pela segunda vez, minha esposa fumava e dizia que era por esporte e que deixaria de fumar assim que quisesse. Durante o período em que ela foi fumante eu não permitia que fumasse dentro de casa e nem no carro, para evitar que eu aspirasse a fumaça e fosse prejudicado na minha saúde. Certo dia, eu disse a ela que eu já fora solteiro, noivo, casado, desquitado, divorciado e estava casado novamente, faltava apenas ser viúvo, e que se ela continuasse fumando, possivelmente eu seria o seu viúvo, apesar de eu ter a idade de 80 anos e ela apenas 56 anos.
Ela ficou tão impressionada e com receio de morrer que tomou uma atitude: Apanhou a carteira de cigarros e a jogou fora. Desse dia em diante não mais fumou. Depois de algum tempo sem fumar foi que ela tomou conhecimento do incômodo que representa uma pessoa fumando junto a outras que não têm esse vício. Hoje ela não suporta que fumem perto dela. O mesmo aconteceu com sua irmã que também era fumante.  A natureza, eu, minha filha, meus netos, agradecemos pela atitude que elas tomaram, abandonando o cigarro. 
Quando você estiver fora de casa, nunca jogue papel, plásticos ou outro qualquer objeto descartável na rua, pois, eles podem ser levados pela chuva até os bueiros, entupi-los ou serem levados pelos esgotos para o mar, onde estarão poluindo a natureza. Procure um coletor de lixo (reciclável se houver) para colocar o que você deseja descartar e ele ser reaproveitado posteriormente.
Muitas outras medidas de preservação da natureza são necessárias para que tenhamos um ar saudável, uma água potável excelente e um ambiente sadio e agradável. Basta apenas que tenhamos consciência de que devemos contribuir para preservar a Natureza.

Fonte:
Revista “Cláudia”- 09/2011 – Revista “Máxima”-01/2003                                                                                                                                                          
Internet – Preservando a Natureza
+ acréscimos e modificações.

Jc.
S. Luís, 25/02/2017

sexta-feira, 31 de março de 2017

O CUIDADO DOS DIABÉTICOS COM OS PÉS




  Uma das complicações mais comuns do excesso de açúcar no sangue, o chamado pé diabético também é a principal causa de amputações no país depois dos acidentes. Mas dá para evitar esse desfecho.
Porque complica:  As razões fisiológicas que armam o palco para o pé diabético: Baixa imunidade. A má circulação provocada pelo excesso de açúcar no sangue diminui a escolta de células de defesa prontas para agir quando preciso. Falta de sensibilidade. A alta da glicose leva a danos nos nervos periféricos, que não captam e repassam estímulos como a dor. Daí a pessoa mal nota encrencas no pé. Deficit na cicatrização. O diabete descompensado dificulta a regeneração de áreas lesadas, o que deixa a porta aberta para micróbios atacarem.
A situação chega a ser corriqueira: o diabético fere o pé ao caminhar por aí, só que não sente nada na hora. Mais tarde tira o tênis ou sapato e nota o ferimento. Aí faz um curativo e pensa que tudo está resolvido. Sem causar alarde, porém, o ferimento evolui ao longo de semanas – o diabético já reduziu a sensibilidade nas extremidades do corpo --  e dá lugar a uma infecção, que, por fim,  se alastra. Quando a pessoa procura um hospital, a lesão se agravou a ponto de a única saída ser a amputação de uma parte do membro... Pense agora que essa história com final infeliz poderia começar  com uma bolha, uma frieira, uma topada numa cadeira.
O quadro esclarecido acima e que progride de forma silenciosa – em algumas situações, só um formigamento acusa algo errado – é conhecido como pé diabético. Falamos da causa número um  de amputações no país. Segundo o Grupo de Trabalho Internacional para o Pé Diabético, um caso ocorre a cada 20 segundos no mundo. “Até alguns anos atrás, o diabético com lesão no pé era levado para a amputação. Felizmente isso mudou, mas ainda é uma realidade em várias regiões do país”, relata a endocrinologista Hermelinda Pedrosa, representante do grupo no Brasil.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, as feridas nos membros inferiores estão presentes em 5% dos usuários do SUS com diagnóstico  de diabete há menos de dez anos e em 5,8% em  pessoas com mais de uma década da doença – homens tabagistas e portadores de insuficiência renal e cardíaca são os mais vulneráveis. Não é um número pequeno se considerarmos que existem pelo menos 16 milhões de pessoas com diabetes no país. Tanto é que o próprio Ministério da Saúde acaba de lançar o “Manual  do Pé Diabético”, um guia com os cuidados básicos para evitar e remediar a complicação, que hoje representa 20% das internações de pessoas com diabete no Brasil.
Mas por que, nesses casos, o corpo não cura uma ferida tão pequena? – E por que é tão comum o machucado passar batido? O motivo está numa característica típica do diabete descontrolado, a sobrecarga de açúcar no sangue, uma boa parte acompanhada de muita gordura trafega pelos vasos e impede uma boa circulação, o que leva um monte de células a morrer de fome. Nesse cenário,  o sistema imune fica capenga, a regeneração dos tecidos anda a passos lentos e  os nervos periféricos sofrem. “A glicose elevada destrói a camada que protege o nervo. Assim ele fica mais sensível aos danos causados pelas mudanças de PH do sangue ou de temperatura”, explica o médico Carlos Peixoto, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, do Rio de Janeiro.
Sim, é uma complicação e tanto, mas a boa notícia é que o problema pode ser evitado e a prevenção começa dentro de casa. A primeira regra é controlar as taxas de açúcar no sangue, fazendo a rotina de uma dieta equilibrada, exercícios e, se for o caso, tomar remédios  para regular os níveis de glicose, colesterol e triglicérides. “Quem convive muito tempo com a glicose elevada corre maior risco de ter um infarto, AVC, insuficiência renal e também o pé diabético”, lembra o cirurgião  vascular João Paulo Tardivo, do Centro de Tratamento do Pé Diabético da Faculdade de Medicina do ABC, na grande São Paulo.
A segurança dos membros inferiores pede ainda cuidados extras, como cortar as unhas evitando ferimentos, enxugar  bem os dedos, evitar andar descalço (veja a lista abaixo).
Manual de Cuidados: Regrinhas básicas para evitar complicações de pé diabético:  Autoexame:  Avalie diariamente os pés em busca de micose, machucados ou sinais estranhos como vermelhidão. Estimule os dedos do pé para ver se eles estão sensíveis ao toque.   Corte de unhas  Mantenha-as aparadas, para evitar que você arranhe  os pés e crie feridas durante o sono ou a prática de exercícios físicos.  Pós-banho Seque bem os pés para evitar frieiras. Vale a pena hidratá-los a fim de limitar o ressecamento, que os deixa suscetíveis a lesões – só não passe creme entre os dedos. Calçados   Evite sapatos ou tênis apertados e desconfortáveis, para não sofrer com bolhas e calos, ou abertos, para escapar de arranhões. Porém, não andar descalço por aí.  Meias  É preferível optar pelos modelos de algodão. As de material sintético, como náilon, fazem os pés suar mais e a umidade dá margem para a micose aparecer e se perpetuar.
O acompanhamento é fundamental. É comum os diabéticos procurarem o consultório ou o hospital quando já estão com uma infecção no pé relativamente avançada. Se você é diabético e, por acaso, sofreu algum ferimento, ou já está com algum machucado sem sinal de melhoras, aconselho procurar um médico quanto antes. “Existem recomendações internacionais de que todo paciente com pé diabético deve receber atendimento em 24 horas”.                                           
Nas situações em que a ferida já é muito extensa, os especialistas recorrem a métodos que aceleram a cicatrização. Um deles é a oxigenoterapia hiperbárica, que tem o aval do Conselho Federal de Medicina. Nela, o paciente fica uma hora e meia, dentro de uma máquina que lembra um submarino, onde a pressão atmosférica é muito menos do que a do nível do mar, e a concentração de oxigênio no ar chega a 100%. Esse ambiente estimula a produção de colágeno, proteína vital na regeneração dos tecidos. “A técnica reduz o tempo de tratamento e o risco de amputação”, destaca o infectologista Ivan Marinho, chefe do Centro de Tratamento de Feridas do Hospital São Camilo, na capital paulista.
Outro recurso é a fototerapia dinâmica, originalmente voltada para o combate ao câncer  e que começou a ser aplicada no pé diabético por Tardivo em 1987. O método consiste em introduzir um cateter pela ferida até chegar à porção comprometida e por meio dele são injetadas substâncias que, ao reagirem com a luz, destroem  as bactérias alojadas. As sessões duram dez minutos e são feitas até que a infecção seja eliminada. Embora  aguarde regulamentação, a fototerapia se mostrou eficaz em prevenir as amputações, conforme dois estudos conduzidos por Tardivo no ABC paulista.
Fonte:
Revista “Saúde é Vital” – 11/2016
+ Pequenas modificações

Jc.

São Luís, 7/12/2016

A FAMÍLIA E AS DROGAS




 Uma das grandes preocupações dos pais, nestes tempos modernos, é a possibilidade do filho ou filha se envolver com drogas. O jovem inexperiente entra para esse mundo por algum motivo, sem raciocinar: ávidos de novidades, curiosidade, rebeldia, pressão do grupo em que convive, prazer em experimentar algo proibido, e ainda por se sentir abandonado e esquecido pelos pais, revoltando-se contra eles e a própria existência. Quando a criança cresce sem orientação e sem ter dentro de si, valores morais e religiosos, que os pais poderiam ter-lhe ensinado desde a infância, pode ela, em algum momento de sua existência, por insegurança, por frustração ou falta de orientação, buscar algo que supõe trazer-lhe a paz e o prazer – a droga.

“Drogas são todas as substâncias passíveis de causar dependências e devem ser encaradas dessa maneira”, afirma o psiquiatra Romildo Bueno, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.  O psiquiatra diz ainda que não adianta fazer campanha contra certas drogas, se a sociedade é consumidora de tantas outras. Os refrigerantes do tipo Cola cafezinhos e chá preto, também contém uma substância com poder de dependência com teor mais baixo, que é a cafeína. Ela pode causar a necessidade de se tomar muitos cafés por dia, mas não é tão compulsiva quanto à nicotina do cigarro. A nicotina atinge não só o sistema nervoso central como o periférico, provocando excitação, que varia de pessoa para pessoa. Há pessoas que fumam 60 cigarros por dia e se consideram bem do ponto de vista intelectual, mas não se pode dizer o mesmo quanto à sua resistência física. O excesso de nicotina no organismo causa torpor, reduz o apetite provoca hipertensão, enfisema e o câncer nos pulmões.

Em geral, as drogas pertencem a dois grupos: - os excitantes e os depressores do sistema nervoso central. A pessoa se torna dependente para buscar o prazer, ou para evitar o desprazer, como nos casos dos sedativos. Como a droga não é metabolizada, pois não há enzima para processá-la, ela permanece atuando; é a chamada “onda”. Sob seus efeitos, o usuário se torna mais resistente à fadiga, cansaço, mas também fica com os reflexos retardados e mais irritáveis, dorme menos, havendo ainda uma redução da fome.

A maconha é a mais popular, e a heroína é a droga que mais rápido vicia. Já o crack é produzido a partir da cocaína, contendo éter, que também causa dependência e tem um efeito devastador. Atualmente, os excitantes mais conhecidos e mais usados são a cocaína, LSD, ecstasy, o “kit suicídio”, que provoca o vampirismo; espíritos desencarnados que junto a fumantes, bebedores e drogados, absorve os fluidos dos viciados, além de desenvolver outros tipos de dependências, causando danos e até a morte.

A passagem do adolescente para a fase adulta, desperta conflitos, que muitas das vezes podem trazer sérias consequências, tanto para ele, quanto para aqueles com quem convive.  É uma fase em que os pais precisam estar muito atentos, pois ao menor descuido, podem se deparar com um dos problemas que mais os aterrorizam – as drogas.

Antes que aconteça algo, é preciso saber conversar com o filho ou a filha, para evitar que eles e, consequentemente, toda a família, caiam nessa armadilha dolorosa. Portanto, se não querem que esse mal se instale dentro de suas casas, tomem algumas providências. Cabe aos pais, inicialmente, orientar o adolescente sobre o perigo, para que ele se torne resistente aos assédios de más companhias e de traficantes. Observem o comportamento e tentem perceber se ela ou ele tem complexo de alguma natureza; se mostra um comportamento agressivo ou anda com pessoas que possam influenciá-lo negativamente. Qualquer um desses indícios podem se constituir em fator de risco, para que ela ou ele se envolva com as drogas.

Os traficantes nos dias de hoje, sabedores que nesta fase se consegue o viciado de amanhã, estão levando para o mundo das drogas, meninos e meninas de 9 anos para cima. É próximo das escolas que eles encontram um bom lugar para se posicionarem ao “ataque”, e isso é feito o mais dissimuladamente possível. O jovem que se inicia nas drogas, porque não foi conscientizado pela família ou pela escola, experimenta por curiosidade, modismo, fuga de problemas, imitação, etc. – A solução do problema está na educação preventiva, na família.

Ao se revoltar contra a própria existência e os pais, o jovem fica mais predisposto à depressão e usa a droga como substituto da falta de atenção e afeto. A droga passa então a ser tudo na sua existência e passa a viver uma obsessão. Certos jovens não concordam com a atitude do pai que, sempre bebeu cerveja, e que hoje não quer que o filho faça o mesmo nas festas e com os amigos. Muitos pais não têm consciência de que tudo o que fazem, exerce influência na existência dos filhos. Por ignorar isso, o pai abriu as portas, mas a decisão de aceitar ou não o vício, é só do filho.

Se você mãe ou pai sentir dificuldade de chegar até seu adolescente, para orientá-lo, há outras formas de resolver a questão. Fale com o parente com quem ele se identifica e peça para comentar o assunto reservadamente com ele, alertando-o sobre os sofrimentos que vai passar e causar aos seus familiares. Outra maneira é alugar uma fita (dvd) que aborde o tema e convidá-lo para assistir. Vá, ao longo da exibição, tentando iniciar um diálogo sobre o assunto para despertar sua curiosidade e para a formação de conceitos sadios sobre o que são as drogas e as desvantagens de seu uso.

O jovem que se droga chega às vezes até a perder a sua identidade e a caminhar para a marginalidade. Vários depoimentos de adolescentes revelam situações de desajustes no lar, brigas entre os pais, separações, falta de diálogo na família, e outras razões. Entretanto, aqueles que são mais assistidos com atenção, carinho, amor, e recebem dos pais, noções sobre os valores morais e espirituais, sentem-se culpados ao experimentarem algum tipo de droga e a abandonam antes de se tornarem dependentes. Outros mais fragilizados, sem noções religiosas que lhes mantenham a fé e a esperança na existência, sem uma orientação, acabam caindo nas malhas dos tóxicos; começam pelo “inocente” cigarro. O uso das drogas, repetimos, tanto é prejudicial ao viciado como traz implicações e sofrimentos aos seus familiares.

Para melhor orientação, damos a seguir as características de um jovem usuário de drogas,  que são: 1- mudança de comportamento; 2- irritabilidade e explosão nervosa; 3- inquietação, impaciência, agressividade; 4- depressões, estado de angústia sem motivo; 5- queda do rendimento escolar ou desistência; 6- insônia constante; 7- isolamento; evita contato com amigos e familiares; 8- mudança de hábitos; 9- falta de apetite; 10- desleixo pessoal; 11- olhar vago; 12- dilatação das pupilas e olheiras; 13- rir de coisas sem graça; 14- desaparecimento de objetos de valor, insistentes pedidos de dinheiro; 15- más companhias; os que o iniciam no vício, passam a fazer parte do seu dia-a-dia.

Os pais modernos concorrem de certa forma para esse estado lamentável, de vez que passam muito da existência, como loucos, em busca de uma situação financeira adequada, para dar à família, tudo o que o dinheiro pode proporcionar; casa agradável, automóvel do ano, casa de praia, viagens turísticas e outras coisas que nem sempre são necessárias. E para isso, correm de um emprego para outro, sem tempo de viver, de dialogar, de passear e brincar com os filhos, esquecendo também de conviver com a companheira. As crianças crescem e os pais deixam passar o melhor tempo sem ouvirem os detalhes da existência do filho, sem lhes dar a devida assistência. Deixam de levá-lo à escola, de participar das reuniões de pais, das festinhas colegiais, de ouvi-los quando querem atenção.

Nestas circunstâncias, os filhos se sentem abandonados, pois o pai está distante e a mãe também ocupada, ambos sem tempo para atendê-los, dando liberdade como compensação, sem se preocuparem com um mínimo de vigilância. Outros pais, para não serem acusados pela consciência, procuram dar aos filhos, brinquedos, celular, videogame, dinheiro, e os deixam aos seus instintos. Essa situação ocorre em qualquer nível social. Ao se observar os menores abandonados de rua, a pergunta que sempre se faz, é: onde estão os pais dessas crianças? Por que a família está desagregada?

Existem filhos órfãos de pais vivos, porque eles estão entregues a outras pessoas, enquanto o pai vai tratar dos negócios e a mãe de outros assuntos, ficando a família desunida, sem diálogo, sem convivência, sem carinho e amor.  E é essa convivência que solidifica a família, cria a fraternidade entre irmãos e resolve os problemas na base do entendimento. Na falta desse convívio, há irmãos vivendo o crescendo como verdadeiros estranhos; não brincam, não saem juntos, pouco conversam e para falar com os pais, quase é preciso marcar hora, tal o descaso para com os filhos. Nessa situação de desarmonia, geralmente surge à agressividade entre irmãos e o desrespeito para com os pais.

Os problemas entre irmãos começam a se formar já no nascimento do primogênito, segundo o psiquiatra infantil, Alfredo Castro Neto, que diz: “No primeiro filho se concentra todas as expectativas do jovem e inexperiente casal”. Esses pais esperam mais do primeiro filho e por isso lhes dão melhores condições. Muitas das vezes, a criança ao invés de receber carinho e amor, recebe as pressões para realizar as expectativas, não realizadas pelos pais, ao longo de sua existência. Melhor dizendo: Se o pai desejava ser médico e não conseguiu, vai querer exigir que o filho ou filha realize o seu desejo, mesmo que ele ou ela não tenha vocação para tal. Normalmente possuem um álbum de fotos dele e se inquietam mais por ele. Quando nasce o segundo filho/a, o primogênito perde para o menor, boa parte da atenção dos pais e ainda ganha um rival. Se os pais procuram privilegiar um dos filhos em vez de amá-los igualmente, estimulam a disputa entre eles e o caos familiar estará formado.

Para a psicanalista Alice Bitencourt, “os irmãos rivais disputam entre si, muita das vezes sem saber, o afeto dos pais”. Esta situação infantil se transforma em hostilidade na existência adulta, sempre causadora de muitos problemas,  frustrações e sofrimentos, levando-o as vezes, até às drogas. O que os pais devem fazer para evitar que seus filhos virem rivais?  Algumas coisas, como aquela frase: “Tem filho que se gosta mais que o outro”, deve ser abolida. Outra frase que nunca deve ser dita: “Fulano é muito estudioso, mas sicrano é um desastre, pois só tira notas baixas”. Muitas das vezes, o segundo tem estima baixa e precisa de estímulo e apoio, ao invés de crítica; e as notas baixas pode ser um pedido de atenção e carinho, e não um sintoma de falta de inteligência.

Os danos emocionais desta conduta dos pais atingem os filhos e se propagam em seus dependentes. Outra observação que se faz, é a de que um pai ou mãe que não recebeu carinho e amor, quando criança, sentirá dificuldade de amar os filhos; quem não tem, não pode dar. Às vezes o que acontece são os pais projetarem seus desejos de glória num filho e seus fracassos em outro. O resultado é que tentarão tornar bem sucedido um, enquanto ao outro sequer farão esforços para evitar suas derrotas. Nesse ambiente familiar, é comum surgir por força dessas circunstâncias, a figura do jovem inseguro que, com receio de enfrentar a vida e suas responsabilidades, assume a atitude do estudante crônico. Renunciar aos estudos, seria desastroso para os pais e o condenaria ao fracasso; se diplomar em alguma atividade, significaria mudar sua existência, enfrentar desafios, assumir compromissos e responsabilidades. Como ele tem medo de enfrentar os problemas, a alternativa é permanecer como estudante crônico, parar o relógio de sua existência, sem deixar a comodidade de filho amparado, sem querer assumir compromissos, um casamento e a posição de pai e chefe de família. Crescer é uma opção que exige um mínimo de determinação e de coragem.

Em qualquer destas situações, a tristeza e o sofrimento é grande quando os pais se defrontam com um filho/a que, às vezes, esquecido e abandonado, busca  na rua ou na droga, a companhia, o afeto ou o alívio para sua tristeza, angústia e depressão. Um adolescente em recuperação em clínica especializada dá uma mensagem: “Agarre a oportunidade que aparecer e saia desse inferno. Volte a ter sua identidade; não há recuperação sem esforço, O seu pior inimigo está lá fora. Não experimente, para não se arrepender depois”.

Quando um jovem é descoberto usando drogas, ele precisa de compreensão, orientação, apoio e amor dos pais para sair desse inferno. Os sermões, as críticas e as ameaças, só o afastam do ambiente familiar. Um filho viciado em bebidas alcoólicas ou em drogas é um doente que precisa de cuidados, remédios, orações para sua reabilitação. Às vezes, os iniciadores dos vícios dos filhos são os pais com seus atos anormais, ao lhe darem cigarros ou bebidas alcoólicas, por brincadeira ou para divertir aos amigos, além dos exemplos negativos que transmitem e que vão ser imitados pelos menores inexperientes. Não induzindo as crianças a essas atitudes, não lhes dando exemplos negativos, certamente que as possibilidades do filho se tornar um viciado, serão mínimas.

O jovem precisa ter muita força de vontade para abandonar a droga, e o apoio da família é fundamental nesse processo de recuperação. Há necessidade também de tratamento espiritual, pois a dependência da droga é sempre acompanhada por um processo obsessivo. O trabalho de assistência médica e social fornece o equilíbrio nos momentos difíceis, e o estudo do Evangelho e as orações auxiliam na angústia e colaboram muito para o reajuste da existência. Em tempos modernos, a reflexão sobre esses assuntos, é necessário para que pais e filhos vivam em harmonia com os semelhantes e a sociedade.

Ser amigo e companheiro dos filhos são um dever dos pais. Não deixar, ele procurar lá fora, aquilo que ele tanto precisa dentro do lar. Somos responsáveis indiretamente pelo comportamento e ainda pelo procedimento dos nossos filhos. Deus os colocou sob nossa guarda, e pelos seus atos, oriundos dos nossos exemplos e orientações, comodismo e indiferença, responderemos ante as Leis Divinas. O filho ou filha é o maior tesouro que Deus nos confiou. . .  também  é a continuação da família, do nome e da vida. . .


Que a Paz do Senhor, esteja em nossos corações.


Bibliografia:
Romildo  Bueno
Alfredo Castro Neto
Alice Bitencourt
+ acréscimos e modificações

Jc.
S.Luis,
23/7/1995 – 20/01/2009
Refeito em 26/3/2017