sábado, 24 de agosto de 2013

A VIDA, CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO?






  
Sabemos que há vida em toda parte ao nosso redor. Evidencia-se no zumbido dos insetos, no canto dos pássaros, na vegetação rasteira e nos animais. Existe vida nas regiões polares e nos escaldantes desertos.  Apresenta-se a vida nos ares, na terra, no mar, e até nas mais escuras profundezas. Em baixo dos nossos pés, trilhões de micro-organismos operam o solo, tornando-o fértil para as plantas que sustentam outras formas de vidas. A Terra está cheia de vida, tão abundante e variada a ponto de desafiar nossa imaginação.

 

Este planeta e todos os seus habitantes – como vieram a existir?  Fomos criados ou evoluímos? Muitas pessoas certamente dirão: “Pouco importa qual seja a minha origem, eu estou aqui e certamente viverei 30, 50 ou 80 anos, quem sabe? Quer tenha sido criado, quer tenha evoluído, isso não faz nenhuma diferença para mim”. Pelo contrário, poderá fazer muita diferença, saber como se vive, as condições em que vivemos, porque toda nossa atitude para com a vida e nosso futuro, é influenciada por nosso conceito sobre a origem da nossa vida e de tudo o mais que nos cerca...

 

Vamos analisar rapidamente o que seja criação e evolução.

 

O termo criação ,  é a confirmação de que o surgimento de seres vivos, só pode ser explicado pela existência de Deus, que projetou e fez o Universo e todas as espécies básicas de vida sobre a Terra.

 

O termo evolução,  por outro lado, refere-se à evolução orgânica e aceita a teoria de que o primeiro organismo vivo se desenvolveu de matéria abiótica (sem vida), e se desenvolveu em diferentes espécies de seres vivos e de todas as formas de vida que já existiram e existem na Terra, incluindo o ser humano. E ainda, que tudo foi realizado sem inteligência ou intervenção sobrenatural, isto é, nega-se a existência de uma inteligência superior que tudo criou. É verdade que há profundas diferenças entre a teoria da criação relatada por Moysés, no livro Gênesis e a teoria da evolução.

 

Antes de prosseguirmos sobre o tema, vamos refletir sobre algumas coisas:

 

Coisas grandes:  Um por do sol que transforma o céu poente num resplendor de cores. Um céu noturno repleto de estrelas. Uma floresta cheia de majestosas árvores. Cadeias de montanhas, com seus picos nevados, brilhando ao sol. Oceanos agitados pelos ventos, as quedas d’agua das cachoeiras de Foz de Iguaçu, com seus arcos-íris multicolores. Tais coisas nos enchem de admiração.

 

Coisas pequenas,  Pequenino pássaro voando bem alto sobre o oceano Atlântico, a caminho da América do Sul, guiado por seu instinto migratório, seguindo seu rumo por vários dias e por mais de 3.800 quilômetros, a exemplo dos maçaricos que encontramos na praia de Panaquatira, na cidade de São José de Ribamar, no estado do Maranhão – é muita coragem e determinação para pássaros de poucos penas. Gaivotas que dessalinizam a água do mar para beberem. Isso também nos enche de admiração e de espanto.

 

Coisas engenhosas,  Morcegos que empregam o sonar, para evitar se chocarem com algum objeto. Polvos que empregam a propulsão a jato. Aves que são tecelãs e que constroem habitações, como o “João de barro” existente no Planalto Central. Vaga-lumes com seus faroletes.

 

Coisas simples,  Coisas que normalmente julgamos insignificantes; tais como: um sorriso, um aperto de mão, uma palavra bondosa, um afago a uma criança, a brisa dos ventos, o canto dos pássaros...

 

Quando refletimos sobre tais coisas; grandes que nos assombram, pequenas que despertam nossa admiração, engenhosas que nos fascinam, e simples que não damos valor, interrogamos:  Como podem tais coisas serem explicadas?

 

Muitas coisas que antigamente eram apenas teorias; algumas foram confirmadas, outras modificadas por fatos sólidos, verdades, muitas outras abandonadas, esquecidas. Por exemplo: Antigamente acreditava-se que a Terra era plana. Atualmente já sabemos que ela é esferóide. Acreditava-se também que a Terra era o centro do Universo e que os outros planetas e céus giravam em torno dela. Hoje sabemos que é a Terra que gira em órbita ao redor do sol, e que o planeta em que vivemos é um dos mais insignificantes...

 

Aristóteles, o biólogo gênio da antiguidade, que viveu nos anos 384 A/C, falando em suas obras sobre reprodução, por faltar-lhe recursos como um simples microscópio, admitiu a tese da autobiogênese.  Pouchet, em l876, fazendo experiências, também por não ter condições ideais, toma posição em favor da mesma tese.

 

Luis Pasteur, em l894, estudando a obra de Pouchet, escreveu-lhe, rebatendo a sua afirmação, quando diz: “Tenho a impressão que o senhor se equivocou, não quando diz que acredita na autobiogênese, mas quando afirma tê-la provado em definitivo. Na ciência, é um mal não duvidar enquanto os fatos não permitirem uma conclusão categórica.” Em face dessa divergência, Pasteur passou a testar e fazer experiências, até poder dizer: “A autobiogênese, que significa a geração espontânea dos seres vivos, é uma quimera, um engano. Nada comprova que os seres microscópios tenham aparecido no mundo sem germes, sem antecessores semelhantes a si. Os que afirmam o contrário, estão sendo vítimas de ilusões, de experiências mal feitas, cheias de erros, que não souberam perceber ou evitar.” Pasteur foi um  gigante que se levantou contra  a tese da evolução que considerou errônea.

 

Allan Kardec, ao publicar “O Livro dos Espíritos” em 18 de abril de 1857, confirma a tese da criação defendida por Pasteur, ao interrogar os Espíritos Superiores e receber a resposta: Tendes um provérbio que diz: “Pela obra se reconhece o artífice. Olhai a obra e sabeis que o homem não a fez. Ela é produto de uma inteligência superior à Humanidade; essa inteligência é a causa primeira de todas as coisas, qualquer que seja o nome dado pelo ser humano.”

 

Charles Darwin, o defensor da teoria da evolução, ao publicar em l859, dois anos após o aparecimento de “O Livro dos Espíritos”, sua obra intitulada “Origem das Espécies”, criou sua teoria que se baseia em quatro pontos:

1º-A seleção natural. Triunfo dos mais fortes. O menos forte não deixa descendência; 2º- Transmissão dos caracteres hereditários; 3º- Origem única das plantas e dos animais. Todos os seres que já tiveram vida ou ainda a têm podem ter origem de uma única forma primitiva; 4º- A origem da vida é fruto de uma evolução. O homem é fruto da evolução.  Entretanto, ele mesmo se contradisse ao dizer: “Deparamo-nos aqui com a suprema ironia de que um livro, que se tornou famoso por explicar a origem das espécies, na verdade não faz nada disso.”

 

O astrônomo Robert Jastrov sobre a origem da vida, disse: “Não dispomos de uma resposta taxativa; os cientistas jamais tiveram êxito em reproduzir as obras da natureza com base na abiótica.” E concluiu: “Os cientistas não têm prova de que a vida não foi um ato de criação”.

 

Para ilustração, tomemos como exemplo a visão humana. A retina humana faz inveja aos cientistas especializados. Seus l00 milhões de bastonetes e de cones, e suas camadas de neurônios, realizam pelo menos l0 milhões de cálculos por segundo, para realizar a visão. Se isto acontece somente com o olho, que dizer então do cérebro, do coração e do resto do corpo humano?

 

Os cientistas conseguiram obter, por meio de escavações, milhares de ossos e outras evidências de existência no passado, que são chamados de fósseis. Darwin ficou embaraçado com os fósseis, porque não comprovaram uma cadeia gradual de evolução. Este fracasso fez com que os cientistas evolucionistas considerassem que a vida deve ter se originado no espaço sideral, e daí, vindo flutuando até a Terra, o que é impossível, dada às temperaturas em torno da Terra.  Entretanto, se a vida sob qualquer forma preexistia nos espaços cósmicos ou em outros planetas, seria preciso saber como surgiu nesses locais.  Para esses cientistas vaidosos, que não aceitam em Deus como criador, a vida começou espontaneamente, como se o nada pudesse criar vida inteligente, e não sabem explicar a origem do Universo.

 

Já a teoria da criação, conforme nos relata Moysés no livro “Gênesis”, indica que a Terra já existia bilhões de anos antes do primeiro dia ali indicado. O termo dia, conforme  empregado na Bíblia, pode significar longos períodos como séculos ou milênios.  Vejamos o que diz Gênesis sobre os “dias” da criação:

 

1º dia – Disse Deus: “Venha á luz; então veio a haver luz”;

2º dia- “Venha a haver uma expansão entre as águas e ocorra uma separação entre águas e águas”;  

3º dia – “Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar e apareça a terra seca e as plantas terrestres”;

4º dia -  “Venha a haver luzeiros na expansão dos céus para fazerem separação entre o dia e a noite, e eles terão de servir de sinais para dias, anos e épocas”; e assim se deu.

5º dia -  “Produzam as águas um enxame de almas viventes e voem criaturas voadoras sobre a terra, na face da expansão dos céus”;

6º dia -  “Produza a terra, almas viventes segundo suas espécies, animal doméstico e animal selvático na terra, segundo sua espécie”, e Deus prosseguiu, dizendo: “Faça-se o homem à nossa imagem”.

 

Muitas pessoas acham difícil aceitar este relato sobre a criação. O relato de Gênesis sobre a criação revela as categorias de animais e plantas com suas muitas variedades, porém se reproduzindo apenas “segundo as suas espécies”. Os fósseis forneceram essa confirmação. Wallace Pratt, geólogo de fama, falando sobre a criação, disse o seguinte: “Se eu tivesse que explicar a origem da Terra e o desenvolvimento da vida sobre ela, a um povo simples e ignorante, tal como o das tribos a quem foi dirigido o livro de Gênesis, dificilmente poderia fazê-lo melhor do que como foi dito”. Observou também, Wallace, que a ordem dos eventos narrados na Bíblia, desde a origem dos oceanos, passando pela emergência do solo seco, até o aparecimento da vida marinha e daí, o das aves e dos animais, é a seqüência real das principais divisões do tempo geológico.

 

Se Deus se serviu de Moysés para apresentar a Sua lei, no Monte Sinai, que é conhecida como o Decálogo, não poderia ter também intuído a ele, em forma rudimentar, como apareceu a vida e tudo mais que existe na Terra?...

 

Finda esta exposição, temos que chegar a uma conclusão lógica. O que se ajusta aos fatos? - A criação nos informa que a vida só procede de vida anterior; criada por uma Inteligência Superior – Deus. A evolução declara que a vida se originou da não vida por evolução química espontânea; Os fatos. Comprovam que a vida só procede de vida anterior; não existindo meios do código genético complexo, ser fruto do acaso.

 

Tomemos um pequeno exemplo: Um relógio é produto de um projetista inteligente.  E a precisão que existe no Universo, não é obra de um projetista de inteligência superior à Humanidade?  Entre as condições precisas que são vitais à vida na Terra, acha-se a quantidade de luz e calor recebidos do sol. A Terra obtém apenas pequena fração da energia solar, entretanto, é exatamente a quantidade certa, exigida para a sustentação da vida. Se a Terra estivesse um pouco mais próxima ou um pouco mais distante do sol, as temperaturas seriam escaldantes ou gélidas demais para existir vida. E a nossa atmosfera, a água, o solo produtivo; tudo foi obra do acaso? Será que o acaso montaria um relógio desmontado e o faria funcionar? E os cientistas evolucionistas?  Na verdade, estes até hoje não sabem quem surgiu primeiro: se ovo ou a galinha. Nós ficamos com a teoria da criação, em que Deus criou o universo, as galáxias, os planetas, e a vida em todas as formas e espécies. Se os fatos comprovam em favor da criação, por que muitos rejeitam e preferem aceitar a evolução?

 

Um dos motivos é o que aprenderam na escola. Os compêndios de ciência quase sempre promovem a tese evolucionista. Não se permite que o estudante tenha crenças pessoais ou que as expresse; mesmo porque o assunto atinge até a religião. Quando os educadores e cientistas, por vaidade e orgulho feridos em reconhecerem seus erros, asseveram que a evolução é a realidade, dão a entender que, apenas os ignorantes ou fanáticos se recusam a crer nela; e quantas pessoas se dispõem a contradizê-los?                   

 

Um motivo adicional que fazem contra a criação é a história religiosa de hipocrisia, erros, opressão, inquisições e crimes. Pessoas se dizendo representantes de Deus, benzem artefatos de morte e apoiam ditadores, promovem a matança e o ódio entre as pessoas. Assim ficou difícil de aceitar um Deus injusto que essas pessoas representam. Idéias de um tormento eterno e um inferno de fogo não se ajustam a um Deus que dizem ser misericordioso. Outro motivo de muitas pessoas deixarem de crer em Deus é a existência do sofrimento. Durante séculos e séculos, houve tantas injustiças, opressão, crimes, como ainda hoje, que muitos não entendem a razão de tantos padecimentos. Se existe um Deus de Amor e Bondade, por que tantas guerras, tanta fome e doenças? Por que Ele permite tanto sofrimento?

 

Dentro da nossa fé da criação do Universo por Deus, aceitamos também o ser humano na luta por sua evolução espiritual. Fomos criados em estado rudimentar, e através do tempo e das existências, fomos nos aprimorando até chegar ao estágio em que nos encontramos presentemente. Assim é também com a pessoa que, por meio do estudo, sai da ignorância e adquire conhecimentos e cultura. Sai da brutalidade, pela prática dos bons costumes, da moral elevada da religiosidade e das boas ações, tornando-se uma pessoa de bem, estimada por muitos, alcançando a paz interior, a harmonia e a melhora de vida material e espiritual...

 

Somos adeptos da evolução nesse sentido, recusando a teoria de que as várias espécies existentes surgiram de uma única célula, até se transformar num macaco e depois no ser humano.

 

Sobre os sofrimentos que todos passam na existência, a Doutrina dos Espíritos nos esclarece dizendo que não devemos nos esquecer de que estamos vivendo atualmente num mundo inferior, onde somos mantidos pelas nossas próprias imperfeições, igual a alunos que não procuram melhorar-se e permanece na mesma situação. Ela nos conforta e nos dá o ânimo necessário para prosseguirmos na jornada terrena de ascensão espiritual.

 

A quem culpar, pois, por todas as nossas aflições, senão a nós mesmos? Podemos agir da maneira que quisermos; com amor ou ódio, com amizade ou inimizade, com egoísmo ou caridade, praticando o mal ou o bem; com a certeza de que receberemos como retorno, da mesma maneira que tivermos agido para com nosso próximo; assim é a Lei de Deus. De acordo com nossa concepção de vida, temos o direito de escolher como queremos viver...   A decisão é nossa.

 

Que o Criador ilumine as nossas consciências...

                                                                                          

Fonte:

Livros pesquisados:                                                                                               

“A Vida qual sua origem?”

“O Livro dos Espíritos”

+ Pequenas modificações.

 

Jc.

S.Luís, 26/09/2007.

Refeito em 24/8/2013

 

 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

EUTANÁSIA - Causas e Consequências




 
A eutanásia é a prática pela qual se abrevia sem sofrimento, a existência de um doente, julgado incurável pela medicina convencional.

“Idosos fogem da Holanda, com medo da eutanásia!”. Com essa chamada, o Portal da Família, tornou pública denúncia de um órgão internacional de comunicação da Alemanha, assim resumida: “Asilo na Alemanha converte-se em abrigo para idosos que fogem da Holanda com medo de serem vítimas de eutanásia, a pedido da família. São 4 mil os casos de eutanásia realizados por ano na Holanda, sendo um quarto sem aprovação do paciente”.

É comum em toda parte, os órgãos de imprensa dar ênfase a notícias sobre a aprovação de leis que atentem contra a existência, mas dão pouca ou quase nenhuma importância a uma denúncia tão grave como essa. E se fôssemos um dos idosos da Holanda, pois estamos com 82 anos de idade, onde a prática da eutanásia é liberada, como só acontece em alguns países ditos “de primeiro mundo”? Não estaríamos em risco permanente, considerando que o país estimula nas famílias uma conduta egoística, incompatível com a dignidade humana, indício de ignorância e desprezo para com os idosos e as questões morais e espirituais?

Aproveitando a contramão das leis naturais, no Brasil, os legisladores da reforma do Código Penal, estão querendo incluir no projeto, em estudo no Congresso, a legalização do aborto e da eutanásia, sem levarem em consideração o direito à existência do feto e a consideração que devem ter pelos idosos, que Jesus aconselhou “cuidar e respeitar”. Por que esse é um caminho que devemos evitar? Quais as causas e as consequências da prática da “morte sem dor?”

É uma realidade que somos apenas usufrutuários do corpo físico, primeiro empréstimo que Deus nos concede para o nosso progresso intelectual e moral. Partindo desse princípio, se o ser humano não é capaz de criar a existência, também não tem o direito de extingui-la. De acordo com o código de ética da profissão, inspirado na tradição de Hipócrates, o médico não pode, direta ou indiretamente, apressar a morte do paciente. Se não tiver condições de debelar o mal, pode dispor de meios lícitos para suspender procedimentos que prolonguem a existência do paciente com sofrimentos (obstinação terapêutica ou distanásia), oferecendo-lhe, em contrapartida, o amparo necessário para que tenha morte natural digna (ortotanásia).

Afinal, o médico formou-se para salvar vidas e não para destruí-las! Esse é o dilema da eutanásia: como conciliar o ato de curar com o de matar? A maioria das pessoas não sabe que a eutanásia não é uma solução para o sofrimento, pois, ao ser expulso do corpo, o Espírito, indestrutível, leva consigo para o Além suas dores, dramas e conflitos. A eutanásia é inútil, pois só agrava o mal  e a situação espiritual do paciente. A Medicina não é uma ciência exata. “... os desígnios divinos são insondáveis e a ciência médica precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentes das necessidades do Espírito”.  Além disso, o critério de incurabilidade é muito frágil e a ciência médica não para de evoluir. Periodicamente, são descobertas curas para certas doenças que até então eram consideradas irreversíveis.

As causas principais da prática da eutanásia são o materialismo, o egoísmo, o orgulho e a ignorância quanto às origens do homem, ser integral, formado de corpo e Espírito. O doente que pede para que lhe seja antecipada a morte física, muitas vezes assim age premido pela dor, pelo receio de sofrer, para não dar trabalho aos parentes, numa espécie de fuga psicológica da realidade. Todos nós abominamos o sofrimento e queremos nos livrar dele. É o direito natural à saúde, protegida pelo instinto. Caso contrário, não seria dado ao ser humano o ensejo da descoberta da anestesia e de tantas outras terapêuticas.

Algumas pessoas são favoráveis á eutanásia, porque temem o julgamento da sociedade, envergonham-se da própria doença. Quando não, são os familiares que se constrangem com seus enfermos, às vezes portadores de doenças que são insidiosas. Há, ainda, aqueles que aderem à eutanásia, por considerarem o doente um fardo e querem o descanso imerecido, não sabendo que, não raro, a provação não é exclusiva do enfermo. Outros, assim agem, em nome de interesses escusos.

 As consequências, para a vítima da eutanásia passiva ou não consentida, tal qual a pessoa assassinada por qualquer motivo, variam ao infinito, visto que fazem parte da própria evolução do ser. Tais efeitos dependem de vários fatores e, sobretudo, do tempo necessário ao desligamento dos laços perispirituais, que é bem mais demorado nas criaturas ainda muito apegadas à matéria, pois ficam presas mentalmente aos despojos físicos, com sérios prejuízos para o seu restabelecimento e adaptação no mundo espiritual.

Para a vítima da eutanásia consentida, as consequências assemelham-se aos efeitos experimentados pelos suicidas conscientes: o desapontamento, porque a fuga de si mesmo é impossível, uma vez que ninguém morre, e o agravamento do problema, pois, se o paciente pretendia escapar da dor, agora vai encontrá-la em doses superiores, mormente no aspecto moral (remorso), em que sofrerá pesadelos íntimos torturantes; estágios de sofrimentos inenarráveis nas regiões de sombra (umbrais), onde estagiam milhares de outros Espíritos desditosos em condições semelhantes ou piores. Enfim, “sempre se é culpado por não aguardar o tempo fixado por Deus para a existência”, e a consequência de tal ato é, “como sempre, de acordo com as circunstâncias, uma expiação maior proporcional à gravidade da falta”.

Em socorro dos desesperados, surge a Doutrina dos Espíritos com seus ensinos esclarecedores e consoladores, restituindo, tanto aos doentes como aos seus familiares, a esperança, a paz, a resignação e a coragem, uma vez que permite a compreensão das causas e da finalidade dos sofrimentos e das dores.   “Raramente os companheiros encarnados, quando em condições de saúde física, podem compreender as aflições dos enfermos em posição de desespero ou dos moribundos prestes a partir; nós outros, porém, no quadro de realidades mais fortes, sabemos que, muitas vezes, é possível efetuar realizações deveras sublimes, de natureza espiritual, em poucos dias, nessas circunstâncias, depois de longos anos de atividades inúteis...”    (André Luiz)

A finalidade da dor física, em geral, é um aviso da natureza que procura nos preservar dos excessos. Não fosse a dor, destruiríamos o corpo em pouco tempo. Há outras vantagens que a dor nos proporciona: acentua o heroísmo da criatura humana; facilita o auxílio dos benfeitores espirituais; funciona como válvula de escoamento de nossas imperfeições morais; ensina-nos a corrigir os vícios, desperta os sentimentos de solidariedade naqueles que convivem com o enfermo estimulando-os à prática da caridade e facilita o arrependimento de nossas faltas, para termos um retorno mais tranquilo quando voltarmos ao mundo espiritual.

É belo compadecer-se do sofrimento alheio, entretanto, procuremos aliviar a dor de nossos enfermos sem violentar as Leis Divinas. Atendamos ao conselho dos bons Espíritos:  “Minorai os derradeiros sofrimentos, tanto quanto puderdes; guardai-vos, porém, de abreviar a existência, ainda que seja por um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas e sofrimentos ao paciente no futuro.”

 Amparados na humildade, na oração, na fé e nos recursos da Medicina convencional e espiritual, haveremos de suportar as dores, por maiores que sejam, as quais continuarão existindo em nosso orbe, enquanto não superarmos o estágio de expiações e provas a que estamos submetidos...

 

 

Fontes:

Cristiano Torchi

Revista “Reformador” – agosto/2013

+ Pequenas modificações

 

Jc.

São Luís, 19/8/2013

 

domingo, 18 de agosto de 2013

CRENTES E EVANGÉLICOS; VIDA E EXISTÊNCIAS




 
Segundo o Dicionário Ilustrado da Língua Portuguesa, a palavra crente, significa a pessoa que crê; assim, toda pessoa que crê em alguma coisa, ela é crente. Exemplos:  O selvagem crê que o totem pode lhe proteger;  o ateu crê que não existe Deus; o cristão crê em Jesus; o doente crê que vai ficar curado;  o moribundo crê que quando morrer vai para o Céu;  o católico, o espírita e o protestante creem em Deus, assim como outras pessoas creem em Jeová, Buda, Maomé, etc...

Já a palavra, evangélico, é relativa aos Evangelhos; pessoa que segue a Lei e a Doutrina de Jesus Cristo. Assim sendo, evangélico, pode designar toda e qualquer pessoa que segue os ensinos de Jesus, sejam eles, católicos, espíritas ou outros, sendo que, os protestantes, ultimamente, acham que só eles devem ser considerados, evangélicos, apesar de não seguirem os ensinamentos de Jesus, pois se apoiam apenas no Velho Testamento, a exemplo dos judeus que até hoje não reconhecem, em Jesus o Messias que deveria vir. Dessa maneira, eles são exatamente os que não devem ter a denominação de evangélicos, porque não seguem os ensinos de Jesus, no que diz respeito a: “Meu reino não é deste Mundo”, “Há muitas moradas na Casa de Meu Pai”, “Amar ao próximo com a si mesmo”, “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”, “Dar de graça tudo o que recebem gratuitamente” e ainda, acham que somente eles são os preferidos, por não quererem aceitar a denominação de protestantes, o que na realidade eles são.

A palavra Vida, constante no mesmo Dicionário significa á existência do Espírito, ser inteligente da criação, imortal e individual que reside em nós e sobrevive ao corpo. A Vida que é única e eterna é a do Espírito, por ser uma Centelha Divina criada por Deus; diferente de existência, que é a permanência do Espírito animando um corpo humano, que pode ser utilizado sempre que o Espírito precise reencarnar, para resgatar dívidas de outras existências e efetuar sua evolução espiritual.

Em “O Livro dos Espíritos”, no item 153, pergunta Allan Kardec aos Espíritos Superiores: - Em que sentido se deve entender a vida?  Resposta dos Mentores Espirituais: - É a vida do Espírito que é eterna; a do corpo humano (existência) é transitória e passageira. Durante a existência terrena o Espírito se liga ao corpo físico, e, quando cessa no corpo a vitalidade orgânica (ocasião da morte), o Espírito por ser imortal, se separa do corpo que usou, libertando-se.

A palavra existência significa o ato de existir; ou seja, o ser humano em sua jornada terrena. O Espírito pode quando determinado pela Justiça Divina, repetir a experiência, assumindo (outras existências), possibilitada pela reencarnação, quando ele precisa desta para realizar a sua evolução.  

 Compreende-se assim, que, vida, é um atributo do Espírito, criado por Deus, que é único, tanto ele esteja encarnado (utilizando um corpo humano) como desencarnado; e existência, é o tempo que o Espírito permanece usando um corpo material, e que como já dissemos, o Espírito pode animar vários corpos em outras existências terrenas.

Façamos aqui um pequeno exemplo: A lâmpada sem a energia (eletricidade) que a faz funcionar, está morta, sem função, porém, quando ela está animada pela energia ela funciona ficando incandescente, com claridade, luz e calor. O corpo humano, com a Alma, funciona igual á lâmpada com a eletricidade. Quando a lâmpada chega á exaustão, ela para de funcionar, mas a eletricidade que a animava não desaparece ou deixa de existir como ela. Muda-se o corpo (coloca-se outra lâmpada) e a eletricidade volta a animar esse outro corpo material. Assim também acontece com o corpo humano. Quando este já está envelhecido e não tem mais condições de continuar existindo e fenece (morre), a Alma que o animava não se acaba como o corpo. O corpo é reintegrado à Natureza indo vitalizar outras formas de existências, enquanto a Alma, agora livre do seu envoltório (corpo), volta a sua condição real de Espírito, para a espiritualidade, onde ficará aguardando uma nova oportunidade de reencarnar (utilizar outro corpo) para continuar a sua jornada de constante evolução.

Alma compreende-se quando o Espírito está usando um corpo, e quando liberto deste, volta a ser Espírito.

 

É assim que a Doutrina Espírita explica e compreendemos os assuntos aqui abordados.

 

Fonte:

“O Livro dos Espíritos”

“O Evangelho Segundo o Espiritismo”

 

Jc.                                                                                                                                                      S.Luís, 25/10/2012

Revisado em 18/08/2013

 

 

 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MISCELÂNEA CULTURAL





 
                       MISCELÂNEA   CULTURAL

                          

                                                        

    SIMEÃO  E  O  MENINO

 

Dizem que o velho Simeão, homem justo e temente a Deus, mencionado no Evangelho de Lucas, após saudar Jesus criança, no templo de Jerusalém, conservou-o nos braços acolhedores, enquanto Maria e José se mantinham a distância, e dirigiu-lhe a palavra, com discreta emoção: - “Celeste Menino, por que preferiste a palha humilde da Manjedoura?  Já que vens representar os interesses do Eterno Senhor do Universo, como não vestiste a púrpura imperial? Como não nasceste ao lado de Augusto César, para defender o flagelado povo de Israel?  Longe dos senhores romanos, como advogarás a causa dos humildes e dos justos?  Por que não vieste em igualdade com os que vestem a toga dos magistrados? Então poderias ombrear com os patrícios ilustres, atendendo-nos à libertação... Por que não chegaste, como Moisés, valendo-se do prestígio da casa do faraó?  Quem te preparará, Embaixador do Eterno, para o ministério santo?  Que será de ti, sem lugar no Sinédrio?  David mobilizou a inteligência contra os filisteus, Salomão, prestigiado por casamento de significativa política, viveu para administrar o povo e os bens dos judeus... Mas tu? Não te ligaste aos príncipes, nem aos juízes, nem aos sacerdotes... Não encontraste outro lugar, além do estábulo singelo?...”

 

Jesus menino, escutou-o, mostrando-lhe sublime sorriso, mas o ancião, tomado de angústia, contemplou-o, mas detidamente, e continuou: “Onde representarás os interesses do Supremo Senhor?  Sentar-te-ás entre os poderosos?  Escreveras novos livros de sabedoria?  Improvisarás discursos que obscureçam os oradores de Atenas e Roma? Amontoarás dinheiro suficiente para os necessitados?  Erguerás novo templo de pedra, onde o rico e o pobre aprendam a ser irmãos e filhos do mesmo Deus?”

 

Depois de breve intervalo, indagou em lágrimas: “Dize-me ó Divina Criança, onde representarás os interesses de nosso Supremo Pai?” – O menino ergueu então a pequenina destra e bateu muitas vezes, naquele peito envelhecido, que já se inclinava para o sepulcro... Nesse instante, Maria aproximou-se e o recolheu nos braços maternos, ficando o ancião com as suas indagações. Somente após a morte do corpo, o Espírito de Simeão veio saber que o Menino Celeste não o deixara sem resposta. No gesto silencioso com a destra, Jesus quisera dizer que não vinha representar os interesses do Céu nas organizações efêmeras da Terra. Vinha da Casa do Pai, justamente para representá-Lo no coração das pessoas...

 

(Mensagem recebida do Irmão X, constante do livro “Antologia Mediúnica”.

             

 

 

 EVITE QUE O SEU FILHO/A, SE  TORNE UM/UMA  MARGINAL

 

1-  Na infância, não deixe o seu filho/filha fazer tudo o que quiser;

 

2-  Não lhe dê presentes bélicos (armas, instrumentos de guerra, etc.) para que ele/ela não se torne um ser agressivo:      

             

 

3-  Quando ele/ela disser nomes feios (palavrões) não ache graça, repreendo-o/a e ensine-lhe a fala com respeito aos mais idosos;

 

4-  Não lhe dê bebidas alcoólicas sob qualquer pretexto. Se beber, no futuro,  será  um/uma  doente com a mente perturbada, tornando-se  beberrão;

 

5-  Não  permita  que  fume,  mesmo de   brincadeira. O  tabagismo  é  o  pior  inimigo  da   saúde;  causando bronquites, úlceras, infarto e o câncer em vários órgãos;

 

6-  Não permita nem estimule, maltratar crianças, animais ou matar pássaros, pois  todo  mal feito retornará em forma de sofrimentos;

 

7-  Não lhe dê todo o dinheiro que pedir. Arranje alguma coisa  para ele/ela fazer, a fim de  que  se  sinta útil e aprenda a ganhar seu próprio dinheiro;

 

 8-  Não se torne uma escrava do seu filho/filha. Ensine-o a cuidar de si mesmo, para  que eles não venham a jogar a sua responsabilidade, sobre os outros;

 

 9-  Não  satisfaça  todos  os  seus  desejos.  Negar alguma  coisa  ou  lhe privar de algo,  de vez  em quando será  mais  benéfico  que  prejudicial.  Assim  ele/ela  crescerá,  sabendo  que  o  mundo não tem obrigação de lhe dar, tudo que desejar;

 

10-  Não   discuta   com  freqüência,  na   presença   do  seu   filho/filha,   para  que  ele/ela   se  sinta seguro  no  lar  e  não absorva  os  problemas  do  casal;

 

 11-  Não  tome  partido  a  seu   favor,  contra  visinhos,  colegas,  professores  e   outros,  sem  antes se inteirar dos fatos  e  saber  se  ele/ela  realmente  tem  razão;

 

 12-  Ensine-o/a  a  falar  sempre a  verdade,  para que não  venha a  sofrer  decepções  e  o  desprezo das pessoas  ao descobrirem sua mentira;

 

 13-  Procure lhe dar  orientação religiosa.  Ensine-o a orar,  agradecendo ao Pai  Celestial,  a dádiva da existência. A pessoa  religiosa,  não  se  guia  por instintos,  mas,  por sentimentos;

 

 14-  O seu filho/filha  é o  seu  maior tesouro.  Se você não  prepará-lo  para  ser  social  no mundo, Ele  vai  sofrer,  e  não  venha depois  com a desculpa: “Nunca consegui dominá-lo”;

  

 15-  Prepare-se  então,  para  uma  vida  de  desgostos  e  sofrimentos. O  que  você  não  cuidou  e semeou,  você  colherá,  e  o  seu  filho/filha,  depois lhe  acusará;

        

16-  Lembrem-se pais: Criança sempre está imitando  o  que  ouve  e  vê,  ao  seu  redor;  portanto muito cuidado no falar e no agir;

         

 17-  Finalmente,  filho/filha  não  se  educa  apenas  com  palavras e castigos... mas,  principalmente com  exemplos, e exemplos  dignificantes.

 

                   O Trabalho, a Caridade e a Oração nos aproximam de DEUS.

     

 Jc. 13/3/1995

 

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    É  TEMPO  DE  MUDAR

 

 Questiona-se o que mais intriga os seres humanos...

 

SE.. eles se fartam de serem crianças e tem pressa em crescer;

SE.. depois de adultos, suspiram por voltar à vida de criança...

SE...perdem a saúde para conseguir o dinheiro; SE...perdem o dinheiro para recuperar a saúde...

SE...pensam tanto no futuro que deixam de viver o presente;

SE...passam pela existência sem deixar nenhum vestígio de sua   passagem...

SE...vivem como se não fossem morrer;

E...  morrem, como se não tivessem vivido...

 

Pare e reflita: Você ainda pode acertar sua existência. Todos os dias, quando você acorda, recebe o mais belo de todos os presentes que DEUS lhe dá: A DÁDIVA DA EXISTÊNCIA. Administre e faça com que ela seja voltada para realizações positivas e que realmente valha a pena ser vivida...

 

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   ATITUDE MENTAL NA VIDA DIÁRIA

 

 O professor José Herculano Pires, elaborou um interessante roteiro para que nos conduzamos, no dia-a-dia, de uma forma equilibrada:

 

1- Ao acordar,  diga  a  si  mesmo:  Deus está me  concedendo  mais  um  dia  de   experiências e aprendizado. Vou aproveitá-lo  É fazendo que se aprende.  (Repita  várias  vezes  ao  dia).

 

2- Ligue-se  a  pensamentos  positivos  e  alegres.  Repila  as   más   idéias.  Compreenda que você  nasceu  para ser bom e normal.  As  más  idéias  e  más  tendências  existem  para você vencê-las e não para se entregar.

 

3-  Mude a sua maneira de encarar os  semelhantes. Na essência  somos  todos iguais  Se alguém está irritado,  não entre  em sua  irritação. Trate-o com bondade e  ajude-o que também será ajudado.

 

4-  Vigie seus sentimentos,  pensamentos,  palavras e atos nas relações com os outros. O que damos recebemos de volta.

 

5-  Não se  considere  vítima. Você pode estar sendo o algoz  sem  perceber.  Pense nisso constantemente  para melhorar suas relações com os outros.  Viver é permutar e o que você troca com os outros?

 

6-  Ao  sentir-se  abatido,  não  entre  nesse  astral  de  “coitadinho”.  É difícil sair dele. Porém, lembre-se de que seus males são passageiros, mas se você os alimentar eles continuarão a durar.

 

7-  Freqüente a  instituição  religiosa com que se simpatiza.  Não fique pulando de galho em galho. Quem não tem constância nada consegue.

 

8-  Se  você  ouve  vozes,  tem visões,  sente arrepios,  não  se  assuste  com  esses  efeitos físicos.   É  provável  que  sua   mediunidade  esteja   aflorando.  Leia  diariamente,  de manhã ou ao anoitecer,  um  trecho de  “O  Evangelho  Segundo  o  Espiritismo”, para neutralizar as influências, meditando sobre o que leu. Se não resolver procure á Casa Espírita.

 

9-  Reformule  o  conceito  de  si  mesmo.  Você  não é  um  pobrezinho  abandonado no  mundo.  Os  próprios  vermes  são   protegidos  por  leis  naturais.  Estabeleça pouco  a  pouco  o  controle  sobre  si  mesmo,   com   paciência  e  confiança.  Você depende  de  sua  mente e também dos outros. Mantenha-a arejada.

 

10 Você  é um  filho de Deus,  colaborador da Sua  obra  e  herdeiro de suas atitudes.

                                                

                                                  

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           CANÇÃO  DA  ALEGRIA  CRISTà  

                                                     

                                  Letra de Leopoldo Machado

                                  Música Oli de Castro  

                                                                                            

      Somos companheiros, amigos, irmãos,                        

      Que vivem alegres pensando no bem,

      A nossa alegria é de bons cristãos!

      Não ofende a Jesus nem fere a ninguém...

 

      A nossa alegria, a nossa alegria,

      É bem do Evangelho, é bem do Evangelho,

      Vibra e contagia, vibra e contagia,

      Da criança ao velho, da criança ao velho,

        

      Mesmo entre perigos, mesmo entre perigos,

      Daremos as mãos, daremos as mãos,

      Como bons amigos, como bons amigos,

      Como bons Cristãos!

 

      Sempre ombro a ombro, sempre lado a lado,

      Vamos trabalhar com muita alegria,

      Pelo Espiritismo mais cristianizado,

      Pela implantação da Paz e da Harmonia!

                              

                              - º -

     A nossa alegria, a nossa alegria,

     É bem do Evangelho, é bem do Evangelho,

     Vibra e contagia, vibra e contagia,

     Da criança ao velho, da criança ao velho,

        

     Mesmo entre perigos, mesmo entre perigos,

     Daremos as mãos, daremos as mãos,

     Como bons amigos, como bons amigos,

        

     COMO BONS CRISTÃOS!

 

Obs. Esta canção foi apresentada no 1º Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, ocorrido no Rio de Janeiro, no período de 18 a 25 de julho de 1948.

                     

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   PENSAMENTOS  PARA  VIVER  BEM

 

 1- “...quando sozinho, vigiemos nossos pensamentos; quando em família, nosso gênio;

      na sociedade, nossa língua”;

 

 2- “...adote o hábito de dizer algo amável  ao  pronunciar as  primeira  palavras  pela

      manhã. Isso estabelecerá sua disposição mental e emocional para todo o dia;

 

 3-  “...a existência é curta demais; e temos muita coisa útil a realizar; portanto não se

      preocupe em responder na altura a todas as coisas desagradáveis que ouvir...”;

 

 4- “...não são os anos que nos envelhecem; mas sim,  a idéia  de  ficarmos  velhos. 

      pessoas que são jovens  aos oitenta anos e, outras que são velhas aos trinta...”;

 

 5-  “...sorria sempre, para não dar aos que te odeiam, o prazer de te ver triste; e para

      dar aos que te amam, a impressão de que és muito feliz...”;

 

 6- “...pequeno é aquele que odeia os grandes; grande é aquele que ama os pequenos...”;

 

 7- “...com licença, por  favor,  desculpe,  muito  obrigado,  são  palavras  de  valor,  de

      todo aquele que é civilizado...”;

 

 8- “...podemos e devemos ajudar uns aos outros em ocasiões especiais; mas, no fim das

      contas, cada um deve aprender a fazer o seu trabalho...”

 

 9- “...de nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos...”;

 

10-“...ajuda  teu  semelhante a levantar sua  carga;  porém,  como  disse  Jesus,  não  a

        carregá-la...”;

 

11 “...o ser humano que se decide a parar até que as coisas melhorem, verificará depois

       que, aquele que não  parou e  colaborou  com o  tempo, está  tão  adiantado  que

       não poderá ser alcançado...”;

 

12- “...seja qual for o seu problema, não desista de lutar.  Confie em Deus  e  não  tema,

       que você vai logo melhorar...”;

 

13-  “...uma grama de exemplos, vale mais que uma tonelada de conselhos...”;

 

14-  “...é muito bom ser importante; mas é muito mais importante ser bom...”;

 

15- “...o trabalho afaste de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade...”;

 

16- ‘...creio no Deus que fez os seres humanos...  não no deus que os homens fizeram...”;

 

17- “...não vos inquieteis... Buscai, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus, e todas as

       outras coisas vos serão acrescentadas...”.

 

Coletâneas do livro “Otimismo em Gotas”.

 

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   ESPÍRITAS E POLÍTICA

 

Observamos na atualidade várias religiões transformando suas Igrejas em bases agitadas de movimentos políticos. Por isso é comum ás indagações sobre qual a posição da Doutrina dos Espíritos e do espírita, diante da política, em relação às eleições que se realizam de tempos em tempos.

 

A resposta lógica só pode ser com base nas nossas convicções, no Evangelho e nas obras espíritas, clareando e objetivando-nos o assunto. O primeiro ponto a se apoiar o espírita é o próprio Jesus, que se colocou à margem das preocupações políticas do mundo, por considerá-las incompatíveis com a sua missão espiritual. Ele não se juntou com os dominadores, e nem usou uma só palavra em atitude que se comprometesse com a política. Perguntado sobre a legitimidade do pagamento do imposto a Roma, Jesus nitidamente separou para sempre os assuntos de Deus e os interesses do Estado, ao dizer: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Com Jesus, ficou comprovado que a sua mensagem jamais se dirigiu a reforma das instituições sociais e políticas, mas à transformação  íntima do ser humano.

 

O problema por enquanto, ainda não é o de se espalharem os espíritas pelos arraiais políticos, mas a simples e básica necessidade de levar, a cada pessoa, através de exemplos e ensinos, os conhecimentos evangélicos para que as pessoas transformem a si mesmas, para o bem. Entretanto, os espíritas podem colaborar na política, cumprindo o seu dever de cidadão. A vista disso, relembramos a advertência de André Luis, via Chico Xavier, no livro “Conduta Espírita”, quando diz: “O espírita deve cumprir os deveres de cidadão, quando chamado para desempenhar alguma função pública, ou de eleitor, escolhendo os candidatos aos postos executivos e legislativos, segundo a orientação da própria consciência...”

 

     

Bibliografia:

“Goiás Espírita”

Francisco Junior e Fábio Oliveira

 

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   CASAMENTO  NO  ESPIRITISMO

 

“A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da sociedade civilizada.”  (Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.22, item 4 ´Edição da FEB.

 

Uma questão que há muito tempo preocupa os jovens, na Doutrina Espírita, é o casamento com pessoas adeptas de outras religiões, especialmente aquelas que, em seus dogmas, mantêm o casamento religioso como o único válido aos olhos de Deus. Ainda bem que tal exigência é de ordem puramente dogmática, por conseguinte humana.

 

Na verdade, o casamento é um ato de ordem civil. É a lei civil que o abona e lhe dá consistência legal, salvo nos países onde a lei civil ainda está subordinada à religião. Não é o caso do Brasil que é um país laico, em que cada cidadão é democraticamente livre para seguir este ou aquele seguimento religioso, e o Espiritismo acata-lhe o sistema. Segundo a lei civil no Brasil, o casamento é a união de um homem e uma mulher, obedecidas as formalidades legais, para a constituição de uma família legítima.

 

A dúvida está no fato de um casal de jovens namorados, constituído de uma pessoa espírita e outra pessoa que pertencente á denominação religiosa diferente, amarem-se e não saberem como proceder, em face do casamento. O ponto de vista espírita é o seguinte: 1º- No Espiritismo não existe casamento religioso, por uma questão de princípio – respeitar a lei civil, reconhecendo que a legalização do casamento é competência do Estado; e 2º- O casal interessado tem de estar consciente quanto a real função do casamento, e quanto ao respeito mútuo que deve prevalecer entre ambos, uma vez que já ficaram sabendo, durante o namoro, o sentimento religioso de cada um. Assim sendo, a nenhum dos dois cabe direito a exigir ou pretender a conversão do outro. E sendo a legalização do casamento de inteira competência do Estado, tal ato, naturalmente deve ser cumprido perante um magistrado, cumprindo a ambos, esposo e esposa, respeitar o sentimento religioso do outro.

 

Poderá algum dia, ocorrer á conversão de um à religião do outro, mas terá que ser um gesto espontâneo e nunca forçado. Mas, se cada um permanecer fiel à fé que tem, jamais deverá ser permitido que isso seja um empecilho à felicidade de ambos e da família. Ambos são adultos e têm competência para compreender que a fé de cada um, é uma questão de foro íntimo, não devendo ser violentada, em hipótese alguma, para que não venha a se instalar a desagregação. E mais, devem possuir maturidade espiritual suficiente para entenderem que o fundamento maior, no casamento é o amor. E é justamente nesse fundamento que repousa a lei natural ou divina em que Jesus se apoiou para estabelecer, em seu Evangelho, segundo Mateus (19:6) “o que Deus ajuntou não o separe o homem”; não o compromisso, mas o Amor. O Mestre Amado sintetizou nas seguintes palavras, o grande mandamento da lei: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo”.  (Mateus 22:37 a 39).

 

 

Bibliografia:

Inaldo Lacerda Lima

 

Jc.

S.Luís,15/4/1998

 

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  O  HOMEM  E  SUAS  CONQUISTAS

 

O homem que rasga as entranhas da terra em busca do minério oculto em seu seio; que desce às profundezas oceânicas explorando seus abismos mais recônditos;

 

Que sulca os ares, elevando-se às alturas em vôos mais ousados e destemidos que os do condor e da águia;

 

Que penetra o mundo do infinitamente pequeno e do infinitamente grande – o microcosmo e o macrocosmo – devassando suas íntimas e secretas maravilhas;

 

Que doma e submete as feras, desbravando sertões e selvas densas;

 

Que afronta os elementos em fúria, lutando com os temporais, com os terremotos, com as lavas incandescentes que as crateras vulcânicas vomitam aos borbotões;

 

Que porfia com a peste, que vence as endemias mais radicadas, saneando regiões onde  elas reinavam infrenes;

 

Que se utiliza, em suas cidades e em seus lares, da eletricidade, esse fluido imponderável, incoercível, desconhecido e misterioso capaz de fulminar num dado momento aquele que atinge;

 

Que apanha o raio no ar e o conduz por um fio, neutralizando seu poder de destruição;

 

Que apagou as distâncias, unindo os continentes através dos mares e espaço, pondo em contato cotidiano raças, nações e povos do Norte e do Sul, do Oriente e do Ocidente, do Velho e do Novo Mundo;

 

Que pisou as inóspitas regiões polares onde nenhum sinal de vida se encontra;

 

Que realizou praticamente quase todas as fantasias e sonhos de Julio Verne; que já ergueu a ponta do véu que separa os dois planos - da matéria e do Espírito – perscrutando os arcanos celestes;

 

O homem que de todas essas façanhas se vangloria, que de todas essas proezas e feitos  se orgulha, ignora ainda os segredos de sua mente e os mistérios de seu coração!

 

O homem que enfrenta o inimigo em campo raso, a peito descoberto, no meio da fuzilaria cerrada; que não recua diante das metralhadoras, canhões e dos petardos, não é capaz de suportar uma pequena ofensa, de ânimo sereno e coração tranquilo! Não é capaz de desarmar o agressor, transformando as agressividades em carícias!

 

O homem que é capaz de destruir cidades seculares em algumas horas; que é capaz de ceifar campos e searas em poucos momentos; que é capaz de dizimar multidões, estendendo o negro véu da orfandade sobre milhares de crianças, é incapaz de vencer vícios vulgares, rasteiros como os do jogo, do álcool, dos entorpecentes, do tabaco, etc!

 

O homem que sabe línguas, ciências, filosofias, política e artes várias, não sabe ser bom,  justo, tolerante e fraterno; não sabe tampouco, resolver os problemas da pobreza, da enfermidade e da dor!

 

Finalmente, o homem que tanto tem conquistado e tanto tem conseguido ainda não se conquistou a si mesmo, ainda não conseguiu domar e vencer suas próprias inferioridades e paixões!...

 

                                                                                                             Vinicius

 

Bibliografia:

Livro “Em torno do Mestre”

 

 

 

     E  U

 

 

Sou herdeiro do Senhor,

Sou irmão de Jesus.

Sou espírita, com Fé e Amor,

A caminho da Paz e da Luz!

 

Jc.

9/6/2004

 

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Jc.

S. Luís, 20/5/2010

Revisado em 15/8/2013