segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A FAMÍLIA TAVARES DE CASTRO E OS DESCENDENTES





A nossa família se formou com o casamento do nosso pai Edésio Castro com a nossa mãe Joanna Bastos Tavares de Castro, ele natural de Pinheiro e minha mãe natural de Alcântara, municípios vizinhos do estado do Maranhão. Dessa união, nasceram os 12 filhos que passo a mencionar, em ordem de nascimento: Maria Antônia de Castro Bayma, Oliveiros de Assunção Castro (Oli de Castro), Cleonice de Castro Campos, Felizarda Tavares de Castro, José Tavares de Castro, José de Ribamar Castro (falecido em seguida), João Tavares de Castro, Edésio Tavares de Castro, Roldão Tavares de Castro, Inaldo Tavares de Castro, Jurandy Tavares de Castro e Salma de Castro Moraes.
Nossos pais há muito tempo já desencarnaram ambos na cidade de Pinheiro-MA, assim como os meus 11 irmãos, e aqueles cujos nomes seguidos de um (F) significa que também já faleceram, restando apenas eu, Jurandy Tavares de Castro, para contar a história da nossa família, com os poucos conhecimentos que tive na existência, e ainda com algumas informações que me foram passadas pelos parentes.
A 1ª - Minha irmã Maria Antônia era uma bordadeira das boas;  morávamos na linha do bonde, no bairro do Anil. Uma das vezes em que minha irmã estava na porta da casa, passou o bonde e nele estava um fiscal de nome Raimundo de Brito Bayma, que olhou minha irmã e logo sentiu o desejo de conhecê-la. Após algum tempo de namoro eles se casaram e desse casamento nasceram ás filhas: Terezinha(F), Marly, Maria Amélia, Nely e Zely. Por ordem os filhos delas são: Terezinha:  Maria Antônia,  Ana Lúcia,  Hélio(F), Ribamar, Izabel, Cláudia e Margarete.  Marly: Luís Fernando e Sílvia Helena.  Maria Amélia:  Sílvia.  Nely:  Cláudia e Flávia .  
2º - Meu irmão, Oliveiros de Assunção Castro (Oli de Castro), levado pela nossa mãe a um Centro Espírita, lhe foi revelado que tinha uma tarefa em favor dos órfãos e dos necessitados. Aos 17 anos sentou praça no quartel do 24º BC, com destino a Escola de Aviação do Rio de Janeiro, no Campo dos Afonsos em Marechal Hermes. Depois de alguns anos, conheceu uma moça chamada Margarida e com ela se casou. Passado mais algum tempo, como  eles não  tiveram filho  e ele sempre estava a viajar em serviço, resolveram depois se separar. Durante muitos anos em que viajou por muitos estados a serviço da Aeronáutica, também pregava a Doutrina Espírita. Colaborou com o professor  Leopoldo Machado
no “Lar de Jesus” em Nova-Iguaçu, fundou e construiu vários Centros Espíritas e instituições de amparo como o Lar de Maria em Macaé-RJ., Lar de Maria em Ceilândia-Brasília, o Sanatório Espírita de Campo Grande em Mato Grosso e outras entidades, e transferido para Belém do Pará, lá construiu o “Lar de Maria” com 30 lojas para manter a Lar, no bairro de Canudos. Ele foi um dos pioneiros da “Campanha do Quilo”. Musicou  a “Canção da Alegria Cristã”, que foi cantada no 1º Congresso das Mocidades Espíritas do Brasil, onde ele foi eleito vice-presidente do conclave. Serviu na Aeronáutica até se aposentar com a patente de sub-oficial. Então foi morar em Pinheiro, sua cidade natal. Por pressão da prelazia católica, ele teve de se mudar para Belém onde permaneceu por algum tempo. Depois retornou á Pinheiro onde construiu o “Centro Espírita Pinheirense e a Casa Paulo de Tarso”, antigo desejo seu de colaborar com a sua terra natal, com ajuda de alguns companheiros. Certa vez, em que encontrava em São Luís, chegou a pregar na praça João Lisbôa, no centro da cidade. Algum tempo depois voltou para Belém com a segunda esposa Raimunda e filhos, e depois eles se separam e ele foi viver com a terceira companheira chamada Rosinha, com quem teve outros filhos e lá viveram mais alguns anos até que ele veio a falecer, já como tenente. Deixou vários filhos, porém só lembro o nome dos seus últimos três filhos: Angélica, Luciano e Daniel. Para maiores esclarecimentos acesse o “site”: ambcastro.blogspot.com.br
3ª - Minha irmã Cleonice (Nini),  foi empregada nos Correios e depois se empregou nas Lojas Rianil, trabalhando como caixa. Tendo conhecido um colega de serviço chamado Manoel Augusto Campos(F), com ele se casou. Desse casamento nasceram os filhos Lilion(F), Maria Lilian, Iracema, Celina, Rosinha e Zequinha(F).Durante muito tempo eles foram nomeados para dirigir algumas filiais da empresa (ele gerente e ela caixa) em vários municípios, sendo que a última função deles nessa empresa se deu no município de São Bento. Depois, ele ainda trabalhou na Petrobrás, em São Luís, e em seguida se aposentou.  Os netos são pela ordem: Lilion:  Lélio,  Lilion  e  Liliana;   Maria Lilian:  Junior  e Tereza;     Iracema:  Afonso e Carlos Henrique:  Celina:  Fernanda e Emanuel;  Rosinha:  Ricardo, Giselle  e  Girlene:   Zequinha:  Daniel  e  Israel.  
4ª - Nossa irmã Felizarda (Filó), apesar do nome, quando pequena sofreu de congestão que lhe trouxe problemas durante a sua sofrida existência. Permaneceu por muitos anos na Terra, até que enfim veio a descansar dos seus sofrimentos com o seu falecimento.
5º - Meu irmão José (Bentivi), já rapaz, foi levado pelo nosso irmão Oli, que tinha vindo visitar a mamãe, para o Rio de Janeiro onde também foi servir na Aeronáutica e lá se casou com uma moça de nome Virgínia e do casamento nasceram três filhas: Suely, Sandra e Suzete. Depois viveu com outra moça chamada Nilza que lhe ajudou a criar as filhas. Ele trabalhou muitos anos, até que se aposentou e teve ainda a oportunidade de voltar à sua terra natal (São Luís) para recordar sua infância. De retorno ao Rio, ainda viveu algum tempo até que veio a falecer quando morava na companhia das filhas em Bento Ribeiro-RJ.  Os seus netos são:  Suely;  Jorge, Janaina e Fábio.  Sandra:  Fernando e Paulo.
6º - Meu irmão José de Ribamar veio a falecer logo após nascer.
7ª - Meu irmão João (mais conhecido como João Coqueiro) foi criado por nossas tias; se casou com uma moça chamada Ariadne, depois serviu ao exército em São Luís;. Ele fazia artigos que eram publicados no “Jornal Pequeno” desta cidade. Poucos são os assuntos sobre sua vivência que conhecemos em virtude de não ter sido ele criado junto a nós seus outros irmãos. Seus filhos são: Rogério, Eli, Tatiana  e outro filho que não recordo o nome.
8ª - Meu irmão Edésio (soldadinho), quando jovem trabalhou na Western Cabo Submarino, como entregador de telegramas. Trabalhou depois como telegrafista da Estrada de Ferro São Luís-Teresina, em Rosário, onde se casou com a professora Dóris Machado(F), e desse casamento nasceram os filhos: Ricarte,  Maria de Lourdes,  Rinaldi,  José de Ribamar  e  Edésio Filho. Depois fez concurso para o IBGE passou e foi nomeado para trabalhar em Pinheiro. Depois de alguns anos eles se separaram e ele se juntou a outra pessoa chamada Nega, com quem viveu até quando veio a falecer. Tendo criado uma firma de Peças para Carro, por ela se aposentou. Os seus netos são por ordem:  Ricarte: Dóris e Ricardo. Maria de Lourdes;  Gustavo e Sabrina.  Rinaldi; Gabriela, Rodrigo e Rafael.  Edésio Filho:  Ana, Carolina e Edésio Neto.  
9ª - Meu irmão Roldão (Bruto) se alistou na Marinha, indo para a Escola de Aprendiz de Marinheiro no Ceará onde seguiu a carreira. Depois, contraiu núpcias com uma moça chamada Nadir (F), e dessa união nasceram ás filhas: Angélica e  Helena. Viajando pelo país, com o passar do tempo, foi servir em Belém do Pará aonde chegou ao posto de subtenente e se aposentou. Constantemente vinha a São Luís, na época dos festejos de São João, apreciar a exibição dos Bumba-meu-boi e outras atrações juninas. Sua filha Angélica, vindo a Belém para visitá-lo, vendo-o viúvo e solitário resolveu então levá-lo para São Paulo, para viver com as filhas e netos, e tempo depois veio ele a falecer. Seus netos são: Helena:  Daniel  e  Bruno.  
10ª - Meu irmão Inaldo (Micuim), cresceu junto comigo e sempre trabalhamos no comércio. Em 1949 fomos morar no Rio de Janeiro, na cidade de Nova Iguaçu, levados pelo irmão Oli de Castro. Em 1950, voltamos, eu, minha irmã Salma e mamãe para o Maranhão  e o Inaldo ficou com uma família de amigos, porque estava trabalhando e não quis voltar. Tempos depois conheceu uma moça  de nome Tereza(F), e com ela se casou e tiveram três filhos: José Roberto(F), Maria Helena e Ana Lúcia. Depois de muitos anos trabalhando como vendedor se aposentou e devido ao uso do cigarro contraiu uma doença e veio a falecer. Os netos dele são: José Roberto; Nícolas. Maria Helena  Rafael,  Roberto  e  Ricardo.  
11º - Eu sou Jurandy Tavares de Castro (Bolo grosso), historiador. Depois que cheguei á juventude passei a trabalhar no comércio e depois fiz prova para o Banco da Lavoura de Minas Gerais (na época), e fui contratado e trabalhei nele por sete anos. Nesse período contrai núpcias com Maria da Conceição Pinheiro Pereira(F), e tivemos dois filhos; Douglas e Ana Maria. Mudando-nos para Niterói-RJ., onde ainda trabalhei no Banco Mercantil de Niterói.  Nesse período tivemos mais dois filhos; Raimundo e Luís Cesar. Depois por indicação de meu irmão Inaldo, fui trabalhar como vendedor das Indústrias Granfino S/A. para a filial em São Gonçalo. Depois de nove anos, sentindo-me cansado e não tendo mais condições de viajar como vendedor  adquiri um comércio onde trabalhei por mais sete anos até me aposentar. Por causa de problemas com a minha saúde (sofria muito de asma) me separei da esposa e voltei para morar no Maranhão. Posteriormente ela veio a São Luís e resolvemos nos divorciar o que foi feito. Meus netos:  Raimundo:  Mateus;   Luís Cesar:  Carolina.
Na minha volta a São Luís, eu andei frequentando a casa noturna “Tom Marrom”. Depois, eu me integrei novamente na  Associação Espírita Lar de José, (instituição de amparo a crianças pobres),  da qual tinha sido um dos fundadores, passei também a visitar o Azilo de Mendicidade, adotando uma idosa (Vicentina) como minha mãe,  e reapresentei  o programa “Luz na Penumbra” de conteúdo espírita na Rádio Timbira, durante alguns anos. Depois, frequentando o “Lar de José” conheci uma moça chamada Carmem Maria que tinha sido criada juntamente com a irmã gêmea na entidade, e começamos a nos entender o que terminou por me casar pela segunda vez. E, em consequência dessa união, passei a ter, além dos quatro filhos com a primeira esposa mais uma filha chama Ana Carmem Gizelly, com a segunda esposa, que me deu mais dois netos:  Lucius  e  Heitor.
Depois, conheci o “Centro Espírita Graça de Jesus”, onde me integrei e colaboro até hoje, sendo seu vice-presidente. Passado mais algum tempo, a convite do sobrinho Rinaldi, conheci  a Associação Espírita “Lar de Maria”, no bairro da Vila Nova, onde passei a prestar minha modesta colaboração, o que faço até hoje.  
12ª  - Minha irmã Salma, sempre foi muito querida pelos seus irmãos e era a companheira da mamãe e estimada também pelos nossos parentes, principalmente pela Marly. Ela era uma pessoa simples, sem muita vaidade, comprovando ser um Espírito bem elevado. Viveu algum tempo em São Luís, depois em Rosário e novamente em São Luís. Ao resolver nossa mãe ir morar em Pinheiro, onde já moravam o Edésio e o Oli, ela levou consigo a Salma. Passado algum tempo, Salma foi trabalhar na Coletoria e conheceu um rapaz de nome Pedro Moraes(F), com quem se casou e teve três filhos: José Alfredo, Selma e Yara. Os seus netos na ordem, são: José Alfredo: Tiago.   Selma:  André.   Yara:  Luciana.  
Desejo a todos os parentes que tomarem conhecimento deste relato, muita Paz, Harmonia e Saúde, para si e seus entes queridos.
Obs: Peço desculpas aos meus parentes se porventura esqueci algum detalhe sobre alguém ou algum fato, em virtude do desconhecimento, mesmo recorrendo a alguns parentes para complementar este relato.   
E se alguém desejar entrar em contato com os descendentes dos meus irmãos ou falar comigo pode ligar para o telefone 98- 3245-8606 que eu informarei o número do telefone deles para contato.

Jurandy Tavares de Castro      
  (  ortsac1331@gmail.com  )                    

São Luís, 27 de abril de 2018
Refeito em  9 de setembro de 2018

OS PERIGOS DE FICAR PARADO





 
Esses perigos no metabolismo, causam o envelhecimento celular, redução da imunidade, aumento do risco de diabetes tipo 2, aumento de gordura no corpo, aumento do colesterol e maior risco de câncer. No cérebro, desânimo, preguiça, letargia, aumento do risco de depressão e demência senil; no coração, aumento do risco de doenças cardíacas e problemas circulatórios; nos pulmões, redução da capacidade física e pulmonar; nos ossos e articulações, são mais fracos e sujeitos a fratura e lesões, aumentando o risco de osteoporose: nos músculos, ficam mais atrofiados.
A Organização Mundial da Saúde já considera o impacto do sedentarismo tão maléfico para o organismo quanto o vício do fumo. Já ser ativo, além de evitar problemas de saúde no corpo, colabora para a saúde mental, pois a liberação de endorfina (o hormônio do bem-estar) que a atividade física provoca ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, colaborando na redução de dores e quadros de depressão e de demência.
A atividade física influencia ainda na produção de outros hormônios, como o cortisol, que ajuda a regular o sono, a pressão e processos inflamatórios do corpo. “Pessoas sedentárias costumam ter um descompasso muito grande no cortisol, ficam mais desanimadas, sonolentas, “lenificadas”, sem dinamismo”. Conforme a pessoa se exercita, a liberação do cortisol a ajuda a ter ainda mais disposição para se movimentar, explica Roberto Rached, médico fisiatra no Hospital das Clínicas de São Paulo.
A conta de uma existência sedentária geralmente chega quando o envelhecimento se acentua, porém a sarcopenia – o processo de perda muscular ao longo dos anos - comum em idosos,  tem seu pico por volta da sétima década da existência, segundo Rached. Por conta da perda muscular, temos também perdas nos tendões, que ficam mais fracos, menos nutridos, menos hidratados e causam mais lesões por enfraquecimento. “Estamos vendo com mais frequência esse quadro em pacientes jovens e em pessoas que trabalham em escritórios ou que estão sempre sentados em linha de produção. A musculatura do pescoço também se mostra mais enfraquecida e ocorrem alterações de articulações nos joelhos e quadris” observa ainda Rached.
O impacto na musculação assim como na corrida e na caminhada fortalecem os ossos. Nas pessoas que ficam sentadas ou deitadas o dia todo, eles se enfraquecem, e com isso o risco de fratura aumentam, sobretudo na terceira e quarta idade. Há também um aumento nos casos de osteopenia e osteoporose.  Atividades físicas habituais podem até mesmo alterar as características celulares. Um estudo liderado pela Universidade Stanford (EUA) que analisou dados de saúde de mais de 500 mil pessoas, apontou que tanto homens como mulheres com herança genética de doenças cardíacas, porém com melhor condicionamento físico e capacidade aeróbica, reduziram pela metade as suas chances de terem problemas cardiovasculares. Outra pesquisa, da Universidade da Califórnia, mostrou que pessoas sedentárias podem ser biologicamente dez anos mais velhas do que aquelas que se exercitam. A explicação estaria no processo de renovação celular impulsionado pelas atividades físicas.
“Temos milhões de motivos para nos exercitar”, afirma Ricardo Munir Nahas, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. A inatividade física responde por mais de cinco milhões de mortes no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, que já considera o sedentarismo tão maléfico quanto o fumo. A última pesquisa sobre o tema feito pelo Ministério do Esporte do Brasil não é animadora: 45% dos entrevistados não praticam qualquer atividade física, mesmo sabendo dos riscos de uma existência sedentária. Esse comportamento, aliado a uma alimentação rica em calorias que geralmente extrapolam os limites de gordura, sal e açúcar, e ao tabagismo, é como uma bomba-relógio. A boa notícia é que ela pode ser desarmada a qualquer tempo – quanto antes será melhor.
Quando surgiram na Terra, há cerca de 180 mil anos, os seres humanos precisavam conservar as energias (calorias) para suportar períodos de alimentação mais escassa, já que na época conseguir comida não era algo fácil.  Também, nesse processo evolutivo foi importante o melhor preparo físico, fazendo do corpo humano “uma máquina extremamente ágil e inteligente”. É só dar um comando que ele (o corpo) responde. E responde sempre melhorando o funcionamento e nos melhorando a saúde.
Mas, quando sedentário, é como se o corpo interpretasse não ter necessidade de funcionar no melhor de suas possibilidades de desempenho, e aí ele começa a eliminar os excessos, como músculos, células e a armazenar gordura. Na sociedade pós-revolução industrial, exercitar-se passou a ser cada vez menos necessário, enquanto conseguir comida ficou cada vez mais fácil e abundante, e fomos, então, nos tornando cada vez mais inativos, o que tem trazido consequências negativas diretas para a nossa saúde. Para romper a inércia tem que ter uma razão positiva. Além disso, as pessoas são muito imediatistas. Infelizmente, os cuidados com a saúde em geral têm resultados em médio prazo. E para piorar, não é fácil ser um ativo.
A sociedade caminha no sentido de se tornar cada vez mais comodista, e ao mesmo tempo, já se tornaram comuns as rotinas cada vez menos pesadas, com menos horas dedicadas ao trabalho e aos exercícios. A OMS recomenda pelo menos 150 minutos de práticas físicas por semana, ou seja, 30 minutos por dia ou de três a quatro vezes na semana. “Tem que entrar na nossa agenda diária, como alimentar-se, dormir, tomar banho, ou seja, tornar-se um hábito” informa Timóteo Araújo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul. “Não tem desculpa para não fazer, e não é para virar um super-herói ou um atleta de ponta, mas, se mexer o suficiente para não levar uma existência sedentária”. Atividade física significa atividade moderada com o corpo em movimento que gaste energia como caminhar, correr, dançar ou praticar algum esporte com atividades que exigem esforço muscular. . .

Fonte:
Revista “Planeta”- edição 541/2018
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 20/6/2018

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

ORAÇÃO PELO BRASIL





 
A época é de transição política. Aproxima-se o momento em que a população brasileira vai escolher seus novos governantes. O povo clama por moralidade e justiça. A população do País, com sentimentos bons e fraternos em sua maioria, anseia que o novo governo de seu país o represente como ela o é, de modo correto, honesto e digno. Talvez essa seja a mais importante escolha brasileira dos últimos tempos, uma busca ao retorno da moralidade e do bem estar. Mantenhamo-nos em orações, pedindo a Jesus e seus emissários que envolvam e inspire nosso povo, nossos dirigentes, nossa nação, para que os interesses coletivos possam ser atendidos. Oremos pelos nossos políticos para que sejam envolvidos pelos benfeitores espirituais que assistem o Brasil.
Leon Denis, no livro “O Problema do ser, do destino e da dor” escreveu em 1908, em sua introdução, um assunto que nos parece mais atual do que nunca: “Fala-se muito de progresso, mas o que se entende por progresso? É uma palavra vazia e sonora na boca de oradores materialistas ou tem de verdade um sentido determinado?”... A fé no progresso não caminha sem a fé no futuro, no futuro de cada um e de todos. Os homens não progridem e não se adiantam, senão crendo no futuro e marchando com confiança, com certeza para o ideal entrevisto... A civilização não pode se engrandecer e a sociedade não pode subir, sem um pensamento cada vez mais elevado, se uma luz mais viva não vier inspirar, esclarecer os espíritos e tocar os corações, renovando-os... Um tempo se acaba; novos tempos se anunciam. A hora em que estamos é uma hora de transição dolorosa... A origem de todos os males está em nossa falta de saber e em nossa inferioridade moral. Toda a sociedade permanecerá débil, impotente e dividida durante todo o tempo em que a desconfiança, a dúvida, o egoísmo, a inveja, a corrupção, a ganância e o ódio a dominarem... Não se transforma uma sociedade por meios de leis... “Qualquer que seja a forma política e a legislação de um povo, se ele possui bons costumes e fortes convicções, será sempre mais feliz e poderoso do que outro povo de moralidade inferior...”.
Neste momento crucial para a existência do nosso país, conhecido como o “Brasil, Pátria do Evangelho e Coração do Mundo”, está nas mãos de seu povo. Cabe a cada um analisar de modo correto e cristão como melhor agir, que melhor escolha fazer, para que o bem possa vencer. Evitemos reeleger aqueles políticos que sempre estão se elegendo porque eles só se lembram de fazer promessas na época das eleições, e depois viram as costas preocupados que estão apenas com as mordomias para si mesmos. Estamos em transição para um mundo melhor e cada pequeno país desta Terra é de importância para os interesses do Cristo quanto à evolução moral e o progresso do planeta. Compete a cada brasileiro que tem a capacidade de escolha responsabilizar-se por uma escolha justa e boa para todos os brasileiros e não somente para si mesmo. Analisemos tudo com a luz do raciocínio lúcido. Pensemos nas palavras de Léon Denis e nos guiemos somente pela nossa consciência, amparados pelo Cristo e em vigilância e oração pelo Brasil.                                                                                                                                   
Fonte:
Jornal  “O Imortal” – 9/2014
+ pequenas modificações.

Jc.
S.Luís, 24/9/2017
Refeito em 21/8/2018


ESCRAVOS DO SÉCULO XXI




 
Calcula-se que mais de 160.000 brasileiros trabalhem em condições deploráveis – e o Brasil que já foi exemplo mundial de combate a essa chaga, está ficando cada vez pior, em razão de escassez de verbas para as equipes de fiscalização. A revista “Veja”, publica a foto de 48 pessoas, que formam uma galeria que o país não gosta de ver. São vários Francíscos,  Antônios, Josés, Carlos, Luís, Joãos, uma Vicentina e outros, que mostram um grande drama brasileiro: o trabalho em condições sub-humanas, e análogas às de escravidão. Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI. Enredadas em algumas dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a situações bastante deploráveis de trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os porcos, e algumas delas sofreram a humilhação de serem espancadas, para não falar de constantes ameaças de morte.
Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13 de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é multiétnica. São muitos os que vivem no país em condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalhos forçados, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e várias circunstâncias degradantes em relação aos trabalhos, descanso,  moradia e alimentação, por exemplo.  Comparados aos milhões de africanos trazidos para o Brasil para trabalhos escravos, a cifra atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 mil  pessoas escravizadas é um escândalo humano de proporções lamentáveis. 95% são do sexo masculino, 65% identificam-se como pardos e negros, 32% são analfabetos, 75% trabalham no setor agropecuário, e 22% nasceram no Maranhão, origem da maior parte da mão de obra ilegal, e 59% dos que chegam a ser registrados, voltam a trabalhar nas mesmas condições escravas. “Levei muitos pontapés e ainda coronhadas no peito. Até hoje eu ainda sinto as dores dessas pancadas”, comenta José Francisco de Sousa, piauiense de 46 anos. O pior foi ouvir do chefe que os porcos eram mais limpos do que nós. Tomávamos banho depois deles, na mesma água”, informou José Maria de Sousa, maranhense de 28 anos.
A reportagem flagrou também escravos urbanos, no coração
de São Paulo, vítimas do mesmo terrível crime, no campo. Em bairros nobres de São Paulo, como o das Perdizes, famílias de alto poder aquisitivo mantiveram domésticas filipinas em condições de escravidão. A Superintendência Regional do Trabalho e a Defensoria Pública da União revelaram o caso depois que uma das mulheres fugiu do quarto onde era subjugada, em um condomínio de luxo, e fez a denúncia às autoridades. Uma das trabalhadoras que pediu para não ser identificada, contou que fingia preparar mais comida para o cachorro da casa a fim de poder ter “uma refeição melhor”. A metrópole também concentra 12 mil oficinas ilegais de costura que abastecem as lojas no Bom Retiro e no Brás. Quase sempre são os imigrantes que trabalham nelas – sem documentação legal.
Em 1995, o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu oficialmente a continuidade desse crime – e criou uma comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de melhorar, a situação está ficando mais grave. O país caminhava razoavelmente bem no combate à prática até 2013, quando o número de ações de fiscalização começou a cair drasticamente. Naquele ano houve verba para 185 autuações contra o trabalho escravo. Em 2014, registrou-se a queda de 14%  com apenas 160 autuações. Em 2015, foram só 155. Em 2016, foram apenas 106. No ano passado, realizaram-se somente 88 fiscalizações, e todas de menor porte em relação às executadas anteriormente, sendo 341 os resgatados.
A queda no número de autuações seria uma notícia boa se não representasse, na verdade, o contrário do que se imaginava: não é a escravidão que está retrocedendo, mas sim, o dinheiro para fiscalizá-la que está minguando. Em agosto do ano passado, o Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação civil pública contra a União para garantir verba mínima até o fim de 2017, diante da ameaça de paralização total das ditas atividades. O chefe da Divisão de Fiscalização para  o trabalho escravo, André Roston, afirmou que o departamento tinha então menos de 7 mil reais em caixa, enquanto que, o valor médio de uma única ação, gira em torno de 60 mil reais. Em outubro, Roston foi exonerado, porque incomodava. Entre os ex-colegas, circula a versão de que Roston era “dedicado demais” à defesa do conceito de escravidão e muito atento aos abusos. Para funcionários do Detrae ouvidos pela “Veja”, a falta de verbas é resultado de uma dupla razão.  O combate  à escravidão não rende votos em eleições, e a bancada governista nunca escondeu seus laços com os ruralistas, que se habituaram a usar a mão de obra em situação deplorável.
Como exemplo, citamos o caso de Sebastião Cunha, de 48 anos e seu filho Geovane, de 25 anos. Eles vivem em Monção, município de 30 mil habitantes, a 300 quilômetros de São Luís, capital do Maranhão. Começaram a trabalhar na roça da família aos 9 anos, idade na qual os meninos da região costumam cair na labuta. Nela permaneceram até o fim da adolescência, e aí, saíram em busca de emprego. Trocaram o serviço doméstico pelo mercado e viram-se obrigados a se sujeitar ao regime da escravidão. “Pela falta de oportunidades, sempre aceitei o que aparecia, na terra dos outros”, conta o pai. Até 2007, Sebastião não tinha noção de que trabalhava em condições ilegais. Foi então que os fiscais o encontraram pela primeira vez, submetido a um regime análogo ao de escravidão. Estava magérrimo, passava fome e tinha febre. Em duas outras oportunidades ele seria flagrado na mesma situação. Ele não é exceção: a reincidência atinge algo em torno de 60% das vítimas da escravidão.
Mesmo nos dias atuais, com plena ciência do problema, ele admite que voltaria a se entregar àquela situação degradante, e até mesmo apanhando, pois se julga como que acorrentado a um destino cruel. “Todos os dias, pela manhã, bem cedo, minha filha de 6 anos me acorda e me pede pão”, relata ele. “Como é que vou dizer a ela que não tenho dinheiro para comprar pão? Então tenho que aceitar qualquer coisa, mesmo que caia novamente na escravidão, para garantir o pão de minha filha”, diz Sebastião. Em Monção, mais da metade da população vive na linha de pobreza (renda inferior a 140 reais por mês), 31% estão em condições consideradas pela ONU como de extrema miséria e 64% não têm ocupação.
A revista “Veja” visitou, no Maranhão e no Piauí, meia centena de municípios, onde os indivíduos como os Cunhas, foram retirados pela Justiça, de trabalhos degradantes. 75% dos trabalhadores em regime semelhante ao de escravidão, atuam no setor agropecuário. A arregimentação dos trabalhadores segue idêntica a que existia em 1995, quando o governo FHC
iniciou o ataque a essa prática. Um recrutador, chamado “gato” chega à região-alvo com a promessa de uma boa oportunidade de trabalho. Normalmente o patrão paga os custos da viagem até o local do trabalho, e esse valor acaba por se tornar a primeira de muitas dívidas que o empregado acumulará. Quando ele chega à fazenda onde vai trabalhar, a comida e as ferramentas também  passam a ser cobradas – e o desconto  é feito no pagamento. Em pouco tempo ele deve mais do que recebe, num processo que o põe inteiramente nas mãos do patrão. A rotina desses trabalhadores é por si só, abominável. Eles saem para a labuta, nas primeiras horas do dia, com apenas um café no estômago. No almoço, ao meio dia, comem arroz, feijão e farinha, em quantidade mínima. No fim do dia, vão dormir em um barracão coberto somente por uma lona. Não há camas, só redes, no meio das quais é comum ver porcos passeando. Muitas vezes, a única água é a dos córregos – em que os animais bebem para matar a sede e quase sempre urinam e defecam. Se a imagem de uma senzala veio a sua mente, saiba que não há exagero – as senzalas ou casas-grandes eram um pouco bem melhores.
A evidência de que o Brasil retrocedeu para valer na questão do trabalho escravo veio à tona em 16 de outubro do ano passado, quando foi publicada no Diário Oficial da União a portaria de nº 1129, que alterou o conceito de trabalho escravo e as regras para a inclusão de empresas que o adotavam em uma lista suja. O texto eliminava os termos “jornada exaustiva” e “condições degradantes” da caracterização da prática, limitando à escravidão à restrição de liberdade de ir e vir. A tal lista suja, a cargo do Ministério do Trabalho, passaria a ser atualizada apenas duas vezes ao ano. Antes dessa portaria, ela era de responsabilidade da Divisão de Fiscalização para a Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), e a atualização poderia ocorrer a qualquer momento.
A medida de 16 de outubro de 2017 tinha o propósito de socorrer o presidente Temer, que tentava no Congresso votos para arquivamento da segunda denúncia contra ele por obstrução da Justiça e organização criminosa. O assunto virou moeda de negociação com a bancada ruralista da Câmara, cujos integrantes representam proprietários rurais. Essa barganha durou pouco: pois em 24 de outubro, a ministra Rosa
Weber, do STF, suspendeu a portaria casuística por considerar que ela vulnerabilizava “princípios basilares da Constituição”. A suspensão e as pressões que o governo enfrentou acabaram levando-o a ceder – ele publicou em dezembro uma nova portaria, que recolocava as coisas nos devidos eixos. Desde 1988, a Comissão Pastoral da Terra vinha fazendo várias denúncias contra a Brasil Verde, que se converteram em sucessivas fiscalizações em 1989, 1992 e 2000. Em 2016, vários anos após o último resgate na Brasil Verde, o Estado foi condenado por negligência. A indenização a 128 trabalhadores ultrapassou o valor de 4 milhões de dólares. O Brasil que foi o último país das Américas a abolir a escravatura negra, tornou-se o primeiro a ser condenado pela OEA por trabalho escravo.
Segundo a ONU, em todo o mundo os lucros obtidos com os cerca de 30 milhões de trabalhadores escravos chegam a 150 bilhões de dólares ao ano. Com a evolução tecnológica, os custos operacionais ficaram mais baixos. Antigamente, o trabalho escravo oferecia algo entre 15% e 20% de retorno anual. Hoje, esse número fica dentro de uma margem que vai de 300% a 500%. Sob essa lógica perversa, a escravização vale a pena. Não é de estranhar, portanto, que a resistência a combatê-la seja tão grande. Mesmo que isso signifique ter no país milhares de biografias devolvidas a um passado vergonhoso. . .

Fonte:
Reportagem Especial
Revista “Veja” de nº 2581 -9/5/2018
+ Acréscimos

Jc.
São Luís, 22/5/2018  

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

MAR DE LIXO





 
A notícia de que a Grande Mancha de Lixo do oceano Pacífico, constituída do mar de plástico, já ocupa uma área de 16 vezes maior do que era estimado, e necessita da urgência de uma solução para o problema dos resíduos plásticos, os principais poluidores dos mares. A existência moderna é inimaginável sem os plásticos. Eles estão em praticamente todos os produtos tecnológicos que caracterizam a civilização atual.
A lista é infindável: computadores, celulares,  televisões,  e até aviões, carros e contêineres, assentos de privada, afora os muitos produtos descartáveis como pratos, canudos, garrafas, botas, cordas, embalagens, cotonetes e redes de pesca. Não há dúvida de que ele é um produto útil, durável e versátil. Porém, é incontestável que os plásticos são uma praga ambiental, que contamina todo tipo de ambiente na Terra. Somente nos oceanos, estima-se que sejam despejados oito milhões de toneladas de plástico a cada ano.
Esse volume se espalha por todos os oceanos do planeta, com destaque para a chamada Grande Mancha de Lixo do Pacífico,  localizada entre a costa oeste dos Estados Unidos e o Havaí. Essa “ilha” de entulhos está crescendo mais rapidamente do que se previa. Uma pesquisa recente, publicada na revista científica “Scientific Reports”, constatou que ela tem cerca de 80 mil toneladas de plásticos descartáveis, em uma área de 1.6 milhões de quilômetros quadrados, maior do que o estado do Amazonas (1.559.159 km2) e quase duas vezes e meia a França (643.800 km2) O estudo também concluiu que a mancha ocupa hoje uma área 16 vezes maior do que se estimava.
De acordo com o oceanógrafo Laurent Lebreton,  da fundação holandesa The Ocean Cleanup, que desenvolve tecnologias para extrair a poluição dos oceanos e realizou a pesquisa, a situação está pior a cada dia. Segundo ele, cerca de 20% dos resíduos podem ter chegado à região, após o terremoto e tsunami de 2011 no Japão. Para fazer esse trabalho, os pesquisadores contaram com o apoio de 30 navios, várias aeronaves e imagens tridimensionais obtidas do alto e na superfície. Além disso, 1.2 milhão de amostra foram coletadas. Em todos os oceanos, estima-se que esse número chegue a 5.25 trilhões, com um peso total  de cerca de 290 mil toneladas.
Segundo a pesquisadora Daniela Gadens Zanetti, essas partículas estão presentes em todos os habitats marinhos, desde a superfície oceânica até o fundo dos mares, e estão disponíveis para todos os níveis da cadeia alimentar, dos produtos primários aos superiores. Um albatroz encontrado morto foi achado com o interior repleto de plástico. “Um relatório de 2016 da Organização das Nações Unidas, estima que mais de 800 espécies marinhas e costeiras são afetadas pela ingestão desses plásticos, além disso, esses resíduos têm um efeito adverso nas indústrias de pesca, navegação e turismo. Esse relatório avalia o custo da poluição causada pelos detritos marinhos em US$-13 bilhões”.
Sandra Tédde Santaella, do Instituto de Ciências do Mar, da Universidade do Ceará, informa que o problema vai bem além dos plásticos. “Eles são mais visíveis e por isso mais lembrados”, mas aos oceanos chegam vários tipos de resíduos com o tempo de degradação muito elevado, como pontas de cigarro, latas, fraldas descartáveis, vidro, tecidos, pneus, etc.” Seja como for, os plásticos compõem o grosso da poluição marítima. Um estudo que vem sendo realizado desde 2012, pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, em parceria com o Instituto Socioambiental dos Plásticos, que reúne entidades e empresas do setor, constatou que mais de 95% do lixo encontrado nas praias brasileira é composto por itens feito desse material. Dessas praias, as mais poluídas são Boraceia e Itaguaré, Praia do Francês e Taquari. O estudo   também mostrou que em São Paulo, o maior volume de lixo se acumula nas dunas ou restingas e é proveniente das atividades de pesca.  Já no Nordeste, esse material é encontrado na areia seca da praia e é proveniente do turismo.
Diante desses resultados, não é de se estranhar que o Brasil ocupe a 16ª posição no ranking dos países mais poluidores dos mares, segundo um estudo realizado por pesquisadores americanos e divulgado em 2015. Aqui, todos os anos são lançados nas praias entre 70 mil e 190 mil toneladas de materiais plásticos descartáveis. Para Sandra, o Brasil é um grande poluidor porque não há educação, conscientização, sensibilização, legislação, orientando e punindo os que lançam os resíduos nas praias. “Somos todos omissos e culpados, tanto população como o Estado”, conclui ela. Para o professor Sandro Mancini da Unesp, o problema do lixo no geral, é bem
complexo e ainda sem solução. “Se mal conseguimos resolver o problema nas cidades, imagine no mar”. Ele lista cinco condições para afirmar que o Brasil é um grande poluidor dos mares: a- Economia razoavelmente forte; b- Grande população; c- Muitas pessoas vivem morando no litoral; d- Muita troca internacional marítima; e- Falta de um plano e um péssimo gerenciamento do lixo de um modo geral. Falamos muito em “jogar o lixo no lixo” e não acabamos com os lixões.
A mesma pesquisa de 2015 mostrou que a China, a Indonésia e as Filipinas são os países que mais poluem os oceanos, pois descartam 3,5 milhões de toneladas de plásticos por ano. Segundo Sandra, também os resíduos sólidos causam danos à fauna marinha, pois muitos animais morrem enroscados em linhas, sacos e redes de pesca, ou então, por ingestão de pedaços de lixo de diversos tamanhos que ficam no seu trato digestivo por muito tempo e lhes dão sensação de saciedade, levando-os à morte por inanição. Além disso, muitos ficam enroscados nas embalagens plásticas e se ferem letalmente nos resíduos. O mais grave é que a situação tende a piorar. Um relatório recente, concluiu que até 2025, os oceanos estarão três vezes mais poluídos com resíduos plásticos.  Outro estudo tornado público em 2016, no Fórum Econômico Mundial de Davos, informa que até 2050, os mares da Terra terão mais pedaços desse produto do que peixes, por serem materiais que levam mais de 450 anos para serem totalmente decompostos.
“O esforço pode ser inócuo, diante do  aumento desenfreado da produção de plástico que, segundo pesquisas, pode triplicar na próxima década”, de acordo com Lebreton. E concluiu: “É preciso reduzir o desperdício e também criar opções biodegradáveis alternativas e, principalmente mudar a maneira como usamos e descartamos os produtos feitos com esse material”. Se a humanidade não conseguir resolver esse  problema, chegamos a conclusão de que é lamentável que um produto que traz tantos benefícios à Humanidade, possa também trazer tantos prejuízos ao mundo em que vivemos.
Fonte:
Artigo de capa da Revista “Planeta”- 5/2018
+ Pequenos acréscimos

Jc.
São Luís, 20/5/2018


C U R I O S I D A D E S




 
As crianças são como as borboletas ao vento; umas voam rápido, outras voam pausadamente, mas todas elas são do seu melhor jeito. Cada uma é diferente da outra, cada uma é especial, cada uma é linda: crianças e borboletas nos alegram os olhos e muitas vezes também o nosso coração...
Cooperação
Cooperar é trabalhar em conjunto dando o melhor de si mesmo para atingir um determinado objetivo. Nada conseguimos realizar sozinho. Na existência, necessitamos um dos outros e nada se faz sem que exista cooperação. Cada pessoa tem uma parcela de responsabilidade e tarefas que sempre lhe compete executar para que tudo funcione a contento.
Por exemplo: o pão quentinho que você tem em sua mesa todos os dias, sem pensar de onde vem, é o resultado do trabalho de muita gente em áreas diferentes. Quer saber como? O agricultor prepara a terra, coloca as sementes de trigo no subsolo; quando elas brotam, retira as ervas daninha para que as plantas cresçam fortes e sadias. Depois de algum tempo, ele faz a colheita, e os grãos são transportados para o moinho, sendo triturados para virar farinha de trigo. Em seguida, a farinha vai para a padaria; o padeiro prepara a massa e depois a leva ao forno para assar. Somente então, sua mãe vai à padaria para comprá-lo, a fim de que você possa saboreá-lo na hora do café ou lanche.
Viu só quanto trabalho? Cada qual cooperou de forma diferente! Também acontece o mesmo com as roupas que você veste. Alguém planta o algodão, faz a colheita, manda o produto para a fábrica de forma que o algodão se transforme em fio, e com o fio faz-se o tecido, que a costureira vai transformar em peças de roupa, que serão vendidas em lojas, e que sua mãe compra para você usar. Quanto trabalho, não é?
Todos trabalham e cooperam para que nós tenhamos uma existência melhor e mais confortável. Muitas outras pessoas trabalham na construção de casas que irão nossa abrigar; na pavimentação das ruas das cidades para que tenhamos maior conforto, na manutenção do serviço de energia elétrica para que possamos ter a luz em casa, na canalização da água para o
uso doméstico, no serviço da rede telefônica para facilitara nossa comunicação com as pessoas, etc.  Pense e descubra quantas coisas mais existem tornando a nossa existência muito melhor, mais confortável e que dependem do esforço conjunto de muitas pessoas.
E você, meu amigo ou amiga, já está colaborando para o bem geral? Na escola ou no serviço está ajudando o seu próximo? Na rua, cooperando para manter a cidade limpa? Em casa, está ajudando nos serviços domésticos? Se você faz isso, está de parabéns! Se você não colabora, é tempo de começar. Sempre podemos dar nossa parcela  de cooperação para todos vivam satisfeitos e em harmonia. Quando enfim, todas as pessoas estiverem convencidas da necessidade de contribuir para o bem geral, a sociedade em que vivemos será melhor e o nosso mundo viverá uma nova era de paz e de prosperidade.
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“Nas horas difíceis, jamais abaixe a sua cabeça, porque a solução do problema não está no chão, mas sim, na vontade de Deus, que está no Alto...”
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“Vocês querem, então vou reconhecer “esse” sindicato como partido (PT). Mas não esqueçam que um dia “esse” partido chegará ao poder e lá estando, tudo fará para instituir o Comunismo. Nesse dia, vocês vão querer tirá-lo de lá e será a custa de muito SANGUE BRASILEIRO.”
(Palavras de João Batista de Oliveira Figueiredo, na reunião do gabinete, realizada em 1980.)
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O importante da existência são os sorrisos que você despertou, a caridade que fez, e o amor que você plantou. O resto são apenas detalhes!
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“A nossa felicidade independe do dinheiro, do emprego  ou do casamento. A felicidade é o estado interior que nós  logramos  pela  consciência em  paz,  pelo  caráter
reto e pelo trabalho digno.”        Divaldo Franco
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“A grandeza do ser humano pode ser medida pela sua capacidade de serviço ao próximo, de humildade e de amor.”                                         Joanna de Ângelis
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Qualquer homem faz um filho, mas somente aquele que cumpre de verdade a sua função, pode ser considerado um verdadeiro pai...
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“Existem situações e lutas que pensamos não sermos capazes de vencer... Mas temos um Deus que faz o impossível sempre acontecer. Faça você por onde merecer...”
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“A cura de qualquer doença não é um processo imediato. Muitas pessoas que procuram o Centro Espírita querem sarar depressa... Ora, às vezes o problema se arrasta conosco há séculos, e não será através de um único passe que iremos solucioná-lo. Precisamos ter paciência, e que o nosso desânimo não complique ainda mais a nossa situação”.  Chico Xavier                                                   
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“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim...”                                                Chico Xavier
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“Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste ainda se fosse eu o ofensor. Magoar alguém é terrível. Planejar a infelicidade dos outros é causar com esses pensamentos, um abismo para si mesmo. O bem que praticares em algum lugar, é o teu advogado perante a Justiça Divina.”
                                                            Chico Xavier
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“Nunca se culpe por ter errado; nunca se culpe por ter ajudado; nunca se culpe por ter acreditado na bondade humana, na amizade verdadeira e no amor eterno. Estamos no mundo para perder, mas muito mais para ganhar...”
                                                          Chico Xavier
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“A pior ambição do ser humano é querer colher os frutos daquilo que nunca plantou”.
                                                              Charlie Chaplin
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Hoje temos uma mensagem para alguém muito especial. A você que teve um dia bastante atarefado. Que passou horas à espera de um ônibus para levá-la ao serviço ou para ir às compras. A você que levantou bem cedo, arrumou a casa, fez o café da manhã, depois deixou as crianças no colégio e ainda teve tempo para uma pequena oração a Deus. A você que luta diariamente contra o relógio, pois necessita de todo minuto para cumprir suas tarefas. A você que, seja qual for á cara do marido, dos filhos e dos vizinhos, ainda tem tempo para sorrir. A você que espera um agradecimento, um pequeno agradecimento, pelas grandes coisas que faz. A você que trabalha e dá um duro e, ainda assim, não reclama jamais.
Esta mensagem é só para você, não é para dividi-la com ninguém. É uma mensagem de agradecimento de paz e de amor. De agradecimento por tudo o que faz em seu lar sem salário nenhum; de paz, por sua maneira de ser, de tratar os outros com muita bondade; de amor por ser uma verdadeira mulher que tem carinho por todos sem esperar retribuição; por dar muito mais do que recebe; por ser aquela em quem se pode confiar, porque dela, só boas coisas virão. A você, esposa, mãe ou irmã, que tratar a todos com muito afeto e com amor é que é destinada esta mensagem de agradecimentos. . .
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“Sonho com um dia em que todos os seres humanos compreenderão que foram criados para viverem como irmãos...”
                                                                 Nelson Mandela
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“A existência é como uma roda gigante: quem está em cima não deve pisar quem está em baixo; pois, mais cedo ou mais tarde a roda da vida vira e estaremos por baixo...”
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Deus sempre nos ampara, dizendo: “Ainda que não me vejas, cuido de você;  ainda que não me sintas, estou a lhe proteger; ainda que não creias em Mim, lhe amo, e ainda que as vezes duvides , Eu sempre estou ao seu lado...”
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“O nosso maior inimigo é o nosso próprio pensamento; quando ele fica fixo em uma ocorrência que nos magoou, nos irritou ou nos aborreceu. Pior acontece quando nossa atenção fica buscando algum meio para revidarmos ou nos vingarmos. Nessa situação geramos energia maléfica, envolvendo todo o nosso psiquismo.  Que fazer então? -  É simples: Diga a você mesmo, algumas vezes:  “Estou em Paz”, procurando sentir essa sensação em todo seu corpo. Deixe-a se instalar na sua mente e assim, pacificado, desenvolva um estado interior de amorosidade e de perdão incondicional.  E sempre que “aquilo” voltar à sua mente, repita o procedimento indicado...”
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Acredite...
Quando nossos sonhos se acabam fica um imenso vasio ... Uma vontade de parar... De desistir de tudo... É um período difícil, em que as horas, os dias e até o mês são longos demais... Não conseguimos progredir... Falta á vontade... Falta a motivação e nos fechamos para tudo e para todos, como se nada mais importasse, nada mais tivesse algum valor e vamos desistindo pouco a pouco... Por que será que muitas coisas que acreditávamos chegam ao fim?
Acreditávamos na felicidade eterna e muitas vezes, ela não passa de um pequenino momento... Tempo suficiente para deixar uma saudade infinita...  Então surge um novo dia... Um novo sonho começa a dar o ar da sua graça... Vem chegando de mansinho... Tentando abrir o nosso coração, pois estamos trancados com um enorme medo de sofrer de novo; mas mesmo assim, o novo sonho vem chegando... Trazendo tudo de novo... E como todo novo, é regado de novidades que fascinam, mexendo com as emoções adormecidas... Trazendo de volta a emoção de recomeçar, de viver, de amar!
Nessa hora, quando tudo ressurge, podemos avaliar melhor a existência... Temos que transformar cada pequenino instante em grandes momentos... Eliminar tudo o que maltrate o nosso corpo e o Espírito, e dar lugar somente ao que nos engrandece como verdadeiros filhos de Deus! E se os nossos sonhos estiverem nas alturas, não nos preocupemos... Eles estão no lugar certo. Devemos então construir os degraus e SUBIR!  Nunca desistir de ser feliz! E para isso, basta apenas uma palavra do Bem, para mudar o dia de alguém...

Fonte:
Internet e outras
+ Modificações e complementos.

Jc.
São Luís, 15/8/2018

domingo, 12 de agosto de 2018

PLANTE AMOR E RECEBA A PAZ





 
A nossa infância em São Luís, lá pelos anos de 1935, (nesse tempo ainda não existia os heróis fabricados), eu ainda criança, com quatro anos, vendo passar na nossa porta o bonde elétrico que fazia o percurso do Centro da cidade até o Anil, onde morávamos, e vendo o motorneiro dirigir o bonde, eu ficava encantado e a pensar que quando eu crescesse, desejava ser  um motorneiro de bonde, pois achava muito legal. Bons tempos aqueles em que havia tranquilidade, paz, harmonia,  fraternidade e amor entre as pessoas.
A existência foi passando e muitos anos depois, começaram a surgir ás revistas em quadrinhos com alguns heróis, com poderes excepcionais, como: O Titan e seu arqui-inimigo O Caveira, O Vingador, O Cometa, A Visão, O Príncipe Submarino e outros mais, e depois, os cinemas começaram a apresentar também seus heróis: Flash Gordon, O Zorro, O Sombra, Mandrake, O Capitão Marvel, O Fantasma e outros mais, que as crianças da época gostavam sempre de imitar um deles, e nas histórias, era sempre comum se saber que o bem e o amor venciam sempre. Assim, era um tempo de encanto, de fantasia e de alegria para todas as crianças, como eu, que vivenciaram aqueles tempos, sem maldades, sem violência, sem crimes.  
Nos tempos atuais, o que assistimos são filmes, programas e novelas  mostrando o desrespeito, a traição e exibindo  e incitando a violência, o sexo e os diversos tipos de crimes, como suborno, corrupção, furtos, roubos, e não se vê mais a simplicidade e a graça das histórias, não se vivencia mais o Amor que está muito esquecido pelas pessoas. Precisamos reunir os familiares e os amigos e relembrar o maior de todos esses os heróis – Jesus.
Hoje, infelizmente, ouvimos ás vezes as mães se queixarem  que levaram suas crianças pequenas de quatro ou cinco anos para verem seus pais, na prisão. O sonho dessas crianças é decepcionante ao constatar que o seu adorado pai não é um herói, mas um prisioneiro. Que tristeza para essas crianças.
As mães choram de arrependimento, em diálogos, quando nos dizem que a sua amada criança, mudou completamente de comportamento, depois de ver seu pai na prisão. Passou ela a ficar rebelde ou chorosa, infeliz ou tímida. Seu pai que deveria ser seu herói é na verdade um criminoso. Quem ela vai imitar?
Muitas crianças ainda têm um substituto bom; um tio, um avô, um irmão mais velho que supre a figura paterna e dá bons conselhos; mas muitas outras não têm alguém para assumir tal função e aí a situação fica difícil. Alguns dizem que a pobreza é a mãe da criminalidade, mas não é bem assim. Tomo como exemplo a nossa família (Tavares de Castro). Nossa mãe ficou viúva com 12 filhos e eu, caçula com apenas um ano de idade. Nessa época não existia Lei trabalhista, L.B.A., INSS, não houve pensão do nosso pai nem qualquer tipo de auxílio. Ela conseguiu nos criar com muitas dificuldades, trabalhando e com a fé que tinha em Jesus, sem que nenhum dos seus filhos ficasse marginal, em face da nossa pobreza extrema. Desde cedo, começamos também a trabalhar para nos manter e foi assim que Jesus nos permitiu a existência até a fase adulta.
Observamos que o que falta em muitos lares, hoje, é a religiosidade, o bom exemplo, a prática do bem, pois os crimes estão também nas famílias abastadas e em pessoas instruídas. É necessário trazer de volta para as famílias, a convivência fraterna, a religião, a bondade e o amor, para termos a paz na consciência, no lar, na cidade, no país e no mundo.
No Canadá, as mães estão reduzindo a jornada de trabalho para ficarem mais tempo com os filhos, e nos Estados Unidos, os médicos instituíram o Family Dinner, ou seja, a volta da família jantar junto novamente e com a televisão desligada. Um momento para a família. Há ainda uma campanha que está se tornando mundial, de se desligar o celular para olhar o filho. As crianças precisam ser olhadas e precisam ser amadas.
Há uma passagem em O Evangelho Segundo o Espiritismo, muito bela de um protetor espiritual, constante do capítulo VIII (Deixai vir a mim os pequeninos) em que o autor escreve o seguinte: “Deixai vir a mim os pequeninos; deixai vir a mim os tímidos e os frágeis que necessitam de amparo e consolo. Deixai vir a mim os ignorantes, para que eu os ilumine. Deixai vir a mim todos os sofredores, a multidão dos aflitos e dos infelizes, e eu lhes revelarei o segredo da cura e darei o grande remédio para os males da existência”.
Qual é meus amigos, esse bálsamo poderoso, de tamanha virtude, que se aplica a todas as chagas e as cura? É o Amor. Se tivermos esse dom divino, o que haveremos de temer?  O Amor e a Caridade são a solução.  Diz o ditado: “Quem ama, educa, e a educação é a solução.” Os lares brasileiros precisam retomar a Educação com Amor; formar um ser humano com sentimentos bons, não importando a classe social a que pertença. Libertar-se da inveja e da ganância de querer possuir tudo o que outros possuem. Evitar tomar de outra pessoa, aquilo que ele tem. Entender que não é assim que se deve conseguir, mas com trabalho e honestidade e se conformar com a existência que tem, pois foi ele que moldou a sua existência, e não partir para furtar ou roubar o que pertença a outra pessoa. Viva  fazendo o bem e dê  paz à sua consciência e receberá sempre a proteção divina.
Quando ainda criança, uma experiência nos marcou e lembramo-nos dela até hoje. Na época, devia ter nove anos e na escola, tínhamos uma colega, uma amiga querida; a mais pobre da classe. Nessa época não se fazia distinção social. Ela tinha uma bolsa de estudo dada pelo diretor da escola. Nossos pais desejavam saber quem eram os pais de nossos colegas, não pelo fator social, mas para saber se eram pessoas de bem, e se seus filhos podiam ficar juntos. Um dia, fomos com essa nossa colega até a casa dela, depois das aulas. A casa era uma das mais pobres da rua.
Quando estávamos brincando, a mãe dela se aproximou e disse-lhe: “Filha, a borracha que você trouxe da escola não é a sua.” A nossa amiga esboçou uma desculpa, dizendo que não tinha achado a sua e que um colega tinha lhe emprestado aquela e que ela tinha se esquecido de devolver. No final do dia, seu pai, voltando do trabalho, tomou conhecimento do ocorrido, e a mãe da menina já estava com o nome e o endereço do colega. O pai ordenou que fosse devolvida a borracha e fomos juntas e andamos quase uma hora a pé, até a casa do menino, Ela bateu palmas e pediu para chamar o menino. O colega veio surpreso. Ela então pediu desculpa por não ter devolvido a borracha, e entregou a ele que saiu agradecido. Quando voltamos, o seu pai disse à filha em tom enérgico: - “Nós somes pobres, mas somos honestos!” – Nunca esqueci esse fato e de heróis assim, anônimos, é que precisamos. Heróis do dia a dia, que ensinem a honestidade e o bem aos seus filhos.
Temos ainda a fé de que o estado atual das coisas no Brasil, em que a sociedade não suportando mais a corrupção e a falta de honestidade, vem aumentando o número desses heróis e a educação no bem vão triunfar. O Brasil será sim, um dia, uma nação em que os valores morais elevados irão prevalecer. O número dos que almejam o bem está crescendo e o Amor continuará sempre vencendo e vencerá, pois cremos que Jesus olha por todos nós, e um dia essa situação vai se reverter, a exemplo do que respondeu Maria de Nazaré a Chico Xavier, quando este se encontrava em uma situação aflitiva: “Tudo passa”.
Retornando ao capítulo VIII, o Espírito protetor termina sua mensagem com belíssimas palavras que devemos manter em nossa mente: “Se tiverdes amor, tereis tudo o que mais se pode desejar na Terra, pois tereis a pérola sublime, que nem as mais diversas circunstâncias, nem os malefícios dos que vos odeiam e perseguem, poderão jamais arrebatar. Se tiverdes amor, tereis colocado o vosso tesouro onde nem a traça, nem a ferrugem os devoram, e verá desaparecer de vossa alma tudo o que lhe possa manchar a pureza”.  A força do Amor há de vencer sempre, repetimos...

Fonte:
Jane Martins Vilela
Jornal “O Imortal” – 7/2018
+ Acréscimos e modificações.

Jc.
São Luís, 6/8/2018