quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O MAL DE ALZHEIMER





 
A doença de Alzheimer, descrita clinicamente como uma demência degenerativa primária, cujo principal sintoma é a perda progressiva das funções mentais, afeto em todo o mundo milhões de pessoas; e a Organização Mundial de Saúde (OMS), prevê que o número de casos de demência, entre os idosos, irá mais que dobrar até 2050, caso não seja descoberta a cura.

No Brasil a estimativa é de que a doença atinja atualmente 1.2 milhão de pessoas com mais de 65 anos de idade. E o número de casos vai mais que dobrar até 2030, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer. Entre as doenças que provocam demência na população idosa, os especialistas dizem que o Alzheimer é a mais comum, e segundo o presidente da ABRALZ, Fernando Paulino, “a doença não tem cura, mas o tratamento nas fases iniciais da doença pode atrasar em um ano os sintomas e complicações”.

Histórico e conceito – A doença de Alzheimer foi descrita pelo psiquiatra e neuro-patologista, Alois Alzheimer em 1906. Ao fazer uma autópsia, o médico alemão descobriu no cérebro morto lesões que ninguém nunca tinha visto antes: tratava-se de um problema de dentro dos neurônios (as células cerebrais), os quais apareciam atrofiados em vários lugares do cérebro, e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas enroscadas umas nas outras.

A doença, também conhecida como demência, erroneamente chamada pela população como “esclerose” ou caduquice, é uma enfermidade degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro. Em consequência, a memória e o funcionamento mental são afetados, e outros problemas tomam curso como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço. Embora a doença de Alzheimer não seja contagiosa nem infecciosa, ela faz diminuir a capacidade da pessoa se cuidar (suas necessidades cotidianas), de gerir sua existência emocional, profissional, etc., tornando-se dependente da ajuda alheia para realizar até as tarefas básicas como higiene pessoal e alimentação.

Causas  A causa da doença de Alzheimer ainda não é conhecida pela medicina convencional. Há diversas teorias, mas de concreto até agora se aceita que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).

Fase inicial  A doença começa, geralmente, entre os 40 a 90 anos. No começo são os pequenos esquecimentos, usualmente aceitos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, mas que vão se agravando de forma gradual. Ciente destes esquecimentos, a pessoa pode se tornar confusa, agressiva e mesmo vivenciando distúrbios de conduta, ansiedade e depressão. Verifica-se a perda da memória recente, distúrbios de linguagem, dificuldades para as tarefas diária, falta de cuidado com a aparência pessoal, irritabilidade, desorientação. Nesta fase, entretanto, os pacientes ainda permanecem alertas e apresentam boa qualidade de vida social.

Fase intermediária O paciente se torna incapaz de aprender e reter novas informações, passando a depender cada vez de terceiros. Tem início as dificuldades de locomoção, a comunicação se inviabiliza e passa a exigir cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades rotineiras como higiene, vestuário e alimentação. Inicia-se também nesta fase, a perda do controle da bexiga (incontinência urinária)

Fase final  O paciente fica incapaz de andar (permanecendo restrito ao leito), não fala mais e vivencia a perda do controle da bexiga e do intestino; há muita dificuldade para engolir alimentos, evoluindo para o uso de sonda enteral ou do estômago. Com isso, cresce o risco de pneumonia, desnutrição e a possibilidade de úlceras por ficar deitado.

Entretanto, na maioria das vezes, a causa da morte do paciente relaciona-se a fatores ligados à idade avançada e não necessariamente à enfermidade propriamente dita. Em outras palavras, por ser o mal de Alzheimer uma doença terminal que causa uma deterioração geral do organismo, a causa mais frequente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões.

Diagnóstico Não existe um teste específico que confirme de maneira inquestionável a doença. O diagnóstico certo da doença de Alzheimer apenas pode ser feito por exame do tecido cerebral obtido por biopsia ou necropsia. Deste modo o diagnóstico provável é feito excluindo outras causas de demência pela história (depressão, perda de memória associada à idade), exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina b) tomografia ou ressonância (múltiplos infartos, hidrocefalia) e outros exames.  Há alguns marcadores, geralmente identificados a partir de exame de sangue, como a apolipoproteina E (APOE), cujos resultados podem mostrar chance aumentada da doença de Alzheimer e são valiosos em pesquisa, contudo não são úteis para diagnóstico individual. É óbvio que isso não impede que outros marcadores mais sensíveis venham a surgir no futuro.

Tratamento A chamada medicina convencional considera não haver tratamento curativo para a doença de Alzheimer, isto é, a terapia busca o controle dos sintomas, sendo que as medicações mais empregadas têm sido anti-colinesterásicos, ao menos por enquanto. Além disso, sem desobedecer ao itinerário proposto pela medicina convencional, o paciente pode buscar apoio na medicina energética (homeopatia e/ou terapia floral) e que pode ser administrada como instrumento de prevenção de agravo; sem esquecer a atuação no alívio do sofrimento do portador com a doença de Alzheimer.

Medida preventivas  As medidas preventivas mais recomendadas são o cuidado com a saúde física e emocional,  o trabalho intelectual,  inclusive com

exercícios constantes em quebra-cabeças, palavras cruzadas, atividades artísticas, aprendizado de idiomas, entre outras, e, especialmente, o interesse por uma vivência nutrida por valores e objetivos elevados.

Estudos desenvolvidos pela Associação Médico-Espírita do Brasil orientam hipóteses de causas espirituais para a ocorrência da doença de Alzheimer, tais como a rigidez de caráter, a culpa, processos obsessivos graves, a depressão e os sentimentos enfermiços – ódio e mágoa – especialmente quando mantidos a médio e longo prazo. Enquanto a necessidade de trabalho intelectual exige a atenção com tarefas cognitivas, os processos obsessivos, os quadros depressivos e a rigidez de caráter (intolerância, impaciência, etc.) entre outras, por sua vez reclamam a necessidade de assumir o indivíduo a proposta de auto iluminação – desta maneira, e para nós espíritas, isso implica o estudo doutrinário e as leituras edificantes, a frequência, se possível, semanal, à Casa Espírita para tratamento com passes magnéticos, água fluidificada e o exercício da caridade, que, ao lado da oração, fortalece a nossa imunidade espiritual. Por fim, as graves dificuldades emocionais servem bem à práxis da psicoterapia. Esta última promove o autoexame e, de forma lúcida, ajuda na superação das dores da alma.

Apontamentos finais  Sem dúvida o aumento do número de casos da doença de Alzheimer na atualidade é um alerta a todos nós, principalmente se nutrimos uma existência pouco fecunda para nosso processo evolutivo, isto é, quando não prestamos atenção aos objetivos reais de nosso programa reencarnatório. Não podemos ignorar que a doença de Alzheimer, acima de tudo, é uma enfermidade que tem ressonância com uma solidão sombria e negativa, porquanto o portador dessa doença passa a viver insulado em si mesmo. E isso porque esse mal, infelizmente, “aniquila a vivência do tempo para o corpo, porque este não obedece ao comando do Espírito” (Jorge Teixeira).  De outro lado, é importante destacar que em entrevista concedida a Associação de Divulgadores da Doutrina Espírita de Portugal, em 2009, quando perguntaram a Divaldo Franco, o que é que os Espíritos lhe diziam sobre a cura do câncer, da Aids e do mal de Alzheimer, o eminente orador e médium respondeu: “informam-me os Espíritos que, por enquanto, essas doenças são uma necessidade para o nosso processo de auto iluminação“. Assim, sem esquecer a condição de nosso tempo de transição, deveremos olhar o futuro com esperanças, trabalhando para que a saúde seja também um dos claros sinais do amor, na edificação de um destino humano mais harmonioso e feliz. Que o Pai Celestial ampare todos os que necessitam da sua infinita misericórdia.

Bibliografia:

Eugênia Pickina

Jornal “O Imortal”  - 08/2013

+ Pequenas modificações.

 

Jc.

São Luís, 23/8/2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A VOLTA DE JESUS E O FIM DO MUNDO?





Faltam ainda dois anos para a virada do milênio (este artigo foi feito em 1998) e os preparativos para as comemorações já se fazem presentes. Transformações globais prenunciam uma era de progresso sem precedentes para a Humanidade. Milhões de pessoas, porém, acreditam que o ano 2.000 marca o fim da vida na Terra, e aguardam a volta de Jesus para julgar os vivos e os mortos; premiar alguns com a felicidade e vida eterna e condenar o restante das pessoas ao fogo eterno do inferno...  Jesus voltará realmente? – Onde se dará o julgamento?

 

A aceitação dos textos bíblicos ao pé da letra tem levado significativa parcela da Humanidade, a ter a convicção de que haverá uma segunda volta de Jesus a Terra, completamente visível, para separar os eleitos do Seu reino.  Seria então o juízo final e o fim do mundo.  A volta de Jesus em corpo físico é um desafio às leis da Natureza e Ele afirmou que não viera ao mundo para destruir, mas para confirmar a Lei de Deus.

 

Através dos tempos, muitas previsões vêm sendo divulgadas, pelos meios de comunicações, provocando pânico e atitudes incoerentes, naqueles que possuem pouca informação sobre a realidade do mundo espiritual; é a síndrome do “fim do mundo”.  A “Folha” da Igreja Universal, na edição de 30/06/1996, publicou uma página sobre o assunto com os seguintes tópicos: “Nos séculos 12 e 18, surgiram várias predições sobre o fim do mundo”. Guilherme Miller, fundador da Igreja Adventista do 7º Dia, pregou que Jesus voltaria em 1.843. Como tal não aconteceu, Miller alegando um erro de cálculo marcou nova data: 22 de outubro de 1944. Mais uma vez ele foi decepcionado, porque tal não aconteceu. “No século XIX e início do século XX, vários grupos religiosos, como as Testemunhas de Jeová e a Igreja Mundial de Deus, afirmaram que o mundo acabaria em 1.914, 1.915 e 1.975, mas o tempo se encarregou de desmentir tais profecias”. O jornal do Edir Macedo cita ainda o Sr. Konari Nanas de Nilo, sacerdote da Ordem Fraternal do Cruzeiro do Sul, que disse o seguinte: “2.000, é o ano que não vai acontecer, pois o mundo acabará na véspera”.

 

Existe até um calendário do “fim do mundo”, para os seguintes anos: 1.998 – Para muitos religiosos o mundo vai acabar este ano, porque Jesus teria morrido na 1.998 semanas de existência. Muitos visionários acreditam no fim do mundo na virada do milênio (2000); mas o fim exato do milênio é controvertido. Historiadores já comprovaram que Jesus nasceu no ano quatro A/C, e não no ano Zero. Assim sendo, o milênio já começou. 2.005, é o começo do fim do mundo para os Adventistas do 7º Dia que se baseiam no Apocalipse. 2.0l4  é o fim do mundo para os esotéricos por ser a Era do Aquário. 25/04/2038 é a próxima data prevista por Nostradamus para o fim do mundo, que se daria quando a Páscoa caísse num dia 25 de abril. Isso já ocorreu nos anos de 1.666, 1.734, 1.886 e 1943, e nada aconteceu. Século XXI,  para os mórmons, é o século do fim do mundo, quando se dará a “Batalha de Armagedon”, entre Israel e seus inimigos; e finalmente 3.756  é a nova previsão do frade Vicente Ferrer, que previu em 1.399 o fim do mundo, baseado no número de versículos do Livro dos Salmos. Finalmente, a volta de Jesus é anunciada por três evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas, para o juízo final e o fim do mundo.

 

Antes de continuar este assunto, vamos analisar o poder de uma vírgula, que muda o sentido de um texto: Um oficial condenado à morte pediu perdão ao rei. Este sentenciou: “Perdoar é impossível, mandar para a forca”. A rainha, condoída do moço, salvou-o com a simples mudança da vírgula, que mudou o sentido. “Perdoar, impossível mandar para a forca”.  Noutro relato, um general comunicando a revolta na cidade, pergunta ao seu superior: ”Devo fazer fogo ou poupar a cidade?” – A resposta foi: “Fogo, não poupe a cidade”.  O telegrafista trocou o lugar da vírgula e a resposta ficou assim: “Fogo não, poupe a cidade”, e a destruição não foi efetuada.

 

Voltemos agora ao assunto original e raciocinemos: Jesus nunca escreveu um só de seus ensinamentos nem deixou nada escrito. Tudo o que sabemos veio através de terceiros, sendo passado de uma geração para outra, pela palavra, e por alguns textos gravados em rolos de papiros, material facilmente deteriorável, por volta dos anos 70 depois de Jesus. Somente no século IV foi que passaram a usar um material mais resistente; peles de animais transformados em manuscritos denominados pergaminhos. As alterações eram comuns na seqüência dos escritos, todos feitos à mão. Imaginemos as mudanças ocorridas ao longo dos séculos, quando sabemos que não existe um único texto original, sendo tudo “cópia de cópia”, “tradução de tradução”, donde se pode concluir que, fatalmente multiplicaram-se falhas e enganos dos copistas, somados às naturais dificuldades lingüísticas, bem como omissões e interpretações ás mais variadas, o que explica o porquê das incoerências encontradas nas narrações dos Evangelhos.

 

Teriam sido mesmo aquelas, as palavras de Jesus, referentes ao fim do mundo? – Segundo Severino Celestino da Silva, ex-seminarista, pesquisador e estudioso do Judaísmo e da Bíblia em sua língua original, o hebraico; existem entre 16 a 20, diferentes traduções da Bíblia, feitas a partir do grego, do latim e do inglês, o que explica em parte a enorme diferença existente, quando comparado o texto em português com o original em hebraico. São tantas as divergências e discordâncias que, é como estar diante de uma “torre de Babel”, resultado de traduções bíblicas mal feitas que, até a oração dominical, “Pai Nosso”, sofreu modificações. Traduzida do hebraico, ela teria os seguintes dizeres: “Pai nosso dos céus, santo é o teu nome. Venha o teu reino, tua vontade se faça na Terra como também no Céu. Dai-nos hoje nossa parte de pão. Perdoa-nos as nossas culpas, quando nós perdoarmos as culpas de nossos devedores. Não nos deixeis entrar em provação, porque assim nos resgatas do mal”.

 

Sabemos hoje, segundo os pesquisadores e historiadores, que o Velho Testamento foi escrito durante séculos, por muitas pessoas e que foram escritos 44 Evangelhos, em hebraico, no período de 40 a 70 anos depois da partida de Jesus. Convocados e reunidos para decidirem, no Concílio de Nicéia, realizado no ano de 325 D/C, o papa optou pelas quatro obras que existem até hoje, os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Dos quatro, apenas dois conheceram Jesus e foram seus apóstolos: Mateus, conhecido também como Levi e João, irmão de Tiago, filhos de Zebedeu. Marcos teria conhecido a história e os ensinamentos de Jesus, através de Pedro e de Maria, mãe de Jesus. Lucas era médico de Paulo, e aprendeu a doutrina de Jesus com o discípulo Ananias. Sabemos ainda que o Novo Testamento foi escrito, em grego, 1.500 anos depois; foi traduzido para o Latim e o Hebraico, e só em 1.681 foi feita a primeira publicação em Português, em Amsterdã, na Holanda.

 

Para comprovar incoerências nas  narrações,  citamos a passagem da  figueira estéril: O evangelista Marcos narra o fato como acontecido com Jesus. “E no outro dia, como saíssem de Betânia, teve Ele fome. E vendo ao longe uma figueira, foi lá ver se acharia nela, alguma coisa; e quando chegou a ela, nada achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus falando disse: “Nunca mais, coma alguém fruto de ti, para sempre”. E no outro dia, pela manhã, ao passarem pela figueira, viram que ela estava seca até as raízes. Então Pedro disse-lhe: “Mestre, eis que a figueira que tu amaldiçoaste, secou”. (Marcos cap.11 vrs. 12 a 14 – 20 a 21)

 

Essa mesma passagem da figueira é descrita por Lucas, como sendo uma parábola de Jesus: “Um proprietário, tendo em sua vinha uma figueira, foi procurar fruto nela e não encontrando, disse ao horticultor: “Eis que há três anos procuro fruto nesta figueira e não a encontro; cortai-a, pois, porque ela está ocupando a terra inutilmente”. Disse o vinhateiro: “Senhor, deixe-a ainda por este ano, até que eu escave ao redor e deite adubo, se der fruto ficará, e, senão, mandarás cortar”.(Lucas cap. 13 vrs. 6 a 9)

 

Analisemos o assunto. Se a narração de Marcos fosse à verdadeira, Jesus teria cometido um erro ao amaldiçoar a figueira, agravado pelo fato de saber que não era tempo de figos. Desse modo, ficamos com a narração de Lucas, por ser a mais lógica, e também por não acreditarmos que Jesus amaldiçoasse uma figueira, como não fez o mesmo com seus algozes...

 

Sobre o final dos tempos, o quadro imaginado e pintado pelos evangelistas é evidentemente, uma alegoria, bem como grande parte dos ensinamentos de Jesus, feitos por meio de parábolas. As imagens são de natureza a impressionar as pessoas ainda rudes, que necessitavam de cores fortes e de figuras vigorosas; por isso os evangelistas assim o fizeram. Do mesmo modo registraram “O Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com aquele grande poder e majestade, cercado por seus anjos e ao som de trombetas, lhes parecia bem mais imponente do que um Ser investido de sua força moral, por mais grandiosa que ela fosse para impressionar o povo”.

 

Sabendo Jesus que os seus ensinamentos seriam mal interpretados, alterados e, até esquecidos na sua essência, prometeu-nos: “Se me amais, guardai os meus mandamentos e eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode perceber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis porque ele ficará convosco e estará em vós. O Consolador que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos anunciará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito”. (João, cap.14 vrs. 15 a 17)  Jesus cumpriu a promessa e o Consolador chegou na hora certa, em que a humanidade se encontra perdida, pelas vozes dos Espíritos Superiores, inaugurando uma nova era de progresso espiritual.

 

Em “a Gênese”, Allan Kardec, demonstrando extraordinário bom senso, analisa o Sermão Profético de Jesus, e nos tranqüiliza com relação ao futuro da Humanidade, dizendo: “Haverá chegado o momento, em que a Terra deve se elevar na hierarquia dos mundos, pelos progressos morais de seus habitantes. A residência nela, tanto de espíritos como de encarnados, será destinada aos que tiverem aproveitado os ensinos e seguido as Leis Divinas”. É esta, a separação que está figurada nas palavras de Jesus, do Juízo Final: “Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda”, isto é: “Os bons permanecerão comigo na Terra e os maus serão enviados a mundos mais inferiores”.

 

Para melhor entendimento, vamos reler o Sermão Profético de Jesus, narrado em Mateus, cap.24 vrs. 16 a 22, e analisar as predições. No versículo 16, está escrito: “Então os que estiverem na Judéia, fujam para os montes”. Entendemos a palavra “montes”, como bem definiu Emmánuel, a busca de elevação superior. Sair da Judéia, do espaço físico, fanatizado e coercivo das religiões dos homens, em busca dos “montes”, sentimentos nobres, elevados. Nos montes, os profetas oravam e buscavam a Inspiração Divina. Moisés subiu ao Monte Sinai e ali recebeu o primeiro código ético e moral para um povo ainda primitivo, O Decálogo ou os “Dez Mandamentos”. Jesus sobe o monte Tabor para transfigurar-se ao lado dos espíritos de Elias e Moisés; sobe outro monte e dele faz o memorável “Sermão da Montanha”; sobe também o monte das Oliveiras, onde era costume fazer suas orações ao Pai Celestial.

 

Nos versículos 17 e 18, lemos: “E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de dentro da casa. E quem estiver no campo não volte atrás a buscar suas vestes”. A casa representa a segurança material e as vestes são para proteção do corpo. Entretanto, nossa proteção nossa felicidade, devem se situar acima de tudo, em nossa casa emocional, em nossa mente onde deve habitar os valores espirituais; as vestes representam as coisas materiais que devemos trocar pela paciência, resignação, solidariedade que são valores espirituais. O versículo 19 lastima: “Aí das grávidas”. Tal lamento refere-se às mães aflitas que vêem seus filhos sendo destruídos pelos vícios de todos os tipos, que promovem a exclusão deles do processo natural da existência. No versículo 20, lemos: “E por isso orai para que vossa fuga não aconteça no sábado”. O sábado era o dia em que o judeu não trabalhava e por isso não estava no serviço do Senhor. Deus trabalha sempre; Jesus também e chegou a curar num sábado, e nós devemos trabalhar todos os dias para a nossa evolução, melhora do nosso próximo e do mundo em que vivemos. Em Lucas, lemos: “Bem aventurado o servo a quem, quando o Senhor chegar, achar fazendo assim”.

 

O versículo 21, diz: “E então haverá grande aflição como nunca houve até agora, nem tão pouco há de haver”. (Veja maiores detalhes sobre essa grande aflição no artigo: Fim dos Tempos) As prisões da Espiritualidade abriram-se, possibilitando que muitos espíritos ainda no mal, renasçam, nas últimas oportunidades de se reabilitarem na Terra. É esta a explicação para esta passagem e para a situação que vivemos atualmente de tantos crimes e violência de todos os tipos. A aflição atingirá a todos, graças à tecnologia dos meios de comunicação. Assim, as dores do mundo estarão em nossas vidas diariamente. Nos próximos anos, esses espíritos inferiores renitentes no mal que forem desencarnando, não mais voltarão a Terra e seus tormentos causadores das aflições, deixarão de existir; irão para mundos primitivos, de sofrimentos indescritíveis, onde terão utilidade na evolução dos que lá estiverem, graças aos conhecimentos que já possuem e que levarão daqui, sendo substituídos, na Terra, por espíritos mais evoluídos que também já reencarnaram e estão chegando ao mundo em grande quantidade, para a renovação do mundo. Assim já aconteceu aqui na Terra, então um mundo selvagem, em formação, na idade da pedra. Enquanto o espírito surgido aqui animava o homem das cavernas, os exilados de outros mundos criavam na Terra, as sociedades e as obras que até hoje são admiradas e reverenciadas por nós.

 

Finalmente, no versículo 22, encontramos o seguinte: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”. A atual geração desaparecerá, gradualmente, e nova geração a sucederá. Essa modificação será acompanhada por processos geológicos que, dependendo do comportamento da humanidade, serão mais ou menos violentos. (Vide artigo: Fim dos Tempos).

 

Católicos e protestantes acreditam na ressurreição da carne; ou seja, as almas voltariam aos seus corpos, já cremados ou decompostos, de apenas uma existência na Terra, para serem julgados. Isso é impossível, porque a Física e a Química, ensinam que um corpo já em cinzas ou que se decompõe, logo tem suas partículas aproveitadas por outros corpos, sejam eles vegetais ou animais. Assim, obviamente, os elementos de um corpo já teriam vindo de outros corpos, e assim, sucessivamente, indefinidamente.

 

Segundo estimativas do filósofo cristão Huberto Rohden, um dos maiores estudiosos dos Evangelhos neste século, já passaram pela Terra mais de 200 bilhões de pessoas. Atualmente, habitam o planeta mais de seis bilhões de pessoas. Na interpretação do juízo final, Jesus julgaria, num só lugar, os vivos e os mortos. Analisemos o assunto: O maior estádio do mundo, o Maracanã, no Rio, totalmente ocupado teria abrigado 200 mil torcedores, na decisão da Copa do Mundo, em 1950. Imaginemos um ajuntamento de 6 bilhões de pessoas. Por outro lado, dos seis bilhões que estão na Terra, aproximadamente só 900 milhões são cristãos; os outros professam outras religiões. Qual o critério que seria adotado para julgá-los?  Se fossem escolhidos para o céu, qual o mérito deles?  E se fossem para o inferno, qual o demérito deles? – Como poderia o Mestre, de infinito amor, mandar para o fogo do inferno, a grande maioria de seus irmãos, só por não conhecerem e seguirem seus ensinamentos? Existiria justiça nesse tipo de julgamento?...

 

Quanto à volta de Jesus, ela é mencionada em Mateus, cap.24 e Marcos, cap.13, que se confronta com o profeta Daniel, que diz no cap. 7, o seguinte: “A presença do Cristo não seria em forma humana, mas em vez disso, Ele seria poderoso governante no céu, que livrará a humanidade oprimida”. Sua vinda se daria durante o que Ele chamou de “grande tribulação”, também profetizada por Daniel, como “abominação da desolação no lugar santo” (a falta da verdadeira religiosidade, substituída pela ambição do mando e dos bens terrenos e a exploração de fiéis nos templos), este e outros sinais como; as guerras, que desde 1914 não pararam mais; os terremotos, vulcões, maremotos e outros desastres causados pela Natureza, que acontecem de tempos em tempos, ceifando centenas de milhares de existências humanas; a fome que atinge mais de 800 milhões de pessoas e que causam a morte de 12 milhões de crianças por ano, as doenças  que matam milhões de pessoas, na maioria jovens; e os crimes de todos os tipos que liquidam e aterrorizam as pessoas, em todas as partes do mundo; nos dão a certeza  de que  estamos  chegando  ao início  do  final dos  tempos  preditos  por  Jesus. Tempos em que o mundo velho se acabará dando lugar a um novo mundo regenerado, onde habitará espíritos mais evoluídos que estão chegando para essa transformação.  

 

Quanto à volta de Jesus, não é um acontecimento para o futuro. Na verdade, Ele nunca abandonou a Terra. Ele sempre está presente, como quando da Codificação da Doutrina dos Espíritos, deu várias mensagens, e sempre se faz presente, através dos seus emissários, e ainda como governante espiritual deste planeta.  Finalmente, deduzimos que Jesus não precisará voltar, mesmo porque Ele nunca se afastou de nós, cumprindo a sua promessa feita quando afirmou: “Onde estiverem duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, eu ali estarei”.

 

Concluímos, portanto, que o Sermão Profético de Jesus não deve causar pânico nas pessoas que já escolheram os valores espirituais para norteá-los na existência terrena. Nós, espíritas, não falamos em fim do mundo, mas em fim de uma época de grandes tribulações, e no surgimento de um novo tempo de transformações, que deverá melhorar o ser humano e a Casa Planetária que lhe serve de moradia, de acordo com outra promessa de Jesus, quando disse: “Os mansos e pacíficos herdarão a Terra”.

 

Nas questões 868 e 871 de “O Livro dos Espíritos”, os Protetores Espirituais tratam do assunto nos dizendo que, em princípio, o futuro é oculto ao ser humano, e, só em casos raríssimos e excepcionais, permite Deus, seja ele conhecido. Além disso, não devemos nos esquecer de que, assim como os acontecimentos do presente, têm sua causa em existências passadas, assim também os acontecimentos do nosso futuro têm como base, as nossas ações presentes, ou seja, nesta existência. É a lei de Causa e Efeito a se revelar. Será que é possível supor que Deus destruirá o mundo, precisamente quando a humanidade está no caminho do progresso moral, pela prática dos ensinamentos evangélicos? Cremos sinceramente que não!

 

 O mundo acabará para nós, quando nós acabarmos para ele. Quando deixarmos esta existência de espírito encarnado no mundo, e passarmos para a espiritualidade, onde seremos inapelavelmente, julgados pela nossa consciência e pelo Determinismo Divino, recebendo de acordo com o que tivermos praticamos na Terra. Assim, não há razão para o ser humano viver preocupado com a volta de Jesus, nem apavorado com o fim do mundo e muito menos em busca de informações sobre o futuro, pois o nosso futuro, será o que nós fizermos dele hoje, nesta existência.

 

Há para a ciência um fenômeno que certamente aniquilará o planeta Terra: a expansão do Sol. Ele está fundindo núcleos de hidrogênio em hélio, e como existe uma quantidade limitada desse gás, aos poucos ele está diminuindo sua temperatura, até que um dia ele vai se expandir e engolir nosso planeta. Mas é fundamental que isso só vai acontecer daqui a cinco bilhões de anos! 

 

Cumprindo com nossos deveres de cristãos, obedecendo as Leis de Deus, e seguindo os ensinos de Jesus, certamente que o nosso futuro será de paz e de evolução espiritual. Essa deve ser a nossa preocupação real, na existência...

 

Bibliografia:

Revista Espírita de Campos

Revista Espírita Allan Kardec

Novo Testamento

A Gênese

Livro dos Espíritos

Jornal “Correio Fraterno” – nº. 440

+ Alguns acréscimos

 

Jc.

 

S.Luis, 12/02/1998

Revisto em 15/12/2011

  

 

 

sábado, 24 de agosto de 2013

A VIDA, CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO?






  
Sabemos que há vida em toda parte ao nosso redor. Evidencia-se no zumbido dos insetos, no canto dos pássaros, na vegetação rasteira e nos animais. Existe vida nas regiões polares e nos escaldantes desertos.  Apresenta-se a vida nos ares, na terra, no mar, e até nas mais escuras profundezas. Em baixo dos nossos pés, trilhões de micro-organismos operam o solo, tornando-o fértil para as plantas que sustentam outras formas de vidas. A Terra está cheia de vida, tão abundante e variada a ponto de desafiar nossa imaginação.

 

Este planeta e todos os seus habitantes – como vieram a existir?  Fomos criados ou evoluímos? Muitas pessoas certamente dirão: “Pouco importa qual seja a minha origem, eu estou aqui e certamente viverei 30, 50 ou 80 anos, quem sabe? Quer tenha sido criado, quer tenha evoluído, isso não faz nenhuma diferença para mim”. Pelo contrário, poderá fazer muita diferença, saber como se vive, as condições em que vivemos, porque toda nossa atitude para com a vida e nosso futuro, é influenciada por nosso conceito sobre a origem da nossa vida e de tudo o mais que nos cerca...

 

Vamos analisar rapidamente o que seja criação e evolução.

 

O termo criação ,  é a confirmação de que o surgimento de seres vivos, só pode ser explicado pela existência de Deus, que projetou e fez o Universo e todas as espécies básicas de vida sobre a Terra.

 

O termo evolução,  por outro lado, refere-se à evolução orgânica e aceita a teoria de que o primeiro organismo vivo se desenvolveu de matéria abiótica (sem vida), e se desenvolveu em diferentes espécies de seres vivos e de todas as formas de vida que já existiram e existem na Terra, incluindo o ser humano. E ainda, que tudo foi realizado sem inteligência ou intervenção sobrenatural, isto é, nega-se a existência de uma inteligência superior que tudo criou. É verdade que há profundas diferenças entre a teoria da criação relatada por Moysés, no livro Gênesis e a teoria da evolução.

 

Antes de prosseguirmos sobre o tema, vamos refletir sobre algumas coisas:

 

Coisas grandes:  Um por do sol que transforma o céu poente num resplendor de cores. Um céu noturno repleto de estrelas. Uma floresta cheia de majestosas árvores. Cadeias de montanhas, com seus picos nevados, brilhando ao sol. Oceanos agitados pelos ventos, as quedas d’agua das cachoeiras de Foz de Iguaçu, com seus arcos-íris multicolores. Tais coisas nos enchem de admiração.

 

Coisas pequenas,  Pequenino pássaro voando bem alto sobre o oceano Atlântico, a caminho da América do Sul, guiado por seu instinto migratório, seguindo seu rumo por vários dias e por mais de 3.800 quilômetros, a exemplo dos maçaricos que encontramos na praia de Panaquatira, na cidade de São José de Ribamar, no estado do Maranhão – é muita coragem e determinação para pássaros de poucos penas. Gaivotas que dessalinizam a água do mar para beberem. Isso também nos enche de admiração e de espanto.

 

Coisas engenhosas,  Morcegos que empregam o sonar, para evitar se chocarem com algum objeto. Polvos que empregam a propulsão a jato. Aves que são tecelãs e que constroem habitações, como o “João de barro” existente no Planalto Central. Vaga-lumes com seus faroletes.

 

Coisas simples,  Coisas que normalmente julgamos insignificantes; tais como: um sorriso, um aperto de mão, uma palavra bondosa, um afago a uma criança, a brisa dos ventos, o canto dos pássaros...

 

Quando refletimos sobre tais coisas; grandes que nos assombram, pequenas que despertam nossa admiração, engenhosas que nos fascinam, e simples que não damos valor, interrogamos:  Como podem tais coisas serem explicadas?

 

Muitas coisas que antigamente eram apenas teorias; algumas foram confirmadas, outras modificadas por fatos sólidos, verdades, muitas outras abandonadas, esquecidas. Por exemplo: Antigamente acreditava-se que a Terra era plana. Atualmente já sabemos que ela é esferóide. Acreditava-se também que a Terra era o centro do Universo e que os outros planetas e céus giravam em torno dela. Hoje sabemos que é a Terra que gira em órbita ao redor do sol, e que o planeta em que vivemos é um dos mais insignificantes...

 

Aristóteles, o biólogo gênio da antiguidade, que viveu nos anos 384 A/C, falando em suas obras sobre reprodução, por faltar-lhe recursos como um simples microscópio, admitiu a tese da autobiogênese.  Pouchet, em l876, fazendo experiências, também por não ter condições ideais, toma posição em favor da mesma tese.

 

Luis Pasteur, em l894, estudando a obra de Pouchet, escreveu-lhe, rebatendo a sua afirmação, quando diz: “Tenho a impressão que o senhor se equivocou, não quando diz que acredita na autobiogênese, mas quando afirma tê-la provado em definitivo. Na ciência, é um mal não duvidar enquanto os fatos não permitirem uma conclusão categórica.” Em face dessa divergência, Pasteur passou a testar e fazer experiências, até poder dizer: “A autobiogênese, que significa a geração espontânea dos seres vivos, é uma quimera, um engano. Nada comprova que os seres microscópios tenham aparecido no mundo sem germes, sem antecessores semelhantes a si. Os que afirmam o contrário, estão sendo vítimas de ilusões, de experiências mal feitas, cheias de erros, que não souberam perceber ou evitar.” Pasteur foi um  gigante que se levantou contra  a tese da evolução que considerou errônea.

 

Allan Kardec, ao publicar “O Livro dos Espíritos” em 18 de abril de 1857, confirma a tese da criação defendida por Pasteur, ao interrogar os Espíritos Superiores e receber a resposta: Tendes um provérbio que diz: “Pela obra se reconhece o artífice. Olhai a obra e sabeis que o homem não a fez. Ela é produto de uma inteligência superior à Humanidade; essa inteligência é a causa primeira de todas as coisas, qualquer que seja o nome dado pelo ser humano.”

 

Charles Darwin, o defensor da teoria da evolução, ao publicar em l859, dois anos após o aparecimento de “O Livro dos Espíritos”, sua obra intitulada “Origem das Espécies”, criou sua teoria que se baseia em quatro pontos:

1º-A seleção natural. Triunfo dos mais fortes. O menos forte não deixa descendência; 2º- Transmissão dos caracteres hereditários; 3º- Origem única das plantas e dos animais. Todos os seres que já tiveram vida ou ainda a têm podem ter origem de uma única forma primitiva; 4º- A origem da vida é fruto de uma evolução. O homem é fruto da evolução.  Entretanto, ele mesmo se contradisse ao dizer: “Deparamo-nos aqui com a suprema ironia de que um livro, que se tornou famoso por explicar a origem das espécies, na verdade não faz nada disso.”

 

O astrônomo Robert Jastrov sobre a origem da vida, disse: “Não dispomos de uma resposta taxativa; os cientistas jamais tiveram êxito em reproduzir as obras da natureza com base na abiótica.” E concluiu: “Os cientistas não têm prova de que a vida não foi um ato de criação”.

 

Para ilustração, tomemos como exemplo a visão humana. A retina humana faz inveja aos cientistas especializados. Seus l00 milhões de bastonetes e de cones, e suas camadas de neurônios, realizam pelo menos l0 milhões de cálculos por segundo, para realizar a visão. Se isto acontece somente com o olho, que dizer então do cérebro, do coração e do resto do corpo humano?

 

Os cientistas conseguiram obter, por meio de escavações, milhares de ossos e outras evidências de existência no passado, que são chamados de fósseis. Darwin ficou embaraçado com os fósseis, porque não comprovaram uma cadeia gradual de evolução. Este fracasso fez com que os cientistas evolucionistas considerassem que a vida deve ter se originado no espaço sideral, e daí, vindo flutuando até a Terra, o que é impossível, dada às temperaturas em torno da Terra.  Entretanto, se a vida sob qualquer forma preexistia nos espaços cósmicos ou em outros planetas, seria preciso saber como surgiu nesses locais.  Para esses cientistas vaidosos, que não aceitam em Deus como criador, a vida começou espontaneamente, como se o nada pudesse criar vida inteligente, e não sabem explicar a origem do Universo.

 

Já a teoria da criação, conforme nos relata Moysés no livro “Gênesis”, indica que a Terra já existia bilhões de anos antes do primeiro dia ali indicado. O termo dia, conforme  empregado na Bíblia, pode significar longos períodos como séculos ou milênios.  Vejamos o que diz Gênesis sobre os “dias” da criação:

 

1º dia – Disse Deus: “Venha á luz; então veio a haver luz”;

2º dia- “Venha a haver uma expansão entre as águas e ocorra uma separação entre águas e águas”;  

3º dia – “Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar e apareça a terra seca e as plantas terrestres”;

4º dia -  “Venha a haver luzeiros na expansão dos céus para fazerem separação entre o dia e a noite, e eles terão de servir de sinais para dias, anos e épocas”; e assim se deu.

5º dia -  “Produzam as águas um enxame de almas viventes e voem criaturas voadoras sobre a terra, na face da expansão dos céus”;

6º dia -  “Produza a terra, almas viventes segundo suas espécies, animal doméstico e animal selvático na terra, segundo sua espécie”, e Deus prosseguiu, dizendo: “Faça-se o homem à nossa imagem”.

 

Muitas pessoas acham difícil aceitar este relato sobre a criação. O relato de Gênesis sobre a criação revela as categorias de animais e plantas com suas muitas variedades, porém se reproduzindo apenas “segundo as suas espécies”. Os fósseis forneceram essa confirmação. Wallace Pratt, geólogo de fama, falando sobre a criação, disse o seguinte: “Se eu tivesse que explicar a origem da Terra e o desenvolvimento da vida sobre ela, a um povo simples e ignorante, tal como o das tribos a quem foi dirigido o livro de Gênesis, dificilmente poderia fazê-lo melhor do que como foi dito”. Observou também, Wallace, que a ordem dos eventos narrados na Bíblia, desde a origem dos oceanos, passando pela emergência do solo seco, até o aparecimento da vida marinha e daí, o das aves e dos animais, é a seqüência real das principais divisões do tempo geológico.

 

Se Deus se serviu de Moysés para apresentar a Sua lei, no Monte Sinai, que é conhecida como o Decálogo, não poderia ter também intuído a ele, em forma rudimentar, como apareceu a vida e tudo mais que existe na Terra?...

 

Finda esta exposição, temos que chegar a uma conclusão lógica. O que se ajusta aos fatos? - A criação nos informa que a vida só procede de vida anterior; criada por uma Inteligência Superior – Deus. A evolução declara que a vida se originou da não vida por evolução química espontânea; Os fatos. Comprovam que a vida só procede de vida anterior; não existindo meios do código genético complexo, ser fruto do acaso.

 

Tomemos um pequeno exemplo: Um relógio é produto de um projetista inteligente.  E a precisão que existe no Universo, não é obra de um projetista de inteligência superior à Humanidade?  Entre as condições precisas que são vitais à vida na Terra, acha-se a quantidade de luz e calor recebidos do sol. A Terra obtém apenas pequena fração da energia solar, entretanto, é exatamente a quantidade certa, exigida para a sustentação da vida. Se a Terra estivesse um pouco mais próxima ou um pouco mais distante do sol, as temperaturas seriam escaldantes ou gélidas demais para existir vida. E a nossa atmosfera, a água, o solo produtivo; tudo foi obra do acaso? Será que o acaso montaria um relógio desmontado e o faria funcionar? E os cientistas evolucionistas?  Na verdade, estes até hoje não sabem quem surgiu primeiro: se ovo ou a galinha. Nós ficamos com a teoria da criação, em que Deus criou o universo, as galáxias, os planetas, e a vida em todas as formas e espécies. Se os fatos comprovam em favor da criação, por que muitos rejeitam e preferem aceitar a evolução?

 

Um dos motivos é o que aprenderam na escola. Os compêndios de ciência quase sempre promovem a tese evolucionista. Não se permite que o estudante tenha crenças pessoais ou que as expresse; mesmo porque o assunto atinge até a religião. Quando os educadores e cientistas, por vaidade e orgulho feridos em reconhecerem seus erros, asseveram que a evolução é a realidade, dão a entender que, apenas os ignorantes ou fanáticos se recusam a crer nela; e quantas pessoas se dispõem a contradizê-los?                   

 

Um motivo adicional que fazem contra a criação é a história religiosa de hipocrisia, erros, opressão, inquisições e crimes. Pessoas se dizendo representantes de Deus, benzem artefatos de morte e apoiam ditadores, promovem a matança e o ódio entre as pessoas. Assim ficou difícil de aceitar um Deus injusto que essas pessoas representam. Idéias de um tormento eterno e um inferno de fogo não se ajustam a um Deus que dizem ser misericordioso. Outro motivo de muitas pessoas deixarem de crer em Deus é a existência do sofrimento. Durante séculos e séculos, houve tantas injustiças, opressão, crimes, como ainda hoje, que muitos não entendem a razão de tantos padecimentos. Se existe um Deus de Amor e Bondade, por que tantas guerras, tanta fome e doenças? Por que Ele permite tanto sofrimento?

 

Dentro da nossa fé da criação do Universo por Deus, aceitamos também o ser humano na luta por sua evolução espiritual. Fomos criados em estado rudimentar, e através do tempo e das existências, fomos nos aprimorando até chegar ao estágio em que nos encontramos presentemente. Assim é também com a pessoa que, por meio do estudo, sai da ignorância e adquire conhecimentos e cultura. Sai da brutalidade, pela prática dos bons costumes, da moral elevada da religiosidade e das boas ações, tornando-se uma pessoa de bem, estimada por muitos, alcançando a paz interior, a harmonia e a melhora de vida material e espiritual...

 

Somos adeptos da evolução nesse sentido, recusando a teoria de que as várias espécies existentes surgiram de uma única célula, até se transformar num macaco e depois no ser humano.

 

Sobre os sofrimentos que todos passam na existência, a Doutrina dos Espíritos nos esclarece dizendo que não devemos nos esquecer de que estamos vivendo atualmente num mundo inferior, onde somos mantidos pelas nossas próprias imperfeições, igual a alunos que não procuram melhorar-se e permanece na mesma situação. Ela nos conforta e nos dá o ânimo necessário para prosseguirmos na jornada terrena de ascensão espiritual.

 

A quem culpar, pois, por todas as nossas aflições, senão a nós mesmos? Podemos agir da maneira que quisermos; com amor ou ódio, com amizade ou inimizade, com egoísmo ou caridade, praticando o mal ou o bem; com a certeza de que receberemos como retorno, da mesma maneira que tivermos agido para com nosso próximo; assim é a Lei de Deus. De acordo com nossa concepção de vida, temos o direito de escolher como queremos viver...   A decisão é nossa.

 

Que o Criador ilumine as nossas consciências...

                                                                                          

Fonte:

Livros pesquisados:                                                                                               

“A Vida qual sua origem?”

“O Livro dos Espíritos”

+ Pequenas modificações.

 

Jc.

S.Luís, 26/09/2007.

Refeito em 24/8/2013

 

 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

EUTANÁSIA - Causas e Consequências




 
A eutanásia é a prática pela qual se abrevia sem sofrimento, a existência de um doente, julgado incurável pela medicina convencional.

“Idosos fogem da Holanda, com medo da eutanásia!”. Com essa chamada, o Portal da Família, tornou pública denúncia de um órgão internacional de comunicação da Alemanha, assim resumida: “Asilo na Alemanha converte-se em abrigo para idosos que fogem da Holanda com medo de serem vítimas de eutanásia, a pedido da família. São 4 mil os casos de eutanásia realizados por ano na Holanda, sendo um quarto sem aprovação do paciente”.

É comum em toda parte, os órgãos de imprensa dar ênfase a notícias sobre a aprovação de leis que atentem contra a existência, mas dão pouca ou quase nenhuma importância a uma denúncia tão grave como essa. E se fôssemos um dos idosos da Holanda, pois estamos com 82 anos de idade, onde a prática da eutanásia é liberada, como só acontece em alguns países ditos “de primeiro mundo”? Não estaríamos em risco permanente, considerando que o país estimula nas famílias uma conduta egoística, incompatível com a dignidade humana, indício de ignorância e desprezo para com os idosos e as questões morais e espirituais?

Aproveitando a contramão das leis naturais, no Brasil, os legisladores da reforma do Código Penal, estão querendo incluir no projeto, em estudo no Congresso, a legalização do aborto e da eutanásia, sem levarem em consideração o direito à existência do feto e a consideração que devem ter pelos idosos, que Jesus aconselhou “cuidar e respeitar”. Por que esse é um caminho que devemos evitar? Quais as causas e as consequências da prática da “morte sem dor?”

É uma realidade que somos apenas usufrutuários do corpo físico, primeiro empréstimo que Deus nos concede para o nosso progresso intelectual e moral. Partindo desse princípio, se o ser humano não é capaz de criar a existência, também não tem o direito de extingui-la. De acordo com o código de ética da profissão, inspirado na tradição de Hipócrates, o médico não pode, direta ou indiretamente, apressar a morte do paciente. Se não tiver condições de debelar o mal, pode dispor de meios lícitos para suspender procedimentos que prolonguem a existência do paciente com sofrimentos (obstinação terapêutica ou distanásia), oferecendo-lhe, em contrapartida, o amparo necessário para que tenha morte natural digna (ortotanásia).

Afinal, o médico formou-se para salvar vidas e não para destruí-las! Esse é o dilema da eutanásia: como conciliar o ato de curar com o de matar? A maioria das pessoas não sabe que a eutanásia não é uma solução para o sofrimento, pois, ao ser expulso do corpo, o Espírito, indestrutível, leva consigo para o Além suas dores, dramas e conflitos. A eutanásia é inútil, pois só agrava o mal  e a situação espiritual do paciente. A Medicina não é uma ciência exata. “... os desígnios divinos são insondáveis e a ciência médica precária dos homens não pode decidir nos problemas transcendentes das necessidades do Espírito”.  Além disso, o critério de incurabilidade é muito frágil e a ciência médica não para de evoluir. Periodicamente, são descobertas curas para certas doenças que até então eram consideradas irreversíveis.

As causas principais da prática da eutanásia são o materialismo, o egoísmo, o orgulho e a ignorância quanto às origens do homem, ser integral, formado de corpo e Espírito. O doente que pede para que lhe seja antecipada a morte física, muitas vezes assim age premido pela dor, pelo receio de sofrer, para não dar trabalho aos parentes, numa espécie de fuga psicológica da realidade. Todos nós abominamos o sofrimento e queremos nos livrar dele. É o direito natural à saúde, protegida pelo instinto. Caso contrário, não seria dado ao ser humano o ensejo da descoberta da anestesia e de tantas outras terapêuticas.

Algumas pessoas são favoráveis á eutanásia, porque temem o julgamento da sociedade, envergonham-se da própria doença. Quando não, são os familiares que se constrangem com seus enfermos, às vezes portadores de doenças que são insidiosas. Há, ainda, aqueles que aderem à eutanásia, por considerarem o doente um fardo e querem o descanso imerecido, não sabendo que, não raro, a provação não é exclusiva do enfermo. Outros, assim agem, em nome de interesses escusos.

 As consequências, para a vítima da eutanásia passiva ou não consentida, tal qual a pessoa assassinada por qualquer motivo, variam ao infinito, visto que fazem parte da própria evolução do ser. Tais efeitos dependem de vários fatores e, sobretudo, do tempo necessário ao desligamento dos laços perispirituais, que é bem mais demorado nas criaturas ainda muito apegadas à matéria, pois ficam presas mentalmente aos despojos físicos, com sérios prejuízos para o seu restabelecimento e adaptação no mundo espiritual.

Para a vítima da eutanásia consentida, as consequências assemelham-se aos efeitos experimentados pelos suicidas conscientes: o desapontamento, porque a fuga de si mesmo é impossível, uma vez que ninguém morre, e o agravamento do problema, pois, se o paciente pretendia escapar da dor, agora vai encontrá-la em doses superiores, mormente no aspecto moral (remorso), em que sofrerá pesadelos íntimos torturantes; estágios de sofrimentos inenarráveis nas regiões de sombra (umbrais), onde estagiam milhares de outros Espíritos desditosos em condições semelhantes ou piores. Enfim, “sempre se é culpado por não aguardar o tempo fixado por Deus para a existência”, e a consequência de tal ato é, “como sempre, de acordo com as circunstâncias, uma expiação maior proporcional à gravidade da falta”.

Em socorro dos desesperados, surge a Doutrina dos Espíritos com seus ensinos esclarecedores e consoladores, restituindo, tanto aos doentes como aos seus familiares, a esperança, a paz, a resignação e a coragem, uma vez que permite a compreensão das causas e da finalidade dos sofrimentos e das dores.   “Raramente os companheiros encarnados, quando em condições de saúde física, podem compreender as aflições dos enfermos em posição de desespero ou dos moribundos prestes a partir; nós outros, porém, no quadro de realidades mais fortes, sabemos que, muitas vezes, é possível efetuar realizações deveras sublimes, de natureza espiritual, em poucos dias, nessas circunstâncias, depois de longos anos de atividades inúteis...”    (André Luiz)

A finalidade da dor física, em geral, é um aviso da natureza que procura nos preservar dos excessos. Não fosse a dor, destruiríamos o corpo em pouco tempo. Há outras vantagens que a dor nos proporciona: acentua o heroísmo da criatura humana; facilita o auxílio dos benfeitores espirituais; funciona como válvula de escoamento de nossas imperfeições morais; ensina-nos a corrigir os vícios, desperta os sentimentos de solidariedade naqueles que convivem com o enfermo estimulando-os à prática da caridade e facilita o arrependimento de nossas faltas, para termos um retorno mais tranquilo quando voltarmos ao mundo espiritual.

É belo compadecer-se do sofrimento alheio, entretanto, procuremos aliviar a dor de nossos enfermos sem violentar as Leis Divinas. Atendamos ao conselho dos bons Espíritos:  “Minorai os derradeiros sofrimentos, tanto quanto puderdes; guardai-vos, porém, de abreviar a existência, ainda que seja por um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas e sofrimentos ao paciente no futuro.”

 Amparados na humildade, na oração, na fé e nos recursos da Medicina convencional e espiritual, haveremos de suportar as dores, por maiores que sejam, as quais continuarão existindo em nosso orbe, enquanto não superarmos o estágio de expiações e provas a que estamos submetidos...

 

 

Fontes:

Cristiano Torchi

Revista “Reformador” – agosto/2013

+ Pequenas modificações

 

Jc.

São Luís, 19/8/2013

 

domingo, 18 de agosto de 2013

CRENTES E EVANGÉLICOS; VIDA E EXISTÊNCIAS




 
Segundo o Dicionário Ilustrado da Língua Portuguesa, a palavra crente, significa a pessoa que crê; assim, toda pessoa que crê em alguma coisa, ela é crente. Exemplos:  O selvagem crê que o totem pode lhe proteger;  o ateu crê que não existe Deus; o cristão crê em Jesus; o doente crê que vai ficar curado;  o moribundo crê que quando morrer vai para o Céu;  o católico, o espírita e o protestante creem em Deus, assim como outras pessoas creem em Jeová, Buda, Maomé, etc...

Já a palavra, evangélico, é relativa aos Evangelhos; pessoa que segue a Lei e a Doutrina de Jesus Cristo. Assim sendo, evangélico, pode designar toda e qualquer pessoa que segue os ensinos de Jesus, sejam eles, católicos, espíritas ou outros, sendo que, os protestantes, ultimamente, acham que só eles devem ser considerados, evangélicos, apesar de não seguirem os ensinamentos de Jesus, pois se apoiam apenas no Velho Testamento, a exemplo dos judeus que até hoje não reconhecem, em Jesus o Messias que deveria vir. Dessa maneira, eles são exatamente os que não devem ter a denominação de evangélicos, porque não seguem os ensinos de Jesus, no que diz respeito a: “Meu reino não é deste Mundo”, “Há muitas moradas na Casa de Meu Pai”, “Amar ao próximo com a si mesmo”, “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”, “Dar de graça tudo o que recebem gratuitamente” e ainda, acham que somente eles são os preferidos, por não quererem aceitar a denominação de protestantes, o que na realidade eles são.

A palavra Vida, constante no mesmo Dicionário significa á existência do Espírito, ser inteligente da criação, imortal e individual que reside em nós e sobrevive ao corpo. A Vida que é única e eterna é a do Espírito, por ser uma Centelha Divina criada por Deus; diferente de existência, que é a permanência do Espírito animando um corpo humano, que pode ser utilizado sempre que o Espírito precise reencarnar, para resgatar dívidas de outras existências e efetuar sua evolução espiritual.

Em “O Livro dos Espíritos”, no item 153, pergunta Allan Kardec aos Espíritos Superiores: - Em que sentido se deve entender a vida?  Resposta dos Mentores Espirituais: - É a vida do Espírito que é eterna; a do corpo humano (existência) é transitória e passageira. Durante a existência terrena o Espírito se liga ao corpo físico, e, quando cessa no corpo a vitalidade orgânica (ocasião da morte), o Espírito por ser imortal, se separa do corpo que usou, libertando-se.

A palavra existência significa o ato de existir; ou seja, o ser humano em sua jornada terrena. O Espírito pode quando determinado pela Justiça Divina, repetir a experiência, assumindo (outras existências), possibilitada pela reencarnação, quando ele precisa desta para realizar a sua evolução.  

 Compreende-se assim, que, vida, é um atributo do Espírito, criado por Deus, que é único, tanto ele esteja encarnado (utilizando um corpo humano) como desencarnado; e existência, é o tempo que o Espírito permanece usando um corpo material, e que como já dissemos, o Espírito pode animar vários corpos em outras existências terrenas.

Façamos aqui um pequeno exemplo: A lâmpada sem a energia (eletricidade) que a faz funcionar, está morta, sem função, porém, quando ela está animada pela energia ela funciona ficando incandescente, com claridade, luz e calor. O corpo humano, com a Alma, funciona igual á lâmpada com a eletricidade. Quando a lâmpada chega á exaustão, ela para de funcionar, mas a eletricidade que a animava não desaparece ou deixa de existir como ela. Muda-se o corpo (coloca-se outra lâmpada) e a eletricidade volta a animar esse outro corpo material. Assim também acontece com o corpo humano. Quando este já está envelhecido e não tem mais condições de continuar existindo e fenece (morre), a Alma que o animava não se acaba como o corpo. O corpo é reintegrado à Natureza indo vitalizar outras formas de existências, enquanto a Alma, agora livre do seu envoltório (corpo), volta a sua condição real de Espírito, para a espiritualidade, onde ficará aguardando uma nova oportunidade de reencarnar (utilizar outro corpo) para continuar a sua jornada de constante evolução.

Alma compreende-se quando o Espírito está usando um corpo, e quando liberto deste, volta a ser Espírito.

 

É assim que a Doutrina Espírita explica e compreendemos os assuntos aqui abordados.

 

Fonte:

“O Livro dos Espíritos”

“O Evangelho Segundo o Espiritismo”

 

Jc.                                                                                                                                                      S.Luís, 25/10/2012

Revisado em 18/08/2013