quarta-feira, 20 de março de 2019

CONFUSÃO ENTRE O ESPIRITISMO E O ESPIRITUALISMO




 
Fomos surpreendidos recentemente com denúncias contra um cidadão muito conhecido no Brasil e no mundo, e esse fato oferece pontos importantes para refletirmos a partir dele, e para lembrar da importância de vibrarmos positivamente por todos os envolvidos no episódio, haja visto que a ideia não é julgar, mas entender!
Para começar o senhor João Teixeira de Faria (João de Deus) que está no centro desse acontecimento, ele mesmo diz que é católico, e é preciso lembrar que a mediunidade não é exclusividade da Doutrina dos Espíritos. Essa confusão entre o que é o Espiritismo  e o que é o Espiritualismo, existe desde que a Doutrina dos Espíritos chegou ao Brasil, e muitas pessoas passaram a misturar conceitos,  rituais e simbolismos de outras religiões e doutrinas.
Pessoas como esse senhor possuidor de mediunidade dentro e fora do Espiritismo, têm sido orientadas pelos Espíritos Superiores que lhes assistem desenvolvendo praticas espirituais de assistência aos necessitados, porém à medida  que a exortação de Jesus referindo-se aos dons espirituais, “o que recebeste de graça de graça deve ser dado,” vai sendo esquecida, os Espíritos Superiores que o assistiam vão se afastando e espíritos inferiores vão se aproveitando para lhes influenciar ao apego aos bens materiais e o resultado é muito desastroso para essas pessoas, conforme tem acontecido.
Convivemos diariamente com certas atividades supostamente espíritas. Sempre que surge algo contrário a Codificação, devemos explicar aos frequentadores das casas espíritas se tratar de procedimentos espiritualista. Deixar de dizer que as práticas não condizem com os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos após ocorrer um problema é importante, mas menos eficaz de que fornecer as explicações logo que surge o assunto.
A casa intitulada “Casa de Dom Inácio”, que se iniciou em 1950, quando passou a ser procurada por doentes em busca de cura, mesmo atribuindo ao além o mérito das curas, ele não se absteve da vaidade de ser homenageado por Batalhão de Fuzileiros, chamado de amigo da Marinha e do Exército, e se envaideceu de ter recebido a visita de famosos e poderosos, inclusive de ministros do STF, diz ele. Ele exigia que pagassem os seus empregados se fosse para ele atender fora do seu local. As entidades prescreviam e ele vendia os remédios, além disso, no local era cheio de imagens de diversas religiões e seitas, passando pelo budismo e pelos gurus indianos.
É comum nos Centros Espíritas se efetuar o atendimento ao público em geral, o chamado atendimento fraterno. O mais importante é lembrar que a Doutrina dos Espíritos veio para esclarecer  o nosso Espírito  e não o corpo, ainda que a cura espiritual  possa beneficiar o corpo em alguns casos. Estudar a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec continua sendo o antídoto mais eficaz contra o desvirtuamento doutrinário orientado e vivificado por Jesus, tendo Ele atendido e servido a todos os que o procuravam, e ainda nos aconselhou a sermos humildes e simples, sem desejo de ambição e ganância.
É importante a criação de grupos  de estudo para propagar a mensagem de Amor e Caridade, de modo correto e, assim, formar pessoas com o entendimento necessário para poderem entender e “separar o joio do trigo”.
A solução para o problema é simples: basta seguir a Codificação – conjunto de todas as obras provenientes do trabalho de Allan Kardec, para evitar e propagar as informações que são espiritualistas como se fossem os ensinos doutrinários da Doutrina dos Espíritos. Como modelos de espíritas temos Adolfo Bezerra de Meneses, Aparecida Conceição Ferreira, Cairbar Schutel, Divaldo Pereira Franco, Eurípedes Barsanulfo,  Francisco Candido Xavier, Jerônimo Mendonça, Leopoldo Machado, e aqui no Maranhão, Humberto de Campos, Luiz Alfredo Neto Guterres, Antônio Alves Martins e muitos outros espíritas anônimos.
Fonte:
Boletim “Meditando” março/2019
Artigo de Martha Rios Guimarães
+ modificações e acréscimos.

Jc.
São Luís, 17/3/2019

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