Fomos
surpreendidos recentemente com denúncias contra um cidadão muito conhecido no
Brasil e no mundo, e esse fato oferece pontos importantes para refletirmos a
partir dele, e para lembrar da importância de vibrarmos positivamente por todos
os envolvidos no episódio, haja visto que a ideia não é julgar, mas entender!
Para
começar o senhor João Teixeira de Faria (João de Deus) que está no centro desse
acontecimento, ele mesmo diz que é católico, e é preciso lembrar que a mediunidade
não é exclusividade da Doutrina dos Espíritos. Essa confusão entre o que é o
Espiritismo e o que é o Espiritualismo,
existe desde que a Doutrina dos Espíritos chegou ao Brasil, e muitas pessoas passaram
a misturar conceitos, rituais e
simbolismos de outras religiões e doutrinas.
Pessoas
como esse senhor possuidor de mediunidade dentro e fora do Espiritismo, têm sido
orientadas pelos Espíritos Superiores que lhes assistem desenvolvendo praticas
espirituais de assistência aos necessitados, porém à medida que a exortação de Jesus referindo-se aos dons
espirituais, “o que recebeste de graça de graça deve ser dado,” vai sendo
esquecida, os Espíritos Superiores que o assistiam vão se afastando e espíritos
inferiores vão se aproveitando para lhes influenciar ao apego aos bens
materiais e o resultado é muito desastroso para essas pessoas, conforme tem
acontecido.
Convivemos
diariamente com certas atividades supostamente espíritas. Sempre que surge algo
contrário a Codificação, devemos explicar aos frequentadores das casas
espíritas se tratar de procedimentos espiritualista. Deixar de dizer que as
práticas não condizem com os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos após
ocorrer um problema é importante, mas menos eficaz de que fornecer as
explicações logo que surge o assunto.
A
casa intitulada “Casa de Dom Inácio”, que se iniciou em 1950, quando passou a
ser procurada por doentes em busca de cura, mesmo atribuindo ao além o mérito
das curas, ele não se absteve da vaidade de ser homenageado por Batalhão de
Fuzileiros, chamado de amigo da Marinha e do Exército, e se envaideceu de ter
recebido a visita de famosos e poderosos, inclusive de ministros do STF, diz
ele. Ele exigia que pagassem os seus empregados se fosse para ele atender fora
do seu local. As entidades prescreviam e ele vendia os remédios, além disso, no
local era cheio de imagens de diversas religiões e seitas, passando pelo
budismo e pelos gurus indianos.
É
comum nos Centros Espíritas se efetuar o atendimento ao público em geral, o
chamado atendimento fraterno. O mais importante é lembrar que a Doutrina dos
Espíritos veio para esclarecer o nosso
Espírito e não o corpo, ainda que a cura
espiritual possa beneficiar o corpo em
alguns casos. Estudar a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec continua
sendo o antídoto mais eficaz contra o desvirtuamento doutrinário orientado e
vivificado por Jesus, tendo Ele atendido e servido a todos os que o procuravam,
e ainda nos aconselhou a sermos humildes e simples, sem desejo de ambição e
ganância.
É
importante a criação de grupos de estudo
para propagar a mensagem de Amor e Caridade, de modo correto e, assim, formar
pessoas com o entendimento necessário para poderem entender e “separar o joio
do trigo”.
A
solução para o problema é simples: basta seguir a Codificação – conjunto de
todas as obras provenientes do trabalho de Allan Kardec, para evitar e propagar
as informações que são espiritualistas como se fossem os ensinos doutrinários
da Doutrina dos Espíritos. Como modelos de espíritas temos Adolfo Bezerra de
Meneses, Aparecida Conceição Ferreira, Cairbar Schutel, Divaldo Pereira Franco,
Eurípedes Barsanulfo, Francisco Candido
Xavier, Jerônimo Mendonça, Leopoldo Machado, e aqui no Maranhão, Humberto de
Campos, Luiz Alfredo Neto Guterres, Antônio Alves Martins e muitos outros espíritas
anônimos.
Fonte:
Boletim “Meditando”
março/2019
Artigo de Martha Rios
Guimarães
+ modificações e acréscimos.
Jc.
São Luís, 17/3/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário