quarta-feira, 8 de agosto de 2018

C O N S O L A Ç Õ E S





 
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no seu capítulo VI, nos apresenta o Cristo Consolador, dizendo: “Vinde a mim, todos vós que sofreis o que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”. (Palavras de Jesus narradas em Mateus, Cap. XI,- vrs. 28 a 30).
Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de entes queridos, encontram sua consolação na fé no futuro, na confiança na justiça de Deus, que Jesus veio ensinar aos seres humanos. Eis o que Jesus quis dizer: “Vinde a mim, todos vós que estais fatigados e eu vos aliviarei”. Entretanto, Jesus coloca uma condição à sua assistência e à felicidade que promete aos aflitos; essa condição é a observância da lei, que é suave, uma vez que impõem por dever a caridade e o amor.
Disse ainda Jesus: “Se vós me amais, guardai meus mandamentos e eu pedirei a meu Pai, e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: O Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece. Mas quanto a vós, vós o conhecereis porque permanecerá convosco e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará relembrar de tudo àquilo que eu vos tenho dito”. (João, cap. XIV, vrs. 15,16,17 e 26).
A Doutrina dos Espíritos vem no tempo marcado, cumprir a promessa do Cristo: O Espírito de Verdade preside a sua instituição, chamando os seres humanos à observância da lei e ensina todas as coisas, em fazendo compreender tudo o que o Cristo disse somente por parábolas. O Cristo disse ainda: “Que ouçam os que têm ouvidos para ouvir”.
Assim a Doutrina dos Espíritos realiza o que Jesus disse do Consolador Prometido: conhecimento das coisas, que faz o ser humano saber de onde vem, para onde vai e porque está na Terra: chamando todos ao cumprimento da lei de Deus e consolando pela fé e pela esperança.
A Doutrina dos Espíritos é consoladora por que...
-Elimina a ideia de um Deus vingativo e mau, informando que o Criador é onisciente, onipresente, onipotente, imaterial, único, Inteligência Suprema que rege o Universo com justiça e sabedoria, através de leis imutáveis e universais;
-Esclarece que o Pai Celestial nos criou a fim de que, por mérito próprio, alcancemos a perfeição relativa;
-Torna claro o que é o livre-arbítrio, explicando as diferenças  sociais, morais, intelectuais e materiais, com base nas escolhas que cada   Espírito faz em sua trajetória evolutiva;
-Comprova a sobrevivência do Espírito imortal, após a morte do corpo físico; retira o véu de incertezas e mistérios acerca do mundo espiritual, explicando o que acontece quando há a morte do corpo material;
-Explica a ação dos fluidos utilizados no passe e na água magnetizada, e sua ação no reequilíbrio físico e espiritual;
-Possibilita uma maior compreensão da prece, poderoso instrumento de ligação com a espiritualidade superior, abrindo canais de inspiração e auxílio;
-Impulsiona a realização da reforma íntima, pois esclarece que “somos herdeiros de nós mesmos”, alertando para a Lei de Causa e Efeito;
-Remete à fé raciocinada, através do estudo das Leis Divinas, criando fortes alicerces para superar obstáculos; realizar a caridade e compreender o amor de Deus;
-Possui tríplice aspecto: ciência, filosofia e religião, sendo uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo espiritual;
-Faz compreender que a dor é prova ou expiação e, quando suportada  com resignação e fé, auxilia na melhora moral e no resgate de erros do passado, fazendo a evolução espiritual;
-Esclarece os ensinamentos de Jesus, modelo e guia da humanidade, facilitando a compreensão e a vivência de suas lições;
-Mostra o sentido e a razão da encarnação quando responde de modo claro e racional a perguntas como: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Qual o significado da existência? Qual o futuro da humanidade?
 -Faz da Casa Espírita uma escola de almas, na busca da superação das mazelas morais, objetivando a harmonia e a melhora espiritual do ser imortal, que somos...
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Tu, que buscas consolo e respostas para tantas perguntas até hoje indecifráveis, verifica se elas não estão bem perto de ti. Sinta-as. Deixa tua mente limpa de outros pensamentos e descobrirás as respostas para as tuas dúvidas. Sê fiel nas tuas perguntas, que encontrarás o que procuras. Para aquele que busca a mente lhe responderá os questionamentos.
Se perderes alguém a que muito amavas, não a procures entre os mortos, pois não o encontrarás. Ele está bem junto de ti, pois ele não morreu. Encontra-se desencarnado, mas não liberto; invisível, mas não ausente. O verdadeiro ser, que é Espírito, não morre, não desaparece. Apenas não o vê, porque teus pensamentos ainda estão presos a seu corpo físico.  Ele é apenas o invólucro, onde se alojou o Espírito para poder crescer espiritualmente, através das experiências vivenciadas. Não deves prender-te a essa corpo, mas ao seu Espírito, aquele que foi criado por Deus e que é eterno.
O amor que dedicavas a essa pessoa, jamais deixará de existir, mesmo que o Espírito deixe o corpo físico. O amor é um sentimento que dura eternamente, e sendo o Espírito eterno, o amor também o é. Pensa, portanto, fortemente, com convicção, crendo que ninguém morre ninguém deixa de existir. O que acontece é somente a mudança de uma situação para outra, para o progresso espiritual. A existência terrena nada mais é que uma passagem da anterior para uma próxima existência. Deus não criou o ser humano, para depois destruí-lo. Não teria sentido algum. O ser humano (Espírito) foi criado para viver eternamente.
Quando te sentires deprimido, achando que a existência não tem mais sentido para ti; quando parecer que tudo acabou, que tua missão já foi cumprida e que nada mais resta a fazer neste mundo; e achares que cumpriste todas as tuas obrigações de filho, de pai, de esposo e de amigo: Para um minuto, e analisa tua existência, teus sentimentos. Se ainda estás aqui na Terra, se continuas existindo, é sinal de que alguém ou alguma coisa está precisando de ti. Talvez tua esposa precise de um braço forte a seu lado; talvez teus filhos necessitem de teus conselhos para encaminharem com retidão suas existências. Talvez aquele amigo precise de algumas palavras que o reanime novamente, e só tu o conseguirás, porque só tu tens as palavras certas; somente tu conseguirás dar-lhe novo alento, consolando-o, pois esta é a tua missão. A ti foram destinados dons para dividi-los com os outros. Se foste o escolhido para alguma missão  deves cumpri-la, pois só assim é que te sentirás feliz. Transforma a tua tristeza em algo positivo. Ajudar teu amigo ou alguém  que precise de ajuda, somente trará benefícios para ti, tornando-te uma pessoa feliz. Desta forma, tuas ações tornar-se-ão uma realidade e transformarás a existência dos outros. Segue, pois, ajudando e consolando, porque essa é a missão de todos os que desejam o bem estar e a evolução espiritual.
Se estiver á procura da felicidade não a encontrarás fora de ti, pois ela já existe em teu interior. A felicidade é feita de pensamentos nobres, boas palavras, atos bons e belas atitudes. Quando compreenderes isso, não precisarás mais procurá-la por ai. Teus pensamentos, palavras, atos e atitudes deverão sempre conter algum significado, pois só assim é que descobrirás o que procuras. Ela vive contigo, faz parte da tua existência, pois não é matéria nem algo exterior. A felicidade pode simplesmente ser um pensamento bom, uma palavra de consolo, uma atitude correta e boa. Se pensares, falares e agires somente coisas boas, pode ter a absoluta certeza que já a encontraste em ti mesmo.
Agradece a Deus a pessoa que és. Agradece a teus pais, a tua esposa, a teus filhos. Agradece como foste criado, agradece a tua força de vontade, tua persistência, tua maneira de ser e de viver. Agradece por poderes ver as coisas belas que existem no mundo; agradece o teu trabalho, as pessoas que convivem contigo, agradece aos amigos que tens, os bons pensamentos, boas atitudes, por seres sincero, bom e honesto, sem problemas de consciência.  Agradece também a quem te quer bem e àqueles que não compartilham de tuas ideias, tuas atitudes; agradece enfim, a tudo e a todos. Agradece principalmente a Deus por estares nesta existência que vai te levar a perfeição.

Fontes:
Livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
       ”O Que é o Espiritismo”
       “Caminhos da Paz”
+  pequenas modificações

Jc.
 S. Luís, 23/6/2013
 Refeito em 30/7/2018

MEDO DE TUDO




 
Gato preto, aranhas, escorpiões, serpentes, aviões, altura, mas também belas mulheres, telefones, palhaços, sogras... As fobias mais estranhas e as terapias que ajudam a superá-las. A lista das fobias mais insólitas poderia continuar ao infinito.
Imagine cruzar na rua com uma garota linda, daquelas de parar o trânsito. Se, em vez de se voltar para admirá-la, você começa a tremer e a suar frio, enquanto a náusea e a opressão o invadem; provavelmente você sofre de caliginefobia, um terror por belas mulheres. Talvez ainda com uma boa pitada de filematofobia, um medo doido de beijar e ser beijado. Mas se os beijos forem da sua sogra, então sofre de penterafobia. Há quem tremee não apenas de frio – quando cai á neve (quionofobia) e quem tem um pavor das sombras (erefobia) que acaba vivendo na escuridão. Outros temem os ângulos e os cantos das casas e dos edifícios (gonofobia), ou aproximar-se de um computador (ciberfobia). Embora bizarros, esses distúrbios existem, são sérios e podem atacar qualquer pessoa e ainda bloqueá-la.
“O medo é democrático”, diz Giorgio Nardone, psicoterapeuta e psicólogo, diretor do Centro de Terapia Estratégica de Arezzo, na Itália. Diz ele que em 20 anos de terapia, cuidou de  15 mil pacientes dos quais 52% mulheres e 48% homens. Nem mesmo médicos e psicólogos, que quase diariamente cuidam de pessoas fóbicas, estão a salvo da síndrome. Em suma, se para você fobia era algo ligado a aranhas, serpentes ou aviões, chegou a hora de atualizar o glossário. Na internet há vários deles com mais de mil verbetes coletados. Infelizmente, mais que oferecer ajuda terapêutica a quem sofre desses distúrbios, tais catálogos servem mais para satisfazer a curiosidade dos leitores “sadios”.
Diante de um caso de fobia bizarra, alguns riem, outros fazem piada, e outros se irritam. Na maioria das vezes não há motivos para riso. As fobias são patologias que podem tornar muito dura á existência das pessoas acometidas. Embora alguns tipos moderados de fobia sejam considerados apenas “tiques” da pessoa, outros incomodam e não são tolerados. É difícil confessar a amigos e a conhecidos que se tem medo de objetos e situações aparentemente tão “inócuos”. Arrisca-se a ser tomado por doido, um débil ou uma pessoa de caprichos.
Taquicardia, náusea, vertigem, tremores, medo de desmaiar,  pânico, e sentimento de aperto no peito, perder o controle ou morrer, são sintomas frequentes e comuns nos fóbicos mesmo independente dos medos que os atormentam. É comum a eles tentares afastar a qualquer custo os objetos e as situações que temem. Também a maior parte dos fóbicos tem relutância em procurar um especialista, sobretudo nos casos de fóbicos atacados por distúrbios mais bizarros, que procuram esconder seus temores pelo tempo mais longo possível.
Os especialistas divergem quanto à origem das fobias. Há os que pensam que a responsabilidade é em grande parte da genética. Examinando o DNA das pessoas que sofriam de ataques de pânico, fobias ou outros distúrbios de ansiedade, o cientista espanhol Xavier Estivill notou que 97% delas sempre apresentavam uma duplicação do material genético presente no cromossomo 15. É possível, portanto, que os genes estejam de algum modo envolvidos na origem desses casos. Não importa a origem, o medo é um peso que trazemos desde sempre. Nossos antepassados pré-históricos sofriam de medo dos relâmpagos (ceraunofobia). Foi esse instinto primitivo – quase um sistema de alarme que alerta os sentidos e prepara o corpo para reagir – que ensinou aos antigos a se abrigar deles. “O medo é a melhor arma de sobrevivência que dispomos”, afirma Nardone.
Nenhuma surpresa, portanto, se entre os estímulos fóbicos mais comuns estejam o sangue, a altitude, e os animais (medos que também afetavam nossos antepassados). Entre os animais mais temidos estão ás serpentes. Como atualmente é muito mais fácil morrer num acidente de carro do que por picada de cobra, tudo leva a crer que na nossa memória evolutiva permaneçam traços dos perigos que ameaçavam nossos antepassados. Por trás desses medos tão específicos esconde-se com frequência um desconforto pessoal mais sério. Por que então, não tentar resolvê-lo? Os terapeutas esperam os doentes para tratá-los.
A psicoterapia cognitivo-comportamental, por exemplo, propõe uma progressiva “dessensibilização” do estímulo fóbico que leva o paciente a enfrentar o objeto de seu medo. Começa ela com a tomada de consciência da situação temida e aos poucos a pessoa se aproxima dela até chegar a vivê-la por completo, mas agora não mais em uma situação de pânico. Outra solução é a terapia breve estratégica de Giorgio Nardone, que combate as fobias através de “rituais para espantar o medo”. Exemplo: Nardone recomenda a um garoto aterrorizado pela ideia de que poderia bater a cara contra os espelhos, que se protegesse com um capacete de Motocross. Absorvido pela tarefa de manter a cabeça protegida pelo capacete, o garoto retomou, quase sem o perceber, os hábitos que abandonara por causa do distúrbio. Em pouco tempo ele perdeu o medo de espelhos e largou o capacete. Nesse caso, a fobia foi vencida mudando o foco  da atenção. Já o método psiquiátrico prevê, para certos tipos de fobias sociais (distúrbios q         ue levam as pessoas a se fecharem em si mesmos, evitando o contato com os outros) o tratamento com antidepressivos como a paroxetina. Esse remédio reduz os sintomas externos do distúrbio, mas não combatem suas causas pela raiz. Além disso, apresentam risco de criar dependência.
Veja a seguir, dez fobias surpreendentes:

Desidofobia.  Medo de tomar decisões.
Nomofobia.  Medo de ficar desconectado da rede.
Filofobia.  Medo de apaixonar-se e de amar.
Anuptafobia.  Medo de permanecer solteiro.
Deipnofobia.  Medo de conversar durante as refeições.
Bolsenofobia.  Medo dos comunistas.
Barofobia.  Medo da força da gravidade.
Eufobia.  Medo de receber boas notícias.
Siderodromofobia.  Medo de viajar em trem.
Consecotaleofobia.  Medo dos palitos orientais usados como talheres.

Maiores informações sobre o assunto acesse “Nossos Medos”

Fonte:
Revista “Planeta” – edição 539
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 15/4/2018