terça-feira, 20 de março de 2018

COMO CADA RELIGIÃO ENCARA O PROBLEMA DA MORTE




 
O fenômeno da “morte” sempre intrigou o ser humano e sempre motivou a preocupação de todos, nas mais diferentes épocas e culturas religiosas do mundo.
Na doutrina niilista, a morte é considerada o fim de tudo. Na doutrina panteísta, o Espírito ao encarnar é extraído do todo universal, e com a morte retorna a essa massa.
Os islâmicos e judeus acreditavam que após a morte, havia a ressurreição; porém não ofereciam maiores explicações. Em algumas religiões orientais a reencarnação ganha sentido de continuação da purificação.
No Islamismo após a morte a alma aguardará o dia em que Deus fará voltar à vida todos os mortos para serem julgados, considerado o dia da ressurreição. Para Maomé, havia sete andares de céu e sete de infernos, para atender as diferenças tanto de virtudes como de erros. 
O Hinduísmo adota a ideia da reencarnação. O Budismo também adota a reencarnação. Após a morte, o Espírito volta em outras existências. Buda, finalmente afirma que “o bem é resultado do que fomos e que a morte é um agente da vida que exige renovação contínua e as transformações incessantes.”     
No Cristianismo; no Dogmatismo católico a alma sobrevive após a morte. Os que morrerem em pecado irão para o fogo eterno e os justos, para as delícias do Céu. A mesma orientação dos católicos é seguida também pelos protestantes, no que diz respeito á morte.
A Doutrina dos Espíritos, fala de Sócrates, filósofo grego, dizendo que ele nada escreveu, assim como Jesus que não deixou nenhum escrito. Ambos tiveram a morte dos criminosos, vítimas do fanatismo, por terem atacado as crenças tradicionais, e colocado á virtude real, acima da hipocrisia e dos dogmas. As últimas palavras de Sócrates, ditas aos seus juízes e algozes, foram: “de duas uma; ou a morte é uma destruição, ou ela é a passagem da alma para outro lugar. Se a morte é uma mudança de morada, que felicidade nela reencontrar aqueles que se conheceu! A hora é de nos deixarmos; eu para morrer, vós para viver.” Também Jesus, ao sentir se aproximar a hora de se libertar do corpo físico, profere as palavras: “Pai perdoa-os porque não sabem o que fazem” e finaliza dizendo: “Está consumado.”
A Gênese, da Doutrina dos Espíritos, vindo depois do desenvolvimento científico, trouxe a vantagem de objetivar o problema da sobrevivência, submetendo-a aos processos de verificação e pesquisa científica, acabando com os chamados “mistérios da morte”, demonstrando que a alma se liberta do seu corpo físico de modo natural, quanto á larva se transforma em borboleta.
Existem para quem não sabe dois tipos de morte, conforme as palavras de Jesus: na passagem em que um moço diz ao Mestre que deseja segui-lo, entretanto, pede que Ele lhe permita primeiro, ir enterrar o seu pai que acabara de falecer, tendo Jesus lhe respondido: “Deixa aos mortos, enterrar os seus mortos; tu, porém, vem e segue-me.” Explicação: Os primeiros mortos eram aqueles que desconheciam os ensinamentos que Jesus transmitia, ou seja: estavam mortos para as coisas da vida espiritual; (diz-se até que uma pessoa quando não tem conhecimento de um assunto, está morto para o mesmo) os segundos mortos, são os que falecem fisicamente.
Quando observamos o corpo de uma pessoa querida sem vida, devemos reprimir o desespero e a mágoa, porque sabemos que os chamados “mortos”, estão apenas ausentes da Terra, vivendo atualmente na Espiritualidade. Essa nova concepção, de que a vida continua, liberta o ser humano do medo de morrer; dá-lhe uma nova compreensão, eliminando o velho temor e a revolta contra as leis criadas por Deus.
Os Espíritas encaram a morte como uma libertação do Espírito e creem na reencarnação; no retorno do Espírito a existência terrena em um novo corpo físico, para continuar sempre a sua evolução espiritual.

TESTE  APLICADO  COM  20  PESSOAS  SOBRE  A  PALAVRA  MORTE
As respostas abaixo, foram as que vieram à mente das pessoas  que participaram deste teste.  :
1º Lugar –
-Dor   e  Medo. . . . . . . c/ 13 respostas

        
-Tristeza . . . . . . . . . . . . . . . .c/   7        

        
-Angústia  e  Desespero. . . c/   6       

         
-Perda  e  Saudade. . . . . . . .c/   5       

       
-Solidão. . . . . . . . . . . . . . . . .c/   4       

        
-Deus,  Perdão,  Salvação. .c/    3      

   
-Aflição, Céu, Conforto, Falta,
Fobia,  Família,  Sofrimento,
Superação. . . . . . . . . . . . . .  c/   2      

        
-Arrependimento, Choro, Dúvida,
Desânimo, Inferno, Filho, Jesus,
Lágrimas, Libertação, Paraíso,
Problemas, Preocupação, Vazio,
Susto,  Receio,. . . . . . . . . . . c/   1       

O que você achou dessas respostas? Concorda com algumas delas?  Discorda de outras?

Eis a nossa opinião de espírita sobre o assunto:

De acordo com o Determinismo Divino, devemos ter a conformação e a aceitação no que diz respeito á encarnação (nascimento), a permanência na existência terrena, e a desencarnação (morte) libertação do corpo, que o Espírito utilizou na peregrinação terrena. Para os que amamos e partem da Terra, nos deixa com a sua ausência, a saudade e levam consigo nosso desejo de que possam habitar um lugar de harmonia e paz, reencontrando aqueles que foram motivos de seus afetos, com as bênçãos de nosso Pai Celestial.

Jc.
São Luís, 7/12/2017

BRILHE A VOSSA LUZ




 
Jesus nos disse: “Vós sois a luz do mundo. Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”  (Mateus cap.5 vs. 14 a 16.) Ao recomendar aos seus apóstolos: “Brilhe a vossa luz”, Jesus estava encorajando-os a ir a campo e anunciar ao povo a Boa Nova. Esse é um trabalho árduo, que exige de cada um muita coragem, determinação e boa vontade.

Em tempos remotos, usava-se para iluminação o azeite recolhido em recipientes desengonçados aos quais se dava o nome de lamparina ou candeeiro. A luz que deles se irradiava era fumegante, baça e fétida, impregnando a atmosfera de fumo e de odor nauseabundo. Mais tarde, passou-se a empregar para o mesmo fim o petróleo na forma de querosene. Os lampiões, que vieram a substituir os candeeiros, possuíam melhoramentos apreciáveis, como a graduação da chama, para mais ou menos claridade. Descobriu-se depois no correr dos tempos, o processo de extrair do carvão de pedra, o carbureto de hidrogênio, empregado na iluminação tanto pública como particular. O gás então substituiu o petróleo das cidades e das residências. Mais ainda não era tudo. A ciência continuou marchando na conquista do melhor. Aparece, finalmente, a eletricidade destronando o gás, apresentando vantagens indiscutíveis: é clara, é límpida, é inodora, é inócua. A eletricidade hoje é o Sol das nossas noites.

Ora, se em matéria de luz artificial se verificou um progresso contínuo, sucedendo-se os sistemas numa ascensão para melhor, não há de suceder o mesmo no que diz respeito à luz espiritual? Iluminar o interior das pessoas não será, acaso, um problema mais sério e mais importante que iluminar o exterior? Eliminar as trevas do cérebro e do coração não será trabalho mais valioso que afastar as trevas que nos envolve por fora? A alvorada da mente iluminada, esclarecida e liberta da escuridão não é mais necessária e algo mais belo e empolgante do que a alvorada que anuncia um novo dia que desponta? O sol interior que, ilumina, aquece e vivifica as almas, não será mais majestoso, que o sol que ilumina, aquece e vivifica o corpo? Como então descurar da conquista do melhor, no gênero de luz espiritual, se tudo foi feito para alcançar o melhor no gênero de luz material?

Se, deixamos o  azeite, o  petróleo e  o gás  pela  eletricidade,
por quê então não fazer o mesmo com relação aos velhos e carcomidos dogmas que herdamos dos nossos antepassados? Se nos despegamos dos candeeiros sem que saudades nos deixassem, por que não nos desprendemos também das superstições, dos falsos credos e da falsa fé? Se o problema da iluminação exterior mereceu da parte do ser humano tanto esforço de inteligência e de raciocínio como então desprezar o problema da iluminação interior? Se, tratamos de nos precaver contras as sombras da noite, antes que elas nos envolvam, por que nos deixarmos ficar às escuras, mergulhados nas trevas densas da noite moral? E que a noite imoral cobre a Terra, como negro manto, quem o contesta? Que a Humanidade tateia na tenebrosa escuridão da ignorância, do vício e do crime, quem ousará negá-lo?

Por que fazer tudo pela luz que perece, e nada, ou quase nada,  pela luz que permanece? Voltemos, portanto, nossas atenções para a luz espiritual.  Busquemo-la com o interesse de quem tem fome e sede de luz, de verdade e de justiça, e seremos saciados. Desvencilhemo-nos dos dogmas arcaicos, dos preconceitos, das crendices, das atitudes dúbias e hipócritas, das várias mentiras convencionais, e procuremos obter uma luz cada vez mais intensa, cada vez mais bela,  cada vez mais brilhante, para iluminar os recônditos do nosso “eu”, como recomendou Jesus,  ao nos dizer: “Brilhe a vossa luz”...

Os espíritos conscientes da vida, em suas múltiplas dimensões, compreendem que todos nós retornamos a este planeta com uma missão, ainda que nos pareça pequenina e insignificante. Muitas delas são missões comuns, do tipo – ser pai, mãe, gari, operário, lavrador, professor, pesquisador, médico, etc.; entretanto, todas elas têm seu valor na soma do progresso que nos cabe realizar. Há muitos religiosos que sabem o que é reencarnação, mas, por orgulho a repudiam; sabem que os espíritos se comunicam com os seres humanos, mas preferem negar o fenômeno. Por que esse comportamento? – Porque a reencarnação é uma lei que a todos nos iguala o que, para os orgulhosos e vaidosos, é uma condição que não lhes agrada.

Os palestrantes não devem se calar, porque um dia não estiveram inspirados ao expor o que prepararam com esmero. O médium não deve paralisar sua atividade, porque um dia falhou. Tais ocorrências são dificuldades da prática mediúnica, a que todos estão sujeitos. Na tarefa da mediunidade, importa o serviço; entre a lâmpada apagada e as trevas não há diferença nem luz. A todo instante somos testados na nossa humildade e no nosso desejo de servir. Divulgar os ensinos doutrinários é caridade sob a forma de mais luz no coração das pessoas. O dirigente da Casa Espírita não pode reclamar do cargo, simplesmente porque o trabalho é exaustivo, exigindo dele ou dela mais abnegação. Deve seguir em frente, sabendo que a Casa Espírita é um farol que orienta, ilumina e consola as almas em aflição, restaurando-lhes a fé, a esperança e a alegria de viver. Só este motivo é suficiente para que trabalhemos com mais dedicação.

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. 20 item 5, o Espírito de Verdade  nos informa dizendo: “Ditosos serão os seres humanos que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro motivo, senão a caridade”. Trabalhar, portanto, em favor dos necessitados, sem qualquer recompensa, é um ato de grandeza e de evolução espiritual. Confiados nas palavras de Jesus, quando disse: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus”, devemos cumprir com nossos deveres, espalhando os ensinamentos do Mestre, a todos os que deles estão necessitados.

Fonte Evangelho de Jesus
+ Pequenas modificações

Jc.
S.Luis, 14/07/2008
Refeito em  22/9/2017