quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O ALEIJADINHO E A ARTE BARROCA

O ALEIJADINHO E A ARTE BARROCA NO BRASIL

Quando os portugueses se estabeleceram definitivamente no Brasil, por volta de l.600, estava entrando em vigor na Europa um estilo estético que se chamava Barroco. Os seus princípios levaram os músicos, escritores, pintores, escultores a produzir obras cheias de movimento, ornamentação e emoções contraditórias. Na evolução histórica da arte no Brasil, o século XVII ficou marcado pela epopéia dos bandeirantes que penetraram em Minas Gerais e descobriram ouro e pedras preciosas, daí surgindo vários vilarejos como Vila Rica de Albuquerque.

No século XVIII, com a chegada dos artistas, artesãos e arquitetos portugueses, além de muitos escravos africanos, floresceu naquela região o esplendor artístico e religioso, cuja maior figura foi Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. No plano político o acontecimento marcante foi a luta pela emancipação da liberdade, conduzida pelos Inconfidentes, que foi reprimida de forma violenta pelo colonizador.

A arte barroca nasceu em oposição à arte renascentista, que se baseava na razão e nos modelos grego-romanos de equilíbrio e simplicidade. Vários fatores contribuíram para o clima social agitado que produzia essa arte excessivamente ornamentada:
. o intenso comércio entre vários países;
. a colonização das novas terras;
. as invenções que abalaram crenças antigas;
. a nobreza que desejava mostrar seu poder;
. o clero religioso da Contra-reforma que precisava se afirmar e
combater os protestantes.

Significado do termo Barroco: É uma pedra de formato irregular e aspecto estranho. Os colonizadores difundiram o Barroco ao levar seus artistas para as novas terras descobertas. Observe como se caracteriza a arte barroca:
. revela profunda emoção;
. dá a ilusão de movimento;.
. focaliza tema religioso;
. excede nos ornamentos;
. mostra contrastes fortes, entre luz e sombras;
. apresenta muitas curvas e dobras.

As imagens religiosas feitas em madeira, pedra-sabão e argila às vezes eram pintadas com uma espécie de tinta à base de óleo que dava aspecto brilhante, outras vezes, com têmpera, que produzia um aspecto fosco. Muitas, eram ornamentadas com finíssimos detalhes em folha de ouro, tinhas os olhos de vidro e traziam coroas de prata ou ouro.

Algumas das estátuas tinham um pequeno cofre no corpo que servia para o contrabando de ouro, e eram chamadas “santos do pau oco”. As imagens que eram feitas para serem carregadas nas procissões tinham apenas o rosto, o pescoço e as mãos, pois a ilusão do corpo era dada por meio de roupas montadas sobre uma armação de madeira – eram chamadas “santos-de-roca”.
Muitas obras barrocas são anônimas, não se podendo precisar quem foi o seu autor. Os escultores mais conhecidos desse período foram: o português Frei Agostinho da Piedade, que foi mestre do brasileiro Frei Agostinho de Jesus, também muito importante (1600-1661). Entre os maiores artistas dessa corrente está o mestre Francisco Xavier de Brito e o mineiro Antonio Francisco Lisboa, também conhecido como o Aleijadinho, nascido em l738, em Vila Rica (hoje, cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais).

As principais obras do Aleijadinho estão espalhadas nas cidades de Congonhas
do Campo, Mariana e Ouro Preto, no estado de Minas gerais, que eram rota dos bandeirantes no século 17, ainda guardam maravilhas do barroco do Brasil. Em Ouro Preto, cidade distante 96 klms. de Belo Horizonte, terra onde nasceu Aleijadinho, existe a igreja de São Francisco de Assis, a mais famosa obra do artista. Em Mariana, existe a Basílica Nossa Senhora de Assunção, conhecida como a Sé de Mariana, onde aos domingos ainda é apresentado recitais pelos músicos locais. Em Congonhas, se encontram as estátuas em pedra sabão, dos profetas que enfeitam a Igreja do Senhor do Matosinho, e vários passos da paixão em capelas que apresentam situações dos Evangelhos. Nessa mesma cidade foi onde surgiu o médium espírita Zé Arigó que durante anos, realizou muitas operações e na rodovia que lhe dá acesso, foi aonde ele veio a falecer vítima de desastre rodoviário.

No século XIX, no ano de 1858, o historiador Rodrigo José Brotas, chegou ao sítio da parteira Joana Lopes, nora de Aleijadinho, e dela ouviu o relato da história desse artista mineiro imortal. Antônio nasceu em 29/8/1738, filho de uma negra chamada Izabel e do português Manuel. Desde cedo começou a trabalhar nas minas e a fazer rústicas peças com pedras, em virtude de seu pai ser artesão. Francisco com 19 anos de idade, a pedido do seu pai, esculpiu o busto de uma mulher para colocar no chafariz do Alto da Cruz, o que lhe fez querido do povo. Certa vez ao ver um escravo negro acorrentado ser chicoteado na praça da igreja, ficou muito triste. Ele e sua mãe sendo negros foram alforriados pelo seu pai, Manuel Francisco Lisboa.

Aleijadinho aprendeu muito com as obras do mestre Francisco Xavier de Brito. João Nunes Batista seu instrutor, lhe ensinou a arte, que se divide em três coisas fundamentais: A composição, o desenho e as cores. Ele tanto trabalhava a arte barroca como a arte rococó. Tempos depois ele conheceu Helena e se enamorou dela, que também era filha de uma negra alforriada. Concorrendo com outros artistas, foi aprovado o seu trabalho para a conclusão da capela da igreja de São Francisco de Assis, de Vila Rica.

Um dia, quando trabalhava, ele começou a sentir muitas dores nas mãos e nas pernas, provavelmente em função de sífilis, que lhe trouxeram também deformações no corpo. E foi nesse período, de muitos sofrimentos, com as
mãos amarradas aos instrumentos, que ele realizou as suas melhores obras. Em vista da sua inteira dedicação ao trabalho, para onde era levado carregado, e devido a sua doença, a sua mulher passou a evitá-lo e terminou por trai-lo com o tenente José Romão, que foi a sua casa levar um convite do governador. Ele compareceu ao palácio e foi informado de que devia fazer uma estátua de São Jorge em tamanho normal. No dia da procissão, o povo observou que a imagem do santo tinha a cara do José Romão. As pessoas inventaram até uma modinha que dizia: “Esse santo que aí vai, com cara de santarrão, não é São Jorge não, é o tenente Romão.” Foi a maneira dele se vingar da traição da mulher. Em virtude desse fato, foi o tenente transferido para muito longe, levando consigo a mulher do Aleijadinho.

Por esse tempo o ouro já não era mais tão abundante, mas os portugueses continuavam com o confisco, o que ocasionou protestos e motivou a revolta dos Inconfidentes, que se reuniam na casa de Cláudio Manoel da Costa, onde Aleijadinho estudava na biblioteca. Ali ele tomou conhecimento da revolta dos Inconfidentes e da bandeira do movimento, que é hoje a bandeira do estado de Minas Gerais; constituída de um triângulo, representando a Santíssima Trindade, com um verso de Virgílio que está nos lados do triângulo, com a frase: “Libertas que serás também” – liberdade ainda que tardia.

Certo dia ao subir a escada para continuar o seu trabalho no teto da igreja, ele passou mal e conta tanta dor no dedo do pé que o cortou para se aliviar. Após a
prisão dos Inconfidentes, Aleijadinho ainda pode visitar o amigo Cláudio Manoel da Costa na prisão, onde o prisioneiro foi morto. Por causa da sua simpatia pelos Inconfidentes, em virtude da pregação da liberdade, dizem alguns que, Aleijadinho ao fazer as imagens dos profetas em pedra sabão existentes na igreja de Congonhas do Campo, ele as fez com a aparência dos Inconfidentes. Quando ele retornou de Congonhas, estava com mais de setenta anos de idade e, faltando-lhe os remédios, perdeu a visão. Em seus últimos instantes na casa de Joana Lopes, sua sogra, veio a falecer na cidade que lhe viu nascer: Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto.

Bibliografia:
“O Aleijadinho, paixão, glória e suplício”

P.S.
Quando residia no Rio de Janeiro, fui até Congonhas do Campo e apreciei as imagens dos profetas e os passos da paixão, por ocasião da minha visita ao médium José Arigó, que morava nessa cidade.

Jc.

S.Luis, l5/6/2008

DIVERSOS PEQUENOS TEXTOS

DIVERSOS PEQUENOS TEXTOS

Alguém encontrou um destes trechos, leu, meditou, achou interessante e depois esqueceu, eu também fiz o mesmo, mas não esqueci e para tê-los para sempre, aqui registrei. Depois, quando eu partir e você ficar... e quando sentir saudade, volte a ler um destes trechos e me sentirá ao seu lado, como se presente eu estivesse, porquanto apenas mudei de plano, de situação, permanecendo sempre vivo e presente.

Jc.

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COMPARAÇÕES ENTRE AS CARNES E OUTROS ALIMENTOS
100 gramas

Alimentos Calorias Alimentos Calorias

Carne de boi . . . . . . . . 1 0 7 Feijão l0l Arroz 109 Leite 332

Carne de frango. . . . . . 1 6 4 Pão 134 Ovo 144 Chocolate 611

Carne de porco. . . . . . 1 8 1 Macarrão 153 Iogurte 246 Açucar 396

- x -

Consumo de água gasta para produzir os itens abaixo:


1 litro de leite 560 a 860 litros 1 kilo de Frango. 2.800 a 4.500

1 kilo de trigo 1.150 a 2.000 litros 1 kilo Carne/Porco 4.600 a 5.900

1 kilo arroz 1.400 a 3.600 litros 1 kilo Carne/boi 13.500 a 20.000

(Por isso é tão importante evitar e desperdício e a poluição da água)

Revista Veja – Edição nº. 2.105
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A CALÚNIA

De todos os órgãos do corpo humano, a língua será talvez aquela que mais nos
reclama a máxima vigilância.

Por ela, começa a glória da cultura nos cinco continentes, mas, através dela, igualmente principiam todas as guerras que atormentam o mundo. Por ela, irradia-se o mel de nossa ternura, mas também, através dela, derrama-se-nos, o fel da cólera, da calúnia e da maldade. Muitas vezes, ela é fonte que refresca e muitas outras é fogo que consome. Em muitas ocasiões, é ferramenta que educa e, em muitas circunstâncias, é lâmina portadora da destruição ou da morte.

Sou uma das vítimas da língua, conforme acontece na existência humana, segundo os padrões da existência real, em que os caluniadores que triunfaram entre os seres humanos experimentaram, além do sepulcro, a extrema derrota do espírito. Nossos mentores espirituais determinaram vos oferecer minha história. Vou sintetizar tanto quanto possível, para não fatigar-vos a atenção.

Há trinta anos, nossa família, chefiada por meu pai, pequeno comerciante, no varejo do Rio de Janeiro, era serena e feliz. Em casa éramos quatro pessoas; nossos pais, Afrânio e Alberto, o que vos fala. Entre meu irmão e eu, contudo, surgiram antagonismos irreconciliáveis. Afrânio era a bondade, eu era a maldade oculta. Meu irmão era a brandura, eu era a crueldade... Nela aparecia a luz da franqueza aberta, em mim, escondia-se a mentira torpe. Afrânio era a virtude, eu era o vício contumaz.

Na época do princípio do meu relato, meu irmão desposara Celina, uma jovem reta e generosa que aguardava o primeiro filhinho. Quanto a mim, entregue a falta de responsabilidade, encontrara na jovem Marcela, tão leviana quanto eu mesmo, uma companheira ideal para o meu clima de aventuras. Entretanto, tão logo a vi, aguardando um filho meu, sob minha responsabilidade direta, abandonei-a, desapiedado, embora lhe vigiasse os movimentos.

Foi assim que, em manhã nublada de junho, observei um automóvel parar em frente a sua casa. Coloquei-me na espreita, e reparei que descendo do veículo o homem que lhe buscava a moradia era o meu próprio irmão. Surpreso e estarrecido, dei curso aos meus sentimentos que geraram, em minhas idéias, a infâmia que passou a dominar a minha cabeça. Encontrara, enfim – concluí malicioso - a brecha por onde solapar-lhe a reputação, e afastei-me apressado. Voltando à noite para o santuário doméstico, encontrei aflitiva ocorrência.

Afrânio havia se ausentado da loja para depositar no banco a expressiva quantia de cinqüenta contos de réis – fruto de nossas economias de dois anos, para a realização do velho plano da casa própria -, perdera a soma aludida, sem saber como e como se justificar. Ouvimos as suas alegações inquietantes e eu simulando preocupação dava vazão aos meus projetos delituosos, arquitetando a mentira que devia arruíná-lo. Chamei meu pai a íntimo entendimento e envenenei-o pelos ouvidos. Com a minha palavra fácil, teci a calúnia que serviu para impor ao meu irmão irremediável infortúnio, contando ao meu pai que o vira, em companhia de mulher menos respeitável, perdendo toda a nossa fortuna numa casa de jogo, e acrescentei que observara o quadro lamentável com os meus próprios olhos.

Minha mãe e minha cunhada Celina, a certa distância, sem que eu lhes reparasse a presença, tomaram conhecimento da punhalada verbal, e todos dando crédito ao meu verbo delinqüente, passaram da confiança ao menosprezo, dispensando ao meu irmão o tratamento cruel que lhe desmantelou a existência. Por seis dias Afrânio, desesperado, procurou encontrar o dinheiro. E, ao final desse tempo, incapaz de resistir a repulsa de que era vítima, preferiu o suicídio à vergonha, ingerindo o veneno que lhe roubou a existência. A desgraça havia penetrado em nosso lar. Todos, menos eu, - que me regozijava com a vingança – renderam-se à tensão e ao desespero...

Meu pai inquiriu a jovem Marcela e viemos a ficar sabendo que Afrânio lhe visitara o lar por solicitação dela mesma, que se achava abandonada e em extrema penúria, porquanto eu a havia abandonado. Nossa surpresa, contudo, não ficou aí, porque findos três dias após o funeral de meu irmão, o chofer humilde, que havia levado Afrânio até a casa de Marcela, nos procurou para entregar uma bolsa que ele encontrou no seu carro, onde estavam os documentos de Afrânio, acompanhados dos cinqüenta contos de réis que meu irmão perdera no carro que o servira. Em vista do sucedido, minha cunhada, num parto prematuro, faleceu em seguida.

Minha mãe, prostrada no leito, pela perda dos dois filhos, um para o cemitério e o outro para a loucura e também da nora, não mais se levantou e, findo três meses, após a morte dela, com infinito desgosto, meu pai acompanhava-lhe os passos ao cemitério do Caju. Encontrei-me, então sozinho. Tinha dinheiro e busquei a vida fútil, mas o remorso passara a viver em minha consciência, me atormentado o coração. Alcoolizava-me para tentar esquecer, mas, entontecida a cabeça, passava a ver, junto a mim, a sombra de meus pais e de Celina, perguntando-me agoniados: - Caim, que fizestes ao teu irmão?

A loucura que me espreitava, dominou-me por fim...

Conduzido ao casarão da Praia Vermelha, ali gastei quanto possuía para, depois de um ano de suplício moral e de irremediável tormento físico, deixar a existência terrena, em cujo seio, debalde, implorei a consolação, porque o sofrimento e a vergonha sitiaram-me a existência, destruindo-me a paz. Tenho, na Espiritualidade, amargado, através de todos os processos imagináveis, as conseqüências do meu crime. Tenho sido um fantasma, desprezado por todos, sorvendo o fel e o fogo do arrependimento tardio.

Somente agora, ouvindo as pregações do Evangelho, consegui acender em minha alma leves fagulhas de esperança... E à maneira do mendigo que bate à porta do alívio e do reconforto, encontrei um novo caminho para a reencarnação, que muito em breve, me oferecerá a bênção sagrada do esquecimento e a oportunidade de resgatar a minha dívida para com os meus familiares e a Justiça Divina. Entretanto, não sei como vou encontrar de novo, meu pai e minha mãe, meu irmão e minha cunhada, credores em meu destino, para resgatar diante deles, o débito imenso que contrai. Por enquanto, serei apenas internado na carne para considerar os problemas que eu mesmo criei, em prejuízo de minha alma...

Estou me despedindo porque brevemente, voltarei ao campo terreno, mas reaparecerei, entre eles, sem a graça de uma família, abandonado, a fim de valorizar o santuário doméstico, e renascerei mudo para aprender a falar.

Que Deus nos abençoe.

A. Ferreira

Bibliografia:
“Vozes do Grande Além”
Francisco Candido Xavier – médium.
Revista “Reformador” nº. 2188

Jc.

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DIA DO PAI

Todo ano, se comemora o dia consagrado ao pai.

O nosso pai é um herói, pois viver nos dias de hoje, neste mundo atribulado, com tantas dificuldades e problemas, só mesmo um herói pode enfrentar.

O nosso pai é o nosso melhor amigo, depois da nossa mãe. Ele se tornará importante para o filho/filha, na medida em que tiver amado, e será admirado pelo que é; seja ele um lixeiro, um operário, um motorista, um comerciante, um professor, ou até um governador.

O pai deve ser um exemplo digno e também deve estabelecer limites, transmitir uma filosofia de vida que ensine a cuidar e respeitar as outras pessoas, praticando o exercício da fraternidade. É no convívio do dia-a-dia que o entendimento vai crescendo e o pai sente a necessidade de ampará-lo, ajudando-o a se fazer um homem ou uma mulher, de valor e moral, capaz de enfrentar as dificuldades do mundo e viver bem na sociedade.

O filho sempre precisará de seu pai, mesmo depois de crescer, pois o pai tem sempre algo a orientar. Deve estar presente sempre na existência do filho/filha, em qualquer tempo, idade, em qualquer situação, tornando-se uma pessoa insubstituível para eles e lhes dando apoio. Esse é um pai por inteiro; um pai que todo filho ou filha precisa e merece !...

Parabéns a todo aquele que é pai. Feliz dia do Pai. . .

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DIÁLOGO COM JESUS

Joana de Cusa interrogou o Mestre: “Vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto, sinto dificuldade extrema para um entendimento no meu lar. Não achais certo que lute por impor os vossos princípios?”

Jesus sorriu serenamente e retrucou: “Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas? Será o que atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai, ou àquele que ainda se debate entre as ondas de ignorância ou da desolação, da inconstância ou da indolência do espírito?”

Vendo tantos cegos e aleijados, Tiago interpelou Jesus: “Mestre, sendo Deus tão misericordioso, por quer pune seus filhos com defeitos e moléstias tão horríveis?”

Respondeu Jesus: “Tiago, acreditas que Deus desça de Sua sabedoria e de Seu amor, para punir seus próprios filhos? O Pai tem o plano determinado com respeito à criação inteira; mas, dentro desse plano, a cada criatura cabe uma parte na edificação, pela qual terá que responder. Abandonando o trabalho divino, para viver ao sabor dos seus caprichos próprios, a alma cria para si a situação correspondente. Trabalhando para reintegrar-se no plano divino, depois de se haver deixado levar pelas sugestões funestas contrárias à sua própria paz, tem que resgatar as suas faltas.

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EXAMES DEMAIS FAZEM MAL À SAÚDE

Diagnóstico precoce pode induzir aos tratamentos desnecessários, que deixam as pessoas realmente doentes.

A maioria das chamadas doenças modernas é definida numericamente. Se sua pressão arterial estiver acima de certo número, por exemplo, você é diagnosticado com hipertensão e é medicado. Se estiver abaixo, você não é. Simples assim.

Existem diversas outras enfermidades em que você pode ser enquadrado como portador, simplesmente se estiver fora dos números fixados – mesmo se não tiver nenhum sintoma aparente. Ao estabelecerem estes números, os médicos, tentam fazer um diagnóstico precoce e, desta maneira, prevenir conseqüências graves, como um ataque cardíaco, no caso da hipertensão. Entretanto, o diagnóstico precoce é uma arma de dois gumes. Se ele tem p poder de salvar vidas, também carrega um perigo grande: a excessiva detecção de anormalidades que nunca nos incomodaram e, talvez, nunca incomodariam.

Muitas pessoas diagnosticadas com diabetes, hipertensão ou osteoporose jamais
desenvolveriam os sintomas e nem morreriam destas doenças. Isso acontece principalmente quando os casos são leves, mas podem correr riscos de, mesmo assim, ao serem medicadas, terem efeitos colaterais indesejáveis, o que acarretaria em novos exames, novos remédios e novas doenças. As regras numéricas para definir doenças são importantes e determinam o que chamamos de ponto de definição: Se você passa um número acima, é chamado de doente. Um número abaixo é considerado normal. Mas eles são mais do que isso; envolvem também julgamentos de valores e até mesmo interesses financeiros Ainda que isso tenha ocorrido com as melhores intenções, o resultado é que aumentam em demasia os diagnósticos e tratamentos de pessoas que potencialmente nunca ficariam doentes.

Pense na seguinte situação: você se sente bem, mas alguém lhe sugere exames para saber se seus ossos estão suficientemente fortes, uma vez que a osteoporose é uma doença grave. Feito o exame, este revela que sua densidade óssea está um pouco abaixo da média para sua idade e você é aconselhado a tomar remédios para evitar o risco de fraturas. Você passa a tomar três remédios e como conseqüência adquire uma úlcera de esôfago como efeito colateral. Três especialistas consultados depois, dizem que agora você pode ter câncer de tireóide. Trata-se de um caso clássico de eventos em cascata.

Infelizmente, não existe um método matemático ou uma equação que defina quem é normal e quem não é. Precisamos, sim, pensar no paradoxo que hoje se tornou a promoção da saúde: para serem saudáveis, as pessoas precisam procurar as doenças?

Bibliografia:
Dr. Gilbert Welch
Revista Galileu nº. 238

Jc.

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HOJE, COMO ONTEM . . .

Quando Jesus veio ter conosco, na Terra, o mundo encontrava-se conturbado e as criaturas não tinham um rumo. A dor fizera presença nas pessoas, enquanto a esperança não existia. A guerra era constante entre as nações que se entre devoravam em espetáculo dantesco e surpreendente. Os sentimentos de compaixão e de amor não existiam nos corações humanos e somente a crueldade, a indiferença e o egoísmo eram vivenciados em violentas lutas pela busca da supremacia sobre os semelhantes.

A arrogância dos que apresentavam-se como fortes competia com a crueldade que praticavam, a fim de inspirarem o medo em vez de respeito ou consideração. Os valores legítimos da ética e da moral, desconhecidos, eram substituídos pelos enganosos galardões do poder e do querer. A sociedade encontrava-se em convulsões e o povo, especialmente, pagava um insuportável tributo pela audácia de existir e respirar. O proletariado, os camponeses, os sem trabalho nem lar, eram considerados como escória, submetidos a condições abjetas e a grande maioria estava em índices abaixo da miséria... Não havia lugar para a justiça a piedade nem para a misericórdia.

Ele chegou e rompeu a sombra dominante, oferecendo luz e conforto a todos os infelizes que faziam parte dos esquecidos e detestados. Estabeleceu códigos de dignidade enfrentou a petulância e o poder mentiroso dos fátuos e orgulhosos, demonstrando-lhes a fragilidade ante a doença, a velhice e a morte, quando não vitimados pela própria insensatez. Ergueu Sua voz e exaltou os dons imperecíveis da vida centrados no amor e na compaixão, na misericórdia e na caridade.

Ninguém jamais se atrevera antes a enfrentar a corrupção e o crime com a autoridade com que Ele o fazia. A Sua voz ressoava profunda nos lugares onde era enunciada, mas penetrava com vigor incomum nas consciências, arrancando-as da letargia a que se haviam entregado espontaneamente. Os Seus feitos confirmavam a Sua autoridade que procedia de Deus, em cujo nome viera modificar as paisagens terrestres e humanas. Ninguém tivera a audácia de enfrentá-LO com êxito. Mesmo os permanentes inimigos da humanidade de todos os tempos, quando O tentavam, buscando evolve-LO nas suas artimanhas miseráveis, jamais O conseguiram vencer ou o atemorizar. A Sua energia não tinha limites, fazendo-se acompanhar de infinita compreensão por todos aqueles que se houveram transformados em abutres famintos, alimentando-se nos despojos dos seus próprios irmãos...

Revolucionou as idéias e estabeleceu novos paradigmas para a felicidade, demonstrando que o verdadeiro triunfador não é aquele que se destaca sobre os cadáveres das suas vítimas, porém aquele que se vence a si mesmo, superando as paixões hediondas que o escravizam à infelicidade... Sinalizou o caminho com pegadas luminosas, a fim de que nunca mais houvesse escuridão e o desconhecimento da estrada a seguir... Embora desejasse a libertação das consciências e a pureza dos sentimentos, quase todos que O buscavam, devido ás limitações que os caracterizavam, disputavam a recuperação dos órgãos enfermos, os distúrbios em desalinho, as perturbações mentais, como também os interesses mesquinhos, que faziam parte do seu dia a dia tumultuado, das disputas que lhes cabiam resolver, mas preferiam transferir para Ele.

Nunca se fez juiz de contendas ridículas, nem se permitiu envolver com as discussões da frivolidade e dos ódios que incendiavam os sentimentos. Por tudo isso e muito mais, ultrapassou os limites do tempo e do espaço geográfico em que viveu, tornando-se o modelo, enquanto legou o tesouro da imortalidade em direção ao futuro e ao dever perante o presente. Amados por uns, ficou detestado por outros que não O puderam submeter aos seus caprichos. Foi enfim, levado a morte, mas voltou em madrugada de eterna claridade, a fim de que nunca mais houvesse dúvidas a Seu respeito, comprovando a imortalidade da alma e prometendo receber todos, além da existência terrena, do corpo perecível. Hoje, como ontem, ainda é assim. A geografia política do planeta encontra-se fragmentada em conflitos, terrorismos, guerras insensatas e misérias em todos os lugares com abundância.

A “Doutrina dos Espíritos”, revivendo os Seus ensinos e direcionando-se às massas,
sob críticas ácidas da falsa cultura, eliminando o fanatismo de toda espécie, rompendo as teias fortes da ignorância a respeito da sobrevivência do espírito e acenando com a felicidade, que muitos buscam nos caminhos do prazer, quando, na realidade, se encontra no íntimo das almas aureoladas pelas virtudes eternas, revive os códigos que Ele viveu; o amor, a compaixão, a caridade, o perdão, ensejando mudanças profundas no comportamento humano. Demonstra a sabedoria divina em todas as ocorrências humanas, mesmo naquelas que são conhecidas como infortúnios e desgraças, através de uma filosofia existencial com possibilidades de impulsionar ao avanço, todos aqueles que se encontram cansados e aflitos, mas que os ouvidos desatentos e os interesses subalternos de muitos seres não conseguem captar as lições incomparáveis. Pelo contrário, disputam os lugares de honra e os aplausos festivos nos encontros que deveriam revestir-se de simplicidade e de fraternidade.

As diretrizes de iluminação são confundidas com fórmulas mágicas para solucionar os problemas existenciais que dizem respeito ao processo evolutivo. O aturdimento, ante os efeitos das ações infelizes anteriormente praticadas, bloqueia o discernimento, impedindo a clara compreensão dos objetivos essenciais da caminhada terrena. Desejam, em perturbação, ocorrências milagrosas para que se modifiquem as dificuldades em que se encontram, embora se permitindo continuarem os mesmos disparates e na mesma conduta sem moral. Apresentam-se como credores especiais de benefícios que esperam em caráter de exceção, sem qualquer esforço de melhora. São enfermos espirituais mais graves do que se pode imaginar, portanto, dignos de mais compaixão e mais compreensão.

Ainda não encontraram Jesus, nem O sentiram, estando afastados dos seus ensinos, mas que sem dúvida culminará, um dia, com a entrega a Ele, o Senhor que orienta nossas vidas. Devemos ter, portanto, muita paciência com os enfermos da alma, por serem mais difíceis de serem amados, entregando-os Àquele que veio ao mundo para que todos tivessem uma existência em paz e felicidade.

Bibliografia:
Joanna de Angelis
Livro “Jesus e Vida”
Revista “Resenha Espírita”
Pequenas modificações.

Jc.

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LÉON TOLSTOI
Léon Tolstoi nasceu em 1828, de família nobre e czaristaCursou a universidade de Direito e Letras, sem finalizá-las, pois, na verdade, queria preencher um grande vazio existencial. Entrou depois para o Exército, lutando na Ucrânia e Criméia. Esta experiência marcou-o profundamente, visto que desenvolveu uma repugnância à violência. Retornou em 1856 para casa e decidiu viajar para outras cidades da Europa, como Paris, em 1857. Será que ele tomou conhecimento de “O Livro dos Espíritos”, lançado por Allan Kardec nesse ano?

Ele começou a escrever os seus grandes romances como “Guerra e Paz” e “Ana Karenina”, aos 50 anos de idade. Tem uma crise de consciência, especialmente por receber notícias sobre jovens que cometeram o suicídio, inspirados por sua heroína Ana Karenina, que se suicida na história. Ele então busca a fé e a encontra nos pobres, porque sem ela a existência deles era muito difícil. Em 1891, ele começa a escrever o livro “O Reino de Deus está dentro de vós”. Nele, Tolstoi sustenta a validade social do preceito de Jesus no “Sermão da Montanha”: Por pregar a resistência ao mal com o bem, no repúdio ativo a toda servilidade e uma ética libertária, foi perseguido pelo Czarismo e excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa, por ser visto como um anarquista cristão. Nesse livro que influenciou decisivamente a Gandhi e, por conseqüência a Luther King e Nelson Mandela, Tolstoi utilizou uma figura de um barqueiro tentando atravessar um rio com correnteza caudalosa e veloz, para chegar à outra margem, ele teve que remar contra a corrente.

Este símbolo representa de forma inequívoca, as dificuldades que temos de enfrentar para edificar o Reino de Deus no nosso mundo interior. Temos que enfrentar os valores vigentes no mundo e, principalmente, as nossas interiores dificuldades. Temos que remar contra a correnteza.

Por fim, registramos que Leon Tolstoi, resolveu dedicar sua pena a Deus, vindo a desencarnar aos 92 anos de idade, e, como Espírito, voltaria a escrever em meados do século XX, no Brasil, através da mediunidade abençoada de Yvonne do Amaral Pereira. Destacamos, ainda, que um desses livros, “Sublimação”, foi dedicado a reparar as conseqüências do seu livro “Ana Karenina”, que tanto o marcou desde quando ainda na Terra.

Bibliografia:
Boletim do SEI – nº. 2181 – 31/5/2010

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NOSSA CONVIVÊNCIA COM AS OUTRAS PESSOAS

As pessoas que tornam difícil a nossa convivência são as que nos fazem geralmente evoluir. Quando retornamos ao mundo espiritual, após rever atitudes equivocadas, atos condenáveis, que cometemos nas oportunidades que tivemos como encarnados, reconhecemos a necessidade de reparar os danos causados a nós mesmos e aos que conosco conviveram; de ajudar a levantar aqueles que caíram por nossa negligência. Então, solicitamos nova oportunidade para reencarnar e rogamos ao Pai Celestial, a oportunidade de receber em nosso lar, ou fazermos parte da família daqueles a quem mais prejudicamos no passado.

Chegando aqui, porém, muitas das vezes esquecemos o compromisso firmado na espiritualidade, e continuamos a agir como o “ser humano velho”, em que o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a intolerância e a arrogância predominam.

Estudando o Evangelho de Jesus, nos damos conta de que uma das razões pelas quais estamos aqui é para aprender a amar e compreender que não somos capazes de mudar o outro, mas que podemos mudar a maneira como o outro se sente quando estamos juntos. Essa é uma proposta que exige dedicação, empenho, determinação, paciência e, principalmente, humildade para reconhecer que tudo aquilo que estamos vendo no outro, foi o que fomos ou somos, o que temos ou tivemos. Importante é reconhecer que a natureza não nos oferece a possibilidade de conhecer o desconhecido, que as experiências alheias são vivências nos auxiliando a interpretar as nossas experiências, servindo de espelho para as mudanças que precisamos fazer em nós mesmos, e também para entendermos as virtudes que já possuímos e precisamos conservar e cultivar junto às outras pessoas.

A partir deste novo entendimento deixamos de reclamar e passamos a agradecer aos que tornam difícil, a nossa convivência, sabendo que são os melhores instrumentos que, por misericórdia divina, estão à nossa disposição, para praticarmos a caridade como a entendia Jesus, ou seja, agindo com benevolência, com indulgência e com perdão das ofensas.

E quando desejamos do fundo da nossa alma, o bem do outro, olhamos, sorrimos, falamos com doçura e nos doamos aos outros, podemos dizer que estamos evoluindo, cientes de que o mal é incapaz de ajudar alguém, enquanto que o amor vence todo ódio, e o bem aniquila todo o mal.

Bibliografia:
Fátima Weber
Jornal “Seara Espírita” nº. 148

Jc.

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O BOM SAMARITANO

Então, quando vier o filho do homem em sua majestade, dirá àqueles que cumpriram a Lei de Deus: “Vinde, vós que fostes benditos por meu Pai, possuí o reino que vos foi preparado desde o início; porque eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber, tive necessidade de abrigo e me abrigastes; estive nu e me vestistes, estive doente e me visitastes estive na prisão e vieste me ver.” Então os justos lhe responderão: “Senhor, quando fizemos tudo isso, que não sabemos?” – E Jesus lhes responderá: “Eu vos digo em verdade, quantas vezes o fizestes a um destes pequeninos e necessitados meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes”. Então um doutor da lei, querendo parecer justo e para tentá-lo, perguntou a Jesus: “E quem é meu próximo?” - Jesus tomando a palavra lhe disse:

Um homem que descia de Jerusalém para Jericó, caiu nas mãos de ladrões que o despojaram do que tinha, cobriram-no de feridas e se foram, deixando-o semi-morto. Aconteceu em seguida, que um sacerdote descia pelo mesmo caminho e vendo o infeliz, passou do outro lado. Um levita que passou pelo mesmo local, vendo o moribundo, passou ao largo. Mas um samaritano que viajava, chegando ao local onde estava esse homem, e tendo-o visto, foi tocado de compaixão por ele. Aproximou-se e derramou óleo e vinho em suas feridas e as enfaixou; e tendo-o colocado sobre seu cavalo, conduziu-o a uma hospedagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas e as deu ao hospedeiro, dizendo: Tende bastante cuidado com esse homem, e tudo o que despenderdes a mais, eu vos restituirei no meu regresso. Após encerrar a narrativa, disse Jesus: “Qual destes três vos parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?” O doutor da lei lhe respondeu: “Aquele que exerceu a misericórdia para com ele.” Jesus então lhe respondeu: “Ide, pois, e fazei o mesmo.”

Os Fariseus, tendo sabido que Jesus calara aos Saduceus, e um deles que era doutor da lei, para tentá-lo veio lhe fazer a pergunta: “Mestre, qual é o mandamento maior da lei?” – Jesus lhe respondeu: “Amareis o Senhor vosso Deus de toda a sua alma e ao vosso próximo como a vós mesmos; toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.” - Quer dizer, não se pode amar verdadeiramente a Deus sem amar ao nosso próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus. Somente amamos a Deus quando praticamos a caridade para com o nosso próximo.

Toda a moral dos ensinos de Jesus, se resume na Caridade e na Humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho.

(Evang. Mateus cap.XXV, vers. 31 a 46 = Lucas cap.X vers. 25 a 37)

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O JOVEM DE HOJE E OS ÍDOLOS

A década de 60 foi uma época de profundas transformações na cultura, nos valores, na sociedade cujos reflexos, positivos e negativos, produzem efeitos até hoje.

Com o desenvolvimento dos meios de comunicações, especialmente a televisão, as mudanças que antes aconteciam de forma lenta, passaram por um processo de aceleramento, provocando conflitos entre as gerações. Um dos resultados foi o surgimento relâmpago de ídolos globais que serviram como verdadeiros ícones para uma juventude ainda desorientada. O exemplo maior disso foi o surgimento dos Beatles e de Elvis Presley, que provocaram histeria e balburdia por onde passavam, deixando fãs excitados e perturbados.

As loucuras e os delírios que se vê hoje no jovem quando busca seus ídolos, pode-se dizer que teve início naqueles tempos. Sacrifícios monumentais, gestos exorbitantes, atitudes exóticas e exageradas, imitações descabidas: tudo vale para poder se aproximar do ídolo. Pergunta-se: isto é normal? É coisa da idade? Não vemos adultos agindo da mesma forma? Difícil explicar esses atos, ainda mais quando se percebe que o indivíduo admirado é um ser humano comum, tão ou mais imperfeito que a grande maioria das pessoas. Observem que, envolvido na grande massa, a criatura faz coisas que jamais faria quando sozinha.

Esse assunto, com outra roupagem, foi estudado por Allan Kardec na Codificação Espírita quando aborda o tema “Convulsionários” em O Livro dos Espíritos (questões 481 e 483). Em estado de exaltação fanática e entusiasmo exagerado o indivíduo perde o bom senso e a razão e, por afinidade, age sob efeito magnético das massas e também sob a influência de espíritos inferiores que se aproveitam das disposições naturais da mesma. Nessas circunstâncias, o indivíduo enfrenta verdadeiros suplícios que, em condições normais, não enfrentaria: passa dias em uma fila para comprar ingresso (seja para um show, seja para um jogo), não sente fome, frio ou dor, não dorme, chora descontroladamente, pode agir com brutalidade ou passivamente, entre outras situações extremadas. Nesses casos, as pessoas sofrem e também exercem influência umas sobre as outras; são magnetizadores e magnetizados ao mesmo tempo, claramente de forma negativa. Isso pode também acontecer em concentrações religiosas, onde impera o fanatismo e a fé cega.

Quanto aos ídolos, isto não significa que não possamos admirar determinado artista, músico ou desportista, mas sempre sabendo colocá-lo no seu devido lugar: como alguém que é admirado pelo seu talento e não como um ser humano superior. Mesmo os grandes homens, aqueles que fizeram e fazem a diferença positiva no mundo, são seres com imperfeições, mas que servem como bons exemplos para os demais, não como ídolos perfeitos.

O único e verdadeiro ídolo, que serve de modelo e guia para a humanidade, os Espíritos Superiores nos confirmam na questão 625, de O Livro dos Espíritos: Jesus. Não o Jesus místico e distante, mas com o maior Missionário de Deus que veio a Terra, vivendo intensamente os próprios ensinamentos - caridade e amor: o único caminho para o nosso bem estar, para a nossa felicidade eterna. Esse sim, vale a pena seguir...


Bibliografia
Luis Roberto Scholl
Jornal “Seara Espírita” nº. 148

Jc.

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ONDE ESTÁ DEUS ?

Um homem perguntou ao Pontífice durante a visita a um antigo campo de concentração nazista, ao tomar conhecimento dos horrores que ali foram cometidos,

onde estava Deus, durante o holocausto, que causou tantos sofrimentos e mortes a centenas de judeus, nessa hora de tanta dor ?

Certamente que deve estar em nosso coração - Sim, está em nosso coração, na nossa sensibilidade, na nossa vontade de minorar e até eliminar definitivamente o sofrimento alheio. Está na caridade pura, no amor ao próximo, como nos ensinou Jesus, pois, “fora da caridade não há salvação”.

E é nestes valores que vamos entender que precisamos nos preparar para fazer parte do grande concerto universal, em evolução na Terra, seguindo o roteiro traçado por Jesus. Precisamos ter no coração a semente divina que nos fará, pela caridade, nos sensibilizar de nossos irmãos, menos felizes, e buscar, pelos impulsos do amor, o socorro de suas necessidades materiais e espirituais, e a pacificação do seu ser, aliviando os seus sofrimentos.

Assim, podemos participar da grande obra de Deus, cumprindo com Sua vontade, nos pequeninos detalhes que a vida nos oferece todos os dias, exercitando a nossa paciência, afabilidade, humildade, caridade e amor, seguindo o exemplo de Jesus que iluminou o caminho para marcar nossas vidas.

Deus está, portanto, em nossas vidas, em todos os momentos em que praticamos o amor ao nosso próximo, que nos aproxima do amor de Deus...


Bibliografia:
Gustavo Fróes
Boletim do SEI

Jc.

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ALGUMAS REGRINHAS

1- Aonde e onde (como usar)

Aonde, se escreve quando o verbo indica movimento.
Exemplo: Aonde você vai domingo?

Onde, se escreve quando o verbo não indica movimento.
Exemplo: Onde, você comprou essa mochila?

2- Mal e mau (como usar)

O mal é um advérbio que indica modo, maneira. Seu antônimo é Bem.
Exemplo: Jorge é muito mal. Ricardo foi bem nos testes.
O mau é um adjetivo que indica qualidade. Seu antônimo é Bom.
Exemplo: Jorge é um mau caráter. Ricardo é um bom menino.


3- Mas e mais (como usar)

O mas emprega-se quando dá idéia de oposição, idéia contrária.
Exemplo: O socorro vem, mas não chega a tempo.

O mais emprega-se quando dá a idéia de intensidade ou superioridade.
Exemplo: Moradores querem mais asfalto. Meteorologista prevê mais frio.


4- Por que – porque – por quê – porquê (como usar)

Por que se usa no início ou meio da frase interrogativa.
Exemplo: Por que os peixes nadam? Por que não me visitaste?

Porque se usa na resposta.
Exemplo: Não goste de carne porque possui muitas toxinas.

Por quê se usa no fim da frase interrogativa.
Exemplo: As pessoas se queixam por quê?

Porquê significa razão e vem sempre acompanhado do artigo (o).
Exemplo: Você vai saber o porquê disso.

5- Se não e senão

Se não se usa quando representa (não)
Exemplo: O que acontecerá se não entregar a pesquisa hoje?

Senão se usa quando tem o sentido contrário.
Exemplo: Conte-me tudo, senão irei embora.


Jc.

S.Luis, 6/10/2011

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