De
todas as datas comemorativas, uma das mais importantes é a que enaltece e
reverencia a figura da mulher-mãe. Para se falar das conquistas da mulher,
temos que criar o referencial, antes e depois de Jesus. – Antes, a
mulher era uma criatura insignificante que nenhum homem, fosse pai, irmão ou
marido, lhe dirigia a palavra na rua. A lei judaica declarava a mulher inferior
ao homem, e, comprava-se uma mulher por dinheiro, contrato e relação sexual. A
mulher, nesse tempo, valia menos do que um animal ou um escravo. Depois,
Jesus acabou com tais preconceitos, ao se dirigir a uma mulher samaritana,
considerada uma inimiga, para pedir água; além disso, era uma pecadora. Também
era pecadora e repudiada pela sociedade, Madalena, a quem Ele fez a portadora
da Imortalidade da alma (espírito), ao reaparecer para ela após sua morte
física. Jesus foi o primeiro a valorizar as mulheres e a aceitá-las na sua
missão.
Muito
se tem falado em todos os tempos, sobre a figura da mãe, dedicada, carinhosa e
abnegada. Aquela que nos carregou no ventre por nove meses, com sofrimentos e
alegrias. Todos tiveram e se lembram de sua mãe; alguns tiveram a felicidade de
terem duas mães; uma que lhe pôs no mundo e outra que lhe criou. Ambas devem ter
o carinho de seus filhos, porque cada uma contribuiu para a sua existência
atual. Nas páginas do Evangelho, encontramos Maria de Nazaré, a mãe
carnal de Jesus. Foi à missionária que recebeu em seu ventre, o grande enviado
de Deus, que veio a Terra, desempenhar a mais sublime das missões, e que trouxe
à Humanidade sofredora, o iluminado código de verdades que são os seus
ensinamentos. No desenvolver de sua tarefa de mãe, sofreu o impacto doloroso de
ver o seu filho inocente, ser preso, açoitado, crucificado e morto.
Não
podemos deixar de lembrar também das outras três Marias que ilustram as páginas
do Evangelho; Maria de Magdala ou Madalena, a mulher que deve servir de
exemplo para todas as mulheres do mundo. Abandonando uma existência de luxúria,
de ostentação e de pecados, ela soube sair vencedora da dura batalha que
travou. Lavando os pés de Jesus, com
perfume e com lágrimas, e os enxugando com seus cabelos, ela demonstrou todo
seu arrependimento, tornando-se a mais dedicada seguidora de Jesus, ao ponto de
ser merecedora de receber a visita do Espírito de Jesus, com prioridade, após a
sua ressurreição. O Mestre assim procedeu, para dar uma demonstração viva do
seu apreço, pela reforma íntima que ela havia realizado.
Maria
de Betânia, foi
a jovem que maior apreço demonstrou aos ensinamentos de Jesus. Em sua pureza,
revelou também todo o apreço e dedicação ao Mestre, lavando sua cabeça com
valioso perfume, numa demonstração viva do modo como assimilava todos os
ensinamentos que emanavam de Jesus. Ela não perdia a oportunidade de ouvi-lo,
todas as vezes que Ele visitava Betânia.
Maria,
mãe de Marcos,
foi à mulher dedicada que abrigava os apóstolos em sua casa, após a partida de
Jesus, tornando-se assim, valorosa cooperadora na tarefa de dar sustentação aos
apóstolos do Mestre, os quais tinham sobre os ombros, a enorme missão de
divulgar os ensinos evangélicos.
Há
pouco tempo tomamos conhecimento pela fala de uma criança que, ao ser indagada
sobre o que desejava ganhar como presente, no dia do seu aniversário,
respondeu: “Quero uma mãe”. – Mas você tem uma mãe, por que quer outra? –
Voltou a responder a criança: “É que a mãe que eu tenho, ela sempre está fora
de casa e não liga para mim”. Era o desabafo de uma criança de sete anos,
retratando a sua dura realidade.
A
mãe é a representante do Divino Amor de Deus na Terra, ensinando-nos a ciência
do perdão, do carinho da caridade e do amor, em todos os instantes de nossa
jornada terrena. Se pudermos imitá-la
nos exemplos de bondade e sacrifício que constantemente ela nos oferece, por
certos seremos na existência, felizes e preciosos auxiliares do Reino de Deus. Toda
mãe acha que seu filho/a será sempre a sua criança, não importando a sua idade.
Vários são os nomes dessa mulher, mas
sempre a chamaremos de MÃE.
Meimei,
numa linda mensagem dedicada às mães, diz: “Quando o Pai Celestial precisou
colocar na Terra, as primeiras criancinhas, chegou à conclusão de que devia
chamar alguém que soubesse perdoar infinitamente; de alguém que não enxergasse
o mal; que quisesse ajudar sem exigir pagamento; que se dispusesse a amparar as
crianças, com paciência e ternura, junto ao coração; que tivesse bastante
serenidade para repetir incessantemente às pequenas lições de cada dia; que
pudesse velar, noites e noites, sem reclamação; que cantarolasse baixinho, para
adormecer os bebês; que permanecesse em casa, por amor, amparando as crianças
que ainda não podiam sair à rua; que falasse
sobre a existência e o mundo; que abraçasse e beijasse as crianças
doentes; que lhe ensinasse a orar e a dar os primeiros passos; que os
conduzisse à escola, a fim de aprenderem; que contasse muitas histórias sobre
Jesus... Dizem que nosso Pai Celestial
permaneceu muito tempo examinando, e em seguida chamou a mulher, deu-lhe o
título de “Mãezinha” e confiou-lhe as criancinhas...”
No
dia consagrado às mães, deseje-lhe toda a felicidade e se possível lhe
presenteie com um afetuoso abraço de gratidão, de apreço e de ternura pelo
muito que ela fez por você, filho/a.
Esta
é uma simbólica homenagem que faço a lembrança da minha querida mãe, desejando
a ela, meus sentimentos de gratidão, de respeito e de amor, por aquela que me
deu a existência terrena.
Fonte:
Evangelho de Jesus
Jc.
São Luís, 8/5/2013
Refeito em 9/5/2018