sábado, 2 de março de 2019

A MORTE OU A LIBERTAÇÃO?




 
O mundo avança rápido em suas conquistas, nas mais diferentes áreas do conhecimento, entretanto, o velho mistério que envolve a morte, não perde sua atualidade. É certo que a visão do ser humano vem se ampliando no entendimento desse difícil processo, mas ainda anda longe de uma visão realista que amenize os conflitos. O fenômeno da “morte” sempre intrigou o ser humano, sempre motivos de preocupação de todos, nas mais diferentes culturas do mundo. Os gregos acreditavam que os espíritos seriam julgados por Minos, filho de Zeus, começando aí a idéia de julgamento. Os romanos acreditavam que no Orco (inferno para eles) divindades infernais puniam as almas cheias de pecados e que maltrataram outros seres, começando também o “faze aos outros, o que queres que te façam”. Para Maomé, havia sete andares de céu e sete infernos, para atender as diferenças tanto de virtudes como de erros.  Buda, finalmente afirma que “o bem é resultado do que fomos e que a morte é um agente da vida que exige sempre renovação contínua e transformações incessantes”.  Essa é a nossa visão atual...

A Doutrina dos Espíritos, fala de Sócrates, filósofo grego, dizendo que ele nada escreveu, assim como Jesus que não deixou nenhum escrito. Ambos tiveram a morte dos criminosos, vítimas do fanatismo, por terem atacado as crenças tradicionais, e colocado á virtude real, acima da hipocrisia e dos dogmas; em outras palavras, por terem combatido os preconceitos religiosos. As últimas palavras de Sócrates, ditas aos seus juizes e algozes, foram: “de duas uma; ou a morte é uma destruição, ou ela é a passagem da alma para outro lugar. Se a morte é uma mudança de morada, que felicidade nela reencontrar aqueles que se conheceu!  A hora é de nos deixarmos; eu para morrer, vós para viver.” Também Jesus, ao sentir se aproximar a hora de se libertar do corpo, profere as palavras: “Pai perdoa-os porque não sabem o que fazem” e finaliza dizendo: “Está consumado.”

A Gênese, da Doutrina dos Espíritos, vindo depois do desenvolvimento científico, trouxe a vantagem de objetivar o problema da sobrevivência, submetendo-a aos processos de verificação e pesquisa científica, acabando com os chamados “mistérios da morte”, demonstrando que a alma se liberta do seu corpo físico de modo tão natural, quanto á larva se transforma em borboleta.

Paulo, o apóstolo dos gentios, em sua primeira epístola aos Coríntios, disse: “Planta-se o corruptível, e nasce o incorruptível; enterra-se o corpo material, nasce o corpo espiritual...” Quando observamos o corpo de uma pessoa querida sem vida, devemos reprimir o desespero e a mágoa, porque sabemos que os chamados “mortos”, estão apenas ausentes da Terra, vivendo atualmente na Espiritualidade. Essa nova concepção, de que a vida continua, liberta o ser humano do medo de morrer; dá-lhe uma nova compreensão, eliminando o velho temor e a revolta contra as leis criadas por Deus.

Existem para quem não sabe dois tipos de morte, conforme as palavras de Jesus: na passagem em que um moço diz ao Mestre que deseja segui-lo, entretanto, pede que Ele lhe permita primeiro, ir enterrar o seu pai que acabara de falecer, tendo Jesus lhe respondido: “Deixa aos mortos, enterrar os seus mortos; tu, porém, vem e segue-me.” Explicação: Os primeiros mortos eram aqueles que desconheciam os ensinamentos que Jesus transmitia, ou seja: estavam mortos para as coisas da vida espiritual; (diz-se até que uma pessoa quando não tem conhecimento de um assunto, está morto para o mesmo), os segundos mortos, são os que falecem fisicamente. Como aquele moço já conhecia os ensinos de Jesus estava vivo quanto a esse conhecimento, o que não acontecia com os seus parentes, que não conhecendo as lições do Mestre, estavam vivos fisicamente, porém mortos para as verdades que Jesus ensinava.                                     

Porém, se a morte física elimina o corpo, para muitas pessoas que desconhecem a realidade, nós espíritas sabemos que o corpo é formado de elementos diversos: Oxigênio,  hidrogênio, azoto, carbono, ferro, etc.. Pela decomposição do corpo físico, esses elementos se dispersam, para servir à formação de novos corpos, de tal sorte que uma mesma molécula, de carbono, por exemplo, terá entrado na composição de muitos milhares de corpos diferentes, de maneira que talvez em nosso corpo atual existam moléculas que já pertenceram a homens das primitivas idades do mundo; que essas mesmas moléculas orgânicas que absorvemos nos alimentos, veem possivelmente de outros corpos, e assim por diante. Dessa maneira, a Doutrina dos Espíritos acabou com a morte, pois todas as células do nosso corpo físico vão animar novas formas de vidas.  A alma por sua vez, liberta da sua roupagem material, continua viva, fazendo parte agora, do mundo espiritual, porquanto ela é uma centelha divina imortal.

São muitas as razões do medo da “morte” que sempre nos acompanha. Umas, estão associadas a lembranças arquivadas na memória espiritual, outras, associadas à imagem do julgamento, apresentados como divino, de céu, purgatório e inferno, destinos inventados pelos teólogos que fizeram nossos tormentos no passado. A isso, acrescente-se a associação da palavra “morte” com a palavra “fim”, que traz o pavor do nada. A soma disso tudo, inspira em muitas pessoas o sofrimento, pela impossibilidade de enfrentá-la, o que é inevitável para todos nós, apesar de não a desejarmos. È comum á busca da religião, ampliando nossa benevolência o que nos torna muito mais fraternos. Também acontece a transferência do afeto dedicado à pessoa que partiu para outras pessoas desamparadas. Quase sempre essa dor impulsiona-nos à fraternidade.  Lucinda Araújo, mãe do cantor Cazuza, é um exemplo; passou ela a dedicar-se às crianças portadoras do vírus HIV, o mesmo que levou seu filho para a Espiritualidade.

Essa situação traz em si, grandes mudanças, não só para o espírito que se transfere para outra dimensão de vida, mas também para os que ficaram saudosos. Há em geral, mudanças no comportamento de toda a família, em vista da adaptação sem a pessoa que partiu. Uns se fecham, ficam introvertidos, acabrunhados; outros extrovertem-se tão repentinamente. Algumas crianças chegam a imitar o parente que partiu. Há os que tentam fugir das lembranças do ausente, mudando de endereço e até de cidade. Só mais tarde percebem que a dor ou a tristeza os acompanha aonde forem, porque elas se situam dentre e não fora da pessoa. Alguns ainda trabalham excessivamente, tentando esquecer o acontecimento. Há ainda os revoltosos, que blasfemam contra Deus e afastam-se da religião, quando deveriam a ela mais se achegarem, dando espaço à revolta, por não aceitarem o Determinismo Divino. Há ainda, casos de mães que enlouqueceram, venerando retratos de filho/filha que partiu.  Porém, com as mensagens que chegam dos desencarnados, confortando os corações de seus pais, lhes pedem que não se entreguem à dor e ao desânimo, por estarem vivos, e os aconselham a cuidar das dores de outros sofredores, para amenizar as suas próprias dores. Uma jovem recém-desencarnada pediu à sua mãe, numa mensagem, que não falasse e se lembrasse dela como pessoa morta, porquanto ela  se sentia péssima, quando ouvia tal referência a ela, porque ela se via viva e feliz ao lado do marido que partiu como ela no mesmo acidente que os vitimou.

Entretanto, para muitos, a morte física é vista como algo terrível e representada de forma apavorante, com o aspecto de um fantasma ósseo, que traz uma foice fatídica ao ombro.  Para algumas religiões e religiosos, a morte física é um sinônimo de separação eterna, com sofrimentos inenarráveis para a maioria que irá para o inferno, e, alegria indescritível, para uma minoria que será salva e irá para o céu. Imaginemos uma mãe que vai para o céu e vê uma filha ir para o inferno. Ela pode viver feliz no hipotético céu sabendo que sua filha sofre no inferno? O momento culminante acontece quando o caixão desce à sepultura, refletindo a dor dos familiares e amigos, ainda desconhecedores da vida na espiritualidade. Era até comum e ainda existe em vários paises, o hábito de contratar mulheres “especializadas” para chorarem e acompanharem o velório, chamadas de “carpideiras”. Durante séculos era guardado o “luto”, as famílias vestiam-se de preto e ficavam por um ano. Quando se encontrava uma pessoa com tais trajes, davam-se os pêsames e a tragédia era relembrada causando mais dores.

O Eclesiastes diz: “A tempo de ganhar  e de perder; tempo de guardar e desfazer”. Muitas são as perdas; perdemos o seio da mãe, os amigos da infância, a professora do jardim, a escola maternal, a primeira namorada, o sonho do amor perfeito... Perdemos a inocência, perdemos o objeto estimado, o cãozinho adorado, o diploma almejado, o concurso desejado. Perdemos o emprego, os pais e até o corpo físico, a existência terrena, e assim mesmo, temos dificuldades de diferenciar o efêmero do eterno. Somos às vezes, cegos e surdos aos apelos divinos e reclamamos quando às adversidades nos visita.

Jesus sempre se referia à morte física com extrema naturalidade, como se fosse um sono para um despertar depois, em uma situação mais feliz. Na passagem denominada “Os doze e a sua missão”, o Mestre chama a atenção para a superioridade incomparável da alma – espírito encarnado – que é eterna, sobre o corpo por ela usado em cada existência, e abandonado como roupa usada que não lhe serve mais, e diz ainda: “Não temais os que matam o corpo físico e não podem matar a alma.”  Mateus C-2:28.

Os primeiros cristãos assimilaram esse ensinamento, e, quando a caminho dos martírios que lhes eram impostos, alcançavam á arena onde seriam sacrificados, em cânticos de alegria e louvores, convictos de que a morte significava a libertação e o regresso a um mundo melhor, onde estariam com Jesus...

Por que algumas pessoas parecem caminhar para a morte, enquanto outras dela escapam de forma aparentemente milagrosa? As pessoas que não acreditam na Providência Divina, interpretam essas situações como obra do acaso, pura fatalidade. Nós espíritas, sabemos que o acaso não existe e que os acidentes são utilizados pelo Criador, pelas Suas sábias Leis, como meios das pessoas resgatarem seus débitos. Jesus nos alertou que sofremos as conseqüências do mal, de forma semelhante ao que praticamos contra nosso semelhante. Um exemplo que ilustra bem esta situação é a de João Batista. Quando ele viveu como o profeta Elias, mandou degolar 450 sacerdotes de Baal, conforme se lê em I Reis C-l9: 40. Quando viveu como João Batista, passou pela mesma prova ou situação – foi degolado por ordem de Herodes e resgatou seu débito para com a Lei Divina.

A passagem para a vida espiritual é como um “sono”, disse Jesus, e serve para nos libertar da prisão do corpo físico e restituir à alma, a sua liberdade. Essa passagem para a Espiritualidade nos coloca em contato com os nossos entes queridos que já foram para lá  antes de nós. Com essa certeza, a passagem deixa de ser algo terrível, para se tornar em algo tranqüilizador, e até certo ponto, desejável, quando de existência sofrida e muito prolongada.

O instante e a forma de partida para a espiritualidade só Deus sabe quando será; a exceção fica por conta dos suicidas que optaram pelo desenlace antes do tempo fixado, o que lhes será muito penoso. Quando, porém, chegar o dia da nossa partida do mundo material, nada poderá impedir que partamos e aí estão os exemplos de recém-nascidos, crianças, jovens e adultos, partindo antes de idosos. Espíritos que partiram se comunicam confirmando que dormiram para despertar aos poucos, na Espiritualidade. Atravessaram a barreira do mundo material, ao encontro da sua realidade de Espírito, na plenitude da Infinita Bondade e Justiça de Deus. Nessa passagem, duas condições podem ocorrer ao espírito:  1º - O espírito não possuindo virtudes e tendo praticado o mal, é  levado por outros espíritos inferiores, para regiões de sofrimentos, e lá despertando do sono, são martirizados, até que se façam merecedores da misericórdia de Deus; 2º - Possuindo o espírito virtudes, e tendo praticado o bem, é levado por Benfeitores Espirituais para lugares onde reina a paz.

O grande físico Ernesto Bozzano, na obra “A Crise da Morte”, observa alguns critérios na passagem do espírito para o mundo espiritual, a saber: a- Todos os espíritos afirmam estarem com a forma humana; b- Terem ignorado durante algum tempo, que não estavam mais na Terra; c- Haverem passado pela prova da recordação dos acontecimentos da existência ora encerrada; d- Terem sido acolhidos na Espiritualidade, pelos espíritos dos seus familiares, que partiram antes;  é- Haverem passado  por uma fase de sono; f- Terem se achado num meio harmonioso (no caso de espíritos com virtudes) e num meio tenebroso (no caso de espírito sem virtudes);  g- Terem reconhecido que estavam em um novo mundo, real, semelhante ao mundo terreno; h- Haverem aprendido que, na espiritualidade, o pensamento é a força criadora que reproduz o ambiente de suas recordações;   i- Terem sabido que o pensamento é a forma de comunicação espiritual, embora alguns espíritos se iludam julgando conversar  com palavras;  j- Terem comprovado que podem se transferir de um lugar para outro, ainda que muito distante, apenas pela sua vontade;  e, finalmente, terem aprendido que os espíritos seguem para o plano espiritual que conquistaram por motivo da lei de “afinidade e merecimento”.

No “Livro dos Espíritos”, na pergunta 153, Allan Kardec indaga: “Em que sentido se deve entender a vida eterna?” Resposta dos Espíritos Superiores: “É a vida do Espírito que é eterna; a existência do corpo é transitória e passageira.” Como Nicodemos, sabemos que o corpo depois de velho não pode voltar ao ventre materno. Assim podemos entender:  Ao nascer (encarnar) o espírito assume a matéria;  ao passar pela morte física (desencarnar) o espírito liberta-se do corpo; ao renascer(reencarnar) o espírito assume um novo corpo, de conformidade com o ensino de Jesus a Nicodemos, cumprindo a Lei Divina de evolução, no caminho de sua felicidade definitiva, prometida pelo Mestre.

Após estes esclarecimentos, eu pergunto: Quem morre?  Quem tem medo de morrer?  Nós morremos ou passamos para outro modo de vida?  Como já sei que sou imortal, eu que sou individualidade espiritual e não corpo, tomo a liberdade de afirmar que sou eterno, eu, que falo por intermédio deste corpo  nesta existência e que vocês estão vendo, sei que quem morre  é apenas o corpo material que assumi nesta encarnação. Eu espírito, neste corpo envelhecido, após me libertar dele voltarei para o mundo real da espiritualidade, onde encontrarei os entes queridos que já se foram antes de nós. A verdade é que somos um espírito imortal usando um corpo, e não um corpo com uma alma. Assim sendo, quem pensa quem fala quem comanda os movimentos e as ações do corpo, é o espírito, o ser inteligente, imortal; o corpo é apenas o instrumento, o executor dos estímulos e ordens do Espírito; igual a uma máquina elétrica que recebe os impulsos da eletricidade para funcionar; melhor dizendo: O corpo representa a lâmpada elétrica que só serve quando recebe a eletricidade; o Espírito representa a eletricidade que anima a lâmpada. Com o tempo, a lâmpada, igual ao corpo, se deteriora se desfaz, mas a eletricidade não acaba com a lâmpada. O que fazemos então: Colocamos nova lâmpada e a eletricidade passa a dar vida a esse novo corpo.  Entenderam?

Vivamos, pois, sem o medo da chamada “morte” porque ela não existe; o que se processa é a passagem de uma dimensão para outra. Um dia mais cedo ou tarde, teremos que nos libertar do corpo material que usamos e retornar ao plano espiritual, onde a nossa vida continua... “Nascer, viver, morrer e renascer, tal é a Lei Divina”, ensina Kardec. Contemplemos o firmamento em que mundos incalculáveis nos falam da união sem adeus, em plena imortalidade, sabendo que Deus que nos criou com amor para nos amarmos mutuamente, jamais nos separaria para sempre...

Que o Senhor nos afaste esse temor e nos proporcione a Sua Paz.

Bibliografia:
“Livro dos Espíritos”                                                                         
Acréscimos e modificações.

Jc.
Em 8/l0/07.
Refeito em 28/10/2017
Reapresentado em 12/2/2019



A INJUSTIÇA CONTRA O CIDADÃO BRASILEIRO





   
A pobreza no Brasil é um problema que atinge cerca de 28 milhões de pessoas. Os estados do Norte e principalmente os estados do Nordeste, concentram as populações mais carentes do país e representam 28% da população do Brasil. Nas famílias de trabalhadores mais pobres, muitos não tem condições para comer o mínimo necessário.
“Quanto maior a renda, maior é a parcela de rendimentos livres o que faz com que os ricos paguem menos imposto de renda. É um verdadeiro absurdo deixarem a tabela de isenção sem a devida revisão e se mantenha a isenção total para lucros e dividendos” afirma Sérgio Gobetti.
“Quem é muito rico tem um volume de isenção muito grande no qual não incide o imposto de renda progressivo, uma vez que as alíquotas incidem basicamente sobre o trabalho assalariado, as aposentadorias e os aluguéis”  afirma Rodrigo Orair.
“A progressividade na realidade tem um joelho, só vai até  certo ponto. Fica evidente que no topo do topo na renda do capital predomina o efeito da isenção que se traduz numa alíquota efetiva mais baixa para quem ganha mais” afirma Sérgio Gobetti.
A tabela que vem desde 1996 a vigorar em 2019, isenta o salário do empregado que recebe até R$-1.903,98 por mês, quando deveria ser no valor de R$-3.689,93  se ela tivesse tido os mesmos reajustes que recebeu o salário mínimo, desde aquela época, criando uma defasagem de 95,46%, penalizando não só o trabalhador como também os aposentados.
Esperávamos  que o novo Governo, confiado nas promessas de campanha, tivesse se sensibilizado sobre essa injustiça e fosse fazer pelo menos um acréscimo na tabela do Imposto de Renda, amenizando essa aflitiva situação dos contribuintes. Mas, em 2019 ainda vamos ser sugados em nossos salários, por conta de uma situação financeira desastrada, praticadas pelos governos anteriores, que tiravam dos que trabalharam e, atualmente, dos que  trabalham, recursos indispensáveis para a sua vivência, com o propósito de cobrir os roubos praticados contra as finanças do país.
Da maneira como vem sendo feita a cobrança do Imposto de Renda, a situação do país não pode melhorar, visto que não melhora as condições para o aumento do consumo das famílias e o incremento da indústria e do comércio, fazendo a pobreza ir crescendo mais e mais nos lares brasileiros.
A proposta de limitar o imposto de renda em 20% do governo de Bolsonaro, anunciada pelo ministro da economia, vai agravar a desigualdade e a crise dos que ganham menos e aumentar ainda mais a isenção dos mais ricos. Se continuar assim em 2025 o “efeito ampulheta” previsto por vários analistas, dividirá a economia e a população globais em apenas duas categorias: os ricos e os pobres. A classe média deixará de existir, porquanto não mais existirão as “meias estações sociais”. Em resumo, o velho alerta bíblico: “Pois a quem tem, mais se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que quase não tem, até o que tem lhe será tirado”, mencionado no Evangelho de Mateus (25:29), se realizará se continuar o governo explorando a classe média que carrega o Brasil nas costas, enquanto a classe rica é beneficiada e fica cada vez mais rica.
Senhor Presidente Bolsonaro, ainda dá tempo de corrigir e   fazer justiça aos que trabalham e não permita que o Imposto de Renda faça desaparecer a classe média do povo brasileiro.
Se o governo deseja realmente equilibrar as suas finanças ou criar um superávit, deve atacar os devedores dos impostos e das contribuições à Previdência Social, que não são poucos.  As contribuições ao COFINS e a CSLL, e os lucros das loterias de prognósticos (jogos) explorados pela Caixa Econômica Federal, que são milhões de reais, semanalmente, quando foram criados, não eram para serem destinados a manter o INSS e a Assistência Social? Será que o INSS está mesmo deficitário ou é o que querem nos fazer acreditar?  Dizem alguns entendidos no assunto de que a Previdência Social é superavitária, conforme está bem demonstrado no artigo “A Previdência Social no Brasil”.
Internet – Sérgio Gobetti
Idem – Rodrigo Orair
+ Acréscimos

Jc.
São Luís, 26/2/2019