sexta-feira, 2 de novembro de 2018

COMO CADA RELIGIÃO ENCARA O PROBLEMA DA "MORTE"




 
O fenômeno da “morte” sempre intrigou o ser humano e sempre motivou a preocupação de todos, nas mais diferentes épocas e culturas religiosas do mundo.
Na doutrina niilista, a morte é considerada o fim de tudo. Na doutrina panteísta, o Espírito ao encarnar é extraído do todo universal, e com a morte retorna a essa massa.
Os islâmicos e judeus acreditavam que após a morte, havia a ressurreição; porém não ofereciam maiores explicações. Em algumas religiões orientais a reencarnação ganha sentido de continuação da purificação.
No Islamismo após a morte a alma aguardará o dia em que Deus fará voltar à vida todos os mortos para serem julgados, considerado o dia da ressurreição. Para Maomé, havia sete andares de céu e sete de infernos, para atender as diferenças tanto de virtudes como de erros. 
O Hinduísmo adota a ideia da reencarnação. O Budismo também adota a reencarnação. Após a morte, o Espírito volta em outras existências. Buda, finalmente afirma que “o bem é resultado do que fomos e que a morte é um agente da vida que exige renovação contínua e as transformações incessantes.”     
No Cristianismo; no Dogmatismo católico a alma sobrevive após a morte. Os que morrerem em pecado irão para o fogo eterno e os justos, para as delícias do Céu. A mesma orientação dos católicos é seguida também pelos protestantes, no que diz respeito á morte.
A Doutrina dos Espíritos, fala de Sócrates, filósofo grego, dizendo que ele nada escreveu, assim como Jesus que não deixou nenhum escrito. Ambos tiveram a morte dos criminosos, vítimas do fanatismo, por terem atacado as crenças tradicionais, e colocado á virtude real, acima da hipocrisia e dos dogmas. As últimas palavras de Sócrates, ditas aos seus juízes e algozes, foram: “de duas uma; ou a morte é uma destruição, ou ela é a passagem da alma para outro lugar. Se a morte é uma mudança de morada, que felicidade nela reencontrar aqueles que se conheceu! A hora é de nos deixarmos; eu para morrer, vós para viver.” Também Jesus, ao sentir se aproximar a hora de se libertar do corpo físico, profere as palavras: “Pai perdoa-os porque não sabem o que fazem” e finaliza dizendo: “Está consumado.”
A Gênese, da Doutrina dos Espíritos, vindo depois do desenvolvimento científico, trouxe a vantagem de objetivar o problema da sobrevivência, submetendo-a aos processos de verificação e pesquisa científica, acabando com os chamados “mistérios da morte”, demonstrando que a alma se liberta do seu corpo físico de modo natural, quanto á larva se transforma em borboleta.
Existem para quem não sabe dois tipos de morte, conforme as palavras de Jesus: na passagem em que um moço diz ao Mestre que deseja segui-lo, entretanto, pede que Ele lhe permita primeiro, ir enterrar o seu pai que acabara de falecer, tendo Jesus lhe respondido: “Deixa aos mortos, enterrar os seus mortos; tu, porém, vem e segue-me.” Explicação: Os primeiros mortos eram aqueles que desconheciam os ensinamentos que Jesus transmitia, ou seja: estavam mortos para as coisas da vida espiritual; (diz-se até que uma pessoa quando não tem conhecimento de um assunto, está morto para o mesmo) os segundos mortos, são os que falecem fisicamente, no caso o pai do moço.
Quando observamos o corpo de uma pessoa querida sem vida, devemos reprimir o desespero e a mágoa, porque sabemos que os chamados “mortos”, estão apenas ausentes da Terra, vivendo atualmente na Espiritualidade. Essa nova concepção, de que a vida continua, liberta o ser humano do medo de morrer; dá-lhe uma nova compreensão, eliminando o velho temor e a revolta contra as leis criadas por Deus.
Os Espíritas encaram a morte como uma libertação do Espírito e creem na reencarnação; no retorno do Espírito a existência terrena em um novo corpo físico, para continuar sempre a sua evolução espiritual.

TESTE  APLICADO  COM  20  PESSOAS  SOBRE  A  PALAVRA  MORTE
As respostas abaixo, foram as que vieram à mente das pessoas  que participaram deste teste.  :
1º Lugar –
-Dor   e  Medo. . . . . . . c/ 13 respostas

        
-Tristeza . . . . . . . . . . . . . . . .c/   7       

        
-Angústia  e  Desespero. . . c/   6       

         
-Perda  e  Saudade. . . . . . . .c/   5       

       
-Solidão. . . . . . . . . . . . . . . . .c/   4       

        
-Deus,  Perdão,  Salvação. .c/    3      

   
-Aflição, Céu, Conforto, Falta,
Fobia,  Família,  Sofrimento,
Superação. . . . . . . . . . . . . .  c/   2      

        
-Arrependimento, Choro, Dúvida,
Desânimo, Inferno, Filho, Jesus,
Lágrimas, Libertação, Paraíso,
Problemas, Preocupação, Vazio,
Susto,  Receio,. . . . . . . . . . . c/   1       

O que você achou dessas respostas? Concorda com algumas delas?  Discorda de outras?

Eis a nossa opinião de espírita sobre o assunto:

De acordo com o Determinismo Divino, devemos ter a conformação e a aceitação no que diz respeito á encarnação (nascimento), a permanência na existência terrena, e a desencarnação (morte) libertação do corpo, que o Espírito utilizou na peregrinação terrena. Para os que amamos e partem da Terra, nos deixa com a sua ausência, a saudade e levam consigo nosso desejo de que possam habitar um lugar de harmonia e paz, reencontrando aqueles que foram motivos de seus afetos, com as bênçãos de nosso Pai Celestial.

Jc.
São Luís, 2/11/2018

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO





 
“Os processos de mudança na comunicação estão passando pela convergência das mídias; plataformas que vão se agregando, inovando e consequentemente ganhando novos formatos e forças.”
O jornal mais antigo de que se tem conhecimento é da cidade de Roma, chamado “Acta Diurna”. Foi ele lançado pelo Imperador Júlio Cesar, que tinha como objetivo deixar os cidadãos das principais cidades, informados a respeito dos acontecimentos sociais e políticos do Império.  Isso ocorreu no ano de 59 A/C. As notícias eram escritas em grandes placas brancas e expostas em lugares públicos e movimentados.
Já no século VIII, na China, os primeiros jornais eram escritos à mão, no formato de boletins. Imaginem o trabalho para fazer um único jornal. Porém, a partir do ano de 1447, começa uma nova fase para a humanidade com a chegada da prensa inventada por Johann Gutemberg, mais conhecida como a grande revolução da escrita impressa. Com essa fabulosa máquina, a circulação da informação, do conhecimento e do intercâmbio de ideias ficou muito mais ágil, possibilitando o acesso à informação por todos. No início do século XVII, as publicações dos jornais passam a ser periódicas, saindo na frente á Europa em países como Alemanha, Inglaterra e França, e a circulação de jornais passa a ser frequente.
No Brasil, o jornal impresso chegou atrasado, com a chegada da Corte Portuguesa em 1808. Nesse mesmo ano dois jornais importantes iniciam suas atividades:  o Correio Brasiliense e a Gazeta do Rio de Janeiro. No segundo reinado, a produção de jornais é intensificada, mudando o formato e passando a ter tamanho maior em função da modernização das máquinas e os principais jornais ganham locais, onde centralizam a captação da notícia e a produção do jornal. Esses primeiros jornais têm vida curta e acabam cedo, mas alguns sobreviveram até hoje, como por exemplo, o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, o Estado de São Paulo, que antigamente se chamava A Província de São Paulo, e o Correio do Povo, de Porto Alegre.
Em 1950, a televisão já tinha chegado ao Brasil e tornou-se o principal meio de comunicação visual de massa. Intensas são
as mudanças no cenário social e político apresentando uma nova sociedade e mais uma vez a imprensa brasileira acompanha essas mudanças e moderniza-se, desaparecendo aos poucos os jornais vespertinos, que passam a ser matutinos, e nas maiores cidades, diminui os jornais e a qualidade fica cada vez melhor. Nas décadas de 1970 e 1980, produzir um noticiário impresso era um processo difícil e poderia levar dias para fechar uma matéria. A apuração era checada e descrita com narrativas ricas em detalhes. Hoje, com as facilidades da tecnologia, atualizar um portal de notícias e praticar a web jornalismo tornou-se mais simples. O pioneiro do jornalismo web foi o Jornal do Brasil na década de 1990.
O jornalismo on-line está inserido no cotidiano das pessoas, oferecendo uma alternativa para quem busca informações rápidas e cativando novos e antigos leitores. A informação e a globalização fazem com que o mundo seja realmente uma grande “aldeia global”, em que a quantidade e a velocidade de transmissão da informação ocorram de forma incrível. Os jornais criaram também o formato digital e a possibilidade de o público interagir com a notícia através de blogs e fóruns de discussão, e com isso, vem aumentando o alcance da informação e a troca de ideias. A web jornalismo ganha mais adeptos a cada dia. São mais de 80 milhões de internautas. Essa é uma das mídias mais consumida no Brasil. Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB), mais de 40% dos entrevistados entre 15 e 55 anos – 51% homens e 49% mulheres, passam pelo menos duas horas por dia navegando na Internet (por blogs e dispositivos digitais).
É difícil prever o futuro desse processo e o que ainda há por vir, mas o mais importante de tudo isso é que as pessoas têm a possibilidade de estar muito mais consciente e com as perspectivas de promover mudanças positivas na sociedade, tudo isso, em grande parte, graças à capacidade e habilidade de transmissão de informações que estão chegando pelos meios de comunicação.
Para que possamos avaliar as dificuldades de ter um jornal, principalmente se ele é do interior, tomemos como exemplo o jornal espírita "O Imortal”, da cidade de Cambé:  Ele circulou pela primeira vez em 25 de dezembro de 1953, o que representa 65 anos que circula ininterruptamente, fundado por Luís Pícinin e Hugo Gonçalves, que durante esse período muitos desafios tiveram que superar para que o jornal se mantivesse vivo. E  para relembrar, vamos acompanhar o que escreveu seu co-fundador  Hugo Gonçalves:  “Foi preciso muita coragem e força de vontade; manter um jornal com uma única máquina impressora e ainda obsoleta, não foi fácil. As dificuldades foram vencidas e o jornal sobreviveu. No início, eram só quatro páginas e praticamente eu sozinho e por alguns anos foi assim, até que outros companheiros se incorporaram na luta. Eu sonhava em melhorar “O Imortal”, a sua apresentação e o  número de páginas”.
Um dia o telefone tocou, fui atender e era o Divaldo Franco lá de Salvador. Ele me disse: “Hugo, estou  telefonando para lhe dar uma boa notícia. O Espírito de Cairbar Schutel lhe manda um recado:   “Fique tranquilo, continue trabalhando  que   seu sonho vai se realizar. Eu não sei o que você está sonhando por aí, mas é o recado que ele manda para você”. Isso foi no início de 1980 e eu não perdi tempo.  Procurei logo Astolfo Olegário, que mantinha uma coluna semanal  sobre Espiritismo no Jornal Folha de Londrina e pedi-lhe ajuda. Ele me disse:  Dê-me um tempo. Passou três anos de espera até que um dia ele me deu a sua esperada resposta e os planos que resultaram na transformação do jornal. Em dezembro de 1983, ano em que o jornal completava 30 anos de existência, passou ele a ser impresso nas oficinas da Folha de Londrina, nos moldes em que circula até hoje, porém, na época, sem cores e menos páginas.”
Em 25 de dezembro de 2018, ano em que completa 65 anos de edição, com muito trabalho, respeito e valorização dos ensinos de Jesus, “O Imortal” dará um importante passo em sua existência, com a mudança completa para o formato digital. A partir de novembro a edição do jornal será lida somente na versão on-line. Sua mudança se dará de forma gradativa durante os meses de agosto, setembro e outubro, período na qual seus assinantes e anunciantes receberão informações de como poderão usufruir deste novo mecanismo.
A continuação da contribuição será muito importante para a manutenção e continuidade dos trabalhos das instituições Centro Espírita Allan Kardec e do Lar Infantil Marília Barbosa, que hoje abriga crianças na forma de Centro de Educação Infantil. O jornal “O Imortal” on-line, continuará no trabalho de divulgação da “Doutrina dos Espíritos”, mantendo os ensinos das obras de Allan Kardec,  e claro, com o apoio de todos vocês, leitores, assinantes e anunciantes...

Fonte:
Jornal “O Imortal” – edição 8/2018
Artigo de Marcel Gonçalves
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 22/8/2018

GIORDANO BRUNO




 
O monge dominicano, filósofo, astrônomo e matemático italiano Giordano Bruno (1548 a 1600) foi acusado pelo Tribunal da Inquisição, de ter sustentado a afirmação da existência de inúmeros mundos e de que a Terra gira em torno do Sol.
Acusaram-no, ainda, de acreditar na reencarnação e não no inferno, e de ter afirmado que até os demônios seriam salvos, um dia, conforme a lei de evolução do Espírito, e de que a magia (entenda-se mediunidade) é lícita e de que os profetas e apóstolos eram magos (entenda-se médiuns).
Giordano Bruno, uma das figuras mais representativas da Renascença, preferiu ser queimado na fogueira, em 8 de fevereiro de 1600, pela Inquisição, a abjurar (leia-se: negar) suas ideias que, hoje vemos, não eram fantasias, mas verdades insofismáveis. Sobre sua atitude, ele afirmou: “Por enquanto ficariam felizes com a minha abjuração, mas viver também significa percorrer um longo caminho que me afastaria de Deus!”  Em Roma, no local de seu martírio, há uma estátua que eterniza o seu amor à verdade.
O amor à verdade é uma das características do ser humano do bem, de tal maneira que, como se lê em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no XVII, item 3, sob o título “Sede Perfeitos”, o ser humano de bem, interroga sua consciência sobre os próprios atos; pergunta se não violou essa lei; se não cometeu o mal; se fez todo o bem que podia; se não deixou escapar uma ocasião de ser útil; se ninguém tem de se queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros fizessem a ele”.
Espíritos assim, já chegam ao mundo preparado. Não é fácil caminhar-se para o cadafalso ou a fogueira tendo-se a certeza de que se poderia escapar dessa morte. “Mentir, abjurar, que importa, quando está em jogo a própria existência?” – diria um Espírito fraco. Os bons Espíritos são amantes da verdade, acima de tudo. Diz ainda O Evangelho que:  “O Espiritismo não veio criar uma nova moral, mas facilitar aos seres humanos a compreensão e a prática da moral ensinada por Jesus, ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. A verdade de cada um está conforme a sua evolução espiritual. 
A verdade dos fracos é frágil  e sem consistência, enquanto a verdade dos fortes é firme e límpida. Assim deve ser a palavra do espírita, uma verdade calcada nos ensinos de Jesus, à luz da Doutrina dos Espíritos.
Muito embora não se diga dona da verdade, a Doutrina dos Espíritos, sem dúvida, tem a chave que abre as portas do saber, pois os seus ensinos não se baseiam no pensamento ou interpretação pessoal deste ou daquele homem, desde ou daquele fundador, mas na interpretação clara dos Espíritos Superiores que transmitiram a Allan Kardec que os codificou em cinco importantes livros, a saber:  O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e por último,  A Gênese.
Estudando estas obras, podemos distinguir a Verdade e a mentira, diante da enxurrada de informações falsas que nos são impostas diariamente por um grande número de falsos mestres e falsos profetas. Para eles, a ocasião é propícia, pois os jornais, as rádios, as  televisões, nunca estiveram de portas abertas para eles como atualmente. Mas, se estudarmos as obras dos Espíritos e nos esclarecermos, saberemos separar o joio do trigo ou a mentira da verdade. Instruamo-nos e nos amemos como nos recomenda o Mestre Amado Jesus e conheceremos a Verdade, por quem Giordano Bruno foi sacrificado.

Fonte:
Jornal “O Imortal” – 6/2018
Artigo de Altamirando Carneiro
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 02/07/2018